Imprinting escrita por Nessie Black Halloway
Renesmee Cullen's POV
Parei de olhar para Seth e Andressa. Estava me sentindo uma bisbilhoteira. Fiquei conversando com Leah enquanto Jacob entregava a picape ao Sr. Mason.
Jacob veio até nós e olhamos os dois outra vez, mas agora Andressa recuava, constrangendo-se. É claro que ela não sabia nada sobre o imprinting, talvez Seth estivesse indo rápido demais.
Caminhamos até lá e ela levantou-se, nos esperando.
- Vamos entrar! – Jacob acenou para eles, e Andressa entrou primeiro.
Jacob trocou um rápido olhar com Seth, e deu um soco em seu ombro.
- Vai com calma, moleque!
Seth deu de ombros e sorriu.
O almoço foi bem tranquilo, porém animado. Conversávamos e ríamos das piadas que Jacob trocava com Seth.
Billy estava quieto demais, e eu estranhei sua expressão, parecia cansada.
Andressa às vezes sorria e olhava rapidamente para Seth, depois desviava os olhos para o chão.
Após o almoço, Jacob e eu ficamos a sós na cozinha, enquanto os demais foram para a frente da televisão, juntamente com Billy.
Meu celular tocou e eu atendi ao segundo toque.
- Oi, mãe.
- Nessie, é melhor você voltar para casa – disse ela.
- Tudo bem, estou indo. Tchau.
- Tchau.
Jacob suspirou e levantou-se,me puxando pela mão. Eu me despedi de Seth, Andressa, Leah e Billy e ele me levou de carro até a casa de Carlisle.
Ao chegarmos, toquei a maçaneta da porta para girá-la, mas hesitei ao ouvir a voz de Tia Rosalie lá de dentro.
- Carlisle, ela é só uma criança! – disse ela com uma voz de súplica. – Os pais morreram e ela está sozinha... Precisa de uma família.
Eu olhei para Jacob, que estava ao meu lado. Ele franzia o cenho, tentando escutar.
- Tudo bem, Rose – ouvi Carlisle suspirar. – Vou falar com Jacob sobre isso.
- Estão falando sobre Andressa? – perguntei a Jacob.
- Sim – disse ele. – A loura quer adotá-la.
- Que ótimo! – eu sorri – Ter filhos sempre foi o sonho dela.
- É, mas... parece que Carlisle não gostou muito da ideia.
- Ele disse que quer falar com você. Por favor, tente convencê-lo.
Ele assentiu e entramos na casa.
Tia Rose estava sentada no sofá, de mãos dadas com tio Emmet.
- Nessie! – ela correu até mim e me abraçou.
- E aí, pequena! – tio Emmet me deu um abraço de urso de tirar o fôlego.
- Jacob, quero falar com você. – disse Carlisle.
Ele assentiu e o acompanhou, saindo da sala. Tio Emmet os seguiu.
- Estou sabendo que vou ter uma prima – eu disse a Tia Rose.
- Ah, você já a conhece? – ela sorriu.
- Sim, acabei de conhecê-la. Por que Carlisle não quer deixar?
Ela suspirou.
- Ele acha que ela não vai se adaptar aqui, e que vai ser ruim para o crescimento dela por viver no meio de vampiros. Mas eu discordo. Acho que ela precisa de uma família.
- Eu também acho – concordei.
Esperamos alguns minutos e Carlisle apareceu na sala, o rosto sereno e convincente. Esme segurava seu braço direito e sorria para tia Rose.
- Vá buscá-la amanhã, Rose – disse ele.
Ela quase saltou até ele, abraçando-o.
- Obrigada. Obrigada.
Esme também a abraçou e tio Emmet a beijou, erguendo-a em seus braços.
- Vamos – disse ele enquanto a puxava pela mão para fora da casa. – Preciso contar a Edward que vou ser pai – ele soltou a palavra com um riso divertido.
Eu estava feliz por tia Rose estar realizando seu sonho. Lembrei de todas as vezes que ela cuidou de mim como se fosse sua filha, e agora ela teria uma. Já era crescida, mas mesmo assim era uma garotinha, como ela sempre desejou.
Também fiquei feliz porque agora eu teria, tecnicamente, uma prima. Andressa e eu poderíamos ser amigas. Seria a primeira vez que eu conviveria com alguém da minha idade. Pelo menos da minha suposta idade.
Jacob e eu fomos até o chalé, tia Rose e tio Emmet estavam lá, mas já estavam de saída.
- Nessie, já combinamos tudo – tia Alice saltitou enquanto saía de casa. – Amanhã faremos uma festinha de boas vindas para a nova integrante da família, às oito da noite.
Eu balancei a cabeça, afirmando.
Despedi-me de Jacob e dediquei o restante do dia para as aulas atrasadas de piano.
Papai me instruía sem perder a paciência, e mamãe largou um livro que estava lendo para nos ver tocar. Ela nos olhava maravilhada, as mãos abaixo do queixo e os cotovelos apoiados no piano.
No dia seguinte, ao anoitecer, comecei a me arrumar para a festa. A noite estava gelada, a chuva caía ferozmente com raios e trovões.
Vesti roupas quentes, mas não me equipei tanto. Jacob estaria lá.
Fui até a sala e vi mamãe encostada na lateral do sofá menor, os braços cruzados e os olhos fitando o vazio. Eu não gostava daquele olhar. Ela parecia preocupada.
- Mãe?
Ela me olhou rapidamente, descruzou os braços e disfarçou um sorriso.
- Algum problema? – perguntei.
- Não. Você está pronta?
- Sim.
Papai chegou da cozinha e envolveu mamãe pela cintura.
- Vamos?
Assentimos e fomos até a casa de Carlisle de carro, a chuva estava violenta.
Tia Alice havia cuidado da decoração da casa. O teto estava coberto de pequenas luzes de discoteca, e haviam balões cor de prata brilhantes contornando a casa. Uma mesa repleta de salgadinhos e bebidas foi colocada no centro para mim, Jacob, Leah, Andressa, e eu esperava que para Seth também. Eu queria muito que ele tivesse se entendido com Andressa.
Jacob apareceu alguns minutos depois de chegarmos, juntamente com Seth e Andressa. Eu sorri ao vê-los de mãos dadas.
Corri até Jacob.
- Eles se entenderam? – perguntei.
Ele assentiu e entrelaçou os dedos nos meus.
- Oi Nessie! – Seth acenou para mim, sorrindo.
Eu acenei de volta para os dois, então tia Alice aumentou o volume da música, as luzes piscando rapidamente.
Ficamos observando tia Alice dançar como uma bailarina no meio da sala com tio Jasper, e Angela se divertia junto a eles.
Tio Emmet e tia Rose dançavam também, ao lado de Seth e Andressa. Tia Rose parava de vez em quando para conversar com Andressa, acariciava seus cabelos e a abraçava, os olhos brilhando de satisfação.
Meus olhos encheram-se de lágrimas por estar vendo-a tão feliz. Elas se conheciam há tão pouco tempo e já tinham uma intimidade e sintonia intensa de mãe e filha.
- Nessie, pode me dar um copo de água? – Jacob falou através do som alto.
Eu assenti e o puxei em direção à cozinha.
Vi meus pais de frente um ao outro, perto da porta, minha mãe ainda com os olhos tensos, e papai sussurrava algo em seu ouvido.
Abri a geladeira e coloquei água em um copo, e entreguei para Jacob. Ele tomou de uma vez só, depois recuperou o fôlego.
- Bella está com algum problema? – perguntou.
- Não sei. Ela não quis me contar.
- Estranho. – Jacob me puxou, encostando-me em seu peito.
- Vamos ficar aqui um pouco? – perguntei. – Preciso dar um tempo no barulho.
- Tudo bem. – disse ele, me abraçando.
Enterrei a cabeça em seu ombro, tentando afastar os pensamentos de que algo ruim estivesse acontecendo para justificar a estranha preocupação de minha mãe.
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