We Are Young escrita por Princess of Dark, Mary Kathlee, Summer Breeeze


Capítulo 25
Sorry is not good enough


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Aqui é a Mary ( lembram de mim? Haha) Peço desculpas pela demora do capítulo! Como recebemos poucos comentários no último ficamos bem desanimadas. Sem contar com a correria de final de ano (provas e tal). Mil desculpas mesmo! Então se você continua acompanhando, por favor, não deixe de comentar! Precisamos saber se alguém ainda acompanha a história! Até porque ela já está chegando ao fim,esse é o penúltimo capítulo que eu posto D: Para vocês não ficarem muito perdidos, pois não leem a história há muito tempo, fiz um pequeno resumo do último capítulo que eu postei :)
Então é só isso, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/336640/chapter/25

–-----------x-----------
~Resuminho do último capítulo que eu postei (No worries). Personagens : Izzy, Julian, Tom, Carol, Sam, Jessie e Jason.~

O pai e melhor amigo de Izzy resolveram fazer uma surpresa a ela, visitando-a em sua república. Como é de se esperar, a menina ficou bastante animada. Não podemos dizer o mesmo de Julian, pois a menina se negou a apresentá-lo como namorado a seu pai. Para piorar, o pai da menina ficou incentivando um relacionamento entre ela e Tom, seu melhor amigo, na frente de Julian! Sem escolha, Izzy teve de ficar a sós com o amigo, que pretende revelar seus sentimentos a ela.
Jason, desde sua última briga com Jessie tentou,em vão, reatar o relacionamento. A menina não quer vê-lo nem pintado de ouro, e Jason já está perdendo a esperança de reconquistá-la.
Nada vai bem também para Sam, que após uma crise de ciúmes acabou afastando Carol. A menina estava apenas consolando Andy, nada demais, até Sam chegar e entender tudo errado. Agora o menino vai ter que ralar para ter Carol de volta.
–-----------x-----------

Então, o que tem de importante para dizer?

Izzy simplesmente não podia acreditar no que estava acontecendo. Era isso mesmo? Seu pai estava empurrando seu melhor amigo para cima dela? Só queria sair correndo dali e ir atrás de Julian. Pedir desculpas e explicar o que estava acontecendo. A ideia de perdê-lo era ruim demais.
Agora um Tom vermelho e sem jeito a encarava. Havia feito a pergunta para ele, mas agora estava com medo da resposta. E se seus piores pensamentos se confirmassem?
– Izzy, não sei o que está acontecendo comigo mas... - Ele começou a falar baixo, ainda muito sem graça. - ... desde que você foi embora, a aldeia não está a mesma coisa. Sinto sua falta a cada segundo e, bem, quando seu pai sugeriu vir lhe visitar eu tive que vir também. Precisava lhe ver.
– Ah, Tom! Também sinto muito a sua falta! - Então ela o abraçou. Estava com a cabeça tão cheia de coisas que esquecera por um momento que Tom era seu melhor amigo. De repente, lembrou de algo. - Ei, olhe!
– Não acredito! Você guardou! - Ele abriu um sorriso maior ainda. Izzy havia tirado do bolso a pequena lanterninha que ganhara como lembrança de Tom.
– E toda vez que eu me sentia sozinha, no escuro, acendia sua lanterninha. Na hora me lembrava de você.
– Pensei que com esse monte de amigos novos você nem ligaria mais para mim ou para esse presentinho bobo.
–Tom! Amigos de verdade a gente nunca esquece, ouviu? - A menina deu um soquinho no ombro dele, fingindo indignação.
– Tudo bem, me desculpe! - Os dois riram.

–Então era isso que queria me dizer de importante?

–Na verdade, não. - A vermelhidão subiu para seu rosto novamente. - Bem, você viu como seu pai é. Ele quer que nós dois nos casemos.

– O quê!? - Izzy não conseguiu disfarçar a raiva.

–Pois é, eu sei. Ele acha que seria melhor, já que temos os mesmos costumes e nossas famílias já se conhecem e ...

–Tá, mas você não concorda com isso, concorda? - Não, não, não!

–Bem, não sei, é que...

–Thomas nós somos amigos! - Agora quase gritava. O problema não era seu pai. Ela já sabia que ele tinha esses planos há muito tempo, mas seu melhor amigo concordar? Aí já era demais.

–Eu sei! Mas você não faz ideia da pressão que estou recebendo, tanto do seu pai quanto do meu! Também não concordo com isso. Mas acho melhor a gente se casar, só de mentira!

–Não posso. Eu sei que meu pai é extremamente conservador e que ele não vai desistir, mas não posso.

–Não pode? Você sabe que, mesmo não se casando comigo, vai se casar com outro da nossa aldeia, não sabe?

–Eu sei! Mas tem de haver outro jeito, porque não eu me recuso a casar com alguém de lá!

–Por quê?

–Porque... porque eu já tenho um namorado!

***

Julian chegou em sua república arrasado. Bateu a porta ao passar e subiu para seu quarto correndo, mas sem antes ouvir:

– Ui! Calma, você está muito exaltada! - E algumas risadas, claro. Que. Ótimo. Logo depois, Jason (após rir também), subiu e foi atrás dede.

– Ei cara, o que aconteceu? - Julian estava deitado na cama, olhando para o teto. Depois de um tempo disse:

– O que aconteceu foi que acabei de levar um fora.

– Sério!? E aí, qual a sensação?

–Cala boca Jason, sua situação não está muito melhor que a minha.

–Você é que pensa! Armei um plano e cara, é P-E-R-F-E-I-T-O.

– Duvido. Mas então, o que sua mente brilhante está planejando?

– Você nem faz ideia. Dou 24 horas pra ela voltar para mim. No máximo!

– A Jessie? Tem certeza?

– Absoluta. Ok, talvez nem tanta, mas se ela não voltar para mim vai ser uma baita de uma sem coração.

–Se por um milagre der certo, vou querer fazer esse plano também.

–Tudo bem, deixa que o papai aqui te ensina.

***

Jessica estava exausta. A medicina mudava muito, e com isso, tinha que estudar cada vez mais para se manter atualizada no mundo animal. Estava na sala de aula com sua amiga Vicky e com um professor insuportável à frente. Ele anotou alguma coisa importante no quadro, por isso as duas abriram os cadernos. Jessie ficou bastante surpresa ao virar a folha e ver um EU TE AMO escrito de todo tamanho e um coração. Só podia ser coisa do Jason. Irritada, arrancou a folha, mas só para ver um ME DESCULPE. Então, novamente, ao virar mais uma página um EU, e na outra, TE, e na próxima, AMO. Estressada, passou as folhas rapidamente, mas todas, até a última, estavam escritas, uma por uma, com variações de VOCÊ É TUDO NA MINHA VIDA, EU TE AMO, NADA FAZ SENTIDO SEM VOCÊ e etc. Estava uma pilha de nervos, surpresa, irritada e no fundo ( bem no fundo) bastante comovida. Mas só conseguiu fazer uma coisa. Gritar:

–QUE PORRA É ESSA!?

Por um momento se esqueceu completamente de que estava no meio de uma sala de aula, cheia de alunos, com um professor rabugento na frente, que por sua vez estava no meio de uma explicação. Automaticamente, tapou a boca. Todo mundo estava rindo. Menos, é claro, o professor Teabing.

–Algum problema, senhorita Tescke? - Só conseguiu responder :

–Não, não, nenhum. Me desculpe, professor.

– Hum, da próxima vez em que não entender algo, apenas levante a mão, sim? - Concordou levemente com a cabeça. Ainda sentia os olhares de todos em suas costas e ouvia as risadinhas abafadas. Vicky tentava de todo jeito falar com ela, mas não estava a fim de explicar nada. Quando enfim a aula acabou, pôde falar brevemente com a amiga:

–Jessie, você está bem? O que foi aquilo?

– Isso. - Deu o caderno para ela. Por um momento a outra não entendeu nada, até chegar nas folhas escritas.

–Uou. Cara, ele deve ter demorado uns três dias para fazer tudo isso.

–Quem se importa com quanto ele demorou para fazer? Ele acabou com meu caderno, arruinou minha vida social e conquistei o ódio do pior professor! - Teve de falar baixo, pois ainda estava em sala, com o professor apagando o quadro.

–Pare de exagerar! Nem foi tão ruim assim! Aliás esse menino é um fofo, quem me dera...

– Senhorita Tescke, pode vir aqui por favor? - Vicky foi interrompida pela voz grave de Teabing.

– Sim, senhor. - Ao se dirigir à mesa dele, não pôde deixar de pensar " Que professor, em pleno século XXI, diz 'senhorita Tescke?' E ninguém me chama pelo sobrenome!"

–Senhorita, tem ideia do que acabou de fazer? Gritou comigo no meio da aula! E pior, ainda usou um palavrão! Esperava mais de você, pensei que tinha modos e era uma aluna exemplar!

– Me desculpe, professor.

–Tudo bem, mas vou ter de lhe dar uma punição. Sei que não está mais no colegial, mas uma coisa tem de ser feita. Até o final do curso terá de limpar o celeiro dos cavalos, fica aqui perto. Pelo que fez, considere pouco. Pode começar hoje mesmo, depois das aulas. Vou avisar aos empregados encarregados que não precisam mais trabalhar naquela área. Passar bem. - Dito isso, saiu, apressado como sempre, da sala.

Vicky estava ali perto e escutou tudo.

– Sinto muito, amiga.

– Tudo bem. Amo cavalos.

Estava só tentando achar um lado positivo na história. Porque uma coisa é gostar de cavalos, outra bem diferente é limpar a sujeira que sabe-se lá quantos fazem.

***

Pensa, pensa, pensa. Sam estava deitado em sua cama, formulando um plano. Acontece que nunca tinha namorado sério antes, muito menos levado um fora e menos ainda sofrido por amor. " Sofrido por amor". Droga, por causa disso nunca namorava sério. Tudo sempre era a mesma coisa: você gosta da pessoa, a pessoa gosta de você, mas de repente tudo acaba e ambos ficam mal. Ou pelo menos um deles. Sua vida de antes era muito mais fácil: não se apegava a ninguém e ninguém sofria. Simples assim. Mas cometeu um grande erro, se apaixonar, e agora não tinha mais volta. Mas uma coisa era certa: sua vida ficou bem melhor depois de Carol. Sem comparação. Sinceramente, não sabia o que era felicidade sem ela.

Mas não podia ficar deitado ali, sem fazer nada. Então se pôs de pé e saiu de seu quarto. Precisava tomar um ar fresco, porém parou quando viu a porta ao lado aberta e Julian contando algo. Não pôde deixar de ouvir, claro, um papo de que o melhor amigo de sua namorada chegou e tal.

– Desculpe gente, estou atrapalhando algo? - Os dois se viraram assustados, mas Jason respondeu:

– Não cara, entra aí.

–É, eu estava contando para Jason o que aconteceu entre mim e Izzy.

– Está tudo bem? - Então Julian fez um resumo da história. - Uau. Mas cara, você não pode ser assim tão pessimista. É melhor conversar com ela e resolver a situação.

– É, talvez. Mas não quero voltar lá e correr o risco de encontrar aquele cara e o pai dela. - Os dois concordaram. - Então Sam, e você e a Carol?

– Ah, de mal a pior. É que... eu fiquei com ciúmes dela e acabei pensando que ela e aquele tal de Andy tinham um caso. Os dois não tinham nada, mas Carol ficou com raiva por eu ter desconfiado dela.

– E você não fez nada? - perguntou Jason.

– Bem, eu tentei, liguei umas mil vezes pra ela, só que ela não fala comigo.

– Só isso? - insistiu o menino.

– É, estou formulando algo para ela, alguma surpresa, talvez. Mas, pelo visto, estamos na mesma situação.

– Hahaha, diga isso por você e por Julian. Acho que Jessie volta pra mim hoje. Bom meninos, agora vou executar a segunda parte do meu plano. Até mais!

***

50 ligações não atendidas. 30 mensagens. Poxa, ele não desiste nunca! Carol olhava ainda incrédula para seu celular. Estava realmente triste com o término do namoro. Mas Sam era extremamente ciumento! E acredite, já teve namorados assim e foi horrível. Teve um que ligava umas 10 vezes por dia , só para saber onde ela estava. Sem contar que não a deixava sair sozinha! Pensava que Sam era diferente, mas naquela noite se mostrou igual a todos. E ainda tinha Andy... estava muito confusa. Precisa de tempo. Isso, tempo! Para poder pensar e pôr as coisas no lugar. Por isso não queria atender Sam.

De repente, ouviu a campainha da porta. E, logo depois, uma das meninas gritou "Carol! Tem uma pessoa querendo falar com você!" Sam! Só pode ser ele! Desceu as escadas correndo, andando mais devagar à medida que chegava perto da porta, para não parecer animada. Porém, quem a aguardava era Andy.

– Oi Carol, como vai? - disse ele, sorrindo.

– Vou bem, e você?

– Bem? Tem certeza? Depois de uma briga com seu namorado...

–Bem, não gosto muito de tocar nesse assunto. - A frase soou um pouco grossa.

– Desculpe, é que me sinto um pouco culpado, sabe?

– Andy, a culpa não foi sua! Mais cedo ou mais tarde eu ia acabar descobrindo o quanto ele é ciumento.

– Tudo bem, mas não posso dizer que não gostei de você ter terminado com ele. - Meu. Deus. Andy sabia exatamente como deixar uma menina sem graça. Não pôde ver, mas a menina sabia que estava vermelha. Abaixou o rosto.

– Hum, bem, a que devo a honra de sua visita? - Mudou de assunto rapidamente.

– Sei que estou sendo um pouco apressado, mas queria te convidar para sair.

– Sair? Para onde?

– Tem um lugar que eu gostaria que você conhecesse.

– Agora?

– É, claro, se você quiser.

– Eu quero, mas é que preciso me arrumar ainda e meu cabelo está uma bosta e...

–Carol - disse ele, tocando o rosto da menina levemente, para poder encará-lo. Os olhos dos dois se encontraram, então continuou - quantas vezes tenho de dizer que você é linda de todo jeito? - A menina desviou os olhos, dizendo :

– Tudo bem, eu vou. Mas com uma condição.

– Qual? - disse ele, um pouco apreensivo.

– Terá de prometer que não vai mais me elogiar desse jeito. - Ele sorriu. " E parar de sorrir desse jeito também" , pensou.

– Pena, meu passatempo predileto é te elogiar. Mas se você prefere assim... - A menina concordou com a cabeça e disse que não demoraria muito para voltar.

***

Até de longe Jessie podia sentir o cheiro daqueles cavalos. Depois do término das aulas, trocou de roupa, pôs as luvas e pegou o material de limpeza. Só conseguia pensar numa coisa: Vou matar o Jason! E em sua cabeça já tinha xingado o menino de todos os nomes possíveis. Chegando mais perto, pôde ver cerca de oito cavalos, em suas respectivas baias. Eram lindos, porém o cheiro que emanava do local não era nada agradável. Tudo bem, mãos à obra! Estava fazendo de tudo para se animar, mas era impossível. Algo para tapar o nariz agora seria bem útil. Mas, infelizmente, havia esquecido.

Por sorte, os animais eram bem fofos. Não se incomodaram ao ver seu espaço sendo invadido por uma estranha. Levou aproximadamente 15 minutos para limpar a primeira baia. Foi até rápida, mas ainda faltavam 7.

***

A segunda parte do plano de Jason era bem simples: comprar um buquê de rosas para Jessie e uma caixa de chocolate. Iria esperá-la depois da faculdade, na porta da república da menina. Seu curso já havia acabado, portanto estava de férias. Já a outra teria umas duas semanas a mais, se não se enganava.

Então se arrumou e calculou quanto tempo ela demoraria para chegar em casa. No horário certo, desceu as escadas e já ia saindo quando Sam, deitado no sofá,perguntou:

– Aonde vai com essas coisas?

– Executar a segunda parte de meu plano.

– Hum, boa sorte então.

– Sorte é para os fracos!

– Tá, você é quem sabe. - Deu de ombros.

Jason estava muito animado. Algo lhe dizia que daria certo. Saiu e ficou esperando em frente à outra república. 10 minutos, nada. 20 minutos, novamente nem sinal de Jessie. Talvez havia calculado o tempo errado. Talvez ela se atrasou um pouco ou seu carro estragou. Resolveu esperar mais. Sentou no meio fio e ficou ali, esperando. A cada carro que passava, uma nova decepção. Depois de uma hora, o chocolate já estava derretendo. As rosas já estavam murchando. O céu já estava escurecendo. Começou a ficar preocupado: será que a menina bateu o carro? Será que está bem? Não tinha como saber, pois ela não atendia mais suas ligações. Nesse momento se arrependeu de não ter um número de nenhuma de suas amigas. Foi então que se lembrou: alguma menina da república devia saber o que aconteceu com ela. Tocou a campainha. Depois de um tempo, Diana atendeu:

– Oi Jason! Olha, se quiser falar com a Jessie ela não chegou ainda...

– Oi, eu sei. É que está um pouco tarde e ela já deveria ter chegado. Você sabe se aconteceu alguma coisa com ela?

–Hum... sinto muito, não sei. Para mim ela não falou nada.

– Tudo bem, mas você poderia fazer um favor para mim? Pode perguntar pras meninas se alguma delas sabe o que aconteceu?

– Claro! Já volto. - Depois de um minuto, Diana volta. - Sinto muito, nenhuma sabe.

– Pena. Obrigado e desculpe pelo incômodo.

– Desculpado! Não quer ficar aqui e esperar até Jessie chegar? - A proposta era realmente tentadora. Estava cansado de sentar ali no meio fio. Mas, por outro lado,quando Jessie chegasse, iria ser um horror. Já imaginou um monte de meninas ouvindo a conversa? Dando palpites?

– Muito obrigado, mas vou ficar aqui fora mesmo. Aliás, ela já deve estar chegando. Até mais!

– Se você prefere assim, tudo bem. Tchau!

Dizendo isso fechou a porta e Jason voltou a sentar no meio fio. Duas horas de espera e nada. Para passar o tempo, ficou jogando no celular. Pensou que podia ter trazido um livro também. Ou uma barraca.Podia montar um mini-acampamento ali.Deu uma voltinha, pois sua perna estava dormente. Sentou novamente e já havia até perdido as esperanças,quando finalmente viu o carro de Jessie. Levantou em um pulo, não acreditando no que via. Era ela! Percebeu que as rosas estavam murchas e o chocolate, derretido. Mas nada disso importava, pois ao o ver, a menina saiu do carro. Foi em direção a ele. Ao vê-la chegando mais perto não conseguia descrever a sensação. E o cheiro. Não esperava isso, mas ao invés de seu cheiro normal, Jessie, tinha de admitir, estava cheirando mal.

– O que você está fazendo aqui? - disse ela, bruscamente.

– Uau que recepção mais calorosa! Mas, confesso, esperava um pouco mais, já que fiquei esperando duas horas!

– Ah, é? Que pena! - Então se dirigiu à porta.

– Ei, onde você vai?

– Hum, pra casa?

– Eu sei, mas poxa, não viu o que fiz para você?

– Ah, isso. Sim, eu vi. Me lembre de matar você da próxima vez.

– O quê!? Você não gostou, é isso?

– Olha, vou ser bem sincera com você.Fiquei bastante surpresa, claro. Em outras circunstâncias poderia ser até fofo, mas eu estava no meio de uma aula super chata com um professor mais ainda. E minha reação não foi nada boa. Então, vou ter que limpar o celeiro de lá até o fim das aulas. E isso explica, claro, esse meu cheiro ótimo! E, se você está reclamando que ficou me esperando duas horas aqui numa boa, saiba que eu fiquei esse mesmo tempo limpando bosta de cavalo! - Jason ficou sem reação. Não sabia que um simples caderno escrito com frases amorosas iria causar esse transtorno. O fato era que, se queria aproximar Jessie, acabou a afastando mais. Mas, poxa, merecia pelo menos um crédito pelo seu esforço.

– Sinto muito. Não sabia que iria acontecer isso e...

– Sente muito! Seus sentimentos não vão mudar minha situação! Pelo contrário, causaram essa situação!

– Então é isso o que tem para me dizer? Depois de ter feito aquilo tudo, é isso o que você me diz? - Não conseguiu esconder a raiva em sua voz. Jessie, um pouco relutante, disse apenas:

–É.

– Então ótimo! Você já sabe o que sinto por você. Não vou mais gastar meu tempo para te provar isso. Cansei. - dizendo isso, deixou o buquê e a caixa de chocolate no chão e foi embora. Jessie ficou parada um tempo, o observando partir. Lágrimas escorriam por seu rosto. Burra, idiota! Por mais que se arrependesse do que disse, não teve coragem de gritar o nome dele. Só ficou parada ali, sem fazer nada. Depois de sair dessa espécie de transe, pegou a caixa e o buquê. Abriu a porta e subiu correndo para seu quarto, sem falar nada com ninguém. Só queria ficar sozinha.

***

– Não vai me contar qual o lugar? - Carol estava no carro com Andy.

– Ainda não. - Ele abriu um sorriso malicioso.

– Sério!? Então acho que acabei de ser sequestrada.

– Pense como quiser.

–Para! Não gosto de surpresas e estou começando a ficar com medo. - Andy riu. - Estou falando sério!

– Tá! Vou dar uma dica: é um lugar bastante simples, que eu gosto muito.

– Nossa, ajudou muito! - brincou ela.

– Adivinha!

–Hum, um lugar bem simples... uma pracinha?

– Não, mas está quase lá.

– Hum... desisto! O que se parece com uma praça?

– Logo, logo você vai saber.

Depois de alguns minutos Andy estacionou o carro. Então a visão de Carol foi inundada por uma vista linda. E sim, se parecia com uma praça. Era um lugar enorme, com um monte de criancinhas pequenas num canto, no centro um laguinho e ao fundo muitas árvores.

– É lindo, Andy!

–Também acho, mas não era aqui exatamente que eu estava falando.

– Ah, não?

– Não. - Então pegou sua mão e a guiou por um caminho entre as árvores. - Gosto de lá também, mas nesse outro lugar que estamos indo temos mais privacidade, entende? - Carol tentou não pensar no porquê de ele querer um lugar com mais privacidade. Então só concordou com a cabeça. Estava cansada de tanto subir. Não acabava nunca!

– Está chegando?

– Só mais um pouco.

Depois de alguns minutos, finalmente, chegaram ao topo. Andy foi para um lugar, puxando a mão da menina. Ela se surpreendeu ao olhar para baixo: a vista lá de cima era perfeita. Dava para ver até as duas repúblicas!

– Essa vista é maravilhosa!

– É. E com o pôr do sol fica mais ainda.

–Nossa, verdade! Essa vista é perfeita!

– Não mais do que você.

– Andy! O que eu falei sobre elogios? - Ele sorriu.

– Desculpe não pude controlar. - Só agora ela via o quanto estavam próximos. Parados, de mãos dadas. Assistindo o pôr do sol. Carol se desvencilhou da mão dele. - Alguma coisa de errado?

– Não, nada. É que... não está certo, sabe? Eu e Sam nos separamos a pouco tempo e...

– Ah, isso... Carol eu sei que estou sendo apressado demais, mas não vejo por que esperar.

– Ah, mas eu vejo! Estou muito confusa ainda e... - Não pôde continuar falando, pois quando viu Andy já estava beijando-a. Tentou sair de seus braços, mas ele era forte demais. Por fim, conseguiu sair e, por impulso, deu um tapa na cara de Andy.

***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim haha
Na oportunidade, quero desejar a vocês um feliz Natal e um ótimo 2014! :D