"Posso estar fraca agora, mas logo, passarei por cima de tudo e todos"

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– Gostou dela? – Jake perguntou enquanto íamos para o hotel.

– Sim. Ela é bem legal, como mamãe falou. – sorri.

– É sim. Não sei como ela não exagerou e exigiu a verdade.

– Pelo que a mamãe falou, ela deveria ter nos matado para conseguir a verdade.

– Pois é... E agora, sobre a volta? O que você acha? – ele perguntou sério.

– Não sei. Vem bomba, Jake. Tenho medo.

– Estarei com você. Não deixarei que façam mal a você.

Sorri tristemente. Chegamos no hotel, aproveitei um pouco mais minhas amigas, rimos muito, choramos lembrando de quando eu morava no Brasil...

– Nossa, lembra quando a gente foi na casa da May? A gente dançou demais... – eu lembrava rindo e chorando.

– Foi a primeira vez que a Nessie se soltou... – lembrou Bianca.

– Ela não suportava funk, ai a May colocou funk e mando a gente dançar, ai cada uma pegou o braço e a perna dela, e depois de muita insistência, ela acabou dançando, e gostando. – Heloisa contava para Jake.

– Mas não era funkeira de carteirinha, eu só curtia, era legal e divertido. – me defendi.

Eu estava gostando daquele momento. Gostei de ver Jacob com meus amigos. A gente ria demais. Era sempre assim com elas. Só rindo. Mesmo que a coisa fosse séria, a gente ria. Rir era o que nos juntava mais.

– A Nessie era desesperada para namorar. – revelou Patrícia.

– Vamos parar de revelar a antiga Nessie, né? Por favor. – pedi.

A gente riu mais ainda, elas revelaram mais coisas, que faziam eu ficar com vergonha, e Jacob ajudava elas me zoarem. Até que começou a entardecer. E eu fiquei triste.

– Gente, agora está na hora deu e Jacob irmos. Mas vocês vão à minha casa, né? – perguntei esperançosa.

– Só eu, a Paty, e a Bia. – falou triste Helo.

– Então tá. Muito triste que vocês – olhei para as outras. -, não vão.

– Amiga, quem sabe outra vez. É que temos muitas coisas para fazer, e muitos compromissos, apenas isso. – explicou Mayara.

Eu e Jacob subimos, arrumamos as malas, e fomos para o saguão, as meninas estavam todas sentadas no sofá conversando.

– Gente, eu me vou. – anunciei.

Todas se levantaram e me abraçaram. O abraço em grupo que eu tanto amava. Deixei umas lágrimas caírem.

– Eu amo vocês demais. – falei enquanto nos afastamos.

– A gente também te ama. – elas falaram. – Você sempre será nossa patricinha. – completou Helo.

– Assim espero.

– Vamos? Temos que chegar ao aeroporto em menos de uma hora. – chamou Jacob.

– Sim. – falei triste.

Zeidan veio e me deu um mega abraço, me tirando do chão.

– Desculpa a demora. É que eu tinha que tomar banho. – ele se desculpou. – Mas não poderia deixar você ir, sem um mega abraço do seu melhor amigo, né?

– Fiquei com medo que não viesse. Ia ficar muito triste com você.

Depois de mais abraços e mais choros, acabamos indo ao aeroporto. Chegamos lá rapidamente. Pegamos o voo depois de um tempo esperando. No avião, não deixei de derramar uma lágrima.

No avião fomos aos beijos, conversas diversas, sorrisos, e muitos pensamentos.

Chegamos ao aeroporto de Seattle, e logo que saímos, vi meus pais. Fomos até eles, e eu os abracei fortemente. Estava morrendo de saudades. Por mais que foram apenas uns poucos dias, eu não conseguia passar algumas horas sem eles, quem dirá dias.

– Mamãe, eu conheci vovó. – falei já no carro, a caminho de casa.

– Eu soube. Ela ligou logo que você saiu de lá. – ela riu.

– Eu fui no último dia, mesmo. – admiti.

– Então, o que fizeram lá? – ela perguntou com curiosidade.

Olhei para Jacob e hesitei um pouco para responder.

– A gente? Curtimos com meus amigos. Ele ficou traumatizado com todos. – não menti. Apenas omiti um fato.

– Ela e ele, fizeram... Amor. – papai disse. Provavelmente lendo minha mente.

– Eu não te pedi Jake? – ela perguntou um pouco nervosa. – Pedi que tentasse.

– Mãe, acredite, ele tentou. Eu que não ajudei. Eu forcei demais. – defendi Jake.

– Já foi, né? – ela revirou os olhos. Sorri. Eles aceitaram de boa.

Estava sendo difícil para mim ver eles aceitando. Quer dizer, pais super-protetores aceitando que a filha não era mais virgem. Sem brigas? Sem matança? Sem sermão?

– Não é isso, filha. Só que há outras coisas com que a gente tem para se preocupar.

– Como o que? – Jake perguntou preocupado.

Ninguém falou nada. Ficamos a volta inteira em silêncio. Eu e Jacob estranhando e meus pais preocupados. Chegando em casa, estava tudo quieto. Todos sentados no sofá, apenas vovó e vovô em pé.

– Cheguei – falei animada, mas ninguém correspondeu à animação. – Que clima é esse?

– Será que dá para alguém falar? – Jake pressionou.

Todos nos olharam preocupados, e com medo.

– É horrível filha, você mal ter chegado de uma viagem, e já ter uma notícia ruim. – começou papai.

– Alice teve uma visão. – avisou tio Jasper.

– O que viu, tia? – perguntei.

– Os Volturi. – meu corpo congelou, minha respiração falhou. Tentei achar ar, mas estava impossível. Jake se posicionou a meu lado, e pegou minha mão.

– E então... Eles devem estar vindo para algo calmo né? – falei esperançosa. Tinha que ter algum pensamento positivo. – E a visão da tia Alice não é exata.

– Renesmee, sem positivismo. Sabemos por que eles virão. – papai deu uma pausa. – Eles querem ver, como foi sua vida desde a ultima visita. E ver você. Vê seu crescimento. E sinto que teremos uma briga.