Não Há Quem Possa Ocupar Seu Lugar escrita por Amanda Catarina


Capítulo 1
Capítulo 1




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Capítulo 1

Em seu quarto, Ichigo pensava no inacreditável poder de Aizen Sousuke, tentando imaginar qual seria o objetivo dele afinal. Já fazia umas semanas que o problema com os Bounts tinha sido solucionado e a ordem que recebera da Soul Society era de que se mantivesse em alerta.

Mas querendo afastar tudo aquilo da mente, ele se esticou espreguiçando-se. Foi então que percebeu o aparecimento de um hollow.

– Saco, uma hora dessas... - e se colocou em pé.

Dentro de alguns minutos, o humano-shinigami estava frente a frente com um hollow. Um monstrão bastante grande, mas apenas isso. Ichigo teria gastado segundos para liquidá-lo, se o tal não tivesse sido derrotado antes que sacasse sua katana.

– Que? - falou ele, confuso, vislumbrando uma pequena silhueta. – Rukia! - exclamou surpreso.

Yo! Desculpe atrapalhar seu trabalho. Vim falar com Urahara.

– Ah, tá... - a tonalidade tão séria dela o deixou meio sem jeito, e saber que não fora por causa dele que ela viera, só piorou isso.

Indiferente, a nobre embainhava sua zanpakutou quando o adolescente voltou a falar:

– Mas você não pode passar lá em casa depois? O Kon não vai parar de me encher se souber que você esteve aqui.

– Pode ser... Seria legal ver sua... - dizia ela, mas então foi atingida por um disparo de reiatsu bem no ombro.

– Rukia! - gritou Ichigo, se aproximando depressa.

A nobre apertou o ferimento, movendo a cabeça para os lados, querendo descobrir a localização do hollow.

– Tudo bem? - perguntou o jovem, tão preocupado que até se esqueceu da ameaça.

– Não perca tempo comigo, vá logo atrás dele! - falou autoritária.

Ichigo deu um sobressalto. Mesmo ferida ela só pensava nos monstrengos. Mas como sabia que não adiantava discutir, ele sumiu usando um shuppo.

Pobre hollow, achava que estivesse a salvo da dupla de shinigamis, mas um pontinho laranja foi tudo que viu, antes que uma zanpakutou dividisse sua cabeça.

– Já era! - comemorou o rapaz, e logo se endireitava pensando em correr para onde Rukia tinha ficado, mas então ouviu a voz dela:

– É assim que se faz.

Oe... está melhor? Já se curou? - perguntou afobado.

– Foi só um arranhão.

Ele assentiu, mesmo tendo achado a expressão dela meio abatida.

– Bom, eu te vejo mais tarde - disse Rukia, e dando as costas ao jovem saiu andando.

Ichigo ficou por algum tempo apenas olhando na direção em que a shinigami seguia, então voltou pra casa.

ooo ooo ooo ooo

Já era tarde quando Rukia chegou na casa dos Kurosaki. Yuzu e Karin estavam dormindo, mas, mesmo sozinho, o pai de Ichigo fez uma calorosa recepção.

Os três se achavam na cozinha, saboreando umas bolachas e chocolate quente. Foi então que Ichigo reparou que havia um certo brilho no ombro de Rukia.

– Ei, o que é isso? - perguntou apontando pra ela.

– Quê? - retrucou, confusa.

Por qualquer razão, Isshin se levantou, retirando os copos vazios, então o adolescente aproveitou para dizer num cochicho:

– Tem algo estranho no lugar que aquele hollow te acertou...

Olhando para si mesma, Rukia apertou a região.

– Não sinto nada. Você deve estar vendo coisa.

Apesar de continuar intrigado, Ichigo deu de ombros. Depois disso, não demorou muito e os dois subiram para o quarto do adolescente.

Não, Rukia não ia dormir no armário dele, já havia uma caminha preparada para ela no quarto das meninas, entraram ali apenas para que ela cumprimentasse Kon.

Nee-san!! - gritou o leãozinho de pelúcia, assim que a shinigami entrou, e mais que depressa, pulou em cima dela, só que levou um belo dum tapão.

– Você não muda, Kon!

Minutos depois Rukia contava notícias sobre a Soul Society, interando Ichigo da movimentação por lá, mas de repente ela levou a mão à cabeça.

– Hn... que sensação ruim... - disse baixo.

– O que foi? - estranhou Ichigo.

– Não sei... - e sentiu a vista ficando turva. – Ichigo, não me sinto bem...

O rapaz se aproximou dela e Kon, que estava deitado no chão, se levantou alarmado.

– Rukia nee-san!

– Rukia? - exclamou Ichigo.

Cerrando os olhos, a shinigami tombou para frente, desacordada. Rapidamente Ichigo veio para junto dela, e pegando-a nos braços, a deitou em sua cama. Kon ficou lívido de espanto.

Com todo cuidado, Ichigo pousou uma mão na testa de Rukia.

– Droga! Ela está com febre.

E saindo depressa do quarto, foi chamar seu pai.

ooo ooo ooo ooo

Depois de medicada, Rukia aparentava alguma melhora, mas não chegou a despertar. Ichigo até pensou em pedir ao pai que a deixasse em seu quarto, mas depois da exigência enfática dele, de que levasse a pequena para o quarto das meninas, nem ousou discutir.

Cerca de uma hora já tinha passado, mas Ichigo não conseguia dormir. Foi então que a lembrança do momento em que Rukia desmaiou, tomou sua mente numa cena nítida. Sem saber direito porque, sentiu o rosto esquentar.

Desconcertado, virou de lado e o vulto embaçado de seu guarda-roupa chamou sua atenção. Rukia tinha dormido nele por mais de um mês. Em meio aos perigos e a ameaça dos hollows, nunca tinha parado para pensar no fato de que dormiram no mesmo quarto por tanto tempo.

– Mas o que há comigo?

Aborrecido com aqueles pensamentos, levantou-se na intenção de ir à cozinha, mas próximo à porta do quarto desistiu. Voltou à cama e ficou sentado na beira. Kon estava delirando como sempre. Olhou-o por alguns instantes e balançou a cabeça numa negação, abismado com as safadezas que ele dizia.

– Será que Rukia está melhor?

A dúvida lhe deu ânimo para ir ver se estava tudo bem, assim, ele andou silenciosamente até o quarto das irmãs. Chegando lá, achou a porta entreaberta, de modo que pôde avistar a caminha na qual a shinigami estava acomodada.

“Se Byakuya souber que deixei ela se ferir bem na minha frente, vai querer minha cabeça...” pensou e afastou um pouco a porta.

Rukia começou a remexer e sua expressão não era boa, apertava os punhos e tinha o respirar ruidoso. Parecia sentir dor. Ichigo não se conteve, entrou no quarto e se aproximou. Era insuportável vê-la sofrendo. Sentou-se na cama e segurou nos ombros dela, no sentido de tentar acordá-la, mas então ouviu Rukia murmurar seu nome e isso fez seu coração dar um salto no peito.

Aquela não era uma situação inédita. Já vira a amiga naquele estado outras vezes, no entanto, naquele momento, aquilo lhe pareceu extremamente desconcertante. Mas mesmo assim, ergueu o pequeno corpo dela e tentou novamente acordá-la.

– Rukia? - chamou, mas tão baixo que não passou de um sussurro, pois temia acordar as irmãs.

“Se ao menos estivéssemos em meu quarto...” pensou, mas logo balançou a cabeça, se repreendendo.

Acabou ficando sem jeito ao perceber que se sentia esquisito olhando para Rukia, e que aquilo não tinha nada a ver com seu costumeiro senso de proteção. Mesmo numa situação como aquela, se pegou admirando a beleza dela. Nada mais natural, afinal tratava-se de uma garota, e algo dentro de si foi desperto para esse detalhe.

Mas a constatação o deixou tão perturbado, que acabou largando a pequena de qualquer jeito, e ainda que tenha lamentado pelo descuido, convenceu-se de que era o melhor a fazer. Precisava sair dali.

Num instante achava-se em seu quarto de novo, escorado na porta, tremendo e até suando, revoltado com o estado que tinha ficado.

– ...que espécie de depravado eu sou? - condenou-se e logo socou a parede.

Tentava se controlar, pois precisava chamar seu pai para que ele desse um outro remédio para Rukia, mas, subitamente, vidrou os olhos ao ouvir um zunido em sua mente.

“Imbecil! Acha que um pirralho como você teria alguma chance com ela? Ela é uma nobre. Uma princesa.”

Era seu hollow interior. Há tempos tinha-o dominado e, desde seu treinamento com os Vaizards, não ouvira mais sua voz.

“Achou que tinha se livrado de mim? Sempre que seu coração entra em conflito, eu tenho uma chance de controlá-lo, Ichigo!”

– Desapareça! - soprou entre os dentes.

Ouviu ainda uma gargalhada e depois tudo voltou a ficar quieto.

– Mais essa agora... - falou bravo, e abriu a porta com tudo.

ooo ooo ooo ooo

Dentro em pouco, Ichigo chegava ao quarto de seu pai quando passou a sentir mais forte a reiatsu de Rukia. Voltou rápido ao quarto das irmãs, mas ela não estava lá. Então ele desceu depressa à cozinha.

– Ei, o que está fazendo fora da cama? - perguntou, e ainda que sua voz tenha soado normal, estranhou a si mesmo.

Rukia estava próxima a pia.

– Já estou melhor, apenas fiquei com sede... - explicou sem olhá-lo, mas seu aspecto não condizia com suas palavras.

– Não acho que... - dizia ele, mas silenciou ao vê-la tombando sobre os joelhos. – Rukia!

Mais que depressa, Ichigo tratou de pegá-la nos braços outra vez.

– Rukia? O que você tem? Rukia?!

– Ichigo... - ela segurou na manga da camisa dele. – ...é sempre assim, só te causo problemas...

– Do que está falando sua boba?

– ...me perdoa por ser tão fraca - implorou, extremamente angustiada, com os olhos graúdos ainda mais brilhantes e marejados.

Alarmado com a possibilidade de ela começar a chorar de fato, ele falou alto:

– Deixa disso!

Rukia o encarou, meio surpresa, e fitaram-se por algum tempo, mas então ficou realmente atônita quando o rapaz, sem mais nem menos, a abraçou.

Ichigo não conseguiu se conter e também foi um jeito de não precisar ver as supostas lágrimas dela.

Uma moleza tão forte se apoderou da shinigami, que ela nem conseguiu se manifestar. Apenas fechou os olhos e mergulhou na escuridão. Mas foi só momentaneamente, pois logo percebeu que Ichigo caminhava com ela dali. Aquietou seu coração então, pois sabia que podia confiar cegamente nele.

ooo ooo ooo ooo

Acomodando Rukia em sua cama, Ichigo reparou no respirar cansado dela e nas gotas de suor que escoriam por sua testa. Sentiu um aperto no peito e então, meio curvado por sobre ela, deslizou os dedos pela face clara enxugando aquelas gotas. Rukia abriu os olhos com isso.

– Hã? - disse e logo reconheceu o quarto. – Não... Não precisa me deixar aqui... - reunindo as forças, sentou na cama.

– Não tem problema - disse ele, e segurando-a pelos ombros, fez com que ela se deitasse de novo.

Rukia o encarou com estranheza.

– Fique boa logo... - Ichigo falou, e foi aproximando o rosto, sem saber ao certo o que fazia, mas sem conseguir se controlar também.

Ela piscou, alarmada, vendo os lábios de Ichigo crescerem diante de si. E ficou tão chocada que permaneceu estática, então ele tomou seus lábios num beijo.

Enlevado, o rapaz comprimiu a boquinha delicada sob a sua e fechou os olhos, desfrutando o momento. E para sua surpresa, sentiu, alguns instantes depois, a mão de Rukia apertando sua nuca e ela o beijar também. Mas foi por uma fração de segundo apenas.

Escapando do enlace, Rukia virou o rosto num gesto brusco. Ichigo encarou a face virada dela, e então corou até as raízes do cabelo.

– Me desculpe! - falou de súbito.

Sem olhá-lo, Rukia murmurou um assentimento.

– ...fique... digo, descanse... eu vou pra sala! - resolveu ele, e num sobressalto se ergueu.

– Ichigo! - chamou ela naquele tom sério.

– Que? - retrucou próximo à porta.

– A hóspede aqui sou eu...

– Eu sei, mas fique aí... - e deixou o quarto com passos rápidos.

ooo ooo ooo ooo

Na cozinha, Ichigo jogou um copo d’água na cara.

– Idiota! Idiota! Idiota!! - xingava-se. – Isso não pode ter acontecido... não era eu... - disse mas logo voltou atrás ao pensar que pudesse ter sido seu hollow. – Fui eu, fui eu, fui eu... mas o que tenho na cabeça?!

Fosse o que fosse ele parecia querer quebrar, pois começou a dar cabeçadas na pia. Mas logo parou e ficou curvado ali, trêmulo.

Uns minutos se passaram, apesar da revolta consigo mesmo, ele não conseguia parar de pensar que por alguns instantes Rukia tinha lhe correspondido. Arrastando o pé, veio até a sala e sentou-se e no sofá.

“O que sinto por ela?” se indagou em pensamento, tentando ser racional.

A pergunta lhe trouxe diversas cenas a mente: a primeira vez que se viram; o período que passaram juntos caçando hollows ali na cidade; o resgate na Soul Society; a luta contra os Bounts... Sempre juntos, sempre arriscando a vida um pelo outro. Eram mais que amigos, um sentimento mais forte os unia. E o que aconteceria se esse sentimento tomasse outra forma?

“Pouco importa o que você sente. Não é digno dela.”

Novamente o hollow, mas Ichigo não se intimidou dessa vez, porque o pequeno gesto de Rukia o encheu de esperança.

– Isso é o que você pensa... Não tenho porque desistir agora que entendi tudo. Quem não vai gostar disso é o Kon...

Diante daquelas palavras o hollow de Ichigo não o perturbou mais.

ooo ooo ooo ooo

Um tempinho se passou até que o humano-shinigami se julgasse centrado o bastante para ir chamar seu pai.

– Ichigo!? O que se passa? Teve um pesadelo, filhão? Quer dormir com o pai?

Ele não estava para gracinhas, por isso foi logo falando:

– Rukia não está bem. Ela desmaiou de novo.

– Que!! A Rukia-chan!? - exclamou o homem, e pulou da cama do jeito que estava.

Dentro de alguns minutos, os dois entravam no quarto de Ichigo. Rukia tinha perdido os sentidos novamente.

– Mas como ela veio parar aqui? - perguntou Isshin, desconfiado.

– Encontrei ela caída lá na cozinha...

, mas por que a trouxe pra cá? - insistiu sem esconder a malícia.

Ichigo sentiu-se desconfortável diante daquele olharzinho, mas tentou disfarçar:

– Aqui é mais... espaçoso, e também a Yuzu e a Karin iriam acordar.

– Muito suspeito... uma mulher bonita na sua cama, Ichigo. O que vão pensar? - e deu um risinho.

Zangado, o jovem reagiu como sempre: na base da agressão, dando um socão no meio da cara de seu pai. Mas cabe ressaltar que aquele comentário o deixou embaraçado.

– Velho tonto! Vou ficar na sala, qualquer coisa me avise...

Na sala, mesmo sendo tão tarde, Ichigo mandou uma mensagem de celular para Orihime, pedindo que ela viesse até sua casa assim que amanhecesse para ajudar Rukia. Depois ajeitou umas almofadas no sofá, deitou e finalmente dormiu.

ooo ooo ooo ooo

O dia amanheceu frio e Ichigo despertou ao sentir a reiatsu de Inoue se aproximando. Era bem cedo ainda. Foi rápido se trocar e abriu a porta momentos antes da menina tocar a campainha.

– Bom dia, Kurosaki-kun - disse ela, surpresa com a súbita aparição dele.

– Bom dia, Inoue. Desculpe fazê-la vir até aqui logo cedo.

– Que isso. Onde está a Kuchiki-san?

– Ah, vem comigo.

Os dois subiram. No quarto, Rukia ainda dormia, com um cobertor grosso recobrindo seu corpo pequeno. Inoue arregalou os olhos ao vê-la na cama de Ichigo, e ficou tão desconcertada que estancou na entrada.

“A Kuchiki-san dormiu no quarto de Kurosaki-kun! Por quê?”

Ichigo a chamou lá de dentro.

– Pode entrar Inoue - falou, alheio ao espanto dela.

– Sim...

Rukia abriu os olhos quase no mesmo instante.

– Hã? Inoue?!

– Kuchiki-san, bom dia! - saldou amável, com um sorriso.

– ...o que faz aqui? - indagou a shinigami, confusa.

– Kurosaki-kun me disse que você não estava bem.

– Ah... - só então ela percebeu Ichigo, aos pés da cama, e ao encará-lo ficou levemente corada com a lembrança do beijo. – ...eu lamento tê-la incomodado, Inoue. Já me sinto melhor...

– Tem certeza? - perguntou Ichigo e veio até a janela, ficando de costas às duas.

– Tenho...

Inoue se aproximou de Rukia.

– O que aconteceu? - perguntou ela.

– Um hollow me feriu e isso causou uns efeitos estranhos... Fiquei com tontura, fraqueza, falta de ar... Agora já me sinto melhor, mas foi tudo muito incomum.

– Entendi. Eu vou tentar reverter isso - falou na costumeira disposição, ao que a outra assentiu com os olhos.

– Mas de qualquer forma, tenho que voltar para a Soul Society.

A expressão de Ichigo mudou ao ouvir aquilo, ele ficou triste. Enquanto isso, Inoue tratou de Rukia, que logo se sentia plenamente recuperada.

– Ah, agora sim... estou novinha. Agradeço muito, Inoue.

– Por nada - disse e sorriu. – Mas não poderá passar um dia com a gente? Né, Kurosaki-kun? Não poderíamos sair depois da aula?

– Vocês decidem... - disse evasivo, para não levantar suspeitas.

– Sinto muito... - falou Rukia. – Pra variar, já me demorei demais aqui. Fica pra próxima.

Ichigo não pôde deixar de pensar que a razão daquilo não eram os compromissos na Soul Society, e sim pelo que tinha acontecido, mas não disse nada.

– Que pena... - Inoue falou realmente triste.

– Ao menos, espera até o café - Ichigo pediu, voltando o rosto a ela. – Já tomou café, Inoue?

– Não. Eu pensava em tomar um lanche na escola.

– Nada disso. Tome o café com a gente.

Rukia concordou com um gesto de cabeça, olhando para Inoue que estava ajoelhada ao lado da cama.

– Ah, eu agradeço, Kurosaki-kun. - disse a colegial e se levantou.

– Vou descendo com a Inoue enquanto você se arruma, Rukia. Não demore.

– Sim...

Um pouco depois estavam os três à mesa. Ichigo sabia que Rukia estava perturbada, ainda que sua expressão aparentasse normalidade.

– Ei, assim vocês vão chegar atrasados na escola - alertou a shinigami. – Vamos, não atrapalhem sua rotina por minha causa.

certo, certo... Estamos indo então. Cuide-se. - Ichigo falou e jogou a mochila nas costas.

– Sim. Obrigada por tudo. E fique atento com esses hollows.

– Ficarei. Vamos, Inoue.

– Vamos... - disse a menina. – Kuchiki-san, bom retorno. Espero que possa nos visitar em breve.

– Tentarei... Boa aula. Até...

ooo ooo ooo ooo

Durante o caminho até a escola, Inoue ficou bastante sem jeito por estar sozinha com seu amado Kurosaki, mas ele, sem perceber nada, caminhava pensativo, apenas respondendo uma ou outra coisa que ela lhe perguntava.

“Eu não tenho pretexto para ir à Soul Society. E sem ordens superiores ela também não pode ficar aqui. Droga!”

– Algo o perturba, Kurosaki-kun?

Atenciosa como sempre, Inoue tinha notado que tanto Ichigo como Rukia estavam meio estranhos durante a refeição.

– Não, nada... Por quê?

– É que está tão calado.

– Impressão sua... - disse vagamente.

O tom daquela resposta só serviu para deixar a jovem ainda mais intrigada.

CONTINUA...

 


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Notas finais do capítulo

Essa foi minha primeira fic de Bleach. Sou apaixonada por esse casal! Espero conhecer gente nova aqui no Nyah através dela. ^_^