Ajuda-me a Viver escrita por Vitoria Bastos


Capítulo 6
O Estranho Intrometido


Notas iniciais do capítulo

Demorei, demorei, mas estou aqui.
Vamos ler?
Lá embaixo conversamos ...



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Os dias foram passando e eu não estava aguentando mais ficar no hospital. A única coisa que fazia as horas passarem mais depressa era a presença de Alice. Ela vinha, trazia novas roupas, comida — apesar de receber advertências da enfermeira —, flores e outras coisas que saiam de sua cabeça maluca.

Se não fosse por Alice, não sei o que seria de mim nessa fase que estou atravessando. Eu já tive muitos amigos por ser super popular, sempre era convidada para várias festas, mas chegou um momento em que a dança se tornou minha prioridade e tudo com relação a minha vida social foi deixada de lado. Minhas amigas me chamavam para sair e eu dizia que não podia, que tinha ensaio logo cedo na manhã seguinte e inventava várias outras desculpas. Chegou o dia em que os convites se foram e juntos com ele todos os meu amigos. Só ficou a Alice.

Sempre digo que Alice é praticamente minha mãe, apesar dela só ser alguns meses mais velha do que eu. Ela sempre foi a que cuidou de mim e me deu conselhos quando precisei. Ao contrário da minha verdadeira mãe. Por falar em Renée, desde daquele dia que ela veio aqui e me falou aquelas barbaridades nunca mais apareceu. Acho até bom, assim me poupa aborrecimentos.

A cada dia que passa me sinto melhor fisicamente, minha cabeça não dói mais e quase não sentia mais minhas costelas quebradas. O único problema que persistia era a minha perna. Apesar dos pontos já terem caído, ainda sentia dificuldade para andar. O Dr. Carlisle falou que a fisioterapia começava hoje e que em breve minha perna estaria boa para andar.

Embora todas essas coisas boas estivessem acontecendo, eu ainda não tinha aceitado inteiramente a ideia da morte de Mike. Às vezes tinha a boba esperança de que tudo isso não passou de um pesadelo, que quando eu menos esperasse ia estar dançando novamente com o meu noivo na plateia. Como dizem, a esperança é a última que morre.

Fui puxada para a realidade quando ouvi alguém bater na porta.

— Entra — falei e tentei dar uma arrumada no cabelo, já que a minha personal stylist Alice não apareceu hoje.

— Bom dia senhorita Swan, sou o Dr. Cullen.

Não podia imaginar o que o Dr. Carlisle queria de novo e o por quê de ele se apresentar ao entrar. Quando virei para olhar em sua direção, não era o Dr. Carlisle que estava ali e sim outro médico que parecia bem mais simpático.

— Sou o seu fisioterapeuta.

— Como assim meu fisioterapeuta? Você nem cara de médico tem. — O homem não estava usando jaleco, como podia ser médico, ainda mais o meu médico?

— Ah, desculpe. — Ele falou dando um sorrisinho torto — É que eu já terminei o meu plantão e tirei o jaleco, mas lembrei que tinha que ver a minha mais nova paciente.

— Mas por que você disse Dr. Cullen ? — perguntei. Aquele homem estava me deixando confusa e me fazendo agir igual a uma verdadeira idiota.

— Esse é o meu sobrenome. Sou filho do Dr. Carlisle, meu nome é Edward Cullen — Edward disse tirando uma caneta do bolso e segurando uma prancheta.

— Ah. — Acho que nesse momento minha boca fez um grande ''O''.

Depois de alguns minutos lendo a prancheta, Edward levantou os olhos, de um tom incrível de verde, para me olhar e depois sorriu.

— Bom, Isabella... Posso te chamar de Bella?

— Não, não pode. — O nome Bella era apenas para os íntimos.

— Então, tudo bem Isabella. Como está a sua perna?

— O médico aqui é você, por isso me diga como acha que está a perna de uma paciente que teve uma fratura exposta? — A pergunta soou mal—humorada até para mim, mas não me importava parecer chata para o Dr. Cullen. O sorriso torto que não saia de seus lábios dele estava me irritando profundamente.

— Já esperava essa resposta vindo de você, afinal você é a famosa Isabella Swan.

— O senhor não me conhece, então como ousa falar assim comigo? Você só sabe o meu nome, não a minha história*. Não sabe o que eu passei, não sabe o que eu estou sentindo. — falei indignada.

— Em primeiro lugar, eu sei o que você está passando. Em segundo ,não sei porque tratar as pessoas assim, com tanto desprezo. Você está viva, não está? Então... — Interrompi a lição de moral de moral que Edward estava começando a tentar me dar.

— Com toda a certeza você não sabe pelo o que estou passando e não preciso de mais uma palestra de "Como aproveitar minha nova chance". — Falei.

— Me desculpa, mas eu sei o que você deve estar sentindo. É culpa, não é? Medo de...

— Dá para parar com isso? Já disse que você não sabe o que eu estou sentindo. Faça o seu trabalho e saia daqui. — Gritei.

— Me desculpa, vou fazer o meu trabalho.

Edward começou a fazer alguns exercícios na minha perna e ficamos em um silêncio profundo. Sabia que não devia ter sido tão grossa com ele, afinal Edward é a pessoa que, supostamente, vai me fazer voltar a dançar. Mas não conseguia aceitar que ele se intrometesse dessa maneira na minha vida.

Ele estava terminando de alongar a minha perna quando vi alguém entrando no quarto.

— Belinha meu amor, você não sabe o que eu comprei. Aquela bolsa que você está... — Alice parou de falar quando percebeu que eu não estava sozinha.

A cena de Alice parada no meio do quarto, cheia de sacolas e usando aquela roupa estava comica. Eu só não ousei rir para não dar mais motivos para o Dr. Cullen se intrometer na minha vida.

— Epa, desculpa. Atrapalhei? Já estou saindo — Ela falou envergonhada.

— Não precisa, eu já terminei. — Edward falou com a voz aveludada. — Isabella, nós vamos ficar fazendo os exercícios aqui no hospital até você ter alta. Depois você vai ter que ir a um centro de fisioterapia.

— Está bem. — Falei seca.

— Então terminei. Até breve. — Ele saiu dando aquele sorrizinho torto.

— Meu Deus. Quem é ele? — Alice falou assim que Edward saiu, largando as sacolas no chão e sentando na minha cama.

— Diz ele que é o meu fisioterapeuta.

— Com um fisioterapeuta desse até eu queria, isso se já não tivesse o meu psicológo. — Ela falou rindo.

— Alice, você veio aqui me ver ou falar desse doutor? — Falei contendo a raiva.

— Está bem Belinha. Foi o doutor que te deixou estressada dessa maneira?

Apenas assenti. Não queria continuar com essa conversa e por isso tratei de mudar de assunto.

— O que têm nas sacolas? — perguntei, sabendo que isso seria o suficiente para manter Alice longe do assunto Edward Cullen.

— Você não sabe o que eu comprei. — Alice falou totalmente distráida indo pegar as sacolas do chão — Essa blusinha estava em liquidação, esse short também... E esse sutiã com renda. A bolsa daChannel não é linda Belinha?

E Alice continuou falando, falando e me mostrando as comprinhas ''básicas'' que fez. E eu só fingia que ouvia, perdida em pensamentos...

*Não me julgue, você só sabe o meu nome, não a minha história — Demi Lovato


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Notas finais do capítulo

Esse ficou pequeno, mas perdoem essa escritora de primeira viagem, os capitulos ficarão maiores, prometo.
Bom, até que fim ele apareceu né? nem adianta porque não vai ser tão fácil assim eles ficarem juntos *spoiler básico*
Ele me arrancou vários suspiros com aquele sorriso torto ... KKKK
Vejam o nosso fisioterapeuta gostosão aqui : http://www.roupamasculinagroup.com/wp-content/uploads/2013/08/robert-pattinson_fitted-shirt_skinny-tie_gravata-slim1.jpg

Bom, o esquema da postagem ainda continua ... Então, com 15 comentários eu posto amanhã hahah eu sei que vocês conseguem . Vamoos meninas! bjs
* Roupa da Alice :
http://www.polyvore.com/hospital_cap/set?id=73677378