Trouble escrita por Julice Smolder


Capítulo 10
Need you by my side


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, desculpe a demora mas é que eu e Ali estamos muito atrapalhadas e bloqueadas para escrever as fics, mas não nos abandonem e continuem comentando. Bom, para compensar a demora postamos um capitulo grande para vocês e para as apaixonadas pelo Jer, ele voltará em breve.
Espero que gostem. Boa Leitura.



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Minhas pernas arrastavam meu corpo em direção a sala de Lorena. Eu vestia uma calça jeans e uma blusa preta com gola alta protegendo meu pescoço do ar gelado que chicoteava meu rosto. Com minhas mãos fechadas em punhos continuei a ser arrastada até a porta da sala de minha médica. Evitei bater, Lor sabia muito bem que esse não era um dos meus hábitos. Então apenas empurrei a porta e entrei em sua sala, logo em seguida fechando a porta em minhas costas.

Em minha frente uma loira, alta, com rosto redondo, bochechas rosadas, olhos claros e lábios carnudos. Nunca tinha visto ela nesse recinto ou nessa clinica. Ergui uma sobrancelha e cruzei meus braços antes de me encostar contra a porta.

-Quem é você? –Perguntei.

-Rebekah, sua nova psicóloga. –Se apresentou, abrindo um sorriso meigo enquanto apontava para mim a cadeira em sua frente. Eu poderia recusar, mas estava tão cansada devido à noite mal dormida, que se ficasse mais dois minutos em pé, eu iria acabar espatifada no chão.

-Eu sou Elena –Me apresentei. Em frente a aquela mulher me senti tão diminuída, sua beleza era quase ofuscante, e eu estava me sentindo tão feia. Principalmente pelo fato de que as olheiras abaixo de meus olhos deveriam estar gigantes e meu rosto mais inchado que uma bola de futebol. Respirei fundo ignorando os pequenos detalhes entre nós e continuei a fitar a pilha de papeis em sua frente.

-Eu sei, bom Elena, nós temos quarenta e cinco minutos e eu preciso tentar te conhecer o máximo possível, mas claro sinta-se a vontade para contar apenas o que se sentir a vontade. –Sorriu cruzando as pernas abaixo da mesa de mármore.

-Coisas como: Nome completo, idade, cidade natal e outras bobagens você já deve saber não é? –Perguntei para a loira que apenas assentiu. Com um longo suspiro continuei. –Sabe Rebekah, eu já passei por essas consultas milhares de vezes, e sempre me senti estranha por contar minha vida a um total estranho e nunca realmente conhecer essa pessoa –Suspirei. –Se importa se eu lhe fizer umas perguntas? Eu sei que isso vai contra o protocolo, mas eu me sentiria melhor. –Abri um sorriso convincente e ela tragou uma grande quantidade de oxigênio antes de começar a falar.

-Claro, sinta-se a vontade para me fazer perguntas. Responderei todas. –Sorriu e eu retribui seu gesto.

-Quantos anos você tem? –Cruzei os braços.

-Vinte e sete, trabalho nesse ramo há cinco anos. Sou divorciada e moro sozinha com minha filha Lexi –Encheu o peito para falar da filha e em seguida abriu um sorriso orgulhoso. –Eu engravidei muito jovem, com dezesseis anos, e o pai dela foi obrigado a se casar comigo, quando atingimos a maior idade, decidimos que o melhor para todos nós era o divorcio, e assim estamos até hoje. –Deu de ombros parecendo estranhamente confortável ao tocar no assunto. –Meus pais morreram quando eu era muito jovem e fui criada pela minha baba Elizabeth –Torceu a cara em sinal de que estava pensando em mais coisas para acrescentar, mas suspirou. –Eu acho que é isso, se quiser acrescentar mais alguma pergunta, ficaria feliz em responder. –Sorriu.

-Você promete que tudo falado nessa sala não será comentado com mais nenhuma pessoa, do ambiente de trabalho ou não? –Perguntei erguendo uma sobrancelha.

-Na faculdade fazemos um juramento para que isso não aconteça, caso violarmos a lei, podemos ser processados ou até mesmo pegar cadeia –Deu de ombros. –Pode confiar em mim Lena. –Sorri ao ouvir meu apelido.

-Tudo bem, quantos minutos ainda temos? –Decidi perguntar, me rendendo.

-Vinte e dois minutos, sinta-se a vontade e abra seu coração –Ela acabou a frase e nós duas soltamos uma gargalhada. Me aconcheguei mais na cadeira e com uma ultima respiração funda, comecei a despejar palavras sobre minha psicóloga.

-Eu estou nessa clinica há cinco anos, mas tenho depressão desde os doze. Meus pais são John e Isobel Gilbert. Por serem figurões da sociedade eles nunca me deram muito carinho e amor, eu sempre fiquei sozinha sendo cuidada pelas muitas babás que ele contratavam anualmente. –Revirei os olhos. –Jeremy é meu irmão mais novo, ele nunca sofreu com nenhum problema psicológico ou físico, sempre foi o menino prodígio e orgulho da família, ou meu orgulho –Sorri. –Er...acho que por hoje só quero contar isso. –Decidi cortar a historia da minha vida pela metade, eu sei que um dia teria que contar isso para alguém, mas prefiro que não seja no primeiro dia que a conheço.

Respirando fundo Rebekah assentiu, logo em seguida pegou sua prancheta e com uma carranca encarou as letras escritas na mesma.

-Você é supervisionada dia e noite por Damon Salvatore, certo? –Perguntou e eu assenti. –Okay, terei que conversar com ele também –Disse anotando algo na ficha.

-Posso saber o porquê? –Cruzei os braços e ela sorriu.

-Regras da clinica –Deu de ombros. –Eu preciso saber do relatório dele, e saber como é o relacionamento dos dois. –Sorriu. Suspirei profundamente e olhei para o chão tristemente. As imagens da noite passada ainda insistiam em me atormentar, e quando mais tentava afastá-las, mais elas grudavam em minha mente.

-Tem alguma coisa que queira me contar? –Ergueu uma sobrancelha.

-Não, está tudo ótimo –Forcei um sorriso que Rebekah pareceu não engolir, mas também não me forçou a contar nada.

-Bom, acho que é isso Lena –Sorriu levantando-se da cadeira e vindo me abraçar. No primeiro instante fiquei sem reação, mas logo em seguida retribui seu gesto e sorri. A loira parecia realmente confiável e carinhosa, ela parecia –como todos –querer me ajudar. Ou seja, sem duvidas eu continuaria minhas cessões com ela, e talvez assim consiga achar resposta para minhas muitas perguntas.

-Te vejo amanhã? –Perguntou esperançosa, apenas sorri e assenti. Notei que a loira conteve um gritinho, mas apenas sorriu e caminhou até a porta. Sai da sala e nesse mesmo instante meus olhos encontram Damon parado em minha frente com as mãos dentro dos bolsos.

Traguei uma boa quantidade de ar e caminhei em direção ao meu quarto e eu sabia que estava sendo seguida por ele, mas fingi desinteresse, mesmo sentindo meu coração martelar em meu peito. Todos os acontecimentos de ontem à noite rolavam pela minha mente como um filme, o que me deixava ainda mais deprimida. Suspirei pesadamente e entrei em meu quarto sem nem olhar para trás.

-Elena, precisamos conversar –Damon disse e em seguida ouvi o barulho da porta sendo trancada.

-Não temos nada para conversar –Ainda estava de costas para ele, com minhas mãos fechadas em punhos e minha respiração desregulada.

-Temos sim, ontem a noite...E-Eu fui um idiota –Ele falou se sentando na cama. –Estamos parecendo dois adolescentes nos evitando, não consigo mais ficar assim. –Me virei em sua direção e encarei aqueles olhos azuis agora dois tons mais escuros que me fitavam cheios de culpa.

-O que você quer falar? –Me rendi puxando a cadeira de minha escrivaninha e sentando o mais longe dele que consegui.

-Sobre o beijo –Ele suspirou –Eu não disse nada ontem, por que... –Não deixei ele terminar e logo comecei a falar:

-Por que você não sentiu nada –Completei notando seus olhos azuis se arregalarem.

-Elena, não é verdade –Se defendeu.

-Qual é Damon, vai dizer que algum dia pensou em mim de outra maneira que não fosse como sua paciente? Me diz que já se sentiu atraído por mim? Ou que quis realmente me beijar ontem à noite? –Coloquei minhas mãos nas cinturas. Ele não respondeu, continuou em silencio me fitando. –Viu eu sabia –Bufei soltando todo o ar pelo nariz. –Mais alguma coisa a acrescentar? –Ergui uma sobrancelha e ele suspirou tristemente.

-Só não quero que as coisas fiquem estranhas entre a gente, por causa de um beijo –Seus olhos percorreram o chão. Soltei uma risada pelo nariz e respondi a sua pergunta.

-Não se preocupe com isso, continuarei sendo sua paciente problemática e que você tem que proteger –Revirei os olhos sentindo meu coração se retorcer enquanto eu pronunciava as palavras.

Ele suspirou, encarou as palmas das mãos e logo em seguida seus olhos azuis encontraram os meus.

-Posso te abraçar agora? –Ele murmurou e eu contive um sorriso. Eu estava muito envolvida com ele e não poderia permitir meu coração a se iludir ainda mais. Eu iria começar a me afastar de Damon aos poucos sem ele perceber, ao menos durante o tempo que ele cuidará de mim, como eu sei que ninguém alem de Lorena durou tanto nessa clinica, eu entendia que o tempo dele era limitado.

-Acho melhor não –Traguei uma grande quantidade de oxigênio, e fitei o chão de madeira abaixo dos meus pés. Esperei mais dois longos minutos pensando que ele iria se manifestar, mas Damon era Damon e nunca falava mais que o necessário. Revirei os olhos e me levantei caminhando até o banheiro. Em meia hora teria aula de artes e não queria ficar mais nenhum minuto naquele quarto tão carregado de tensão.

Depois de demorados minutos submersa na água quente, eu desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha branca posta sobre a pia. Penteei meus cabelos com os dedos, tentando desfazer uns nós e abaixar o volume, o que não adiantou. Bufei frustrada e entrei no quarto, procurando pelo moreno de olhos azuis, mas não o encontrei. Dei de ombros e segui para meu armário pegar a roupa que havia separado pela manhã.

Já estava devidamente arrumada e sentada sobre a cama balançando meus pés pelo chão de madeira. Cadê o Damon?  Minha mente berrava enquanto minhas mãos inquietas agarravam o tecido fino da minha jaqueta.

Daqui a alguns minutos eu teria aula de artes e sem Damon talvez eu nem fosse proibida de participar da aula. Bufei já irritada com o atraso do moreno. Cansada de esperar, me levantei da cama e caminhei até a sala de artes, mas antes que eu pudesse entrar na mesma eu fui barrada por um médico alto, ruivo e com um sorriso estonteante.

-O que a senhorita deseja? –Ele perguntou erguendo uma sobrancelha.

-Entrar? –Minha resposta soou como uma pergunta irônica.

-Desculpa, mas a professora deu ordens de não deixarmos nenhum aluno atrasado entrar –Sua boca se contorceu me fazendo revirar os olhos.

-Eu preciso entrar –Supliquei e ele negou logo em seguida dando de ombros. O assunto estava encerrado.

Girei em meus calcanhares e com pisadas fortes eu caminhei até meu quarto abrindo a porta com força e me jogando contra a cama macia. Damon vai receber o troco, ele me fez perder a única aula que eu consigo realmente relaxar e quando eu mais preciso disso. O que ele estava fazendo? Ou melhor, onde ele estava?

Senti as lágrimas me sufocando e respirei fundo tentando deter as mesmas. Eu não iria mais chorar, não iria mais derramar uma lágrima se quer por qualquer coisa idiota e pequena que acontecesse comigo. Isso só me enfraquece e me deixa vulnerável e essas são as coisas que eu não posso me tornar no momento.

-Elena? –Damon adentrou o quarto com um grande sorriso no rosto e eu revirei os olhos virando de costas para o mesmo. –O que aconteceu?

-Você sumiu e eu não consegui participar da aula de artes, eu achava que para ser o meu “guardião” tinha que ter uma certa responsabilidade Doutor Salvatore. –Virei-me em sua direção e me endireitei na cama.

-Desculpa, eu estava conversando com Rebekah, era a hora da minha consulta, pensei que fosse chegar a tempo –Fechou a porta atrás de si.

-Mas não chegou, e agora eu perdi a única aula que realmente me interessava, eu acho melhor pedir para a Lorena colocar outra pessoa no seu lugar –Respirei fundo contendo a vontade de desmentir tudo isso, mas eu teria que ser fria e encarar isso como uma verdadeira mulher de dezoito anos.

-Não Elena, não faz isso, você sabe que precisa de mim e que eu preciso de você –Ele respirou fundo. –Me desculpa por ter lhe feito perder essa aula, eu não pensei que fosse me atrasar tanto assim, mas é que Rebekah disse que precisava me fazer umas perguntas sobre você e eu achei bom ir. –Deu de ombros passando a mão direita entre os fios escuros.

-Damon, você saiu daqui a duas horas, a consulta é quarenta e cinco minutos, não minta para mim. –Cruzei os braços fechando a cara.

-Eu não menti, eu fui comprar isso... –Ele tirou de trás das costas um gatinho de pelúcia caramelo. Não pude deixar de sorrir e Damon retribuiu meu gesto.

-Damon... –Falei ainda com um sorriso bobo no rosto. –Você não vai me comprar com um gato de pelúcia, sabe disso né? –Ergui uma sobrancelha e ele soltou uma risada pelo nariz.

-Na verdade isso era para ser um pedido de paz, não queria mais brigar –Abaixou a cabeça encarando os pés e eu assenti.

-Não sei, eu...er... –Não sabia como contar a ele que realmente fiquei chateada com sua atitude naquela noite.

-Eu te magoei, eu sei, mas eu não queria perder essa amizade, aquela noite não vai se repetir eu prometo,mas não me afasta, eu não quero te perder Lena –Se aproximou de mim trazendo o gato junto com ele e meu sorriso se abriu, mas logo em seguida morreu ao repensar em suas palavras.

Eu queria que aquilo acontecesse de novo? Sim, meu coração gritava, mas minha mente berrava não, você só irá se machucar. Estava em cima do muro e não sabia o que fazer. Mas em uma coisa eu concordava com ele, eu também não queria perder essa amizade. Ele foi a única pessoa que eu realmente consegui me abrir alem de Jeremy e acho que esse homem que antes eu temia achando que me usaria como experiência se tornou meu melhor amigo.

-Também não quero te perder –Sussurrei e levantei da cama indo ao seu encontro e envolvendo seu corpo com meus braços.

Todas as palavras que eu tinha repetido há duas horas haviam sumido da minha cabeça, eu não precisava me afastar aos poucos dele, isso só me faria mal e se eu quero mesmo sair daqui eu tenho que nadar com a correnteza e não deixar meu melhor amigo sumir. Ele que me segura sempre que estou caindo, ele que me puxa quando estou voando, ele é meu ponto de apoio nessa clinica. Ele quer me ver longe daqui tanto quanto eu quero sair. Eu precisava parar de agir como uma criança birrenta, eu preciso dele comigo e agora vou tentar alimentar essa amizade, tentar não misturar sentimentos e nem me machucar. Eu só preciso dele ao meu lado.

Fechei meus olhos e me deixei levar pela saudade. Respirei fundo preenchendo meus pulmões com seu aroma másculo e me deliciei nas sensações que estar em seus braços me causavam. Seus lábios tocaram o topo da minha cabeça e ali ele depositou um beijo. Sorri e me afastei dele, tirando de seus braços o meu novo companheiro.

-Qual vai ser o nome dele? –Damon perguntou e eu ri.

-Ele é de pelúcia Damon, não precisa de nome –Apertei o gato contra meu corpo.

-Claro que eu preciso –Damon vez voz de criança e depois miou me arrancando uma gargalhada.

-Bobo –Mostrei a língua para ele em um gesto bem infantil devo admitir. –Vai se chamar...Mel. –Sorri.

-Nossa que original –Damon revirou os olhos.

-Tem idéia melhor? –Perguntei.

-Não e o gato é seu –Ele sorriu retirando o casaco que usava e depositando o mesmo sobre a cama.

Sentei-me na cama ainda com o gato em meus braços e fiquei analisando Damon se arrumar, em seguida meus olhos correram para a janela e eu mergulhei em total nostalgia ao lembrar-me de meu irmão. Nós costumávamos colocar nomes em ursos quando éramos pequenos e depois corríamos para o jardim brincar com os mesmos, e lá ficávamos por horas e horas entretidos em nosso próprio mundo.

-Tudo bem? –Damon me arrancou de meus devaneios.

-Uhum, só estou com saudades do meu irmão –Dei de ombros.

-Você quer ligar para ele? –Perguntou.

-Não posso, ligações só são liberadas durante os finais de semanas.

-Mas eu posso te ajudar –Retirou o celular do bolso e o colocou em minhas mãos.

Peguei o pequeno aparelho entre meus dedos e aos poucos fui me lembrando dos números que formavam o número telefônico do meu irmão, e assim que acabei ergui o telefone até meu ouvido esperando ouvir a voz familiar de meu Jeremy.

-Alo? –Sua voz encheu meu coração de alegria e eu não contive um sorriso que tomou conta de todo meu rosto.

-Jer, sou eu, Lena –Contei e um silencio estranho se instalou entre nós.

-Lena, onde você está? Como está me ligando? –Ele parecia preocupado.

-Calma, eu estava com saudades e Damon me emprestou o celular e eu quis te ligar –Suspirei. –Não estou atrapalhando?

-Não, claro que não. Eu só fiquei preocupado –Eu podia adivinhar que meu moreno estava sorrindo do outro lado da linha. –Eu estou com saudades também maninha.

-Quando você vem me visitar? –Perguntei enchendo meu coração de esperança.

-É só você pedir que eu estou ai.

-Pode ser esse final de semana? Queria muito passar um tempo com você.

-Claro que pode, eu vou ai no sábado. –Uma voz estranha o chamou e ele ficou em silencio por alguns segundos. –Lena, agora eu preciso ir. Te amo minha pequena, até sábado.

-Também te amo, até sábado. E não conta para Lorena sobre a ligação –Pedi e Damon assentiu na minha frente.

-Pode deixar, tchau Lena.

Desliguei o celular e coloquei sobre a mão de Damon. Falar com Jer me deixou feliz e de repente a tristeza de ter perdido minha aula de artes tinha se dissipado. Eu estava feliz, veria Jeremy no sábado e eu e Damon não estávamos mais nos evitando. Isso fazia tudo ficar melhor e valer à pena.

Claro que mesmo eu tendo perdoado e abraçado Damon eu ainda fico receosa pelo fato de que eu o machuquei a algumas noites atrás, tenho medo de que essa cena se repita e que seja pior, eu nunca me perdoaria se isso acontecesse novamente. E também fico com receio pelo fato de que eu querendo ou não ainda estou magoada pelo modo que ele se comportou na noite do beijo e também me magoa as palavras que ele disse “aquela noite não vai se repetir eu prometo”. Eu sei que poderia estar me iludindo cada dia mais, mas eu não tinha forças para me afastar, eu precisava dele, de tudo nele, mas é uma missão impossível uma vez que o mesmo só me vê como sua paciente. Por isso chamei Jer, eu preciso dele, para conversar e contar para alguém que realmente me conhece toda essa bagunça que está em minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Comentem e deixem duas escritoras felizes.xx
Próximo capitulo será postado quando chegar a 10 reviews no minimo :D