As Long As You Love Me escrita por Madness


Capítulo 13
Capítulo 12




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Passei correndo por todas as ruas as atravessando loucamente, carros buzinavam para mim e para o Dylan. Eu ainda estava em sua frente e já começava a me cansar.

Entramos na rua da minha casa, passei na frente da casa da Anna e ela estava sentada na varanda, lendo. Quando ela me viu ela levantou e veio falar comigo.

- Hãn, está apostando corrida com um fantasma? – Ela perguntou franzindo o cenho.

Eu parei um pouco pra respirar, olhava atento para frente onde Dylan viraria a esquina.

- Bom eu na verdade – Não deu outra e Dylan virou na esquina feito louco, ela olhou na direção em que eu olhava e começou a rir. Como assim ela ri? Eu estou prestes a apanhar e ela rindo, humpft, vê se pode isso.

- Acho melhor você correr, ou não vai sobrar muito James pra contar história. – Ela tinha razão, mas eu não sabia pra onde correr, ele já se aproximava, se eu fosse para frente ele se jogava em cima de mim e me derrubava na grama. Não iria conseguir pular a cerca como um ninja, porque eu provavelmente iria enroscar o pé e cair de cara, então a única coisa que pensei foi: Me esconder atrás de Anna. O que foi hilário já que eu sou mais alto que ela, eu me encolhi e disse:

- Me esconde aí. – Foi aí que ela riu mais, era ridículo, qualquer um me via ali.

Não deu um minuto e Dylan apareceu, ele me olhava raivoso, achei melhor me levantar, porque ficar agachado não estava ajudando.

- Seu filhote de peixe morto – Dylan se aproximou com seu olhar de cão raivoso (pode ter sido um trocadilho por causa do apelido dele, entendam como quiser).

- Amigão – Eu disse abrindo os braços – Você parece uma tartaruga quando corre, tem que mover mais os ossos, larga de ser sedentário.

- Eu vou te pegar – Isso soou estranho, certo. – Sai de trás da Anna pra eu te dar uma surra.

Não movi um músculo a verdade é que eu tinha vontade de rir, mas Dylan estava tão sério, que tinha medo que fosse verdade.

- Anna, por favor, por gentileza, saia da frente.

Para provoca-lo eu lati e rosnei, foi idiota, mas isso o deixou com muita raiva. Então ele deu a volta pela direita e eu sai correndo pela esquerda. Já estava no quintal de casa me sentia livre, eu iria correr e subir na árvore que tinha no fundo de casa, tudo planejado, mas por um relance eu olhei para trás, o que pode ter sido um erro, pois eu não tinha percebido que Dylan tinha dado a volta ao contrario a minha justamente para me pegar de frente.

Só senti o impacto com a grama, Dylan era lerdo, mas era inteligente.

- Ahá, te peguei Jay, agora você está ferrado. – Anna via tudo por trás da cerca e ria, cadê ela pra me ajudar?

- Só não me beija, cara. Sério, segure seus ataques gays, não seria nada legal que minha vizinha visse isso.

- Claro que não seu bobinho, – Ele disse fazendo voz de menina. - não vou te beijar, não posso trair meu pôster do Brad Pitt. – Ele disse piscando os olhos freneticamente e fazendo uma cara assustadora.

- Então tudo bem, já pode me soltar?

- Claro que não, você terá uma punição, ninguém mandou me chamar de Dog e ter latido pra mim, seu bicha. – Eu rolei os olhos, e do nada Dylan começou a fazer cócegas em minha barriga.

Meu ponto fraco. E o maldito sabia disso, uma vez quando éramos pequenos eu não tinha muito controle sobre minha bexiga, passamos a madrugada toda bebendo refrigerante, aí Dylan inventou de fazer cócegas em mim e acabei molhando o chão todo, constrangedor, não precisava contar isso.

Eu comecei a rir, estava com medo de acabar me molhando ali, eu não tinha ido ao banheiro desde a hora do almoço na escola.

- Dylan... Por favor... Pare – Eu disse entre cortadas enquanto tentava me acalmar, então ele voltou a me fazer mais cócegas. – Eu vou... eu vou – Ele entendeu e me soltou, acho que ele não queria que eu mijasse ali, ele teve bom senso. – obrigado. – Eu murmurei me levantando.

Anna já havia parado de rir, ela estava na parte do quintal dela encostada na cerca, que por sorte era meio pequena, porque se não ela não a alcançaria. Eu e Dylan não estávamos escorados na cerca, mas estávamos no quintal de casa.

- Agora me expliquem, o por que disso tudo?

- Bom, é que Dylan deu uma de estressadinho, só porque eu disse que ele estava sonhando quando disse que me ganharia no videogame...

- E você disse pra mim não latir...

- Aah tanto faz. – Disse dando de ombros.

- Mas o que deu a história do vídeo?  - Anna perguntou curiosa num tom de preocupação. – Você foram...

- Expulsos? Não, nem fomos suspensos. – Ela tentou esconder o máximo possível, mas deu pra perceber que ela estava feliz por isso.

- Nós vamos ter que ajudar a bibliotecária a arrumar os livros depois da aula. – Dylan disse me completando.

- Menos mal... – Anna ia dizer algo, mas ela foi interrompida por seu irmão mais novo, o Henry, ele tinha seis anos e era todo fofinho, sério. Ele segurava seu urso de pelúcia, um Stitch que quase era maior que ele.

Henry, tinha o cabelo castanho clarinho, às vezes até parecia loiro, seu olhos eram castanhos cor de chocolate, muito diferentes da Anna, mas acho que é porque Henry puxou mais a mãe do que o pai. Ele era branquinho, assim como a irmã. Ele vestia uma camiseta de beisebol, ele era fanático, uma calça e um tênis. Ele não deveria estar com frio, pois não vestia um casaco.

- Anna, – Ele a cutucou e ela abaixou-se até ficar de seu tamanho. – você pode me levar pra andar na praça e comer um algodão doce?

- Claro! – Ela disse docilmente. – Só vai pegar um casaco pra caso esfrie, mamãe não vai querer que você pegue um resfriado.

Ele saiu saltitante para dentro de casa.

- Bom eu vou levá-lo, a gente se vê.

- Ok. – Eu disse

- Eu também queria algodão doce. – Dylan resmungou, eu ri. Dylan às vezes parecia pior que criança.

- Anna, - Eu a chamei de volta. – você se importaria se eu e Dylan fôssemos com você? Ele também quer um algodão doce... – Eu disse sorrindo. Ela sorriu de volta e Dylan fez um cara de cachorro pidão (outro trocadilho, que ele não saiba disso).

- Claro, só vou pegar minhas coisas, encontro vocês aqui na frente em dez minutos. - Nós assentimos e esperamos ela voltar com Henry, para darmos uma volta.


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Notas finais do capítulo

E aí estão gostando?