O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask


Capítulo 19
Diga olá a Smell


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo:
DESCULPAAAAAAA!!! D=
Tá, agora eu posso começar meu humilde texto de como eu fui negligente e blá, blá, blá.
Eu sei que vocês devem estar querendo me matar, mas tentem entender meu lado u-u
Vocês não sabem, mas eu mal consigo sentar no vaso sanitário! Sério, eu mal acabei de fazer prova e já começa de novo, essa caçamba! Tô com os nervos à flor da pele e a falta da desgraça da criatividade também cagou com tudo. Pra completar eu tô até a cabeça de trabalhos pra fazer.
Enfim, esse foi meu pequeno texto de explicação do porquê de eu ter demorado um século pra postar (eu já tava quase chorando porque eu sei o que é ficar esperando a autora postar e isso é um saco).



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— O que você está fazendo aqui? — Minha voz saiu mais fina e doce do que eu esperava.

— Vim ver se você estava bem. — Ele praticamente sussurrou.

— Já viu. Agora pode ir embora. — Eu tentei fechar porta, mas ele a conteve.

Maldito reflexo!

— Megan, nós podemos conversar?

Não respondi. Apenas o encarei e depois abri um pouco mais a porta. Daron entrou e encostou-se a parede.

— Então… — Incentivei-o a falar.

— Por que você anda me evitando?

Não contive uma risada sarcástica.

— Por que será, não é Spittle?

— Responda. — Ele soava autoritário.

— Vejamos… — Fiz cara de pensativa. — Você me faz de palhaça e quer que eu fique lambendo seus pés? Andando atrás de você como um cachorrinho? Não, eu dispenso.

— Eu não te fiz de palhaça.

— Não? Ah, não! Eu que saí agarrando todos os garotos que eu via pela frente.

— Megan…

— O quê?

— Você pode me escutar?

Fiquei em silêncio. Já estava mais do que na hora de eu escutá-lo um pouco.

— Isso é por causa da Charlotte?

— O que você acha?

— Eu não sei, Megan.

Respirei fundo.

— Só me responda uma coisa. — Pedi e ele passou uma mão no cabelo. — Em algum momento você gostou de mim? Ou eu fui apenas mais uma na sua lista?

— Não fale assim, Meg… Você faz parecer que eu não tenho sentimentos.

— E você tem? Porque não parece.

— Eu gosto de você e tenho certeza de que você sabe disso.

— Palavras não significam nada. Nesse caso não.

— Atos significariam algo pra você? — Ele se aproximou.

— Depende dos atos.

Ele se aproximou mais e mais e, bem, eu quase não resisti, mas pensei em todas as coisas que ele me fez passar e, quando ele ia me beijar, eu aproximei a minha cabeça de sua orelha e sussurrei:

— Não vai rolar, Daron.

Afastei-me dele.

— Quando você me mostrar que realmente mudou, eu penso no seu caso. — Sorri. — Agora faça o favor de sair daqui. — Abri a porta e fiz sinal para que ele saísse.

Daron me encarou e sorriu de uma forma muito estranha. Agora era só esperar pra ver se ele realmente me surpreenderia.

~●~

Henry finalmente saiu do quarto e sentou-se a mesa de jantar. Eu estava esperando ele e Sarah para poder me servir, quando me ocorreu uma coisa na mente.

— Ei loiro, você não deveria estar estudando?

— Minhas aulas começam segunda. — Ele disse sem nenhum ânimo.

— E onde você vai estudar?

— Na sua escola. — E um sorriso se formou em seus lábios.

Eu quase me engasguei.

— O-O quê?

Sarah apareceu e sentou-se ao lado do seu filho.

— Sarah, Henry não deveria estar fazendo faculdade? — Perguntei tentando manter minha voz calma.

— Não, ele fez 18 mês passado. Ah, segunda-feira ele vai junto com você, eu já resolvi tudinho. — Ela sorriu satisfeita.

Só eu que não estava muito feliz com isso?

~●~

Domingo. O dia mais chato e monótono da semana. Seria se um gambá não tivesse invadido o meu quarto. Um gambá.

Gritei até que um ser retardado apareceu no meu quarto com uma vassoura nas mãos e gritou junto comigo.

— O que foi, Megs?

— T-Tem um g-gambá aqui. — Gritei.

— Gambá? — Ele abaixou a vassoura. — Onde? Onde ele está?

— Acho que ele está embaixo da cama.

Ele se abaixou e depois de alguns xingamentos, ele voltou com um filhote de gambá nos braços.

— Este é o Smell.

— Você comprou um gambá?

— É… Nós dois vamos cuidar dele. — Henry sorriu.

Eu fiquei calada por um tempo.

— Você está louco? Acha mesmo que eu vou cuidar de um gambá? — Perguntei.

— Claro! Isso é um presente pra você.

— E o que eu fiz pra ganhar esse — Apontei para o tal do Smell. — presente?

— Você fez com que eu ficasse de castigo. — Ele sorriu de uma forma assustadora.

— Espera ai… Eu? Você quem me levou para uma boate e me deixou ficar bêbada e ainda me culpa por ficar de castigo? É isso mesmo?

— Isso.

— E o que o gambá tem a ver com isso?

— Smell. O nome do gambá é Smell.

— E o que o Smell tem a ver com isso? — Minha paciência estava quase se esgotando.

— Nada. — Ele deu de ombros. — Só queria ter um gambá e ter algum motivo pra você cuidar dele por mim.

— Eu não vou cuidar de gambá nenhum. — Dirigi-o até a porta. — Agora você pode ir embora.

— Lembre-se que o Smell precisa de uma mãe. — Ele fez a cara do gatinho do Shrek. — Você vai deixar esse pobre animal em minhas mãos? Já que, de acordo com você, eu sou um psicopata loiro e sexy…

— Sexy? Eu não me lembro de ter dito isso. — Cruzei os braços.

— Não disse, mas pensou. — Ele sorriu. Parecia um retardado.

— Já disse que você é estranho?

— Isso é um elogio?

Não sei se esse garoto é doido ou se ele se faz de doido.

Apenas revirei os olhos e fechei a porta. Henry continuou a falar algo sobre como os gambás são companheiros e que é fácil alimentá-los.

Como se eu fosse mesmo cuidar de um gambá.

~●~

Segunda-feira. O pior dia da semana. Quase não saí do quarto no domingo. Apenas desci para comer. Passei o dia estudando porque… Bem, um dia da semana eu tenho que tirar pra estudar.

Depois de pronta, desci para a cozinha onde teria um café da manhã que me deixaria com um humor melhor.

Agnes estava preparando um café da manhã maravilhoso e eu não pude deixar de pensar que foi feito especialmente para mim, já que tinha tudo o que eu mais gosto.

— Oh, isso tudo é para mim, Agnes? — Perguntei docemente.

— Não, é para Henry.

Ah que ótimo.

— Bom dia, Megs! — Henry surgiu das sombras e, por incrível que pareça, estava com um sorriso de orelha a orelha.

— Tão feliz de manhã cedo? Você é o quê? Um alienígena?

— Não seja boba, hoje é meu primeiro dia de aula. Estou ansioso. — Ele pegou uma xícara e encheu de café.

Revirei os olhos. Ainda não podia acreditar que ele iria estudar na mesma escola que eu. Isso só podia ser um pesadelo.

Eu peguei uma maçã e fui à direção da porta.

— Aonde você vai? — Henry gritou e correu atrás de mim. Movi os lábios formando “escola” e ele assentiu. — Vou com você.

Ele ignorou as reclamações de Agnes que berrava para ele voltar, pois tinha feito um café especial e ia estragar… Blá, blá, blá. Molly daria um jeito de acabar com a comida rapidinho. Por falar em Molly…

— Onde está a minha irmã? — Pergunto a Henry.

— Por que eu saberia onde ela está? — Lancei um olhar mortífero a ele, que revirou os olhos em resposta. — Está cuidando do nosso gambá.

Nosso? — Ergui a sobrancelha. — Seu. — Corrigi.

Um silêncio se formou e continuou até chegarmos à escola. Várias garotas que estavam na frente do colégio ficaram olhando para Henry. Elas sorriam, cochichavam entre si e, as mais atiradas, acenavam e lançavam olhares “sexys” para ele. Parecia que elas iam devorá-lo com os olhos. Eu estava me sentindo tão invisível ao lado do loiro que sai dali rapidamente. Quer dizer, tentei sair, já que o imbecil puxou o meu braço e disse:

— Ei, eu não conheço isso aqui. Você tem que me levar até a secretaria. — Ele fez um beicinho tão ridículo que me deu náuseas.

Tá bom, ele ficava fofinho, mas só um pouquinho.

— Eu sou sua babá por acaso? Pergunte a alguma dessas oferecidas que elas te levarão não só pra secretaria como também pro quarto delas. — Dei uma piscadela e saí deixando um Henry confuso.

Poxa, Megan, você não deveria ser tão chata com ele. Afinal, ele não fez nada. Por que eu estou com raiva, então? Espera, eu estou com raiva? Ah, deve ser a TPM. Se não for… Não, é a TPM mesmo.

Virei-me para pedir desculpas pelo meu momento de raiva sem motivo e para leva-lo até a secretaria – o que ele, com certeza, conseguiria fazer sozinho –, quando o vi com uma ruiva falsificada provavelmente dando em cima dele. Ou sei lá o quê.

Eu, sinceramente, não sei o que deu em mim. Sai pisando forte na direção do loiro e puxei seu braço com força. Levei-o para longe da falsa ruiva e cruzei os braços.

— O que foi isso? — Henry franziu a testa.

Bufei. Pra falar a verdade, nem eu mesma sei. Talvez seja a TPM de novo.

— Sei lá. — Isso o fez rir. Não, gargalhar.

— Você é esquisita, Megs.

Nós ficamos em silêncio por um tempo até o sinal soar. Corri até o meu armário e rapidamente peguei os livros que precisaria. Henry, como o retardado que é, me seguiu e se encostou no armário ao lado do meu.

— Megs, eu ainda não sei onde devo ir.

— Sinto muito, mas eu estou atrasada.

— Sabe, aquela ruiva ia me levar até sei lá onde eu deveria ir, mas uma nanica irritada me puxou com uma força demoníaca pra longe… E eu nem sabia o nome da garota. — Ele fez um beicinho.

Essa droga de carinha fofa.

— Nanica irritada? Você não está falando de mim não é? Eu sou quase da sua altura.

— Não viaja nanica. — Ele apertou as minhas bochechas. — Agora me leva até a secretaria. — Olhei para os dois lados e vi que não tinha quase ninguém no corredor. — Por favor.

— Se eu me ferrar, a culpa vai ser sua.

Caminhei calmamente – pois não estava com vontade de ouvir a voz irritante da professora de história – até a secretaria, onde eles provavelmente diriam onde é a sala do Henry.

Quando entramos na secretaria, eu perguntei à moça onde o loirinho iria ficar, ela me deu um papel onde estava os horários de aula. Entreguei ao loiro e ele sorriu contente.

— Agora, me leva até a minha sala. — Não pareceu um pedido.

Se eu dissesse não ele imploraria, então resolvi não perder mais tempo e dei uma olhada no papel. A primeira aula era artes, sala 205, segundo andar.

Bati na porta e a professora a abriu com uma cara de poucos amigos. Olhei de relance para a sala e pude ver a ruiva falsificada em uma das cadeiras da frente.

— Posso ajuda-la, jovem?

— Ahn, desculpe interromper a sua aula, eu só… Ele — Empurrei Henry para perto da porta. — é novo aqui e, bem, vai ficar na sua classe.

— Tudo bem. Entre e escolha logo o seu lugar. — A professora disse a Henry.

Dei um último sorriso para ele e corri até minha sala. Abri a porta devagar e todo mundo se virou para mim.

— Muito bem, senhorita Ryan. — A professora continuou anotando o que fosse no quadro. — Sente-se.

Corri para um lugar atrás de Jess e joguei minhas coisas em cima da mesa. Jess olhou para mim e percebi a pergunta implícita.

“Onde você estava?”

Movi os lábios formando “secretaria”. Ela assentiu e virou para frente. Provavelmente me interrogaria mais tarde.

O primeiro horário passou rápido. Peguei minhas coisas e fui para a sala de artes. Esse horário também iria ser com Jess… E com Daron.

Entrei na sala e sentei em uma cadeira no fundo. Jessica sentou do meu lado e Daron sentou atrás de mim. Revirei os olhos e comecei a conversar com Jess. Contei a ela o que estava fazendo na secretaria.

— O Henry é mesmo um tosco. — Ela riu.

— Pois é! Sabia que ele comprou um gambá e quer que eu cuide dele?

— Gambá? E qual o nome? — Jess ria como se fosse a coisa mais engraçada do mundo.

Porque não é ela que vai cuidar do gambá.

— Smell. Ele é fofo, mas eu não sirvo pra cuidar de animais, você sabe.

— Sei… Os seus peixinhos… Nemo um, Nemo dois, Nemo três e Nemo quatro… Que descansem em paz. — Ela pôs as mãos no peito como se sentisse remorso pelos meus peixinhos.

Paramos de falar quando o nosso professor de artes entrou na sala. Eu tenho quase certeza de que ele é gay e vivo comentando isso, mas Anna jura que ele tem um caso com a professora de biologia.

— Queridos e queridas, tenho ótimas notícias pra vocês. — Ninguém se animou. Geralmente essas notícias não são tão boas quanto parecem. — A turma de vocês fará uma peça! E já tenho os protagonistas perfeitos.


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Notas finais do capítulo

Eu queria pedir pra vocês não me matarem, por favor! É que esse bimestre tá muito complicado pra mim. Eu mal consigo dormir à noite pensando em tudo o que eu tenho que fazer. Sério. Eu to em depressão (tá, não é para tanto, mas pode até chegar nisso u-u)
E sobre o capítulo, é tá uma bosta, mas eu precisava fazer outro capítulo bosta pra poder fazer uma coisa que eu quero muito fazer u-u expliquei tudo.
Um comentário adicional:
Quem aqui tá doido pela estréia de Em Chamas? Gente, eu praticamente devorei o livro... Sério, eu to surtando!



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