Dama Da Noite escrita por HanyouNee


Capítulo 24
Aposte, Jogue e Perca


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas que me amam -sqn. Esse capítulo era para ter saído ontem, só que se tem algo para culpar, culpem Sukitte ii na yo, porque comecei o anime e só consegui parar de ver quando acabei ele. Eu sei, hoje não é sexta, na verdade, eu não sei que dia é hoje, mas sei que não é sexta, então isso significa que darei dois capítulos essa semana.



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-Tio Steffon, abra a porta! –Kat dizia.

A loirinha já desistira daquilo. Ela estava a ponto de derrubar a porta com um chute ou fatiá-la com sua espada. O tio surge em uma janela, com uma expressão tão reclusa que mais parecia um garotinho. Nem Rick fazia aquilo. Ri.

-Devolva minha espada! –Olhou enfezado para mim.

-Claro! Desça aqui para jogarmos pôquer!

-Vão embora com essa humana ladra!

E fomos. Kat sugeriu que fossemos para o lado oeste da muralha, porque ninguém nunca os levara lá, e fui de bom grado, rindo e conversando com eles, ás vezes irritando Marguery. Rumo á um dia divertido, despreocupado e sem Gabe.

No fim, chegamos em casa e o falso Sol se punha. A loirinha havia dito que o Gabe saia antes disso, então era seguro voltarmos. E quando Val abriu a porta, o sol se punha ás nossas costas, de modo que ela deve ter tido uma boa visão de nós.

A mulher tinha uma expressão tão assassina que temi ter de fugir de novo. Mas quando o pequeno Rick começou a correr, chamando a mãe, foi inevitável que ela sorrisse.

-Oi Avery. –Drake disse, sentado distraidamente á mesa.

-Olá Drake. Peter, Ben, Steffon e Devon. Como vão? Bem, espero. –Passei, também distraída.

-Espere. –Parei. –Volte. Meus irmãos querem suas espadas de volta.

-Ganhei-as honestamente. –Aquilo era mentira. Mas dei de ombros. –São minhas. –E as invoquei, uma por uma.

-Como podem recuperá-las?

Agora sim, as coisas ficavam interessantes para mim. Estreitei os olhos e fiz a proposta.

-Vamos jogar pôquer. Cada partida, um favor. No total de quatro partidas, uma por cada espada. E vale pedir qualquer coisa, exceto as quatro espadas de uma vez.

-Sente-se. –Ele indicou a cadeira na sua frente, os irmãos em pé atrás de onde ele estava sentado. Aquilo era um explícito sim. Sorri.

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 E jogamos, até a falsa lua surgir no falso céu. O total fora três vitórias para mim e uma para ele. Agora os irmãos discutiam para ver qual espada seria recuperada. Esses caras são barulhentos e brigões. Não entendo porque Drake os deixou vivos.

-Ótimo. –Levantei, me espreguiçando. –O primeiro favor que quero é: ensine-me toda a magia que sabe dessa vez. Os outros pedirei depois.

-Pedirei o meu agora. –Os irmãos se calaram para escutar o mais velho se pronunciar. –Quero que lute comigo. Se vencer, fique com a minha espada também e vamos imediatamente pegar seu Sopro. Se perder, você devolve todas as espadas e nada mais de pôquer.

Drake foi mais que esperto. Ele tinha plena consciência de que eu não estava no mesmo nível que ele e ia tirar toda a vantagem desse fato. Mas ainda assim, ele mesmo propôs o que eu queria: sua espada.

-Onde?

-Tem um lugar. Pegue a espada que quiser,

Hesitei em pegar minha própria espada, ela podia destruí-lo, preferi outra. Pensei que iríamos para o quintal, onde eu treinava, mas ele entrou em um quarto amplo e escuro e disse para os irmãos esperarem do lado de fora.

-Só nos distrairiam. –Afirmou, enquanto avançava num golpe e nossas espadas se chocavam com um alto som metálico. Mal deu tempo para eu pudesse me acostumar ao ambiente á minha volta.

Um maldito quarto escuro para atrapalhar minha simplória visão humana. Se eu quisesse vencer, e eu queria, precisaria vencê-lo com uma boa estratégia e não com força. Me concentrei em defender e estudar os movimentos dele. Mas quando finalmente terminei um plano eu já suava e sangrava de dúzias de lugares diferentes.

Ele gira a espada em um arco e corta meu rosto. Aquilo poderia deixar uma cicatriz, mas não importava no momento. O sangue começa a escorrer da sobrancelha e meu olho esquerdo não via mais nada. O golpe seguinte, na perna, me faz cair e a espada voa para longe.

Num centésimo de segundo, Drake deixa sua espada de lado e corre até mim. Ele se ajoelha, preocupado, e limpa o sangue do meu rosto.

-Você... Você está bem? –Diz, inseguro.

O empurro com o joelho, crio um punhal bem rápido e me debruço, a mão esquerda o segurando e a direita com o punhal em sua garganta. Olhos negros e brilhantes me estudam e eu apenas sorrio maravilhosamente.

-Estou. Porque venci.

A porta é aberta com um estrondo, o quarto fica claro de repente e os quatro entram em um segundo.

-Mas o que diabo está acontecendo aqui?!

-Pensamos que estivessem lutando!

-Estávamos, só que... –Ele tenta justificar, enquanto os irmãos disparam exclamações e coisas sem sentido.

O que Devon disse a seguir quase o fez perder a cabeça. Eu teria o maior prazer de cortá-la fora.

-É mesmo irmão? E o que a humana faz em cima de você então?

Primeira nota mental: matar o Devon.
Segunda nota: nunca mais usar aquele truque.
Que eu possa me lembrar bem disso no futuro.

Ambos coramos furiosamente. Só digo que... ainda bem que me seguraram, ou Devon, o maldito pervertido, estaria morto.

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-Então, é... Não quer ir pegar o Sopro agora? –Ele estava estranhamente tímido. E eu que achava que isso era impossível para ele. Mas não era de se surpreender muito, afinal estava tudo escuro e só nós ali.

-Não. Quero que me ensine. –Eu me jogara, suja, suada e ensanguentada sobre o sofá, e que se danasse o resto. Tudo doía, e a culpa era dele. Eu não seria capaz de matar uma lesma.

-Você...

-Aaaii! Doeu, cuidado. –Meu raciocínio foi: a culpa é dele, ele quem fez isso, que ele cuide de mim então. E Drake não levantara nenhuma objeção, estava até tentando se sair bem.

-Fique quieta. –Pediu.

-Isso é chato. –Resmunguei, mas não me mexi. –Seu cabelo cai no meu olho esquerdo.

Ele deu um pequeno e breve sorriso, passou a limpar o sangue do rosto. O fitei desconfiada com o olho bom.

-O que há com você?

Perto. Perto demais. Tanto que quebrava os limites de segurança da garota aqui. Tinha uma mescla de sentimentos nos olhos dele, só que demorei muito para entender o que aquilo significava.

-Não... Sabe por que vim aqui... Drake...

Droga, ele beijava quase tão bem quanto o filho. E minhas palavras de nada adiantaram. Mas de qualquer modo, eu estava tão fraca que nem se quisesse conseguiria impedir, era mais forte que eu.

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-Acorda. –Sussurro no ouvido dele.

-Hum...

-Rápido. Que dirão se nos virem? –Digo, mantendo a voz baixa.

-Que não tem nada a ver com isso. –Ele suspirou, me fazendo cócegas com sua respiração.

-Ai! Vai quebrar minha perna desse jeito.

-Quer que eu me levante ou não quer? –Murmura, estreitando os olhos negros.

-Sim. Não. Quer dizer, quero. –Corei.

-Ponha uma blusa de gola alta e levante-a. –O tom de voz dele era desinteressado, mas só o tom de voz.

Depois que ele sai, tento me asfixiar com as almofadas do sofá, mas sem sucesso. Se Andy estivesse comigo, ela o teria impedido. Mas eu fui fraca, em todos os sentidos, para aquilo. Ceder fora tão fácil...

-Idiota. Idiota, idiota. Sou uma idiota.

Falo baixo, lembrando da maldita sensação da boca dele e o que eu sentira. Por sinal, e, de novo, um maldito sinal, o que eu sentira não fora ruim. E quis me matar por aquilo. Talvez eu tenha me matado, em um sonho. Não sei ao certo, porque quando Drake teve a audácia de voltar, apaguei.


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, eu não entendo esse Word, que me diz que "Olá" está errado e sugere "Olga" como correto, mas ok.
É isso aí, pessoal, eu estou de volta, estou em casa, felicidades, quinta tem aula, que alegria. Até parece que eu amo aquele inferno conhecido como escola. Mas eu comprei mangá nas férias! E outras cositas. Por causa do meu consumismo compulsivo, agora estou pobre.



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