Seus Olhos escrita por MayMalfoy


Capítulo 12
Capítulo Onze


Notas iniciais do capítulo

Oi, alguém ai ainda?
Me desculpem o tempo sem postar mas, meu computador resolveu fazer uma viagem ao além e só voltou agora. Então tá ai o capitulo.
Enjoy ♥



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— E quanto a este? —Levantei um vestido preto com um cinto de cor rosa forte, mas Gina franziu a testa.

— Preto em uma formatura?

— Não sei. — Botei minhas mãos no ar. — Você procura.

Peguei o posto de Gina em minha cama e ela pulou para o armário. Explicou. — Precisa de algo que a faça se destacar. — sacudiu seu cabelo e tirou um vestido. —– Alguma coisa de cor vermelha.

Coloquei-me de pé e peguei o cabide. Examinei o vestido: tinha um padrão de flores de renda sobre o tecido acetinado, com a parte de cima canelada e com alças. Lembrei-me, — Baile de boas vindas de meu primeiro ano.

— Meu segundo encontro com o Harry. — disse Gina com nostalgia.

— Meu único encontro com... — enruguei o rosto ante a lembrança. — Scott Lancaster.

— Ele não apertou sua bunda?

— Sim! Em cada dança, rápida ou devagar! — Queixei-me.

Gina sorriu. — Bem, terá melhor sorte nesta noite. Coloque e eu vou buscar sua maquiagem.

Ri enquanto ela dirigia-se ao banheiro, ela conhecia-me muito bem. Exceto em ocasiões especiais, nunca usava maquiagem, graças à influência de minha mãe, então, geralmente terminava enterrada no fundo de uma gaveta no banheiro. A preparação para um baile não estava completa sem que Gina passasse quinze minutos resmungando enquanto cavava nas gavetas em busca de meu único lápis labial. Mas para isso é que servem as amigas.

Tirei a camisa, os jeans e deslizei no vestido. O tecido estava suave contra minha pele enquanto me olhava no espelho. O vestido chegava aos joelhos com um pequeno babado. Não pude deixar passar a oportunidade de girar em um círculo e cantarolar ―A dama de vermelho. Sabia que não estava destinada a um contrato de modelo.

Mas tinha algo em estar vestida de vermelho que me fazia sentir linda. Gina estava certa, era esse.

Quando coloquei um par de sandálias de salto alto vermelhas, alguém me chamou na porta de meu quarto. Gina entrou empurrando-a com o pé. Ela estava armada com um aparelho para curvar cílios em uma das mãos e um delineador de olhos em outra. Mantendo-os no ar falou. — Quando terminar contigo, Draco não será capaz de afastar seus olh... Er, sua mente de você.

Enquanto dirigia para o portão dos Malfoy, vi que estava aberto. O Déjà vu deu a meu estômago com náuseas um toque nervoso. Empurrando um fio de cabelo solto atrás de minha orelha, parei na entrada. Imediatamente tive que me desviar quando uma mulher passou levando uma travessa na frente de meu carro. Apertando os freios, percebi que o estacionamento estava repleto de camionetes brancas que diziam Serviço de Bufê Platina nos lados. Avancei minha Camry o mais perto da entrada quanto era possível, estacionando-a junto a uma das camionetes.

Saí de meu carro, brincando um pouco de amarelinha quando um de meus saltos prendeu-se no pavimento. Ótimo. Agachei-me, trabalhando devagar em minha sandália e escutei um assobio. Sacudi a cabeça para ver Chris de pé na parte superior da escada junto a Draco. Pequeno menino pervertido. Inclinou-se para seu irmão, murmurando em voz alta. — Draco, ela está muito linda!

Minhas bochechas queimaram e Draco deu a seu irmão um tapa na parte posterior da cabeça. — Cala a boca! Ela pode ouvir-te!

— Oh. — Chris olhou seus pés, enquanto esfregava a cabeça.

Dei a meu pé um forte puxão e minha sandália ficou livre. Fiz clic com meus saltos no caminho pelas escadas e parei junto a Draco.

— Oi. O que é tudo isso?

Draco estava vestido com uma camisa branca, gravata preta e calças. Tudo coberto com um casaco preto tradicional. Completando com seus óculos escuros, parecia que tinha saído de uma sessão de fotos. Com uma das mãos agarrou seu barrete  de formatura e com a outra roçou seu cabelo.

— Minha mãe está dando uma festa de pós-graduação, — virou sua cabeça para mim, — para os membros do conselho escolar.

Oh. As pessoas a quem tinha pagado. Desajeitadamente cocei a nuca. —– Ok, bem, é melhor nós irmos... Não quero chegar atrasada.

Ele deu uma breve gargalhada. — Não, isso não pode levar a nada bom.

Enquanto guiava Draco a meu carro, Chris disse cantarolando. — Divirtam-se!

Revirei meus olhos e sentei no banco do motorista.

— Sim, nos vemos lá, menino!

— Isso vai ser bom. — disse Draco sarcasticamente enquanto abri a porta do carro.

— Acho que não está emocionado. — Olhei para vê-lo tirar sua gravata. — A formatura é uma dessas ―grandes coisas  na vida que acho que lembrará para sempre.

— Pensei que os nascimentos, casamentos e funerais cobriam quase tudo.

Depois de manobrar cuidadosamente ao redor das camionetes do serviço de bufê, saí sã e salva para a estrada e pisei no acelerador. Perguntei. — Está falando por experiência própria?

— Bom, vi Chris e a Marly imediatamente depois de seu nascimento, feito. Fui padrinho no segundo casamento de meu tio, feito. E o funeral... — fez uma pausa e sua voz perdeu parte de seu sarcasmo. — Vivi muito de perto. Quero dizer, enterrar seu pai... não é algo que pode esquecer.

Lambi os lábios secos e disse em voz baixa. — Isso deve ter sido terrível.

Draco mexeu-se em seu assento. — Tive dias melhores.

Levantei as sobrancelhas com surpresa. Draco tinha um dom para o uso de seu sarcasmo para evitar falar de coisas difíceis. Mas, de novo, eu também tinha, então não estava em condições de reclamar. Em silêncio chegamos ao estacionamento da Hogwarts dez minutos antes do tempo. O estacionamento estava cheio de carros caros, polidos. Por sorte, encontrei um pequeno espaço perto da calçada onde uma Hummer e um Suburban não podiam nem sonhar em encaixar-se, enquanto que minha Carmy o fazia muito bem.

Caminhei ao redor de meu carro, enquanto Draco saía de seu lado. Quando ele pegou meu braço, perguntei timidamente. — Então, não vai mais ter um braço ao redor da cintura?

Ele franziu a testa e disse. — Eu acho que ninguém vai questionar o porquê de estarmos juntos, nunca mais.

Ouch. Tinha um ponto.

Segui a linha de familiares que estavam formalmente vestidos para a apresentação desde o estacionamento até o edifício. Entramos por um corredor e em um grande ginásio com piso de madeira. Tinha filas e filas de assentos de couro acolchoados que deixavam com vergonha as cadeiras dobráveis oxidadas que eu sabia que ia encontrar em minha formatura. Elegantes bandeiras que continham ferozes panteras penduradas no teto. Em outro extremo da sala tinha um pequeno cenário no qual várias mulheres e homens mais velhos, incluindo o diretor, estavam sentados.

Muitos dos companheiros de Draco já estavam em seus assentos e viraram-se ao nos ver caminhar pelo corredor. Mantive a cabeça para frente e corri para a primeira fila onde dois assentos estavam esperando, supus que sua mãe tinha preparado isso, também. Depois de sentar-nos, a mão de Draco permaneceu firmemente ao redor de meu braço. Dei uns tapinhas em sua mão para reconfortá-lo. Sua pele estava como o gelo!

Sussurrei. — Nervoso?

Seu rosto ficou rígido, Draco rapidamente mentiu. — Não. — Deu de ombros. Ele não tinha que me dizer. Um momento depois, inclinou-se para mim. – Pode sentir?

De fato, podia. Ter uma centena de pessoas olhando-te é difícil de ignorar. Apertei a mão e em voz baixa disse. — Vai ficar bem.

As luzes da sala apagaram-se e o Valedictorian e o Salutatorian alternaram-se no pódio dando seus discursos do futuro e das grandes possibilidades para nossa geração e o que seja. Ambos eram lentos e monótonos, o suficiente para me perder depois de trinta segundos. Os aplausos da multidão e o brilho das luzes do ginásio trouxeram-me de novo a realidade.

Detrás do cenário, a orquestra começou a tocar Pomp and Circumstancee o nome de Michelle Anderson retumbou na sala. Michelle, apenas estava a cinco cadeiras de distância, levantou-se e começou sua subida ao pódio. Foi seguido por, Kelly Brighton, Peter Darmon, e Nicole Dunne. Depois que cada nome fosse lido, o público aplaudia selvagemente. Ronald Weasley, da última cadeira à esquerda de Draco, deu um assobio. Diverti-me com a visão do assobiador ofendido ao ser arrastado pela polícia secreta Clarenciense antes de dar-me conta que era... Nossa vez!

— Draco Malfoy.

Com um trago, levantei-me e Draco saltou sobre os pés. Chegamos à parte superior da plataforma antes que percebesse que o aplauso era pateticamente tranquilo, exceto da parte posterior da sala, onde Chris encontrava-se parado sobre seu assento, batendo palmas um pouco mais barulhentas, junto com a Senhora Malfoy. Talvez fosse o vermelho de meu vestido, mas eu estava irritada. Girei sobre meus saltos, olhando a multidão, e comecei a aplaudir tão forte quanto pude. Bombeando meus punhos no ar, gritei. — Woohoo!

Draco apertou meu braço e aproximou-se de meu ouvido. — Hermione, está tudo bem.

Ele dissera meu nome. Minha mente ficou em branco.

Os risos retornaram através do ginásio e os aplausos na seção das famílias fizeram-se mais fortes, estendendo a seção de estudantes. Alguns dos Alunos deram-me olhares irritados, cruzando os braços, e negaram-se a aplaudir, aposto que sabiam dos subornos de sua mãe e não estavam muito felizes por ele perder um semestre e ainda estar se formando. Sentia que estavam tentando usar sua mente para fazer-me estourar, mas não aconteceu nada. Ao que parece, os Alunos não eram bons em tudo, afinal.

No momento que a cerimônia acabou, o ginásio ecoou em uma conversa. Os estudantes foram levados daqui para lá para posar para fotos com a tia ―Fulana de tal , o avô e etc. Vi a Sra. Malfoy, com Chris e Marly invadindo entre a multidão. Sra. Malfoy estava choramingando e ela lançou os braços ao redor de Draco, enquanto por cima do ombro disse. — O que fizeste fora maravilhoso, Hermione!

Ruborizei quando a Sra. Malfoy deixou Draco e rapidamente me abraçou.

Chris queixou-se. — Devíamos bater em quem não aplaudiu.

— Christopher John, não falamos em bater nas pessoas. — Ela repreendeu com suavidade.

Devolvi o abraço com lerdeza a Sra. Malfoy. Senti-me estranha ao receber cumprimentos na formatura de Draco. Uma vez que me soltou, fiz um gesto para Draco com a cabeça. Ela franziu a testa ante a mim, como se perguntasse se estava desenvolvendo algum tipo de convulsão. Então, finalmente, vi a luz e ela disse. — Draco, seu pai estaria tão orgulhoso de você!

Draco mudou seu peso e respondeu com sarcasmo. — Sim, eu sou esse homem muito corajoso que não pode caminhar por sua conta ou dizer o que está a ponto de beber.

Acho que ele não tinha esquecido a coisa do ensaio. Meti uma mecha de cabelo atrás da orelha e suspirei. Sra. Malfoy e Chris encontravam-se em um incômodo silêncio. De repente, Marly, que obviamente não estava muito certa do que estava acontecendo, exclamou. — Amo-te, Draco. — e lançou os braços ao redor de suas pernas. Olhei para cima a tempo de pegar o sorriso surpreso de Draco.

Ele acariciou sua cabeça e disse. — Obrigado, Marly.

— Bom, provavelmente deveriam ir andando. — Sra. Malfoy disse. — A festa não vai acontecer sozinha e esses dois têm que ir para a cama— Aaaahh, mamãe. — Gemeu Chris.

— Vocês vão ao baile? — Perguntou.

Draco não soava exatamente como se estivesse com ânimo para festa.

Comecei. — Bom...

— Sim, vamos. — Intercedeu ele.

O quê? — O quê? — Seu braço deformou sutilmente minha mão contra seu lado. Engasguei. — Oh, sim.

A Sra. Malfoy sorriu, dizendo. — Muito bem. Hermione, pode dar uma carona para Draco?

Assenti com a cabeça e a família dirigiu-se para a saída. Chris ficou para trás e, uma vez que sua mãe estava fora do alcance do ouvido, disse. — Vocês vão beijar-se, não é? 


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Notas finais do capítulo

Prontinhoo, espero que gostem
Pra quem acompanha minha outra fanfiction eu vou terminar o capitulo de Safe and Sound e jaja posto. (:
Beijos