Dama Da Noite escrita por HanyouNee


Capítulo 44
Acabaram as Férias


Notas iniciais do capítulo

Como gosto de dizer, quem é bom sempre volta, meus caros, huehuehue. Eu estava digitando o capítulo de boa e tals, até que percebi que o tema dele coincidiu com o que estou passando agora. Yep, minha primeira semana de aula já se foi. Graças aos céus voltei para a escola e logo logo vou voltar para meus cursos tambem. Ah, que vida boa de estudante ~nerdice~



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A porta se abriu lentamente e vi uma sombra entrando, de maneira rápida e silenciosa.

–O que você faz aqui? –Pergunto, já sabendo quem é.

Pude vê-lo sorrindo no escuro.

–Estou com sono. Vim dormir.

–Andy está aqui.

–Ela sabe que serei um bom garoto. Mas só por esta noite.

Um pigarro.

–Brincadeira. –A tranquilizou, rindo um pouco. –Posso abraça-la sem que minha cabeça seja explodida ou transformada em patê?

–Pode. –Ele recebeu a autorização, e não fui eu quem respondeu a pergunta.

Senti os braços dele me envolvendo e o calor que Sebastian agora emanava. “Como um bom humano deve ser” me ocorreu com ironia tal pensamento, mas eu satisfeita com tal fato.

–E que tal um beijo?

–Não seja tão presunçoso, seu idiota. Eu te jogo pela janela.

–Mas nem um mesmo? Nem na testa?

–Não, em lugar nenhum! Me pergunte amanhã, talvez, se você se portar bem.

–Sebastian. –Decidi me pronunciar no meio da discussão dos dois.

–Diga, querida Avery. –Ele pôs toda ênfase possível no “querida”.

–Você está feliz, certo?

–Correto, muito feliz.

–Que bom. Mas não force a barra com Andy. Vamos dormir.

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Tentei abrir os olhos, mas estava claro demais. Eu estiquei os braços, procurando por algo que devia estar ao meu lado, algo para me segurar, mas eu acabei não encontrando nada.

–Andy. –Chamei, com a voz sonolenta.

–Sim?

Resposta educada demais. Adivinhei na mesma hora o que havia acontecido.

–Porque Sebastian está dormindo no chão, hein?

–Ele deve ter rolado da cama.

Olhei-a de modo interrogativo. É claro que eu não poderia aceitar essa resposta, pois ela definitivamente não era a verdade. Ah, ao menos se ela o dissesse sem tentar fazer uma cara de inocente...

–Tudo bem, eu talvez tenha dado alguns empurrões?

–Ah, só alguns, só isso?

–Que quer que eu diga?

–Nada mais, nada menos do que a verdade.

–Okay então, eu o coloquei para fora da cama. E fiz isso bem devagar para não acordar nenhum de vocês dois. Também foi muito demorado separa-los. Feliz agora? É a verdade.

–Um pouco. Mas não precisava ter dito os detalhes, bastava o começo e já estava bom. Agora seja razoável e o coloque de volta, sim?

–Não precisa, ele vai acordar em menos de cinco segundos. Quatro... Três... Dois e...

–Ai!

–Isso não foi coincidência, não é? –Questiono-a.

–Não. –Andy sussurrou no meu ouvido com uma risada nada inocente.

Odeio quando ela faz isso. Estendo a mão para Sebastian, que esfregava a parte da cabeça que batera na cama, e o aviso de que passaríamos boa parte do dia fora.

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Não posso dizer que foi ruim, mas saímos e ficamos fora, não só durante aquele dia, mas todos os que se seguiram até que as férias de Avery estivessem prestes a terminar.

Parece que mil vezes nos encontramos com os amigos dela, todos menos Joey. Ele sempre arranjava desculpas diferentes quando o ligavam. Não tivemos quase nenhum minuto sequer a sós, chegando totalmente exaustos e saindo logo na manhã do dia seguinte.

Aquilo tinha cara mais é de ser um plano de Andy para nos manter ocupados. E o problema é que Avery o seguia como se nem percebesse nada ou não ligasse.

Ao longo daqueles dias passei por milhares de ruas, restaurantes e lojas, fui apresentado á vários conhecidos e apreendi muitas e muitas informações. De tudo aquilo, o mais importante parecia ser apenas...

–Lembra o caminho até meu trabalho? Eu espero que sim, é muito importante mesmo. Porque se você precisar de algo, qualquer coisa que seja...

Talvez pela primeira vez, parei de prestar atenção no que ela me dizia e passei a apenas acenar que sim com a cabeça, de maneira automática. Agora entendo quando dizem que as mulheres falam muito. Aprendi que Avery ás vezes simplesmente desatava a falar; ela fazia mais isso quando tinha problemas.

Mais incrível foi aprender coisas uteis com Andy. Enquanto a Guardiã velava o sono de sua humana, eu ficava acordado olhando para um ponto fixo de um lugar qualquer e conversávamos longamente até eu apagar. Era tudo bem desequilibrado, mas nesse tempo progredi mais na minha relação com Andy do que com Avery.

–... Entendeu?

–Tudo bem, eu sei. –Dou uma resposta vaga, mas satisfatória, saindo dos meus devaneios bem á tempo para pegar o final da fala dela.

–Se quiser, pode ir dormir primeiro hoje. Ainda tenho que organizar vários papéis.

–Disse que deveria ter feito isso antes, mas não. –Andy ralhou, toda desaprovadora, ameaçando despontar num discurso cheio de sermão.

–Eu estava de férias, Andy. Boa noite, Sebastian. E amanhã não se preocupe, eu talvez saia antes de você acordar.

Ambas voltaram suas atenções para o trabalho e fui me deitar. Não era hora propicia para fazer algo, o que quer que fosse, eu poderia acabar apenas atrapalhando.

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–Não sabia que você acordava cedo.

–Preciso chegar na hora. Minha carona especial vai ficar de babá hoje a partir de hoje. –Respondi ante ao deboche dela e quase pude observar as engrenagens girando na cabeça dela, tentando funcionar, como algo do tipo: “Carona especial deve ser eu, então espera um pouco aí...”

–Ficar de babá o que?! Ficou doida?

–Garanto que estou sã. –Eu ri vendo a expressão dela. –Vou trabalhar e você fica de olho em tudo.

–Pensei que confiasse no Sebastian.

–Ah, eu confio nele. –Sorri, agora a provocando. –Mas e você? Confia nele?

–Tudo bem, você me pegou. Eu fico. Mas não vá fazer nada de errado, hein?

–Qual é, Andy, o pior que pode acontecer é eu morrer.

–Haha, muito engraçado. Não repita isso em outras ocasiões. Agora vá trabalhar para não acabar quebrando seu recorde de atrasos.

–Você também é bem engraçadinha, sabe? –Digo, enquanto abro a porta, como sempre me atrapalhando com as chaves devido á minha pressa habitual. –Tchau, Andy.

Ela me dá um sorriso zombeteiro e esta é a ultima coisa que vejo antes de fechar a porta. O corredor está vazio. Faz tempo que eu não o encontrava assim. Normalmente, quando Rachel saia para pegar sua correspondência, eu estava saindo junto, atrasada.

Parecia-se com meu primeiro dia de trabalho, em que acordei bem cedo para chegar na hora certa. Ri sozinha me lembrando daquilo, deixando que minha gargalhada ecoasse pelas escadas e corredores, sem me preocupar em acordar vizinhos.

Dei um olá para Terence na portaria do prédio e refleti o quanto seria ruim que ele encontrasse Sebastian. Esse tempo todo em que estávamos saindo, Andy sempre dava uma ajudinha. Mas se os dois se encontrassem, logo eu ia ter fofocas pelo prédio todo. Este talvez seja um grande problema, as pessoas que não sabem controlar a língua. Espero que Andy segure Sebastian em casa para que nada disso aconteça.


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Notas finais do capítulo

Ano novo, tudo novo -sqn. Peguei uns materiais de psicologia e psiquiatria muito dahoras para ler, uns livros com temas diferentes, estou parando de viajar nas aulas (-sqn porque viajei em duas seguidas hojes e.e). Bem, eu estou tentando me esforçar.



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