The Century Golden Children escrita por Rin Bloodriver


Capítulo 1
Prólogo - The Century Golden Children


Notas iniciais do capítulo

Bem, fiquem com o Prólogo da fic :3 Conheçam minha Linda Lyra e meu perfeito Thomas *o* Boa Leitura!



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Lyra H.


– Senhorita - Bianca batia a porta de meu quarto. Coloquei a boneca de volta a cadeirinha que fazia conjunto com a mesa de chá que eu ganhara de presente - A Senhora quer vê-la.
– Sim, - respondi, sem elevar a voz. O que uma verdadeira dama faria. Isto é, se eu tivesse idade para me considerar uma - estou indo.
Levantei-me e logo tratei de organizar as inúmeras bonecas que ganhara hoje, em comemoração ao meu nono aniversário. Eram tantas. Bonecas de pano, com olhos de botões costurados; Bonecas de porcelana, brancas e reluzentes; Bonecas de pelúcia, que assemelhavam-se a pequenos animais. Eu realmente havia perdido a conta.
Depois de que tudo estava organizado em seu devido lugar, verifiquei o estado de meu vestido no enorme espelho próximo a meu closet. Meus longos cabelos loiros mais pareciam fios de ouro que entravam em contraste com meus olhos de um esmeralda cintilante. Como sempre, eu estava impecável.
Olhei para a janela do terraço de meu quarto. O dia estava perfeito. As rosas haviam florescido no canteiro a baixo da sacada, o que deixava o ambiente com um leve aroma doce no ar. O sol do meio-dia brilhava alto no céu azul que exibia poucas nuvens.
Mirei o jardim, afim de apreciar as petunias plantadas recentemente e acabei por ter uma visão desagradável.
Thomas corria. Estava claramente suado. Sua roupa, em alguns pontos, exibia manchas de lama.
Estava, como sempre que aprontava, sorrindo.
Suspirei. Por que eu tinha que aguentar um irmão como aquele nem os espíritos celestiais poderiam me dizer.
Dei de ombros e caminhei em direção a enorme porta de cerejeira, girando a maçaneta dourada, por fim, saindo de meu quarto.
O corredor estava muito bem iluminado. Geralmente, nem todas as janelas ficavam abertas. Mas hoje estavam.
Não era do feito de minha mãe deixar-nos expostos assim.
Mais uma vez naquela manhã dei de ombros e segui para o salão principal.

***

Thomas H.

– Não tenho tempo para isso! - Deborah, com um lenço umedecido, tentava limpar meu rosto.
– O senhor não pode se apresentar assim, jovem mestre! - Retrucou - A senhora... sua mãe pediu para vê-los o quanto antes, mas o senhor não precisa dar as caras como mulambo.
– Mas é urgente - Desvencilhei-me de suas mãos, correndo para a porta de entrada - Desculpe! - Disse, olhando para trás, dando de cara com uma Deborah furiosa e chateada. Iria lhe dar um chocolate especial na próxima vez em que comprarmos na Sweet's Grin, minha loja de doces favorita.
Girei a maçaneta e a primeira coisa que avistei foi o rosto amarrado de Lyra. O que há com o pessoal desta casa? Todos vivem tão preocupados com coisas mínimas. Chega a ser irritante.
– Você esta passando dos limites. - Minha irmãzinha fuzilava-me furiosamente com o olhar.
– E você esta franzindo a testa - Retruquei em tom de brincadeira - não acho que "Damas da Alta Sociedade" devam utilizar de expressão tão vulgar.
Seu rosto corou. Juro que pude ver fumaça saindo de suas narinas. Ela estava prestes a responder, provavelmente com um sermão qualquer, quando nossa mãe interveio.
– Por favor, vocês dois. - Seus olhos castanhos estreitaram-se - Thomas, daqui a 5 anos você fará a cerimônia de maior idade. Aja com um pouco mais de maturidade.
Lyra balançou a cabeça, exibindo um sorriso vitorioso no rosto e um olhar carregado de malícia.
– E você pequenina - continuou mamãe, seus cabelos dourados, assim como os meus, balançavam de um lado para o outro - respeite seu irmão mais velho.
– Sinto muito. - Ambos dissemos, em uníssono.
– Espero mesmo. - Sua expressão rígida se suavisou e logo, estávamos em frente a mãe carinhosa e cuidadora mãe que Fae Heartfilia sempre fora.
– Vocês devem parar com isso. - Ela sentara em uma das poltronas do salão principal. Lyra ocupou uma a sua esquerda e eu sentei a seu lado - Tempos difíceis estão por vir. Fiore esta entrando em uma nova época.
– Fala da guerra? - Perguntei, fazendo com que minha mãe suspirasse e Lyra revirasse os olhos - O que foi? Vão fingir que não é verdade? E todos estes atentados ao Rei?
– Não fale asneiras - Bufou minha irmã - Isso são só boatos. Tudo para você tem de ser indícios de guerra.
– Eu acho que você deveria parar de ler tantos livros, irmãzinha, e começar a ler jornais. - Retruquei - Ou talvez deixar esta mansão por um dia e observar o mundo com seus olhos.
Ela estava prestes a responder com mais algum de seus argumentos, mas novamente, mamãe a interrompera.
– Por Deus, parem um pouco. - Ela fechou os olhos, inspirando e expirando logo em seguida. De olhos já abertos, prosseguiu - Lyra, você é uma pessoa extremamente inteligente, mas seu irmão possui sim, certos conhecimentos. Não queria adimitir aqui, a vocês, mas talvez Fiore exploda com uma nova guerra mágica.
– Mamãe, - Lyra estava abismada com a ideia - isso é um tanto impossível. Estamos em 850. Somos uma sociedade avançada! Nossos veículos já funcionam a combustível mineral! Nossos meios de comunicação já estão bem mais avançados. Somos uma sociedade avançada. Uma guerra seria quase como uma regressão desnecessária no tempo.
Naquele momento, mais do que nunca, senti vontade de dar um cascudo na caçula.
– Você tem razão quanto a isso, filha. Mas, nem todos possuem estes pensamentos. - Ela se levantou, pegando algo em cima do piano de cauda. Era uma caixa de jóias de madeira. Estava selada com um cadeado.
– Como vão os estudos com magia celestial? - Perguntara, tirando de algum lugar do seu vestido, uma pequena chave.
– Vão muito bem, - respondeu Lyra, prontamente - Aliás, magia celestial é realmente muito mais interessante e intrigante do que pensei a princípio.
– Que bom que esta se identificando. - Ela sorriu - Este tipo de magia está a gerações na família. Minha avó, Lucy Heartfilia, foi uma grande e poderosa maga Celestial. Uma das mais importantes de sua geração!
Agora fora minha vez de revirar os olhos. Torci para não ter de ouvir mais uma das inúmeras aventuras da bisa que minha mãe sempre nos contava.
– Thomas, - ela voltou seu olhar para mim - quanto a você?
– Ah... Esta tudo indo... Bem. - Menti. Eu não aparecera nas aulas esta semana. Na realidade, Magia Celestial para mim é totalmente inútil e pouco interessante. Sim, eu era a ovelha negra da famîlia.
– Ótimo. - Minha mãe parecia pouco convencida, mas, para minha surpresa, tudo indicava que ela, na mínima, queria acreditar em mim. Me senti mal na hora. - Vocês devem continuar com os seus estudos. Tudo daqui para a frente ficará mais complicado. Por isso...
Ela encaixou a pequena chave no cadeado, girando-a. Com um click, a caixa se abria para nós. Lá dentro estavam 6 chaves que reluziam em um dourado chamativo. Olhei para Lyra que sorria de uma bochecha a outra.
– Peguem. - Ordenou nossa mãe - três para cada. Não tenham pressa, façam a escolha correta.
Minha irmã pousou o indicador sobre o queixo, o que sempre fazia quando estava pensando. Apressei-me e agarrei a chave que exibia o simbolo de Escorpião.
– Muita boa escolha. - Anunciou minha mãe, sorrindo. - Lyra?
Sua mão tremula escorregou sobre toda a superfície da caixa. Claramente ainda estava indecisa. Foi uma surpresa para mim quando ela puxou de lá, três chaves de uma vez. Estava prestes a protestar, mas tudo em seguida tinha acontecido como um flash.
Não soube dizer por que, mas em um piscar de olhos, a casa estava pegando fogo. As paredes haviam sido arrancadas. Com a explosão, cada um de nós voara para um lado.
Pessoas vestidas completamente de preto, corriam para dentro do recinto. Pareciam ameaçadoras. Pelo menos, odeio admitir, senti muito medo naquela hora. Mais porque eu não conseguia me mexer. A dor do impacto fazia com que eu me contorcesse em agonia no chão. Eu não tive forças para reagir quando um dos homens suspendera Lyra no ar, e a carregara, inconciente em seus braços, para longe.
Minha mãe gritou. Estava presa nos escombros. Suas lágrimas estavam misturadas ao sangue que jorrava do corte em sua testa.
Eu não sabia o que fazer. O pânico me consumiu. O que acontecera ali? Um segundo antes, estava tudo bem. O dia estava normal, até monótono. E no outro, tudo explodira bem em frente a meus olhos. Era inacreditável, mas, será que Fiore estaria mesmo mudando?
Sem sombra de duvidas, estávamos entrando em uma nova época.


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Notas finais do capítulo

Thanks for Ready! Poxa, mas como uma fic já começa assim? Só nas tragédias kk Quems erão estas pessoas? Para onde levarão Lyra? O que acontecera agora? Revieeeews queridos *-* Comentem :3 Até o primeiro capítulo, See Ya