Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 22
Tratamento exótico.




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Capitulo 22 – Tratamento exótico.

Depois que Harry saiu do quarto fui dormir, não tinha nada o que eu poderia fazer, se eu mostrasse que eu sabia como e onde que o pai do Rony foi atacado alguém poderia descobrir o meu segredo.

No dia seguinte treinamos normalmente, teve algumas perguntas do porque de Harry, Rony, Hermione e Gina não estarem ali, simplesmente dei nos ombros e respondi: “sei lá”.

As aulas da Umbridge ficaram mais chatas, eu não sabia que isso era possível, ela provavelmente estava com raiva de os maiores “problemáticos” da escola terem fugido entre os dedos gordos dela.

Os professores ainda eram avaliados por ela, a maioria conseguia se virar, a não ser a professora de adivinhação e Hagrid, por ele ser um mestiço de bruxo e gigante.

As reuniões da DM ficaram paralisadas por causa do sumiço do líder, então alguns alunos, nunca mais de 3 (por causa de uma regra que não podia estudar com um grupo maior que esse), iam a biblioteca estudar feitiços e passavam para os outros para todos treinarem a mesma coisa.

Os professores começaram a mandar deveres para as férias, eu odiava isso, se são férias quer dizer que não tem aula, então não tem deveres, mas os professores não tinham a mesma lógica.

Estava na biblioteca estudando com a Daphne, era difícil ver alguém da Grifinória e alguém da Sonserina andando junto, nós continuávamos o centro de boatos mesmo tanto tempo depois de começarmos esse habito.

- O que você vai fazer nessas férias? – ela perguntou.

Pensei um pouco, a maioria do pessoal iria para casa no natal e eu não conseguiria reuni-los para treinar, eu não tinha nenhum compromisso com os duendes, não tinha jeito para voltar para a “Ilha dos Sonhos” (a dimensão de onde eu vinha).

- Acho que vou ficar em casa, dar algumas saídas por ai, treinar um pouco..., por quê?

- Curiosidade.

Então eu fiquei pensando, porque ela perguntaria isso para mim? Ela queria sair comigo nas férias? Ou achou que eu iria para o Brasil? Ou...

Fiquei viajando algum tempo, esse era o problema de se relacionar com mulheres algumas perguntas que elas faziam poderiam ter segundas, terceiras, quinquagésima terceiras intenções.

- Que tal combinarmos de sair nessas férias? – perguntei, optando por uma saída fácil dessa questão.

Ela olhou para mim, com uma “mascara” sem sentimentos cobrindo o rosto, parecia que ela estava me analisando.

- Sair?

- É, conheço um lugar que você vai gostar muito, vou te levar ao cinema.

- Cinema?

- Tenho certeza que você vai gostar.

E mais uma vez, para o meu desagrado, uma presença de fuinha loira e dois gorilas se aproximou de nossa mesa.

- Ora, ora, ora, se não é o casal mais famoso de Hogwarts, o grande grifinório e a traidora da Sonserina, então Bragança onde o cicatriz foi parar? – Malfoy perguntou sarcasticamente.

- Se não é a inveja falando, ou é porque Harry saiu mais cedo e você não pode ou é porque eu estou sentado do lado de uma garota muito bonita e você está do lado de dois brutamontes.

- Eu nunca iria querer ficar ao lado dessa traidora. – retrucou ele.

- Isso é sério? – perguntei rindo. – Mas ao lado da garota que você diz ser “traidora do sangue”, ou, como eu prefiro chamar, Gina Weasley, você gostaria de estar não?

Ele ficou pálido e depois vermelho.

- O que você esta querendo insinuar com isso? – disse Malfoy quase cuspindo as palavras.

Daphne olhou para ele com um sorriso um tanto quanto irritante.

- Todo mundo sabe que você come ela com os olhos. – ela debochou. – Mas não tem coragem de ir para cima por ter medo do que o seu paizinho comensal pode fazer.

- Não ouse falar mal do meu pai, sua traidora!

- Vendo como ele mudou de assunto isso deve ser verdade. – filosofei. – Eu estava só tentando irritar ele. E Malfoy, se quiser xingar alguém pelo menos inventa algo novo para falar, que está ficando cansativo ouvir as mesmas coisas todo o tempo que você vem falar comigo.

Ele ficou mais vermelho ainda, abriu a boca para retrucar, mas nenhuma palavra foi pronunciada, sem ter como replicar ele se virou e saiu da biblioteca.

- Ele geralmente consegue ser mais chato. – comentei.

- Acho que descobrirmos que ele tem uma queda pela Weasley desconcentrou ele.

- Certo, agora voltando ao assunto, você vai realmente gostar sair comigo nas férias, você vai ir para um mundo que nunca sonhou em conhecer.

Já se passava uma semana que eu tinha voltado para casa, ainda não tinha conseguido sair com a Daphne, ela tinha me escrito que só poderia sair depois do ano novo.

Eu já estava um pouco entediado de só ficar em casa treinando, já tinha saído um pouco, comprado uma moto, andando de hipogrifo, visitado uma colônia de dragões, entre outras coisas.

- Hum, hum.

Olhei para os lados, tentando achar quem estava pigarreando, a biblioteca estava vazia além de mim, até que eu olhei em uma das paredes e vi uma pintura de corpo inteiro de um bruxo, a janela,...

Olhei para o quadro, que eu jurava que não estava ali antes.

- Bom dia, caro sucessor. – disse o bruxo. – Antes que me pergunte, o meu dono não me deixou memórias de antes de eu chegar a esse mundo, só deixou informações o suficiente para ajudar os sucessores que por ventura iriam utilizar-se dessa casa.

Assenti, uma das nossas regras era não informar para ninguém ou deixar qualquer pista do que éramos.

- E o que o senhor quer de mim? – perguntei curioso.

- Houve um caso de mordida de cobra, que os curandeiros do Hospital St. Mungus não conseguem achar a cura.

- E você quer que eu produza o soro? – perguntei fazendo uma careta.

- O paciente está sofrendo muito, tudo que tentaram deu totalmente errado, a família está sofrendo...

- Está certo, eu faço isso. – suspirei. – Eu realmente odeio fazer isso. – resmunguei.

Dois dias depois eu estava na frente de um prédio com aparência abandonada, os trouxas ao meu redor nem se importavam com o prédio, fui em direção a uma vitrine que tinha um manequim feminino com um chapéu estranho.

- Estou aqui a pedido do Dr. Roberts, meu nome é Nathan Bragança. – falei para o manequim.

O manequim deu um aceno de cabeça imperceptível, olhei para os lados e atravessei a vitrine.

A vitrine era uma ilusão feita por magia, como os bruxos precisavam de um lugar grande e de fácil acesso para o hospital deles, eles fizerem um prédio rodeado  com uma magia para que os trouxas não tivessem o mínimo de interesse por ele.

Olhei ao redor, eu estava em uma sala de espera, ela era branca, como todo hospital, suspirei, eu realmente odiava hospitais, pela minha incrível propensão a acabar acordando neles depois de fazer alguma coisa perigosa.

Fui até uma mulher que estava sentada em uma mesa com uma placa escrito “INFORMAÇÕES”.

- O Dr. Roberts está me esperando, você poderia comunicar que eu vim? – perguntei gentilmente para ela.

- Espere um pouco. – falou, com um aceno de varinha e algumas palavras, uma luz saiu da ponta da varinha dela e foi em direção ao teto.

Cinco minutos depois um curandeiro vestido de branco desceu das escadas, olhou ao redor e não achou o que estava procurando e por isso foi falar com a mulher das informações, que apontou para mim.

O médico estranhou e falou alguma coisa com a recepcionista, bufei, será que eles ainda vão me subestimar pela minha idade? Com esse pensamento me aproximei.

- O senhor é o Dr. Roberts, certo? – perguntei para o curandeiro. – Prazer, meu nome é Nathan Bragança, vim por causa do quadro do Arnold Yeh, que pediu um favor para mim.

Ele me olhou um pouco desconfiado e apertou a minha mão.

- É estranho ver que alguém tão jovem assim tem tantas aptidões para a área do preparo de antídotos. – falou o médico.

- Todo mundo diz isso, e depois todo mundo se surpreende com o resultado.

Ele mais uma vez olhou desconfiado para mim.

- O paciente em questão está no primeiro andar, segunda porta à direita, Enfermaria Dai Llewellyn, me espere lá, quero ver como você vai tratar o paciente.

- Certo. – respondi secamente.

Era sempre assim, eles chamavam a minha ajuda e quando eu ia ajudar eles ficavam com um pé atrás por causa da minha idade.

Subi as escadas e fui na porta que o idiota tinha dito e parei na frente, alguma coisa na minha mente me dizia que tinha algo de importante atrás dessa porta, eu fiquei pensando até que com um estalo me lembrei de quem era que estava nesse quarto.

Abri a porta e vi 3 ruivos em volta de uma cama de hospital e um ruivo deitado nessa cama.

- E ai pessoal? – cumprimentei.

A Sra. Weasley, os gêmeos e o Sr. Weasley olharam para mim, surpresos por eu estar ali.

- Nathan, o que você está fazendo aqui? – perguntou Fred.

- Um médico me chamou, parece que o paciente dele não quer sair da cama do hospital. – brinquei.

- Bom dia Nathan. – cumprimentou o Ruivo mais velho.

- Dia, para onde o Harry e o Rony foram? Eles sumiram do castelo. – falei me encostando na parede perto da cama em que o Sr. Weasley estava.

- Anh... – começou Jorge. – Nós recebemos a mensagem que o nosso pai tinha sido atacado por uma cobra e nós tivemos que vir visitar ele. – falou sorrindo.

- Isso mesmo meu querido. – falou a Sra. Weasley carinhosamente. – Mas porque você está aqui?

Eu arqueei as sobrancelhas.

- Eu já respondi isso Sra. Weasley. Não era brincadeira. – falei seriamente. – Ei Fred, você não ia devolver aquela brincadeira de trocar a cor do cabelo? – debochei.

- Nem me fale disso, nós já tentamos de tudo para pegar você, todos os nossos planos, mas não fazem efeito. – falou Fred.

- Se bem que aquela vez que você jogou a gosma verde na cabeça do Malfoy e ele ficou com uma cara de sapo foi engraçado. – Falou Jorge.

- Vocês transformaram um colega em um sapo?!!!!! – perguntou gritando a ruiva mãe.

- Não fomos nós, foi ele. – disseram os dois apontando para mim.

- Dedo-duros. – falei com uma expressão indignada.

- Vejo que vocês já se conhecem. – comentou o médico que acabara de entrar.

- Estudamos em Hogwarts. – respondi secamente, aquele médico me irritava muito.

- O senhor conhece o Nathan? – perguntou o Sr. Weasley.

- Não se lembra que eu falei a dois dias atrás que um quadro tinha falado que um especialista tinha chegado no pais e que ele poderia fazer o antidoto para o veneno? – perguntou o Doutor.

O ruivo assentiu com a cabeça.

- Então esse é o especialista. – falou apontando para mim.

As expressões incrédulas dos ruivos foi muito engraçada.

- Na verdade, eu não sou especialista, só sei fazer o soro para venenos em geral. – falei calmamente, tirando um frasquinho de dentro de um bolso. – Aqui está o soro. – entreguei para o Sr. Weasley. – Tem uma hora antes de perder o efeito, nessa uma hora você irá decidir se quer ou não quer tomar, esse soro tem efeitos colaterais, causa muita dor, parece que está correndo fogo nas suas veias ao invés de sangue, a sua magia vai ficar instável, febre, os fluidos do seu corpo serão drenados. Em mais ou menos três dias você poderá receber alta. – expliquei. – O veneno vai sair totalmente de seu corpo, ou seja destruído pela poção ou expulso pela transpiração.

Depois de algum tempo pensando sobre todas as consequências, ele assentiu e falou:

- Tem certeza que isso vai tirar o veneno de dentro de mim?

- Tenho toda a certeza.

Antes que alguém pudesse impedir, ele abriu o frasco e bebeu todo o conteúdo.

Eu sorri, aquele soro era doloroso de ser feito, eu precisava primeiro do veneno, que eu tinha conseguido por uma amostra de sangue que tinham me enviado por coruja, injetar esse veneno na minha própria corrente sanguínea e esperar que a minha energia mágica acabasse com o veneno e criasse anticorpos para ele, durante esse tempo eu sofria os efeitos do veneno.

Depois de os anticorpos feitos eu pegava um pouco de sangue e trabalhava nele até que só os anticorpos ficassem e então eu fazia uma poção para que as pessoas que tinham outro tipo de sangue não rejeitassem meus anticorpos e outra de aumento na velocidade de recuperação do paciente, no final eu misturava as três coisas e colocava junto um pouco de energia pura para os anticorpos ficassem mais fortes.

Era uma trabalheira danada, mas valia a pena no final.


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