- Tenzin, Tenzin, você sabe que dia é hoje? – Uma Lin com trajes verdes de festa corria na Ilha do Templo do Ar. Viam-se pequenas flores aqui e ali, arranjos bem arrumados no auto e uma fonte que brilhava de tão limpa.

 - Lin! – reclamou “tia” Katara - Quantas vezes eu disse pra você não correr de vestido! Vai se sujar toda! – a Dobradora de Agua estava perto da fonte, cuidando de alguns detalhes já perfeitos.

 - Desculpe. Onde está Tenzin?Ele já devia estar aqui fora.. – Lin fez cara de “pidonxa”

Enquanto a menor falava Katara começou a dar pequenas risadas e a tentar esconde-las – Você não acha que é muito cedo pra começar a se preocupar com essas coisas não? – as risadas continuavam

 - cedo pra que? Já é quase hora da janta... – disse a menina de 6 anos de idade,envergonhada por estar  confusa.

 - pra se preocupar com meninos, sabe, sua mãe só foi conhecer seu pai lá pelos vinte anos de idade... tudo bem que eu conheci Aang com 14 mas, você ainda tem só quatro anos! – Lin começava a ficar cada vez mais vermelha enquanto a tia falava para testar sua reação. A pequena Bei Fong e Tenzin haviam sido comounha e carne desde que se conheceram, e olhe que quando isso aconteceu ambos tinham apenas meses de idade!

 - Ma... mas... mas... – a criança pensou por um tempo antes de encontrar uma resposta – mas eu não tenho 4 anos! Eu tenho 6! Seis, ouviu? E... – a vermelhidão dela não desaparecia – Eu não estou me preocupando com o Tenzin? Não sou saco de batatas pra ficar me preocupando com homem! – falou ela ficando brava e “fazendo bico”. – Onde está Tenzin?

 - Ai ai, menina, depois eu digo que você é um mini clone da sua mãe e ninguém acredita. – Katara saiu de perto da fonte e foi caminhando em direção a casa – eu vou chama-lo. Espere ai.

 A menina ficou um pouco em pé, depois sentou na grama. Não era totalmente verdade que não se preocupava com Tenzin, todos sabiam disso, mas ela mesmo no auge da sua infância, não queria admitir isso. Sua mãe havia lhe dito muitas vezes que homem é que nem saco de batatas, apenas mais um fardo para carregar, e ela certamente,não queria carregar nada alem das expectativas por ser a única filha da melhor dobradora de terra de todos os tempos.

Após algum tempo, Tenzin chegou trazendo uma pequena caixa amarrada com fitas rosas e verdes.

 - Tenzin! – Lin falou com a voz irritada – Você demorou!

 - Minha mãe queria que eu desse isso a você, eu disse a ela que não precisava de embalagem mais ela insistiu... – falou ele com vergonha se aproximando e dando a pequena caixa a ela. – Feliz dia dos namorados – ele sussurrou sem que ela ouvisse.

 - O que é? – perguntou ela ansiosa antes de abrir a caixa.

 - Abra e vera. – ele respondeu.

A caixa foi aberta pela menina com cuidado, pra que as fitas não se enroscassem. Dentro da caixa estava uma coisa simples. Simples e bela.

 - Tenzin! É linda! – disse Lin pegando com cuidado a pequena flor de camélia.- Onde você achou?

  - Pa... Papai trouxe uma muda dessa flor pra Mamãe quando ela estava grávida de mim. E... você disse que essa flor era bonita quando vimos uma foto dela em um livro umas três semanas atrás, daí eu lembrei que já tinha visto uma flor dessa aqui em casa e... foi isso. Foi a melhor ideia de presente que pude ter... - o menino disse  ainda envergonhado – Então, feliz aniversario.

- Obrigada! – falou ela correndo e o abraçando. – É o melhor presente de aniversário que eu já recebi!

Katara, que escutava e via tudo de dentro da casa sorria como se não houvesse cena mais feliz no mundo. E sem perder as chances para constranger os dois depois é claro, para eternizar o momento, tirou uma simples foto.