Because, I Love You. escrita por


Capítulo 34
Decepção.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo realmente me entristeceu, e eu chorei escrevendo ele.
Nada mais a declarar, boa leitura.



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POV Ana.

O silêncio dentro do carro me deixava incomodada, olhei para o Tony que encarava a estrada, ele nem se quer virou para me olhar ou qualquer outra coisa.

Eu olhei pra ele alguns segundos e segurei sua mão por cima do volante, ele estava sério demais.

- Que foi? – perguntei.

- Não estou aguentando. – ele sussurrou com a voz embargada.

- O que? – eu disse preocupada. – Tony, o que foi? – ele socou o volante e acelerou o carro, eu tive que segurar no “puta que pariu” do carro pra não cair.

Eu fiquei assustada com a velocidade que ele dirigia, em dez minutos estávamos do centro da cidade, na frente da sua casa, ele saiu do carro correndo e me tirou do carro também, sem dizer uma palavra, ele me puxou pra parte externa da sua casa, no fundo e me colocou sentada na cadeira.

- Eu te amo mais que tudo no mundo. – ele segurou minhas duas mãos. – eu nunca amei alguém assim, que eu quisesse cuidar e que eu quisesse segurar a mão, que eu quisesse só ficar perto. – ele me encarou. – eu olho nos teus olhos e eu não consigo enxergar mais nada que não seja amor e amor... Eu te amo tanto Baby, mas tanto, eu quero que ficar com você pra sempre... – eu mordi o lábio ao ouvi-lo. – eu não posso suportar a ideia de te perder, eu... – ele abaixou a cabeça. – eu não ia conseguir viver mais sem você, você é tudo na minha vida, é a garota por quem eu faria qualquer coisa, eu não amo nem a minha mãe como eu amo você... É uma coisa doentia. – eu o encarei. – por favor, acredita quando eu disse isso tá? Porque eu nunca faria algo pra te machucar de proposito, eu... Eu não aguentaria ver você triste por minha causa.

Eu sorri de lado.

- Amor, a briga já passou. – eu disse acariciando seu rosto, sua expressão não se suavizou nem um pouco.

- Não Baby, eu não... – ele me puxou para um abraço, eu enlacei suas costas e passei a mão sobre a mesma.

- Calma, eu não vou te abandonar, nem nada disso... Eu te amo! – eu disse no seu ouvido.

- Eu te amo muito, muito, muito mais. – ele disse segurando meu rosto. – muito. – ele me deu um selinho. – mesmo. – ele me deu outro selinho.

- Tá mais calmo agora? – ele sorriu forçado e eu segurei seu rosto o beijando lentamente, aos poucos vi seus músculos amolecendo e ele colocou a mão na minha coxa e apertou a mesma, eu sorri largo entre o beijo por ele já estar bem calminho.

- To. – ele sussurrou descendo beijando meu pescoço.

Eu arrepiei de leve e então o afastei um pouco.

- Porque dizer tudo isso agora? – perguntei confusa, ele ficou sério.

- Por nada baby, por nada. – ele me abraçou de novo.

Eu o abracei e ficamos juntos um tempo, logo depois ele me levou pra casa, ele me deu um beijo de despedida e eu entrei em casa, tirei a roupa da festa e coloquei em uma cadeira do lado da minha cama para entregar para o Matheus e coloquei meu pijama, liguei a televisão e fiquei assistindo um pouco, logo em seguida meu celular começou a tocar freneticamente.

Atendi.

- Alô? – eu disse baixo.

- Não toca em mim! – ouvi um grito estridente do outro lado da linha. – Ana? – era o Matheus... – Tira as mãos de mim Maria, agora! – ele berrou de novo e depois ouvi um suspiro alto.

- Matheus? – eu disse preocupada.

- Ana? – ele disse chorando, eu me sentei na cama. – eles mentiram Ana... Eles enganaram a gente Ana... – ele fungou.

- Eles quem Matheus? – eu disse com meu coração apertado.

- A Maria e o Tony! – ele gritou histérico.

- Como? – minha garganta fechou.

- Eles estão juntos sabia? Pelas nossas costas... E... – o telefone ficou mudo, meus olhos queimaram e eu senti vontade de chorar.

Minha mão tremia e meu celular tocou, pensei que era o Matheus e eu atendi na hora.

- Hum? – perguntei segurando o impulso de chorar.

- Só vim desejar boa noite baby. – era o Tony, não consegui segurar as lágrimas, o choro irrompeu alto. – Ana? – ele perguntou baixo.

- Tony... – eu disse colocando a mão no rosto. – você não... – eu sussurrei. – né?

- Não o que? – ele perguntou baixo.

- Não acredito! – eu disse gritando e desligando o celular.

Comecei a chorar, de uma maneira que eu não conseguia mais parar, meu telefone celular não parava de tocar e eu não conseguia me sentir melhor.

O telefone tocou pela décima vez e eu atendi ele com raiva.

- O QUE É? – berrei.

- Ana? – era o Tony. – o que... O que houve? – ele gaguejou.

- Como que você pode me trair Antony? – eu já estava chorando.

- Te trair? – ele disse baixo.

- É! – eu disse alto. Ele ficou em silêncio alguns segundos.

- Quem te falou isso? – ele perguntou sério, sua voz já estava ficando embargada.

- O Matheus me contou tudo, você estava com ela, como que você pode... – eu comecei a chorar muito alto e desliguei o celular.

Ele não retornou mais e eu não esperava outra coisa dele, o Antony era o pior tipo de covarde, o covarde que me dava nojo.

Quase meia hora depois, ouvi a campainha tocar e corri pra atender, mas minha já tinha aberto a porta e ele já estava no meio da escada.

- VAI EMBORA! – berrei.

- Não Baby, eu não vou embora. – ele subiu mais alguns degraus e eu subi junto com ele.

- Eu não quero falar com você! – eu disse baixo, minha mãe apareceu com meu pai na ponta da escada e ele me empurrou pro quarto.

- Mas eu preciso, vamos conversar. – ele disse fechando a porta.

- CONVERSAR? – eu gritei. – VOCÊ QUER ME CONTAR COMO FOI A TRAIÇÃO É ISSO ANTONY?

- Foi só um beijo Ana... Foi sem importância... Eu... – então era verdade.

Eu senti uma sensação ruim subindo por mim e minha mão coçou e eu não consegui segurar, minha mão bateu em seu rosto com toda força, ele virou o rosto pro lado e eu avancei contra ele.

- SOME DA MINHA FRENTE! – eu gritei cara a cara com ele, o Tony segurou meus dois braços enquanto eu via a marca dos meus cinco dedos no seu rosto, eu podia ver as lágrimas queimando seus olhos e descendo por seu rosto.

- Não Ana... – ele chorou. – não, por favor, não vou embora... Não faz isso... Eu...

- TIRA AS MÃOS DE MIM! – eu me debatia contra seu corpo, enquanto ele segurava meus pulsos e tentava me segurar.

- Baby... – ele disse baixo.

- TIRA AS MÃOS DE MIM, SAI DA MINHA FRENTE... SEU CANALHA! SEU... – eu comecei a chorar e meus pais entraram pela porta, meu pai soltou as mãos do Tony de mim e eu avancei contra ele de novo, estapeando onde eu conseguia alcançar, ele protegeu o rosto e minha mãe segurou meu rosto.

- Ana, para com isso! – minha mãe disse séria, quando eu vi as lágrimas descendo quentes pelo rosto do Tony, eu só conseguia chorar.

- Tony, é melhor você sair daqui. – meu pai disse pra ele.

- Não, não posso sair daqui. – ele me encarou. – por favor, Ana, diz que você vai me perdoar, eu não...

Minha ficha caiu naquela hora, todo aquele discursinho metódico, era tudo mentira tudo arrependimento, eu estava com ódio.

Um ódio tão grande.

- Eu nunca vou te perdoar. – eu cuspi as palavras pra ele. – você nunca mais chegar perto de mim. – eu despejei meu veneno em cima dele.

- Não Ana. – ele começou a chorar na minha frente.

- ME SOLTA! – eu gritei pro meu, ele me soltou e eu andei até o Tony ficando cara a cara com ele.

- Você escolheu a garota errada pra machucar. – eu o encarei bem no fundo dos seus olhos. – AGORA SOME DA MINHA CASA, SOME DA MINHA VIDA! – eu berrei em frente ao seu rosto, ele fechou os olhos e eu vi a lágrima rolando por seu rosto.

- Não posso. – ele sussurrou.

- SAI... – eu comecei a socar seu braço, meu pai segurou minha cintura e eu comecei a chutar o ar. – TIRA ELE DAQUI! TIRA ELE DAQUI AGORA!

Minha me encarou e quando ela viu que eu estava séria, ela segurou o braço do Antony.

- Vem Tony, é melhor você sair, ela está fora de si.

Eles saíram pela porta e meu pai me soltou, me sentando na cama, ele me encarou por alguns segundos e eu coloquei as duas mãos no rosto, tampando o choro.

Ele me abraçou no instante seguinte, acariciando meus cabelos, eu passei meus braços pelo seu pescoço e molhei toda sua camisa.

A raiva que eu estava sentindo era tão grande, tão imensa... Eu estava com um ódio que eu nunca senti. Nunca algo havia me afetado tanto quanto “aquilo” eu não conseguia parar de chorar.

Alguém havia arrancado meu coração do peito sem me avisar.

Era ridículo a cena que eu tive com ele na frente dos meus pais, e se fosse a antiga Ana isso com certeza não teria acontecido, mas eu não conseguia me controlar. Ele tinha me humilhado em frente a todo mundo. Eu que só dei amor pra ele, eu que dei o meu melhor.

- Me deixa sozinha. – eu disse me afastando do meu pai.

- Ana... – ele estava chorando.

- Por favor. – eu pedi, ele se levantou e saiu pela porta, eu acompanhei ele e tranquei a mesma, quando em virei e vi um porta retrato meu com o Tony em cima da mesinha de cabeceira, eu avancei contra ele o espatifando na parede, eu joguei tudo no chão, puxei o lençol da cama e joguei no chão, joguei as coisas que estavam em cima da mesa do meu computador no chão, inclusive as coisas que estavam em cima da minha penteadeira.

Ouvi batidas fortes da porta, mas eu só queria fazer parar.

Enfim, quando eu tinha destruído tudo que tinha no meu quarto, eu caí sentada no chão e comecei a chorar, berrar, gritar.

- Ana! – minha mãe gritou batendo na porta. – Ana, abre essa porta.

Eu berrei mais uma vez e então tudo ficou silencioso demais. 


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Notas finais do capítulo

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