A Filha De Hades escrita por Morpheus


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem,.... Mais um cap.... Esse ta um pouquinho dramático Kkkkk mais ta legal. Espero que gostem. 3bjjs ;***



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continuação Arya

Enquanto eu pegava meus materiais, o sinal tocou. Continuei andando de vagar, e o corredor foi ficando vazio. Até sobrar apenas eu. Não me importei. Eu gostava de ficar sozinha as vezes. Mesmo que por pouco tempo.

O horário de agora era Artes. A Sra. Claire gostava de mim, "você é minha aluna mais brilhante" ela dizia.

A única aula que eu não tinha com o Jeremy. 

Continuei minha caminhada vagarosa. A medida que eu andava, meus passos ecoavam pelo corredor vazio.

- Senhorita Spenc! - eu reconheceria essa voz em qualquer lugar.

- Senh... - minha voz falhou - Sra. Sellms....

- O que você está fazendo aqui? O sinal tocou a 5 minutos... - ela disse se aproximando de mim de vagar, ela devia estar a uns  8 metros de mim - Uma garota como você não deveria andar por ai... Assim , desprotegida.

- Ah, me desculpe, eu não ouvi o si... - me afastei 4 passos dela - Espera! Como assim? Uma garota como eu?

Antes que ela me respondesse, um aluno dela todo apavorado saiu da sala onde ela estava antes perguntando algo sobre a matéria. Assim que ela se virou, eu corri, corri o mais rápido que pude. Ela estava me dando medo.

Entrei ofegante na sala. A Sra. Claire me analisou por alguns segundos.

- Está tudo bem querida?

- Sim, está tudo bem. - menti

- Ótimo - ela disse abrindo um sorriso pra mim - Sente-se no seu lugar.

Assenti e me sentei.

A aula correu normalmente. Logo o recreio chegou.

Sai da sala e fui até o armário guardar minhas coisas. Andei um pouco procurando pelo Jeremy. Perguntei para algumas pessoas se haviam visto ele, e me disseram que viram ele indo pro banheiro do fundo (onde ninguém ia).

Fui pra lá, e fiquei cerca de 5 minutos parada na porta; Então eu gritei por ele várias vezes até ele me responde.

- Eu... Eu estou aqui... - sua voz estava abafada, mas eu sentia preocupação nela. - Pode ir... Eu já vou.

- Jeremy. Saia logo. Abra a porta. Eu tenho que te contar uma coisa.

- Pode ir. Eu já disse. Eu já estou indo.

- Tá bem... - eu disse, mais continuei ali, parada, eu não ia deixa-lo. Algo estava errado, muito errado.

Encostei minha cabeça na porta, tentando ouvir alguma coisa. E percebi que o celular do Jeremy tocou. Por sorte ele colocou no viva voz. E eu pude ouvir.

- Jeremy eu.... - a voz do homem ao telefone estava embargada - Eu sinto muito. Mais... Nós não conseguimos.

- A CULPA FOI SUA! - Jeremy gritou - Se você não a tivesse chamado pra aquela reunião idiota...

- A culpa NÃO FOI MINHA Jeremy! Foi uma fatalidade! Não se evita a morte!

- Olha o que... Olha o que você está me dizendo... - ele soluçou algumas vezes - Como... Como foi que...?

- Ela estava na estrada, indo pra Las Vegas e... Ela tentou desviar de algo na pista, e bateu o carro numa rocha e capotou... 

Ouvi Jeremy desligar o telefone. Eu sabia o que estava acontecendo. Só que eu queria ter certeza. Abri a porta um pouco e fiquei observando ele.

- ELA MORREU! - ele gritou jogando o celula contra a parede. - MINHA MÃE... Minha mãe... - e ele desabou no chão em prantos.

Sai correndo na direção dele, me ajoelhei ao seu lado, e o abracei. Eu não sabia o que dizer, não sou muito boa com palavras. Então eu apenas o abracei, sem dizer nada. Ele precisava de mim.

Ficamos ali, no chão do banheiro, pelo o que pareceu 10 minutos. Me levantei. Não podíamos ficar ali pra sempre.

- Vamos. - eu disse o ajudando a levantar - Não podemos ficar aqui. O recreio já vai acabar. - ele me fitou por alguns segundos, seus olhos castanhos claro estavam vermelhos de tanto chorar, e seus cabelos enrolados estavam bagunçados - Pra onde quer ir?

- Nós não podemos sair... - olhei pra ele com um olhar de "não termine essa frase, me responda!"- Eu não sei....

- Vem, eu sei de um lugar. - eu disse puxando-o pelo braço

Andamos pra saida dos fundos. Chovia fraco. A rua estava vazia. Pulamos a cerca.

Eu ia leva-lo ao bosque, no seu lugar favorito, eu nunca tinha indo lá antes, mas eu sabia onde ficava. Segui na frente e ele logo atrás de mim. Andamos em silencio até chegarmos na entrada do bosque.

- Para onde vamos? - ele não falava desde o banheiro

- Você vai ver.

X

Chegamos no local. Era uma árvore bem alta e velha. E no seu topo, havia uma espécie de "chão de madeira".

Ele se virou pra mim e deu um leve sorriso, eu retribui com outro. Era muito bom ve-lo sorrir nessas circunstancias.

- Você primeiro! - fiz um gesto pra ele subir.

Subimos rapidamente e nos sentamos, ficamos olhando pro horizonte. Ainda chovia fraco. E  a paisagem era linda: um denso bosque, com o pouco do raio de sol que passava por entre as nuvens fazia as árvores brilharem quando encontravam-se com as gotas da chuva.

Ficamos cerca de  3 horas e meia ali. Em silencio.

- É melhor irmos. Logo vai escurecer. 

- É, tem razão. - me levantei preparando pra descer. - Mas... Pra onde você vai?

- Não sei... Estou pensando em ir pra casa da tia Greice. - tia Greice era a tia favorita dele - Vou ficar uns tempos por lá.

- É, boa ideia. A Greice é legal.

Descemos e andamos de volta pra cidade. As poucas pessoas que estavam na rua, nos olhavam estranhamente. Estávamos molhados e sujos. Uma senhora veio nos oferecer comida. Nós recusamos e rimos.

- E quanto a você?- disse Jeremy, quebrando o silencio mais uma vez.

- O que tem eu?

- O que vai fazer?

- Acho que vou passar na casa da Diuly antes de ir pra casa. Estou preocupada com ela.

- É. Ela sumiu. - chegamos na esquina da casa da Diuly e ficamos parados. - Bem, me de notícias dela.

- Tudo bem. - eu disse me virando e indo em direção a casa dela.

- Ah, e Arya!- eu voltei- Obrigado. Por tudo.

- Que isso, é pra isso que servem os amigos. - ri e ele também - Só, tente ficar bem ok!?

-Ok. - ele disse quase chorando.

Esperei ele virar a esquina e fui pra casa da Diuly. Toquei a campainha. O pai dela atendeu (  a mãe dela havia morrido assim que ela nasceu); o pai dela era até bonito, parecia aqueles galãs de filme dos anos 80.

- Olá Arya.- ele me analisou - Está tudo bem?

- Sim senhor, não se preocupe. Bem... Onde está Diuly.? Ela sumiu. Não me mandou sms, nem apareceu na escola.

- Bem...Ela teve que.... Viajar. - ele estava mentindo, sem duvidas - É. É isso. Ela teve que viajar.

- Ah... Mais ela nem se quer me avisou.

- Foi com urgencia querida. - ele respondeu nervoso - Olhe, acho que você deveria ir pra casa - ele estava me expulsando da porta da casa dele? É isso? - Uma garota como...

- Tá, eu já sei... Uma garota como eu não deve andar por ai desprotegida. Já ouvi isso antes. - ele me olhou, sua expressão era de interrogação.- Então até. - olhei o relógio que pendia na parede da sala da casa, 19:10. 

Eu ia chegar em casa só as 20 horas. Minha mãe vai me matar.

- Thau querida. Até - ele disse fechando a porta rapidamente. Se eu não tivesse dado um passo pra trás. Eu teria quebrado meu nariz naquela porta.

Carros na rua,estacionados; uma festa na casa de frente a de Diuly; pessoas do lado de fora das suas casas rindo e conversando. 

Sai andando pensando no meu dia. Que não podia ficar mais estranho. Ou podia?


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado ... Agradeço quem le minha fic. Deixem comentários e tals. Ideias e sugestões são muito bem vindas. (: e me desculpem pelo capitulo pequeno. Mais minha fic vai ter uns 50 capitulos no minimo. Eu não sei escrever histórias pequenas. Kkkkkk
Vlw (: