O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 21
STC: A nova Rose


Notas iniciais do capítulo

Aqui, como sempre, está o primeiro capítulo do próximo "livro", que se chama "O Deus Sem Nome e o Deus Perdido". Eu espero que gostem!

Comentem!



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A coloração mortificada das nuvens através da janela de vidro indicava o pranto dos céus, e... Espera, o que eu estou fazendo? Eu não escrevo desse jeito! Vamos começar de novo, sim? Estava nublado, e ia chover. Sim, isso é muito mais Rose.

Eu rabiscava algumas instruções furiosamente em um pergaminho, com Constance ao meu lado esquerdo, Will no direito, na sala de poções. Eu havia descoberto que, se anotasse tudo em grego durante a explicação, tornaria tudo muito mais fácil para mim, isso havia me ajudado a subir minhas notas em umas cinco ou seis matérias. O quarto ano estava finalmente no final, o que significava que, assim que recebêssemos os boletins, passaríamos de estudantes para alunos. Tem uma diferença em Hogwarts: alunos são alguém, já estudantes... Bom, eles estão lá apenas para fazer volume, acho. É a partir do quinto ano que podemos criar clubes, ter aulas de aparatação, passar todos os finais de semana em Hogsmeade, temos até aulas mais legais. É claro que também temos os N.O.M's, as provas que indicam para quais matérias temos aptidão. Mas isso não interessa! Eu vou dar o melhor de mim ,e vou passar na maior quantidade de matérias que puder. Em pensar que, dois anos atrás, eu conseguiria passar em umas duas, talvez três... É até engraçado.

O professor nos liberou, desejando a todos ótimas férias, e deixou a sala. Eu coloquei os livros de qualquer jeito na mochila e ajudei Will com as dele, passando o tumulto na porta e, logo em seguida, nos dirigindo aos Salões Comunais.

Muita coisa havia mudado desde o último ano. Comigo, com meus amigos, com tudo! Acredite se quiser, Constance e Jake estavam namorando! Sim, isso mesmo, eu também fiquei chocada quando soube. Na verdade, ela estava me enrolando para dizer como, exatamente, isso aconteceu desde o natal! Já Will estava desempenhando um papel magnífico na Liga dos Buscadores, no Setor de Semideuses em Perigo de Auto Exposição, ajudando meio-sangues famosos, ou com sangue real a não ultrapassar seus limites. Talvez ele fosse chefe um dia.

Sr. D estava a dois anos e meio do fim de sua sentença, então poderia voltar ao Olimpo. eu? Bom, eu havia mudado bastante, e descobri que a adolescência não é assim tão ruim, afinal. Por dentro, eu era a mesma Rose Leonards de sempre: chata, irritante, sarcástica e impossível de se conviver. Já por fora...

Meu rosto havia, de repente, se transformado de "comum" para o considerado "bonito", meus uniformes da escola finalmente ganharam algumas curvas, meus cabelos curtos ficaram mais cacheados e meus olhos pareciam ainda mais azuis. Era um pouco estranho, passar e ser observada - e de um jeito bom! - pelas pessoas. A verdade, é que eu sempre me senti como um patinho feio: magra de mais, pálida demais... Apesar disso, sabia que não podia reclamar. Eu estava ocupada de mais salvando a humanidade para me preocupar com beleza, uma vez que não é exatamente algo que vá me ajudar, ou aos Deuses.

— Nos encontramos no banquete. — disse Constance, arrancando-me de meus devaneios e se dirigindo à direção oposta à nossa.

— Acredita que já está acabando? — perguntou-me Will, sorridente. Era bom estar com ele novamente. Eu sentira sua falta no último verão, quando eu, mais quatro semideuses e três de meus colegas bruxos, incluindo Constance, tivemos de completar uma série de tarefas mortais para recuperar uma flor sagrada da Deusa da Primavera.

— Não mesmo. — respondi e baguncei seus cabelos cacheados e sorrindo— Vamos, menino-pônei, vamos arrumar as malas para poder dar o fora logo cedo.

___________________

— O que está fazendo? — indagou uma voz masculina atrás de mim, quase fazendo-me ter um surto psicótico e puxar a varinha do cós da saia cinza do uniforme.

Tanner? — sussurrei para a imagem tremeluzente, ainda com a varinha apontada para a imagem tremeluzente da mensagem de Íris— O que você está fazendo, seu imbecil?

— Bela recepção! Eu querendo desejar boa viajem, dizer que estou com saudades, esperando que você fosse dizer algo do tipo "Nossa, que bom que você é o tipo de amigo que aparece e não me deixa sem notícias durante semanas, obrigada, Tanner!", mas nãããão...

Abaixei a cabeça quando senti minhas bochechas queimando. Desde o final do ano passado, toda a vez que conversávamos, ou que recebia uma carta dele, minhas mãos suavam, meu coração dava algumas cambalhotas e minha cabeça girava. Eu estava tentando lutar contra aquilo com todas as minhas forças, uma vez que era óbvio que ele não sentia o mesmo, mas era impossível. Eu tinha uma vaga lembrança de minha última missão, dele se oferecendo para segurar o céu por mim porque me amava, mas sei que não foi o que ele quis dizer. Ele era meu amigo, meu melhor amigo. Só isso, nunca seria mais nada. Além disso, não é como se eu estivesse apaixonada por ele, provavelmente era apenas coisa da minha cabeça.

— Sinto muito. — murmurei sorrindo— É que você me assustou. E sinto muito se não posso ficar mandando mensagens de Íris ou escrevendo cartas enquanto estudo para as provas finais.

Levei a mão direita até meu pescoço, brincando com os três pingentes que ali se encontravam como fazia sempre que estava nervosa.

Uma conta de argila branca, com um galho pintado em um nome: Tyler. Uma lira, presente de meu pai, Apolo. E, por último, outra conta, dessa vez azul escura, com uma flor prateada e outro nome: Dylan. Todas significavam alguma coisa, lembravam-me de alguma coisa, e não eram exatamente fáceis de esquecer.

— Certo, me desculpe, eu esqueci disso.— foi a vez dele de corar.

— Falando nisso, por que já está no Acampamento. Pensei que suas aulas só terminassem na semana que vem. — era o seu primeiro ano "comum", em uma escola, desde que ele fora para o Acampamento. Ele revirou os olhos.

Terminavam. Pelo menos até eu ser perseguido por um Basliscoe acabar colocando fogo em um prédio de três andares bem no meio do Queen's.

— Que droga. — falei, mas estava rindo e, logo, ele também estava.

— A que horas vocês chegam amanhã? — perguntou Tanner.

— As cinco, eu acho. É bom ter algo especial para mim.

— Claro, vou planejar alguma coisa. Eu... — ele sorriu, porém, logo em seguida, direcionou o olhar para sua esquerda, como se alguém o tivesse chamado. Seus olhos brilharam — Rose, eu sinto muito, tenho que ir. Falo com você amanhã. Prometo.

Não tive tempo de me despedir, a mensagem de Íris caiu e o levou junto, para o outro lado do oceano.


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram, né? Sei que sim... Principalmente aqueles "Ronner Maníacos"! uashauhsuahuhs
Vou torturar vocês nesse
~Lu



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