Renesmee Cullen's POV

O imenso alce de galhadas compridas estava a poucos metros do meu esconderijo atrás do arbusto. Seu coração era tranquilo, o meu batia mais rápido. Podia ouvir sua respiração baixa e calma, e sentia seu sangue pulsar pelo seu corpo, quente e tentador. Estava pronta para saltar... só mais alguns segundos... Mas de repente alguma coisa grande e peluda adiantou-se na minha frente, pulando em cima do animal e o matando, me impedindo de avançar. Não pude evitar uma ponta de raiva, e também um sorriso no canto da boca.

– Jacob! - Eu gritei para o grande lobo que me encarava - Esse era meu!

Ouvi um rosnado divertido vindo de sua garganta, enquanto seus olhos negros sorriam para mim ironicamente.

Avistei de longe minha presa seguinte. Desta vez eu não falharia. Cheguei mais perto, e mais perto. Me certifiquei que não havia ninguém que pudesse pegá-lo, e abati um grande leão da montanha, o meu favorito.

Depois de seis anos de vida, estava bem prática nas técnicas de caça, e meu pai, Edward Cullen me disse que eu caçava elegantemente tal como minha tia Alice. Eu nunca concordei com isso. Ela era perfeita demais para ser comparada a mim, uma meio imortal que tentava se encaixar no mundo secreto de vampiros e lobos completos.

Faltava apenas um ano para minha maturidade oficial, eu tinha quase seis anos, mas aparentava ser uma adolescente de 16 anos desajeitada pelo crescimento rápido. Minha família ficou mais tranquila depois que Nahuel, o outro meio imortal, apresentou-se aos Volturi para provar que nossa espécie de dois indivíduos não oferecia perigo algum à civilização vampira. Ele tinha mais de 150 anos, e estava intacto e ainda muito jovem, mais ou menos a idade que eu aparentava ter. Eu estava feliz por ficar jovem por muito tempo enquanto meu pai aparentemente tinha 17 anos, e minha mãe 18.

Minha mãe, Bella Cullen, era simplesmente a mulher mais linda que eu havia conhecido. Apesar de ser vampira, ela era tranquila, suave e nunca me deixara de fora do que aconteceu durante sua vida humana. Ela me contou tudo, desde o primeiro dia que vira meu pai na escola, até o meu nascimento, que a partir daí eu lembrava de exatamente tudo, minha memória era bem potente.

A história dos meus pais era a história mais linda do mundo. Eu havia lido livros de contos de fadas, mas nenhum os superava. Eles era a prova que o amor existia. E o que eu mais desejava era que a minha vida com Jacob fosse assim também.

Jacob. Meu lobo, meu transfigurador, meu Jacob. Eu o amei desde que nasci, e não sabia o motivo, Foi então que ele me contou das lendas dos quileutes sobre o imprinting, que pra mim eram a mais pura verdade, e não deiviam ser chamadas de lendas.

Eu tinha uma família grande, e amigos no mundo todo. Meus avós paternos Carlisle e Esme, e meus tios Alice, Jasper, Rosalie e Emmet, os Cullen, eram a minha vida. Não conseguiria viver sem eles, eram meu porto seguro.

Meu avô materno Charlie era o único humano naquele meio de vampiros e lobos, mas ele me dava tanto amor quanto a minha família imortal. Eu o amava muito, principalmente pelo seu amor incondicional com minha mãe e comigo. Ele não sabia exatamente o que éramos, e preferia saber somente o necessário. Eu sabia que não era por medo, mas por amor.

Nunca vi minha avó Reneé. Ela não sabia de absolutamente nada. Minha mãe sempre ligava pra ela, disfarçando a nova voz, tentando ser apenas a Bella, que Jacob sempre insistia que ela sempre seria somente Bella, não imprortava o que ela fosse.

Eu nunca frequentara a escola. Eu vivia praticamente escondida longe da cidade para que ninguém percebesse meu crescimento acelerado, exceto Charlie. Eu estava crescendo menos que o normal nos últimos meses, e como já sabia ler e escrever desde pequena, e meu pai me dava aulas de ciências exatas de vez em quando, meus pais resolveram me matricular na escola onde minha mãe estudou no ano seguinte, depois do meu aniversário.