Nova Iorque, Junho de 2007

– Esse é o momento em que eu começo a rir do que você disse, Emmett? – Era noite em Nova Iorque e os dois amigos se viam depois de um ano sem se encontrarem.

– Não, Edward. – Emmett riu da desconfiança do amigo e se ajeitou em sua cadeira. Ele se inclinou na mesa e suspiro. Ambos estavam meio altos por conta do álcool. – Estou falando sério, estou noivo e irei me casar em breve.

– Então... Emmett Mccarty, o maior pegador de toda Forks, irá se casar? Ok, preciso de outra dose. – Edward riu erguendo a mão para fazer um sinal para o garçom que prontamente trouxe outra garrafa de vodka e mais alguns copos com gelo.

– Desde quando ser o maior pegador de uma cidade com um pouco mais de 3000 habitantes é um grande título? Mas sim, eu irei me casar.

– Tudo bem Emm. Vamos considerar a ideia de que você irá se casar, mas quem é a felizarda?

– Isabella Swan. – Emmett deu aquele típico suspiro de homem apaixonado. – A mulher mais bonita e mais brilhante que já conheci.

– E deixe-me adivinhar... Ela é loira e alta? Pele branca, com seios fartos e um corpo “escultural”.

– Pelo que me contaram essa é a descrição da sua namorada.

– É, realmente, essa é a Rosalie.

– Bella é baixa, tem um corpo escultural sim, mas isso não vem ao caso. Me apaixonei pela sua personalidade, ela me mudou Ed.

– Eu vejo, para te prender deve ter feito uma grande mudança.

– Droga Edward, veja além desse bar que construí. Sou um dos melhores alunos da minha sala, depois que a conheci não me envolvi mais em brigas, minha relação com meus pais melhorou e eu... Minha nossa, estou soando patético.

– É, você está. – Edward riu. – Está parecendo comigo, mas vamos ao que interessa, quando irei conhecê-la?

– Não sei, ela teve que viajar, tentou mudar o dia da passagem de avião para te conhecer, mas não conseguiu. Ela está procurando seu pai.

– Como assim? Explique-me essa história.

– A família de Bella era um pouco diferente... Seu pai se separou de sua mãe e durante muitos anos não se falaram, perderam o contato, mas agora com o casamento ela sente que precisa encontrá-lo, ele é o único membro vivo da família dela.

– Imagino o quanto isso é difícil para ela...

– Ah sim, é muito difícil. – Emmett deu de ombros e assim passaram o resto da noite.

Inglaterra, Junho de 2007

Isabella encarava o papel que tinha em mãos. Ali estava o endereço da pessoa que procurava por mais de um ano. Ela olhou mais uma vez para a parede da casa e outra vez para o papel, não podia acreditar que passou a maior parte de sua adolescência achando que seu pai estava do outro lado do mundo quando na verdade ele estava praticamente ao seu lado.

A morena deu passos largos e caminhou em direção a casa. O que mais desejava era que Emmett estivesse ali ao seu lado com o braço ao redor de sua cintura e lhe dando apoio quando ela sentisse que fosse cair. Apenas com aquele pensamento ela teve necessidade de sorrir. Uma de suas mãos segurou com força o pingente do colar que estava em seu pescoço e a outra foi de encontro com a porta. Seu coração estava em suas mãos, finalmente ela iria vê-lo depois de tantos anos.

– Pois não? – Uma mulher alta e magra abriu a porta, mais uma vez ela checou o endereço, não queria que ocorresse o erro de bater na casa errada. Imaginou a situação estranha em que se encontraria e teve vontade de rir.

– Olá, sou Isabella Swan, desculpe incomodá-la, mas estou atrás de Charlie Swan. – Ela pronunciou aquelas palavras de forma rápida e apesar disso achava que aquele momento estava passando em câmera lenta.

– Isabella Swan? – A mulher ergueu a sobrancelha. – Nossa, não achei que você realmente viria. – Ela deu um largo sorriso. – Pode entrar. – Ela saiu da frente da entrada e deu espaço para que Isabella entrasse e ela entrou. – Não sabe a felicidade que me deu quando telefonou atrás do Charlie.

– E eu nunca fiquei tão feliz em saber que ele estava tão perto. – Bella deu um meio sorriso. – E você, quem é?

– Sou Maria. Maria Swan, filha de Charlie.

– Você... Você é filha do meu pai?

Brasil, Junho de 2007

– Você não sabe como me surpreendi quando recebi o e-mail com a passagem para cá. – Rosalie falou animada ao se aproximar da tia abrindo os braços para abraçá-la. – Sabe quantas vezes na minha vida imaginei esse momento tia?

– Milhares. – A tia de Rosalie riu abraçando a sobrinha. – Não sabe como senti sua falta minha pequena Rosa. – Ela aproximou os lábios da bochecha da garota e a beijou. Elas se afastaram. – Assim que eu soube que você ficaria de férias reservei não só as passagens como também o melhor hotel do Rio de Janeiro.

– Acho que se você continuar me tratando assim vou ficar mal acostumada. – Rosalie sorriu. – Mas pensando bem... Pode me deixar mal acostumada, aliás, estou mesmo precisando de um bônus.

– Um bônus?

– Eu soube que estou muito melhor em todas as matérias da faculdade.

– Esse menino está te fazendo bem, não é?

– Sim, Edward é uma pessoa maravilhosa e você não imagina o quanto ele faz com que eu me sinta especial. Todos os dias fala isso e sei que se pudesse falaria todos os todas as horas, minutos ou segundos.

– Sempre lhe disse o quanto é especial. – A senhora sorriu. – Mas fico muito feliz em saber que está com alguém que lhe faz bem, sua mãe ficaria muito feliz.

– Assunto proibido tia... – Rosalie sussurrou desconfortável, abriu sua bolsa e buscou seus óculos escuros. – Então, para onde vamos primeiro? Copacabana, Ipanema, Cristo Redentor? Pera, pera, Pão de Açúcar, Corcovado ou como é o nome daquele estádio? Ah, sim, Estádio do Maracanã.

– Calma Rosa. – A senhora riu alto. – Que tal primeiro nós duas sairmos desse aeroporto e depois escolhermos para que lugar vamos?

– Ok, essa também parece ser uma boa ideia.