Ilha Das Sensações escrita por Loovy chan


Capítulo 44
De homem barrigudo para lenhador


Notas iniciais do capítulo

Yo! Loovy aqui ^-^v
Espero que gostem e entendam esse capítulo, ele é mais que essencial para toda a história.
Boa leitura e bote os neurônios para funcionar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330406/chapter/44

– Mais devagar... - O homem barrigudo dizia tentando correr e alcançar os jovens que queriam explorar tudo.

Nem todos conhecem a história sombria por trás do homem sorridente, feliz e barrigudo, então eu contarei.

Era uma vez, uma flor que nascia á cada mil anos. Uma flor estimada por muitos feiticeiros, uma flor desejada por muitas mulheres, homens e crianças, uma flor que nunca fora vista ou pega em mãos, uma flor que só aparecia em contos de fada, mas uma flor que encantava á todos que ouviam sua história.

– Essa bola é minha! - Um garoto magro e ossudo dizia correndo atrás de uma garota loira cheia de sardas e dentes separados.

– Então se é sua... Por que não vem buscar?! - Ela perguntava sarcástica correndo e jogando a bola para cima.

– Ela é muito importante! - O garoto disse assim que ela parou para respirar.

– Por quê? Seu querido papai encostou-se a ela foi?! - Perguntou novamente.

– Qual o problema de esse ser o motivo?! - O garoto perguntou quase chorando.

– Você é gay! Você deu uma flor de presente de dia dos pais para seu pai! Qual é?! Por que não deu uma caneca, um carrinho de madeira, ou sei lá?! - Dizia jogando a bola para cima.

– Por que ele merecia uma flor, ele merecia um buquê de flores! – O garoto dizia ainda mais irritado. Sua raiva era tanta que lágrimas de ódio escorriam lentamente.

A garota ia continuar correndo, mas tropeçou em uma raiz e caiu. Para diminuir o impacto de sua queda, soltou a bola e colocou sua mão no chão, impendido seu rosto de bater diretamente em um tronco.

A bola desceu a vila á baixo, ela rolou, rolou, rolou e do alto onde as duas crianças estavam dava de se ver a bola sendo destruída por carroças.

– Ele está morto, por isso uma flor! – O garoto disse e chutou a barriga da garota. – Você deveria estar morta, você deveria ter sido pisoteada pela carroça e estar morta agora! Não o meu pai! Não o meu irmão e nem a minha bola!

– Me desculpe... Eu não... Sabia. – A garota dizia em meio a chutes que o garoto dava nela.

Você, leitor, deve estar imaginando que o homem barrigudo é o dono da bola, mas essa foi apenas uma introdução para uma história marcante.

– Esses ricos... Por que preferem as árvores daqui de cima. – O homem disse e terminou de cortar sua última árvore do dia. Ela escorregou até os pés da montanha.

O lenhador logo desceria a montanha, se não tivesse a curiosidade de ter a bela vista da vila conservada em sua mente por bons longos anos.

Ele subiu até o pico, um belo por do sol com uma vista privilegiada de toda a sua vila enchia seus olhos. Ele ficou assim até o sol se por totalmente.

– Hora de jantar! – Ele disse passando a mão em sua enorme barriga.

Ele já descia a montanha que não era tão íngreme, mas assim que deu apenas dois passos, viu um brilho amarelado escondido entre alguns arbustos.

– Só pode ser a flor! – O lenhador disse e saiu quase rolando até os arbustos.

A cada passo um som ficava mais alto, um som dolorido e sofrido. Um som de choro e soluços seguidos de respiradas profundas.

O lenhador separou as folhas dos arbustos com certo medo e observou uma pequena garota, loira, chorando.

O lenhador observou bem a garota, suas lágrimas eram de um amarelo tão brilhante que pareciam ser uma luz.

– Talvez eu não tenha percebido por ser de dia e pelo barulho do machado... Isso é estranho... Realmente, achei que dessa vez eu acharia a flor. – O lenhador disse e se agachou. – O que aconteceu garotinha?

– Ele também... Ele também perdeu o pai... Assim como eu! Mas ele tem a sua mãe... Ele tem sorte! Ele não deveria reclamar! – A garota gritava e suas lágrimas se iluminavam mais.

– E essas lágrimas? O que são? – O lenhador perguntou curioso.

– Eu não contarei! – A garota disse secando as lágrimas, mas elas se acumulavam aos poucos.

– Sabe, eu também perdi meus pais... – O lenhador disse tentando conciliá-la.

– Jura? – Ela perguntou olhando para ele.

– Sim. Eu ia ter um filho, um garoto. Mas a casa da família pegou fogo enquanto eu cortava árvores para a lareira. – O lenhador disse, com um aperto no coração.

– Você perdeu á todos? – A garota perguntou, encontrando alguém que a entende.

– Sim, mas eu me casei novamente...

– Por que substituiu a sua mulher?! Isso não está certo! – A garota disse se irando.

– Ela nunca vai substituí-la, mas de certo modo, eu também á amo. – O lenhador disse sincero.

– A dona do internato também diz isso para mim... Ela diz que todos somos uma família, mas eu odeio ela. – A garota disse.

– Eu te contei minha história, não gostaria de contar a sua? Dizem que ajuda a se acalmar. – O lenhador disse sorrindo.

– Meus pais e meu irmão mais velho foram viajar na alta temporada dos vigaristas e nunca mais voltaram... – A garota disse chorando mais.

– E as lágrimas? – Perguntou curioso.

– Eu a comi. Achei que tudo passaria, mas eu apenas choro brilhante! Isso é inútil! – A garota disse secando as lágrimas.

– Você comeu o quê? – O lenhador perguntou ainda mais curioso.

– A flor sagrada! Eu a encontrei, então tinha o direito de fazer o que quisesse com ela não é?! Você não vai me julgar por isso não é?! – A garota perguntou ficando muito irritada.

– Nunca falei que te julgaria.

– Mas todos fazem isso...

– Você se importa se eu te adotar? – O lenhador perguntou, ele realmente foi cativado pela garota.

– Jura?! Você quer me adotar?! Mesmo eu sendo eu mesma?! – Ela perguntou sorrindo.

Antes de o lenhador responder ela desmaiou e a flor dos contos se esforçava para sair pela barriga da garota.

– Você a aceitou, automaticamente, aceitou á mim também. Seu coração puro á ajudará. E eu realizarei seu pedido mais interno. – A flor disse.

– Como sabe do meu pedido?! Você é a flor?! – O lenhador perguntou angustiado.

Neste momento a garota virou um garoto, ainda sendo loira. A flor realizou o desejo do lenhador, aquele era o seu filho que nem havia nascido. As memórias da garota foram apagadas e quem o criaria dali em diante seria o lenhador.

– Apenas guarde esse segredo... E se caso me encontre novamente... Me chame de Ilha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

MOMENTO DIVULGAÇÃO OEOEOEOEOEOEOE
Nova fic que estou criando ^^' Podem dar uma olhada???? Onegaiiiii, ela é minha favorita até agora!
http://fanfiction.com.br/historia/381706/O_Segredo_Dos_Gemeos/
Por favor leiam!!! Vou me sentir honrada ^^)
É isso!
(R)