Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 4
Embarque na plataforma 9 1/2




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Capitulo 4 – Embarque na plataforma 9 1/2 .


Dia primeiro de setembro chegou rapidamente, tinha passado o tempo todo estudando as matérias do quinto ano, agora já sabia fazer muitas poções de cor, os feitiços que antes saiam muito errado agora conseguia fazer eles corretamente, transfigurações no começo era impossível para mim, mas agora eu achava que estava razoável (para perfeccionista como eu isso é pelo menos um excede as expectativas), Herbologia era muito fácil para pessoas que conseguem dominar o elemento madeira, história da magia era um tédio, defesa contra as artes das trevas era legal, mas como eu conhecia a professora de agora sabia que seria a pior matéria, de extras eu iria fazer Aritmancia, que eu não sabia exatamente o que era antes de ler o livro, Trato de Criaturas Magicas parecia ser divertido por causa do professor.

Cheguei a King’s Cross em cima do horário, eu caminhava calmamente carregando meu malão com uma mão e a minha mochila nas costas, passei pela barreira e vi um grupo muito estranho com um grande cachorro negro do lado, o grupo era composto de um casal ruivo, um velho com um boné de carregador que estava cobrindo os olhos dele, uma velhinha com um jeito nada normal de andar e o ultimo tinha uma cara de doente.

Acenei para o Sr. Weasley, não parei para conversar porque o apito do trem estava soando, apressei o passo.

Entrei no trem, não sabia se eu ia para uma cabine vazia ou se procurava o Potter, eu ainda não tinha decidido no que eu iria alterar a história, cada passo devia ser calculado com antecedência, pois até pequenas mudanças agora podem mudar muitas coisas no futuro.

Quando avistei o grupo formado por Harry Potter, Nevile Longbotton e Gina Weasley, decidi ficar na mesma cabine que eles.

– E ai Harry? – cumprimentei.

– Nathan? – perguntou incrédulo. – O que você faz aqui?

– Vou estudar em Hogwarts esse ano, não te contei?

– Não.

– Então, vou estudar em Hogwarts esse ano, agora te contei. – falei rindo. – Por que não apresenta os teus amigos? Principalmente essa linda dama. – falei piscando para a ruivinha, que corou com o elogio.

– Essa é Gina Weasley. – falou Harry apontando para a garota, que ofereceu sua mão que, ao invés de só dar um aperto, eu beijei, coisa que fez ela ficar mais vermelha. – E esse é Neville Longbotton. – falou rindo por causa da coloração da garota.

O rapaz estendeu a mão também, olhei desconfiado.

– Não vai querer um beijo também, né? – perguntei, rapidamente o garoto ficou espantado e negou rapidamente com a cabeça. – Ainda bem, que eu não iria beijar. – apertei a mão dele. – Prazer sou Nathan Bragança.

O nome novo, Bragança, já estava ficando automático, eu não tinha que pensar antes de responder.

– Vocês já encontraram alguma cabine?

– Tem essa ai. – disse Gina apontando para a cabine do lado, onde uma garota loira estava lendo uma revista.

Neville sussurrou alguma coisa sobre não querer incomodar ninguém.

– Não seja bobo. – disse Gina dando risadas. – Ela é legal.

Gina abriu a porta da cabine e puxou o malão dela para dentro, o resto acompanhou.

– Oi Luna – cumprimentou ela. – podemos ocupar esses lugares?

Luna Lovegood era uma pessoa interessante de se olhar, tinha cabelos loiros sujos e mal cortados, um colar de rolha de cerveja e guardava a varinha atrás da orelha esquerda. Ela deu uma examinada em nós e fez que sim com a cabeça.

Guardamos a nossos malões no bagageiro e sentamos, eu de um lado da Luna, Gina do outro, Harry logo defronte a loira e o Neville do lado dele.

A Luna não parava de olhar para o Harry por cima da revista que ela estava lendo, isso pareceu incomodar ele. A revista estava aberta em uma pagina de runas antigas, essas runas eram familiares para mim.

– Como foi as férias Luna?

– Boas – disse sonhadoramente, fechando a revista que eu tentava ler por cima do ombro dela. – Muito divertidas, sabe. Você é Harry Potter.

– Eu sei que sou – respondeu Harry.

Neville riu, mas parou rapidamente ao ver os olhos da Loira sobre ele.

– Eu não sei quem você é.

– Não sou ninguém. – respondeu Neville apressado.

– Não, não é não. – disse Gina com rispidez. – Neville Longbotton, Luna Lovegood. Luna está no mesmo ano que eu, mas é da corvinal.

– Corvinal? – perguntei.

– É mesmo, você não sabe das casas. – falou Harry. – Existem quatro casas em Hogwarts, Corvinal, a casa dos inteligentes, Lufa-lufa, a casa dos companheiros, Grifinória, a casa dos corajosos e Sonserina a casa dos Ambiciosos. Quando você começa a estudar lá você é separado para uma dessas quatro casas, a casa que você for escolhido será seu novo lar, a sua família dentro da escola. – disse Harry como se fosse um discurso gravado. – Nós três somos da grifinória.

– Tomara que eu vá para uma casa boa.

– Tomara. – concordou Luna, que voltou para sua revista.

Ficamos algum tempo da viagem em silêncio ou conversando bobagens,

– Adivinha o que eu ganhei de aniversário? – perguntou Neville.

– Mais um lembrol? – perguntou Harry.

– Não – respondeu o garoto – até que um lembrol viria a calhar, perdi o antigo a séculos... não, olhem isso...

Com a mão livre, a outra segurava o sapo dele, tirou da mochila um tipo de cacto, mas que ao invés dos espinhos tinha muitas pústulas.

– Mimbulus mimbletonia – disse orgulhoso e começou a dar uma explicação detalhada sobre a planta.

– Humm... ela faz alguma coisa? – perguntou Harry.

– Faz muitas coisas! Tem um fantástico mecanismo de defesa, segura o Trevo para mim...

Ele largou o sapo no colo do Harry e pegou uma pena da mochila. Luna olhou por cima da revista tentando ver o que ia acontecer, eu já estava me preparando para o que ia acontecer.

– Você tem certeza do que está fazendo? – perguntei, tentando evitar o que iria acontecer a seguir, já com a varinha sacada.

– É claro que eu... – nessa hora ele espetou sem querer a pena no cacto.

A planta imediatamente espirrou liquido de todas as pústulas, eu já estava preparado para isso.

– Protego. – um escudo invisível protegeu a Luna, eu e a Gina de tomarmos banho com o liquido verde.

O Harry e o Neville estavam cobertos da cabeça aos pés com o liquido viscoso.

– Obrigada. – agradeceu Gina.

A Luna olhava para mim com um novo olhar avaliativo.

– Des-desculpem – disse Neville gaguejando. – Eu não tinha experimentado isso antes... não sabia que ia ser tão... não se preocupe Harry isso não é venenoso – disse enquanto o Harry tirava a parte que tinha entrado na boca dele.

A porta se abriu, uma oriental estava com a cabeça para dentro da cabine, ela franziu o nariz por causa do cheiro da seiva do cacto.

– Ah, olá Harry. – disse com uma voz agitada. – Hum... cheguei em má hora?

Harry soltou o sapo que estava segurando e tentou limpar os óculos que estavam imundos.

– Ah... oi. – respondeu Harry.

– Pensei em passar por aqui para dizer um oi... então tchau. – falou a garota corando e fechando a porta.

Harry afundou um pouco no banco e gemeu.

Dei uma risada, sabia perfeitamente o que tinha passado na cabeça dele.

– Harry, Harry, Harry. Não achei que você fosse assim. – apontei a minha varinha para a sujeira e disse “Limpar!”, a sujeira simplesmente desapareceu, quando ficou seguro, me sentei do lado dele. – Quem diria que o famoso Harry Potter arrebatava corações até de garotas mais velhas.

Ele corou violentamente e tentou responder, mas só conseguiu gaguejar, por causa da reação dele todos nós rimos.

– Então quem é a linda oriental que viu o nosso corajoso Potter nadando em seiva de cacto?

Então Harry começou a contar a história deles, notei que a Gina ficou com um pouco de ciúmes enquanto ele falava sobre a Cho Chang e que o cicatriz não percebia isso, provavelmente isso também acontecia comigo quando era de mim que a garota gostava.

Uma hora depois disso Hermione e Rony chegaram, não notaram que tinha gente que eles não conheciam na cabine, pois eu tinha saído do lado do Harry e voltado para o lado da Luna, e começaram a falar alguma coisa sobre os monitores.

Como a Luna voltou a ver a pagina das runas que eu achava familiar eu me concentrei para ler elas e sem que eu fizesse nada a tradução surgiu na minha mente, uma herança que um dos meus antecessores deixaram, agora eu conseguia ler ela sem problemas.


“O tesouro está escondido embaixo da cripta do Leão, a arma passará a ser a chave”.


Não entendi o que quis dizer essa frase, achei bom guardar na minha mente. A pergunta agora era como tinha um “mapa” de um tesouro em uma revista moderna?

Por causa de alguma coisa que Rony falou a Luna começou a rir descontroladamente e deixou cair a revista.

– Posso dar uma olhada? – perguntou Harry pegando a revista do chão.

Luna assentiu e continuou rindo por um bom tempo.

A cara que Harry fazia enquanto lia a matéria sobre o Sirius e do Fudge foi muito engraçada por isso eu comecei a rir.

– O que foi? – perguntou ele.

– A tua cara foi hilária, o que você estava lendo ai? – perguntei.

– Provavelmente bobagens, O Pasquim só publica isso, todo mundo sabe. – falou Hermione.

– Desculpe. – disse Luna com uma voz fria. – Meu pai é o editor.

Hermione tentou arranjar uma desculpa para o que ela disse, mas não conseguiu nada, Luna arrancou a revista das mãos do Harry e voltou para a página das runas.

– O seu pai é o editor? – perguntei curioso, ela assentiu ainda nervosa pela ofensa da Hermione. – Onde ele conseguiu a foto dessas runas? – perguntei mostrando um verdadeiro interesse.

– Um dos nossos fãs mandou isso para o meu pai, ele gostou e publicou. – disse Luna feliz por eu mostrar interessado.

– Poderia fazer o favor de pedir para ele descobrir de onde é essas runas? – perguntei com um enorme sorriso e jogando charme.

Ela corou um pouco e assentiu, depois enfiou a cara na revista como se quisesse se esconder.

Eu fiquei pensando um pouco sobre o que seria esse tesouro, não vinha nada na minha cabeça.

A porta da cabine se abriu de novo e um loiro junto de dois gorilas passou por ela.

– Que é? – resmungou Harry.

– Modos Potter, a não ser que você queira que eu lhe dê uma detenção. Como você esta vendo, ao contrário de você eu fui nomeado monitor, o que quer dizer que, ao contrario de você eu tenho poder de distribuir castigos. – falou Malfoy.

– É. – falou Harry – mas, ao contrário de mim, você é um babaca, por isso se manda e deixa agente em paz.

Todos da cabine rimos.

– Vem cá, Potter, como é que você se sente perdendo a liderança para o Weasley? – perguntou Sarcasticamente Malfoy.

Hermione tentou falar, mas eu a interrompi antes.

– Desculpa, Mafoy, mas tenho que discordar, nesse grupo não tem liderança e nem servos, o Potter não precisa se garantir na liderança como certas pessoas que tem que ter títulos para se sentir maior que os seus próprios gorilas seguranças. – o pessoal da cabine riu.

– Ora seu...! – disse dando um passo em minha direção.

– O que foi Malfoy? Vai tentar me enfrentar? – disse sacando a minha varinha da fênix (que estava na bainha do braço direito) e colocando na cara dele, movimento que ele não conseguiu ver.

– Você não ousaria, meu pai é um homem importante... – falou amedrontado.

– Que tal dar o fora daqui antes que eu comece a mostrar o meu repertório de azarações?

Os três saíram correndo da cabine, eu fechei a porta e voltei para o meu lugar, todo mundo me olhava com uma cara espantada.

– O que foi? – perguntei.

– Nunca vi alguém enfrentar o Malfoy assim. – falou Rony admirado.

– Puristas são iguais em todos os lugares, falam demais, se acham demais, mas não fazem nada.

– Tinham muitos deles no Brasil? – perguntou Harry.

– Não tantos quanto deve ter aqui.

– Você é do Brasil? – perguntou Hermione.

– Sou, por quê?

– Você não tem sotaque. – isso era verdade, quando um viajante ia para uma dimensão ele aprendia todas as línguas que precisava durante a passagem de uma dimensão para a outra, um lugar chamado vazio, e por causa disso não tinha sotaque em nenhuma das línguas que ele falava.

– Eu não tenho sotaque porque sou perfeito em tudo. – falei brincando.

– Senhor perfeito, quero ver você tirar notas maiores que a Hermione aqui, duvido que isso aconteça – respondeu a ruiva também em tom de brincadeira.

– Besteira, eu sou tão perfeito que vejo que meus amigos iriam ficar chateados se eu tirasse nota máxima, por isso erro algumas coisas de propósito. – falei com uma voz séria.

Eu e a Gina rimos, o resto revirou os olhos para nossa piada, que gente mais sem senso de humor.

A viagem começou a ficar tediosa, ninguém falou muita coisa, os assuntos acabavam rápido, fiquei mudando de posição varias vezes, não por o acento ser desconfortável, era o tédio agindo, terminei deitado com as pernas dobradas, até pensei em deitar no colo da Luna, mas achei que ela iria morrer de tanto ficar vermelha dai desisti.

Quando disseram que faltava 15 minutos para chegarmos, fomos nos trocar, meninas primeiro e depois os garotos.

No momento que o trem parou os dois monitores, Rony e Hermione foram supervisionar a saída dos alunos, deixando para os que ficaram a tarefa de levar o gato com a cara amassada e a coruja mínima.

Depois de um empurra-empurra conseguimos sair do trem, a professora de Trato de criaturas magicas estava lá para receber os alunos novos.

– Desculpa pessoal, mas eu tenho que ir com os alunos do primeiro ano, alguma coisa a haver com ter uma ótima vista do castelo. – falei.

Eles concordarem e disseram que era muito bonita e saíram.

Me aproximei da professora rapidamente empurrando alguns dos anãozinhos.

– Nathan Bragança, aluno novo – disse me apresentando.

– McGonagall disse que você viria, venha comigo.


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