Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 2
Me preparando


Notas iniciais do capítulo

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Capitulo 2 – Me preparando.

Acordei em uma cama macia, a claridade indicava que era mais ou menos 8 da manha, me dei o luxo de acordar assim tarde (geralmente acordava as 6 para treinar) por causa dos acontecimentos de ontem.

Quem diria que eu iria parar em uma dimensão onde Harry Potter existe mesmo? E que eu salvaria ele de um ataque de Dementadores que não tinha na história que eu tinha lido.

Eu estava em um quarto do caldeirão furado que tinha vista para o Beco Diagonal. Estava planejando ver o que tinha dentro do “meu" cofre do Gringotes.

Tomei banho (quando tinha olhado no espelho pela primeira vez desde que cheguei aqui tinha levado um susto, eu agora tinha uns 14 anos, continuava com os meus cabelos castanhos escuros, olhos verdes e um corpo um pouco mais definido do que eu me lembrava), me arrumei e tomei o café da manha no caldeirão furado, que era surpreendentemente bom para um estabelecimento com aquela aparência de bar abandonado.

Sai pelas portas do fundos do bar e toquei no terceiro tijolo a esquerda do latão de lixo, a passagem para o Beco Diagonal foi aberta, a maioria dos fã de Harry Potter morreria de inveja se soubessem que eu estava ali, consegui controlar minha euforia e caminhei normalmente.

Tive alguns olhares de nojo sobre mim, porque eu estava com roupas trouxas, quem lançavam esses olhares para mim deviam ser puristas, será que eu nunca vou me livrar dessa raça?

Andei pelas lojas olhando algumas muito interessantes como a artigos de quadribol, a Olivaras, a loja de ingredientes de poções e a loja de animais mágicos.

Antes de comprar qualquer coisa precisava ir para o Gringotes, pegar dinheiro, pois o que eu tinha na mochila já tinha acabado com a passagem do Nôitibus e com a hospedagem no Caldeirão Furado.

A entrada do Gringotes era surpreendente, o aviso dos ladrões e a estatua dos Duendes eram exatamente como era descrito no livro (preguiça de descrever).

Entrei no banco e vi vários duendes examinado pedras preciosas, lingotes de ouro e varias outras coisas que eu achava bem caras.

Por ter me surpreendido com as coisas que os duendes estavam examinando não vi um deles parando ao meu lado.

- Eu posso te ajudar? – perguntou o duende.

A resposta: “eu só estou dando uma olhada” estava na ponta da minha língua, mas segurei ela, sabia que os duendes tinham ódio pelos porta-varinhas (como eles chamavam os bruxos).

- Queria entrar em um cofre.  Recebi essa chave de uma amiga. – falei mostrando a chave do cofre que tinha dentro da minha mochila. – E queria saber se tem alguma instrução, carta ou qualquer coisa que seja que ela mandou para mim.

O duende me encarou muito desconfiado, mesmo assim ele pegou a chave, quando olhou para o numero do cofre arregalou os olhos.

- Vamos ir conversar com o diretor, queira me acompanhar.

Saímos do saguão de entrada e andamos por um pequeno corredor lateral, até chegar em uma porta bem ornamentada.

- Espere aqui um momento. – disse o duende entrando.

Depois de alguns minutos o mesmo duende saiu da sala e me mandou entrar.

A sala era bem grande, tinha varias escrivaninhas com duendes lendo papeladas, não tinha janelas e no final da sala tinha um acento que parecia mais um trono de juiz (daqueles que o juiz se senta e tem um tipo de escrivaninha na frente para ele ler alguma coisa) com um duende com as melhores roupas que eu já tinha visto.

- Seja bem-vindo. – falou o duende do trono de juiz.

- Obrigado senhor.

- Pode me chamar de Ragnak.

- Nathan, prazer. Poderia saber o que o senhor queria comigo?

- Esse cofre. – falou segurando a minha chave. – Não é aberto faz muito tempo, os proprietários sumiram faz muito tempo, eu queria saber como você conseguiu essa chave.

Direto ao ponto, gostei desse cara.”.

- Uma amiga me deu, eu realmente pensei que os duendes eram discretos pelos movimentos das contas. – falei seriamente.

- Nós zelamos pelas contas dos nossos clientes e fazemos algumas excentricidades deles.

- Precisa de alguma senha para entrar no cofre? Maldita mania de complicar as coisas. – resmunguei.

Ele deu uma risada muito alta.

- Pelo jeito é você mesmo, ainda me lembro do dia em que o antigo dono fechou a conta, disse que quem viria iria falar essa frase. Ele era um sujeito muito bom com os duendes, nos ajudou muito com alguns problemas com bruxos.

Pelo jeito que ele falou...

- Então você sabe... – deixei ele completar.

- Que vocês não são bruxos? Sim, sem querer descobrimos com o seu antecessor enquanto fazíamos um ritual, a magia que ele exalava era muito diferente de um bruxo daqui, por isso deduzimos que vocês não são bruxos, mas não sabemos o que vocês são nem de onde vem.

- Algum problema com isso? Você sabe que não pode contar isso para ninguém.

- Não temos problema com quem nos ajuda e como você disse somos discretos.

- Há mais alguma coisa que eu deva saber? – perguntei.

- Deixaram uma carta, ela está lacrada com magia, - disse pegando um envelope da escrivaninha dele e jogando para mim.

Magicamente o envelope foi parar na minha mão.

No envelope tinha escrito: Ao próximo cavaleiro.

O lacre era um pentagrama parecido com a tatuagem que eu tinha nas costas, só mudavam os animais, no topo (energia) tinha um cavalo, na ponta superior esquerda (ar) tinha um grifo, na superior direita (fogo) tinha uma salamandra, na inferior esquerda (agua) tinha um tubarão e na inferior direita (terra) tinha um tipo de felino que não reconheci.

Abri o envelope, dentro estava uma pequena carta e uma outra chave de cofre.

Ao próximo Cavaleiro do Ragnarok,

Deixo para você as riquezas que conquistei nesse mundo com muito esforço, na verdade nem foi tanto assim, só tive um pouco de sorte e muita ajuda das pessoas que salvei.

Desejo que você não crie intrigas com os duendes, os coitados já são feinhos, eles não precisam de mais gente que não goste deles, as guerras deles com os bruxos foram feitas unicamente pela ganancia dos dois povos.

Por isso peço que tente fazer amizade com eles para um dos nossos sucessores ter a mesmas regalias que você ganhou ao chegar nessa dimensão, espero ter te ajudado tanto quanto o meu antecessor me ajudou.

Boa sorte em salvar esse mundo, de novo, que eu acabei de salvar ele, como cada um dos nossos antecessores que vieram para cá fizeram. Esse mundo não cansa de ser quase destruído?

De seu antecessor.

Ps: A verdadeira chave do cofre é a que esta dentro da carta, a outra abria um pequeno cofre que continha a carta.

Pss: Se você tiver em uma missão que não sabe o que tem que fazer queime essa carta com as suas próprias chamas.

Me concentrei na minha mão e criei chamas nela, a carta queimou rapidamente, saiu um pouco de fumaça e as cinzas que ficaram na minha mão, alguns duendes ao meu redor me lançaram alguns olhares indignados.

Magicamente as cinzas da carta voltaram a ser papel e a fumaça grudou no papel como se fosse tinta e estava escrevendo alguma coisa.

Agora você é Nathan Bragança, nascido no Brasil, fez 15 quinze anos em 15 de agosto, estudou no Instituto de magia e bruxaria da foz do Itajai, você foi transferido para Hogwarts por intercâmbio, você tem permissão para fazer magia fora da escola, mesmo na Inglaterra.

A escola vai ser incendiada por antigos alunos no começo de setembro, todos os registros de alunos vão ser queimados também, como os alunos vão se espalhar não se preocupe com investigações.

Alguém está interferindo nessa dimensão, descubra quem é e faça ele parar, se quiser interferir faça.

Artemeris.

Depois de terminar de ler a carta ela se despedaçou e os fragmentos dela desapareceram.

- Amo quando explicam tudo detalhadamente, pena que nunca fizeram isso. – resmunguei. – Posso ir ver meu cofre agora?

- Pode, era só essa verificação que eu queria fazer, prazer em te conhecer.

Eu e o primeiro duende que eu falei saímos pelo mesmo corredor, passamos pelo saguão principal e chegamos em um corredor do outro lado do saguão, onde tinha um carrinho de transporte.

- Poderia dizer o seu nome? – perguntei.

- Snit senhor, pode me chamar de Snit.

- Então vamos lá Snit.

O carrinho desceu depressa, mas eu já tinha ido muito mais rápido nas montanhas russas de Norgate.

- O cofre fica bem no fundo, então se prepare para a decida mais brusca.

Depois de dizer isso pegamos uma decida muito inclinada, pude ver de vez em quando que tinha alguns trilhos que saiam da decida e entravam em outros tuneis, continuamos por algum tempo até que pegamos um dos trilhos a direita e paramos na frente de uma porta muito antiga.

- Seu cofre senhor. – disse o duende saindo do carrinho.

Tive que admitir o cara era bom, eu ainda estava com as pernas um pouco tremulas por ficar tanto tempo sentado sendo jogado de um lado para o outro, tive que esperar algum tempo antes de me atrever a levantar.

- O senhor foi o um dos poucos que conseguiu se levantar sem cair tendo decido tanto. – falou o duende respeitosamente.

- Você nem sequer balançou quando levantou. – retruquei. – Eu ainda estou com as pernas bambas.

- Os duendes foram feitos para isso, o senhor se recuperou rápido, geralmente ficamos alguns minutos para o proprietário se recuperar – comentou o duende. – Pode me dar a verdadeira chave?

- Aqui. – falei entregando a chave que tinha dentro do envelope.

Snit abriu a porta, o cofre estava completamente escuro.

- É uma magia de proteção, só o dono pode passar por ela.

- Precaução é tudo, mas isso é um pouco exagerado. – falei passando pela tela de escuridão.

O cofre, era na realidade um corredor para os verdadeiros cofres, tinham sete portas, cada uma de madeira e ricamente adornada com um pentagrama, pelo que pude ver cada porta foi de um dos meus antecessores pois a ultima a direita estava com o meu pentagrama.

Fui para o meio da sala, uma frase surgiu no ar, escrita em Viagander, a língua dos viajantes e no código dos Cavaleiros do Ragnarog.

“Peça o que quiser, se não tiver o problema é teu.” li, sempre gostei do jeito sarcástico dos meus antecessores, não tinha a seriedade que todos pensavam que precisava ter nesse lugares.

- Preciso de um lugar para morar, que fique afastado o suficiente para ninguém me incomodar e que tenha preparo para meus treinamentos.

Uma luz saiu da segunda porta a direita, do meu antecessor imediato e uma escritura surgiu na minha frente, era de uma casa de campo no interior da Inglaterra.

- Preciso de dinheiro para comprar os meus materiais.

Agora foi a primeira porta a esquerda que brilhou e dela saiu uma bolsa com vários galeões, sicles e nuques dentro dela.

- Acho que não preciso de mais nada... ah não ser que tenha duas bainhas para varinhas de 30 centimetros.

Duas portas brilharam a do meio e a do lado dela, quarta e quinta se eu contasse da esquerda para a direita, de cada uma delas saíram uma bainha de varinha, uma das bainhas era vermelha e a outra era cinza, dava para saber qual varinha colocar onde, a bainha era feita para se prender no antebraço e ter um saque magico, era só colocar um pouco de energia na bainha que a varinha aparecia magicamente na minha mão e quando eu a largava, a varinha reaparecia na bainha com um gasto de magia controlável, dependia da minha vontade se acontecia ou não.

Coloquei tudo na minha mochila e sai do Gringotes.

Fui direto na Animais Mágicos.

A loja fedia um pouco a coco de varias espécies, tinha vários animais, gatos, corujas, ratos, sapos, cachorros e varios animais que nunca tinha visto antes.

- Bom dia o que vai querer? – perguntou uma atendente digamos... muito bonita mesmo, loira, uns 20 anos, corpo atlético, olhos verdes.

- Uma ave para entregas. – falei abobado olhando para ela, maldita adolescência, os hormônios voltaram a ativa, se bem que eu faria a mesma coisa quando era “adulto”.

Ela deu uma risadinha vendo o meu olhar sobre ela.

- Você quer uma coruja, ou está interessado em outras coisas? – perguntou sensualmente.

- O que você quer dizer com essas outras coisas?

- Recebemos cinco gaviões reais, já vendemos quatro para pessoas muito ricas, você estaria interessado? – perguntou com um tom de deboche vendo as minhas roupas troxas.

- Quanto custaria? – perguntei interessado, de algum jeito eu sabia muito sobre os gaviões reais, o mais importante era que eles eram as aves mais rápidas que poderiam ser treinadas.

- Cento e cinquenta galeões.

- Cento e cinquenta? – perguntei espantado – Pelo que eu sei um gavião real treinado custa duzentos, no mínimo cento e setenta.

Depois de superar a surpresa de que eu sabia mais ou menos quanto custava um gavião real, eu realmente nem sei como eu sabia disso um dos meus antecessores devia ter sido em alguma vida um dono de uma loja de animais mágicos e estava tão acostumado com o serviço que acabou passando isso para os sucessores dele como uma das heranças, ela sorriu radiante para mim por, eu acho, ter um cliente que sabia bastante da área dela.

- Sim, mas esse era o menor da ninhada por isso colocamos um preço baixo, mesmo assim ninguém quis comprar ele.

- Posso vê-lo?

A atendente assentiu e entrou em uma porta, que eu não tinha visto antes, ela voltou com um gavião real nos ombros, uma ave de rapina, muito parecido com os gaviões normais, mas eram magicas e as penas no topo da cabeça tinham uma cor mais clara do que no resto do corpo, esse que ela estava mostrando tinha um tamanho menor que a média, além disso não tinha mais nenhum problema com ele.

- Eu levo. – falei.

- Sério? – perguntou a atendente alegre – Pensei que esse seria mais um dos que ficariam na loja sem arranjar um dono – explicou o entusiasmo.

- Se eu pudesse eu compraria todos os animais da loja só para te agradar. – dessa vez foi eu que ri pela reação dela, que ficou vermelha. – Mas como eu não posso, vou só levar ele.

Peguei a bolsa com o dinheiro na minha mochila e entreguei os galeões necessários para ela.

- Ainda bem que ele arranjou um dono tão bom, já pensou em um nome para ele? – perguntou apontando para a ave que agora estava nos meus ombros.

- Alguma sugestão?

- Sempre gostei de mitologia grega, que tal Zeus?

- Um ótimo nome.

- Muito obrigado senhorita...?

- Gabriele McKaster e o senhor?

- Nathan Bragança, nos vemos por ai.

- Até mais.

Sai da loja de animais antes de perder o controle e tentar cantar a atendente, coisa que provavelmente resultaria em um mico.


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Notas finais do capítulo

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