My Heart Is Bleeding escrita por Mimia R


Capítulo 28
Joy, Duas em Uma


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Último capítulo da fic! Ai meu pai do céu, estou com o coração apertado. Bom, não vou enrolar muito, nas notas finais eu falo com vocês. Espero que realmente gostem. Boa leitura! :DD



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Eu sentia a ponta da estaca começar a penetrar minha pele de leve. Mordi o lábio. Eu não sabia se ele ia mesmo fazer aquilo, mas também não duvidava. E ainda estava um pouco chocada. Mas eu tinha que raciocinar, tinha que ficar calma.

– Eu vou matá-la e a culpa é sua. – Ele falou baixo.

Eu não sabia como argumentar com ele. Marcus tinha razão, eu mesma tinha causado aquilo. Meus atos geraram consequências, mesmo que em nenhum momento eu tenha imaginado que tudo terminaria desse jeito. Não podia ter dito nada além disto:

– Você disse que eu ia acabar com uma estaca no meu coração por causa do meu passado. – Falei. – Mas parece que estava errado.

Ele ficou calado.

– Quem vai enfiar uma estaca em meu coração é você. – Falei. – Meu presente e futuro. Meu amor...

Senti a mão dele vacilar um pouco. Eu não conseguia ver seu rosto, mas eu tinha certeza que minha escolha de palavras tinha mexido com ele. Marcus ficou um bom tempo ele silêncio.

– Você não sabe o que está dizendo. – Ele falou baixo. – Isso vai muito além de amor, é uma questão de sobrevivência, caçadora.

– Por que você continua me chamando assim? Pelo que eu estou vendo eu sou a caça agora.

– Você sempre vai ser uma caçadora para mim. – Ele disse.

– Então é assim que você vai se lembrar de mim depois que eu morrer? Eu sempre com uma estaca na mão?

– Sim. – Ele respondeu sem hesitar. - Porque foi por essa mulher que eu me apaixonei.

Eu não acreditei no que tinha ouvido. Tive medo de fazer qualquer movimento e descobrir que não tinha sido real. E a estaca continuava firme em meu peito, me impedindo de fazer movimentos bruscos.

– Eu me apaixonei pela caçadora. – Ele disse. - E passei a amar a vampira.

– Você me ama? – Eu perguntei num sussurro.

– Eu não posso amá-la. Estou prestes a destruí-la... – A voz dele estava um pouco instável.

– Você não precisa fazer isso...

– Se eu não fizer, eles vão acabar com nós dois de qualquer jeito.

Eu senti que o aperto dele em meus braços estava se afrouxando. Com muita delicadeza eu comecei a puxar um braço. Ele não pareceu perceber, ou não se importou. Eu coloquei minha mão com cautela por cima da que ele segurava a estaca.

– Vai doer mais se for você a enfiar a estaca em meu coração. – Eu falei.

(Waiting for a Girl Like You - Foreigner)

Eu segurei a mão dele e comecei a afastar a estaca do meu peito. Alguns segundos depois ela estava no caída no chão. Eu me virei para olhar para o rosto dele. Ele tinha os olhos fechados, seu rosto parecia em agonia. Eu passei a mão por ele.

– Você me tira do sério, caçadora. – Ele disse. – Por que você tinha que fazer tanta burrice?

Pensei em pedir desculpas, mas ele falou antes de mim:

– Eu nunca poderia fazer isso com você. Seria como cravar a estaca em meu próprio coração.

Ele abriu os olhos e eu balancei a cabeça. Ele tinha o maxilar enrijecido.

– Me desculpe por ter dito aquelas coisas pra você. – Ele falou. – Eu não sabia como lidar com o que estava sentindo. É como se... Eu morreria por você, sem pestanejar. E eu não aguentava pensar que alguém tinha tal poder sobre mim. Eu fiquei com raiva e queria fazer você se afastar. Mas isso é impossível. Eu não posso...

– Eu também não. – Sussurrei. – Não posso ficar longe de você, Marcus. Eu te amo.

E eu disse aquelas palavras com total convicção. Sem mais nenhuma dúvida em minha cabeça. Essa era a única certeza que eu tinha na minha vida naquele momento. Marcus arregalou um pouco os olhos. Depois de alguns segundos, ele falou:

– Eu não entendo como você consegue, depois de tudo o que eu te fiz... Eu sabia que se a deixasse despertar como vampira, isso acabaria com você. Mas eu só... não consegui deixar você morrer. Eu fui egoísta. Eu não podia...

Eu balancei a cabeça de um lado para o outro. Encostei minha testa na dele. Ele fechou os olhos. Eu também.

– Eu te amo, Joy. – Ele sussurrou. – Eu te amo tanto...

Em seguida nós estávamos nos beijando. O beijo começou lento e carinhoso, como se nossas bocas estivessem se familiarizando. Mas depois foi ficando cada vez mais feroz. Marcus agarrou minha blusa e sem nenhuma delicadeza a rasgou. Eu joguei os restos no chão e fiz o mesmo com a camiseta dele. Eu pulei em seu colo e enrolei minhas pernas na cintura dele. No segundo seguinte estávamos deitados naquela cama redonda.

Os lençóis eram macios, de seda. Marcus tirou meu coturno e depois abriu o zíper da minha calça e a puxou. Ele tirou a calça dele também e nossas peles se tocaram. Marcus tirou meu sutiã. Depois sua boca deixou a minha e foi até meus seios. Eu fechei os olhos extasiada. Depois senti as mãos dele pegarem minha calcinha e a rasgarem também.

A boca de Marcus foi descendo pela minha barriga, lambendo cada ponto da minha pele. A mão dele começou a tortura que ele sempre gostava de fazer comigo. Eu soltei um leve gemido. Sentia os dedos dele me invadirem e eu arqueei o corpo. Ele estava brincando comigo, me deixando doida, como sempre fazia.

A língua passou pelo meu peito e lambeu o sangue da leve ferida que a estaca tinha feito. Depois ele juntou sua boca com a minha novamente, enquanto sua mão acariciava meu seio. Ele tirou a boxer que estava usando e eu vi seu membro duro, pulsando de desejo por mim. Eu estava louca de tesão por ele.

– O que vai ser hoje? – Perguntei num sussurro.

– Hoje vamos fazer amor. – Ele sussurrou com a voz rouca.

Ele não podia ter escolhido palavras melhores. Ele me penetrou naquele instante. Soltei um gemido alto e ele também. Ele começou a se movimentar. Devagar e até um pouco carinhosamente. Mas depois começou a ficar mais agitado. Aos poucos nos íamos ao delírio. Cada movimento que o Marcus fazia só aumentava o meu desejo. E eu percebia que o mesmo acontecia com ele.

– Você me preenche. – Falei e não consegui conter um riso, logo seguido por um gemido.

– Você me completa. – Ele respondeu num sussurro e deu um sorriso malicioso.

Marcus me segurou e me levantou, ainda dentro de mim. Ele me fez ficar sentada em seu colo, e quando eu pensei que não podia ficar melhor, aquela posição me levou a loucura. Meus gemidos eram abafados pelos beijos dele. Algum tempo depois eu senti que estava prestes a explodir em puro êxtase. Marcus aumentou os movimentos e em instantes chegamos juntos ao ápice.

Nós dois ficamos deitados e abraçados. Eu não queria desgrudar dele nunca mais. E nem acreditava ainda naquilo. Era realmente irônico se fosse relembrar tudo o que vivemos. Ele me viu crescer. Eu conheci o Marcus quando saí em minha primeira caçada, com 14 anos. E nunca, nunca poderia imaginar que estaria assim com ele agora. Isso me fez lembrar de uma coisa.

– Quantos anos você tem? – Perguntei.

Ele riu.

– Eu tenho 21. – Respondeu.

Eu olhei para ele.

– Marcus, sério.

Ele balançou a cabeça.

– Ok. Eu já vivi... um pouco. Não tenho certeza, eu não gosto de ficar contando, é entediante. Mas acho que tenho... 627 anos.

Eu arqueei a sobrancelha surpresa. Não esperava que ele fosse assim tão velho. Ele riu novamente.

– Eu sei, sou muito bem conservado. – Falou e eu ri também.

– Quem transformou você? E como aconteceu?

Ele pareceu achar graça da minha pergunta. E foi vago quando disse:

– Ela me deixou livre, é só o que importa.

Franzi a testa estranhando. Ela? Então tinha sido uma mulher que o transformou.

– Eu posso fazer o mesmo com você. – Ele disse cauteloso. – Eu não quero, mas faço se for o que você quer.

– Eu não preciso que você me liberte. – Falei. – Só o que eu quero é ser sua para sempre.

Nenhum de nós falou mais sobre o assunto. Ele me beijou novamente e eu retribuí com muito agrado.

– Joy, como vai ficar sua situação com os caçadores? – Ele perguntou. – Eles provavelmente não vão parar de nos caçar...

Eu pensei um pouco e depois falei:

– Vampiros sempre vão existir, assim como os caçadores. Nós só precisamos nos certificar de não cruzar nossos caminhos.

A expressão dele mudou para preocupação. Eu o indaguei com o olhar.

– O que foi? – Perguntei.

– Eu estava pensando aqui sobre... seus pais. – Ele falou.

Um assunto delicado.

– Eu não matei seus pais, Joy. Eu juro.

Eu só olhei para ele, em silêncio.

– Eu matei muitos caçadores, não vou mentir, mas não seus pais.

– Foi o Luke. – Eu falei. – Eu soube no instante em que olhei nos olhos dele. Ele parecia querer dizer aquilo em voz alta, mas não podia. Você o proibiu, não foi?!

Ele não afirmou e nem negou. Aquele assunto não precisava vir à tona agora. Era um passado distante, mesmo que ainda fosse dolorido. Eu não queria falar sobre aquilo.

– É passado. Só... não toca mais nesse assunto. – Falei.

Ele balançou a cabeça concordando e deu um beijo no topo de minha cabeça. Nesse momento ouvimos alguém bater na porta. Eu olhei para ele e franzi a testa. Mas parecia que o Marcus não tinha ficado surpreso. Ele me olhou.

– Eu ia dizer para você vestir sua roupa, mas acho que não tem como. – Ele disse rindo.

Eu peguei minha calça jeans e coloquei. Depois meu coturno. Fiquei só de sutiã, porque minha blusa estava em frangalhos. Marcus se vestiu também e foi até a porta. Eu ainda não estava entendo, mas ele parecia estar esperando aquela visita. Eu enrolei um lençol ao redor do corpo e Marcus abriu a porta. Eu não podia ter ficado mais surpresa quando vi aquela vampira novinha, a que tinha me ajudado e que eu encontrei duas noites antes, parada lá na porta.

Marcus se afastou e deixou que a menina entrasse. Depois ele fechou a porta e veio para o meu lado. Eu não estava entendo nada. A vampira me olhava daquele jeito esquisito dela. Eu fui a primeira a falar.

– O que está acontecendo? Quem é você realmente?

– Você pode me chamar de Kaya. – Ela falou com aquela voz de menininha.

Eu olhei para o Marcus questionando.

– Joy, a Kaya é... – Ele fez uma pausa antes de dizer: - minha criadora.

Se eu fiquei chocada? Definitivamente! Fiquei olhando feito uma boba para a menina que não parecia ter mais de 15 anos. Eu nunca tinha pensando em quem tinha transformado o Marcus. Eu nunca tinha visto nem ouvido falar em seu criador. No entanto, ela sempre esteve na minha frente.

– A Kaya é uma das mais velhas vampiras que existem.

Eu ainda não tinha voz para falar.

– Por falar nisso – Kaya falou. – Já tomei as providências, criança. Você não tem mais dívida nenhuma com os outros. Assim como a Joyce.

Acho que ela estava falando sobre o Marcus não ter que me matar. E ela o chama de criança? Eu quase ri com aquilo.

Vi o Marcus dirigir o olhar para a menina e dar um aceno de cabeça agradecendo. Vi também o respeito que ele tinha por ela. E só naquele momento eu entendi porque sentia que devia respeitá-la também.

– Obrigada. – Eu falei. Acho que estava me referindo a tudo que ela fez por mim, mesmo sem eu nem saber quem ela era direito.

Ela deu um sorriso leve. Ela tinha uma carinha de menina, mas seus olhos mostravam o quão velha e sábia ela era.

– Rumando para outro assunto, – Ela falou. – eu vim aqui para dar essa notícia e para algo mais.

Ela se aproximou de mim.

– Joyce, devido ao seu passado não tão distante, imagino que ainda tenha compulsão por... matar vampiros.

Eu fiquei um pouco constrangida, mas não neguei.

– Pois bem. Tenho alguns serviços para você. Vai possibilitar que você faça o que nasceu para fazer, e sem quebrar nenhuma regra.

Franzi a testa sem entender.

– Só alguns vampiros que precisam ser eliminados, e não vejo ninguém melhor para o trabalho.

Ela estava falando sério? Vi o Marcus lançar um olhar para mim. Ele arqueou a sobrancelha e deu um sorriso de canto. Eu senti uma agitação tomar conta de mim e um sorriso confiante surgiu em meu rosto. Eu fui até onde minha estaca estava caída e a peguei. Analisei-a e depois olhei para a vampira.

– Estou dentro. – Falei.

– Ótimo. – Ela disse. – Mando notícias com o tempo.

Depois ela saiu, deixando eu e o Marcus sozinhos.

O meu vampiro se aproximou de mim e segurou minha cintura. Eu me virei para ele e sorri ao ver aquele sorriso malicioso em seu rosto. Parecia que o resto da minha existência seria bem agitado. Mas desde que eu estivesse sempre ao lado do Marcus, nunca ficaria entediada.

– Eu disse que você sempre seria uma caçadora. – Ele falou e me deu um beijo rápido. – Minha caçadora.

F I M


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Notas finais do capítulo

Own! Acabou! Gente, o que acharam? Como a fic terminou? Gostaram, odiaram? Valeu a pena vocês tirarem um tempo da vida de vocês para ler minha fic? Me digam tudo. Olha só, eu queria muito agradecer a todos vocês que estiveram comigo desde o começo. A fic durou quase três meses, e foram três meses maravilhosos para mim. Cada REVIEW que eu recebia de vocês era uma emoção tão grande. Saber que minha fic merecia um comentário se quer já de me deixava super feliz. Como eu sempre respondi nos REVIEWS de vocês, MUITO OBRIGADA DE TODO O MEU CORAÇÃO POR TEREM LIDO MINHA FANFIC. OBRIGADA A TODOS VOCÊS.
Então, que tal deixa um último REVIEW para fechar com chave de ouro? xD Sério, me digam se gostaram mesmo, POR FAVOR! À quem nunca comentou, mas leu a fic, deixe seu comentário nesse último capítulo para eu saber que você esteve aqui e se gostou. Por favor, últimos REVIEWS! REVIEWS! E mais um última vez, MUITO OBRIGADA POR FAZER ESSA AUTORA FELIZ! :DD