You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

O problema é que eu tô sambando, sambando, sam-sam-sam-sam-sam-sambando ♪♫♩ sério, isso foi ridículo.
MEU, EU RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO! Foi da fofa da draddie (/u/286377/) que disse coisas fofas e que agora recebe um fofo OBRIGADA! Se tem uma coisa que me deixa mais feliz que reviews é receber uma recomendação! Então, cara, obrigada mesmo, esse capítulo é pra tu. Um coração em dedicatória ♥ Boa leitura!
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>>SPOILER nível básico: Nesse capítulo, as coisas esquentam/pioram/mudam/ficam tensas.



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Isso era pra ser uma omelete, mas eu drasticamente consegui transformá-la num vômito de ogro. A ponta do meu indicador tocou a parte que ainda estava crua e me obrigou a provar. É, não estava tão ruim, o bacon disfarçava bem o gosto. Dá pra comer.

–Sam? - Freddie perguntou, deitado no sofá. - O que está acontecendo aí?

–Nada - disse, rapidamente, e virei a omelete na frigideira, passando para o liquidificador ao meu lado cheio de leite batido com chocolate e canela. - Não vem aqui.

–Por que não? - tá, agora ele viria aqui. Esse bagulho de psicologia inversa deve funcionar com esse cabeça dura do Benson. Parou ao meu lado e deu uma simples olhada na minha bagunça. - Esse é o café que você disse que faria?

Hesitei um pouco em responder.

–Sim.

Isso aí?

É. Por quê? Já vai falar mal?

–Não, não, não, nada a ver. Está...apresentável. - levantou as sobrancelhas, ainda encarando o vômito amarelo e marrom.

Freddie estava ficando muito mais tempo aqui em casa. E, bem, preciso dizer que estas estão sendo as melhores quarenta e oito horas da minha vida? A gente só sai daqui pra ir ao mercado (fazendo a maior bagunça, vulgo guerra de comida, no setor das frutas e brigando pra ver quem leva o refrigerante mais gostoso. Mamãe sempre ganha com a Fanta Uva.) e olhe lá! Quer dizer, se nós não estamos brigando pelo lado direito da cama - o lado perto do abajur - ou pelo controle, ou pela cor da cueca dele, que TEM QUE SER PRETA, bem... Nós... estamos...

–Come - ordeno, e Freddie arregala os olhos, me fitando. Cruzo os braços. - Vai, come.

–N-Não acordo com fome...

–Come logo, eu já provei, está bom - menti, vendo Freddie ficar totalmente embaraçado enquanto pegava o garfo lentamente.

–Sério, eu acho que isso não é uma boa ideia. Não estou com a absoluta fome e...

–Vai logo, Freddie! Sabe, não é justo! Eu não sei cozinhar! E vcê... vive jogando na minha cara que faz strogonoff e massas e sushi e até sopa melhor que eu! - fiz a minha melhor cara de cínica, cruzando os braços, mas no fundo eu só queria mesmo era que Freddie provasse um pedaço da gororoba e falasse algo só para simplesmente não me deixar triste.

E, sim, ele fez exatamente o esperado. Freddie cortou um pedaço relativamente grande da omelete e engoliu sem mastigar. Primeiro fez careta, depois fechou os olhos e me mostrou um enorme "joinha" com a mão direita. Eu ri, colando minha bochecha ao tórax desnudo dele e fazendo barulhos de beijo com a boca.

–Que humilde, hein. - sussurrei.

–Não, está bom mesmo - ele insistiu.

–Sei, sei - e, antes mesmo que pudesse falar para ele provar mais um pouco então, Freddie tomou meus lábios, me fazendo sentir aquele gosto cru de ovo. Não, o bacon não disfarçou nadinha.

Freddie me ergueu e me colocou em cima do local que antes estava a frigideira pelando, puxando a camiseta dele do meu corpo até ela cair no chão, e ele logo abocanhou um de meus seios, como ele sempre gostava de fazer. Eu tentei empurrar sua cabeça para trás só por birra mesmo, e ele não ligou e continuou a se deliciar com aquela sensação. Confesso que era meio nojento fazer isso bem na pia da cozinha, mas o desespero de Freddie me convenceu a ignorar a comida, os modos e o bom senso.

Ultimamente - e com isso eu quero dizer nas últimas horas–, estava sendo assim. Ele não sossega até conseguir o que quer. Por isso, facilitei dessa vez. Em poucos segundos ele se posicionou entre mim e retirou seu membro de dentro da calça, preenchendo meu vazio e me tirando um daqueles gemidos que eu fazia de propósito só para atiçar a fera. Freddie revirou os olhos com isso e puxou a minha cabeça para seu pescoço, o qual eu beijei para literalmente aproveitar o momento, sentindo o cheiro da minha pele favorita em todo esse mundo.

Ele suspirava enquanto puxava meu corpo inteiro para frente e para trás, fazendo seu membro me estocar por dentro enquanto eu passava a unha de leve em seu queixo, como se estivesse totalmente desinteressada no que estava acontecendo. Já Freddie não conseguia parar de fitar minhas pupilas, só cortando a comunicação visual para fechá-los por segundos e logo abri-los, acariciando a maçã esquerda de meu rosto. Ele aumentava e diminuía a velocidade, fazendo as coisas de um jeito muito, muito devagar e depois acelerando gradativamente até se mexer incrivelmente rápido, sem balançar a pia de granito.

–Freddie... - disse baixo no pé de sua orelha, a unha ainda raspando em seu queixo - Eu amo você.

Ele não respondeu, concentrado. Até podia sentir que estava cada vez mais próximo, até meu moreno não conseguir segurar mais que isso. Sempre tentava me esperar para gozar, e finalmente dessa vez conseguiu. Meu corpo se contraiu quando senti aquela sensação conhecida me eletrizar desde o cabelo até a ponta do dedinho do pé, enquanto observava Freddie soltar longos suspiros e sua respiração ofegante tão melodiosa.

–Eu também te amo, amor. - sua voz mais grossa do que normalmente soou. - E sempre vou te amar, certo?

–Claro. - eu disse, por fim.

E foi quando aquilo me atingiu. Aquela culpa, aquele pressentimento de que algo estava errado. Freddie arrumou sua calça sorrindo e me beijou, como sempre fazia depois que a gente se completava. Me deu a camiseta cinza do chão e, logo tratei de a vestir de novo, sem sair de cima da pia. Tá, agora era a hora. Era a hora que eu tinha pra dizer tudo aquilo que estava preso na garganta. Sobre mim, sobre o Harry (que graças a Deus estava bem longe dali), sobre o roubo, sobre tudo! Eu ia esclarecer tudo a ele, nesse exato momento.

–Eu tenho que dizer uma coisa.

Ele me olhou com seu jeito maroto de estar prestes a ouvir a delaração de amor do século, mas sua expressão logo mudou quando me viu totalmente tensa. Freddie ergueu levemente as sobrancelhas e aguardou por segundos, mas sua ansiedade venceu da paciência.

–O que? - disse.

–É sobre eu... e o Harry.

Ah, não acredito que consegui dizer a palavra! Harry. Foi o suficiente para tudo desabar, transformando o que era pra ser algo romântico numa bomba atômica, destruindo uma área correspondente a três continentes africanos. Freddie enrijeceu; a barriga foi para dentro, os braços cruzaram e o rosto ficou sombrio. Eu não o reconheci, eu realmente não o reconheci. Ou melhor, esse era algo parecido com o Freddie que eu vira há alguns anos, a parte dele que nunca gostaria de desenterrar. O Freddie Com Raiva.

–O que tem vocês? - perguntou, ríspido. Foi o bastante para eu andar para trás.

–N-Não... exatamente nós, sabe, é meio engraçado, tenho certeza que você vai rir. É t-tipo... ele me confessou que estava... apaixonado por mim.

Aquela palavra saiu da minha boca com o maior nojo que pude dizer.Tá, em termos, isso não era uma mentira. Harry tinha, de fato, confessado isso para mim, mas não foi o suficiente para Freddie diminuir sua expressão, continuou na mesma posição. Eu esperei um minuto, talvez dois, provavelmente três, e Freddie não disse nada. Só depois que tomou coragem, passou as mãos nos olhos e voltou a olhar para mi, agora um pouco menos agressivo.

–Sim, é tão ridículo que chega a ser engraçado - sua boca não teve nem a curva de um sorriso, muito menos de um riso. - Eu... achei que...fosse algo pior ou sei lá.

Engoli em seco. Agora era a hora. Essa era mesmo a hora. Eu não queria de jeito nenhum ver aquela personalidade dele de novo. Eu tinha que cuspir aquilo como se tirasse um band-aid, rápida e indolorosamente. Respirei fundo, colei as mãos na pia e só disse.

–Eu o beijei.

–Quando? - sua resposta saiu automaticamente, como se já previsse minha frase. Não tive coragem de olhá-lo.

–Há três dias.

Isso ele não esperava. Freddie arregalou os olhos e foi para trás como se tivesse sido empurrado. E dessa vez, foi rápido. Seus passos foram em direção ao quarto e eu o segui, pedindo para que esperasse, mas ele ignorou. Procurou uma outra camiseta sua no meio das cobertas, pegou os sapatos e seguiu para a porta. Dessa vez eu não consegui travá-lo com os braços, seu corpo repeliu meu toque e bateram nas minhas mãos, indo ao elevador.

–Freddie, espera! Pelo amor de Deus, espera um pouco! - berrei, mas ele não me escutou. Apertou várias vezes o botão do elevador, quase afundando-o na parede, e ignorou a minha presença ao seu lado. - Me escuta!

Ver aquela cena me machucou por dentro. Ele mordia a boca dele, mordia até sair sangue. Sem brincadeira, mordia tão forte que seus dentes estavam até com uma coloração vermelha. Eu não aguentei, usei toda a minha força para colar suas costas à parede, forçando-o a olhar para mim. Só por alguns milésimos de segundos, Freddie me deu um empurrão tão forte que me fez cair no chão. Antes mesmo de eu levantar, já tinha se esgueirado para a escada de incêndio, ignorando a ideia de descer de elevador.

–Freddie! Freddie, espera, caralho! - gritei.

Não deu tempo de me levantar e entrar na escada. Apesar de descer todos os degraus numa velocidade nunca atingida antes, eu o perdi de vista. Ia descendo andar por andar, lance por lance, mas não consegui o ver. Assim que cheguei ao térreo, vi Seu Esteves olhando espantado para a saída dos fundos e segui seu olhar, abrindo a porta. Eu ignorei o fato de estar só de camisetão e mais nada, precisava achar ele e contar a verdade, contar tudo que tinha acontecido desde o começo!

Quando pisei na rua de trás do prédio, meus olhos correram por todos os cantos procurando por ele, mas não o achei. Só o que vi foi uma garota, cabelos médios e castanhos, parada no meio da rua. Ela estranhamente olhava para mim.

Eu não tinha tempo de ficar pensando o que ela estava fazendo ali, no meio da rua, estática. Só corri até ela e segurei em seus ombros, a chacoalhando.

–Moça, você viu... - tentei falar, mas minha voz ficou rouca e falhou, me forçando a repetir a frase. - Você viu um cara baixinho, cabelos pretos e com um tênis...

–Me reconhece, Samantha Puckett? - ela me interrompeu. Não, eu não tinha tempo para isso!

–Olha, eu preciso mesmo achar esse...

–Você me reconhece, Samantha? - ela perguntou novamente. Bufei, prestando atenção nela de novo. Era um pouco mais alta que eu, pele clara, olhos escuros. Usava uma calça jeans, camiseta preta e sapatos de segunda mão.

–Olha, eu não tenho tempo para gracinhas. Eu preciso achar ele! - gritei de novo, totalmente alterada.

–Responda minha pergunta. - agora, seu tom parecia ameaçador. Quê? O que estava acontecendo? Como... ela sabia quem eu era?

–Não! Não te reconheço, droga! Quem é você, por que está no meio da rua, da onde me conhece? CADÊ O FREDDIE? VOCÊ O VIU?

Ela virou a cabeça levemente para a esquerda, esboçando um pequeno sorriso. Aquela vadia só podia estar de brincadeira com a minha cara. Que diabos ela estava tentando fazer? Quem ela é?

–Na verdade, meu nome é Claire - ergui as sobrancelhas, indiferente. - Mas hoje eu sou só uma porta-voz. Devo me apresentar com outro nome.

–Que nome, garota?! - berrei, prestes a dar um soco naquela estranha.

–Albert Marconny.

Ela foi mais rápida que eu, dando um tapa na minha cara e eu senti meu corpo chocar com o asfalto. Marconny?

Ai meu Deus.

Antes que eu pudesse me levantar, a garota me chutou cruelmente na costela duas vezes, fazendo-me rolar de barriga para baixo. Eu gemi de dor vendo dois brutamontes chegarem perto de mim e pisarem na minha perna. Algo preto cobriu meus olhos.


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Notas finais do capítulo

A parte dark da fic... Isso indica que o final tá chegando. Alguém lembra do Marconny? Sem spoilers de quem são essas pessoas que vão raptá-la, e pra onde elas vão a levar, mas pelo menos vocês já sabem PRA QUEM elas trabalham... ENFIM, EU TENHO UMA RECOMENDAÇÃO, ENTÃO... ♥
.LEMBRANDO QUE: O Marconny citado acima não tem nenhuma relação com o Marconny criado pela Kim em Soul Rebel. Eu me inspirei nele, porém as únicas coisas similares aos dois são os nomes iguais e estar envolvido com o crime de alguma forma. Não copiei. Esse é o meu Marconny.
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Duas palavras: Agora. Fodeu.



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