Para Namorar A Minha Filha escrita por Samyy


Capítulo 1
Capítulo Único - Xeque-Mate


Notas iniciais do capítulo

A ideia surgiu enquanto eu vasculhava imagens no DeviantArt, achei essa e uma lâmpada se acendeu sobre minha cabeça



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Xeque-Mate

O vento açoitava minha janela. Eu adoro esse tempo frio, é ótimo para ficar entre as cobertas apenas aproveitando o calor delas, e dormir. É inverno, estamos perto do natal, e isso é encantador. Abrir a janela e ver o jardim de minha mãe coberto de neve. Esse tempo frio é meu preferido.

Ah, que coisa feia da minha parte, nem me apresentei. Sou Rose Weasley. Esse nome lhe é comum? Meus pais são Hermione e Ronald Weasley, os melhores amigos de Harry Potter e os pais do mundo. Eles ajudaram meu tio, Harry, com a segunda guerra bruxa, e estão nos livros de história da escola. É incrível poder dizer que meus pais fizeram um mundo melhor para as crianças viverem. Tenho orgulho dos dois.

Estou de férias da escola, Hogwarts é claro. Seria um escândalo se eu não fosse bruxa, imagine a manchete do Profeta Diário: "Filha de Ronald e Hermione Weasley - aqueles que ajudaram a derrotar você-sabe-quem. - não tem vaga garantida na maior, e melhor, escola bruxa do país, se não a do mundo." Abaixo seguiria uma matéria falando sobre, provavelmente, a decepção de todos, contendo pelo menos uma página e meia.

Ser filha deles tem lá suas vantagens, mas também suas desvantagens. Imaginem o que eu sofri no meu primeiro dia de aula. Minha mãe foi a melhor aluna de sua turma, se não de toda a escola, eu teria que manter o nome da família, tirar notas boas e receber elogios de todos os professores, resumindo, eu teria de ser a aluna exemplar. Por outro lado, meu pai ganhou o título de melhor goleiro pela Grifinória em Quadribol, é obvio que ele queria que eu entrasse para o time da casa, além da pressão que eles fizeram para eu entrar na Grifinória. Mamãe disse que não importava em qual casa eu ficasse, ela me amaria de qualquer forma, mas papai não foi tão compreensivo assim. Ele ameaçou deserdar a mim e a Hugo, meu irmão, caso não entrássemos nela. Mais uma vez, imaginem o alvoroço que seria: "Filha de Hermione e Ronald Weasley quebra a tradição da família e vai para Sonserina." Podia ser qualquer casa, mas suponhamos que eu tenha ido para a Sonserina, que é a maior rival de meu pai. Isso seria o fim da picada!

Todos ao meu redor fazem questão de lembrar o quanto sou parecida com meus pais. Tenho os cabelos de minha mãe, não a cor, mas seu jeito. São cheios e cacheados, ruivos como o de toda a família Weasley. Sou inteligente, ainda bem que sempre tiro notas boas. Mas infelizmente, por mais que adore o esporte, tenho pavor de altura. Queria achar uma explicação por ainda jogar Quadribol, aliás, sou artilheira, e digamos que por causa disso coisas muito boas aconteceram na minha vida...

Impressão minha ou a campainha tocou?

— Rose, atenda, por favor! - escuto minha mãe gritar do primeiro andar.

Eu estava entre a coberta e estava tão bom, por quê? Relutante sai do conforto de minha cama para a realidade.

Quem poderia ser em um tempo destes? Devia ser algo muito importante...

Meu pai e Hugo jogavam xadrez na sala, perto a lareira. Agora alguém me responde, por que mamãe não pediu que um deles atendesse?

Bufei alto e caminhei a passos lentos até a porta.

A primeira vista não reconheci a pessoa. Usava um grosso casaco e uma toca na cabeça.

— Scorpius! - bradei. - O que está fazendo aqui?

Tinha levado um choque. O que ele fazia aqui, na minha casa? Para quem não sabe - e duvido que alguém saiba - Scorpius é meu namorado, tudo por causa do Quadribol. É uma história meio confusa, bom, para começar, Scorpius quebrou a tradição dos Malfoy indo para a Grifinória, o que foi uma surpresa para todos, mas um dia ele me confessou que seu pai, Draco, sabia que ele seria diferente, e se orgulhava disto. Estou no time da Grifinória desde o terceiro ano, quando passei nos testes. Até então nunca fui substituída. Nós começamos a sair há quase dois anos, na sexta série, quando, não sei por que, Scorpius se candidatou a Artilheiro. São três vagas, mas incrivelmente ele poderia me substituir se fosse melhor. É claro que ele não foi, e ficou morrendo de raiva. Nós discutimos ao final dos testes, perto dos vestiários, não havia mais ninguém. Quanto mais gritávamos mais nos aproximávamos e quando dei por minha nossos lábios já estavam colados, e eu nem percebi. A partir desse dia começamos a namorar... Mas meu pai não sabe só mamãe... O que ele tá fazendo aqui?

— Você podia pelo menos perguntar como eu estou!

— Diga logo o que quer!

— Quem é Rosalie? - perguntou-me mamãe.

— Um amigo... - respondi.

— Amigo? - ele fez cara de indignado. O que ele queria que eu dissesse? “Mãe, meu namorado está aqui. Vamos apresentá-lo ao papai. Ele adoraria conhecê-lo, só que não." — Amigo? É assim que sou conhecido na sua casa?

— Scor...

— Será que eu posso entrar? Tá frio aqui fora?

— Não quero ser rude nem nada, mas fala o que você quer!

— Já que tanto quer saber, vim conhecer o meu sogrão!

— Você ficou maluco? - fiquei escandalizada. - Está querendo morrer? Eu sou nova demais para ficar viúva, e aposto que odiaria me ver com outro.

— Rose, convide seu amigo para entrar, e... Scorpius! – minha mãe apareceu na porta levando um susto também.

— Olá senhora Weasley, tudo bem?

— Sim, tudo, mas me chame de Hermione, não sou tão velha. - riu e me empurrou para deixá-lo entrar. - O que te trás a nossa humilde residência, jovem?

— Eu vim falar com a senho... Você e o senhor Weasley. - ela o avaliou de cima a baixo e, se conheço ele bem se sentiu intimidado.

— Você não acha que é jovem demais para morrer? Deve ter sonhos para o futuro, odiaria presenciar seu fim.

— Mamãe... - eu balancei a cabeça negativamente quando ela me olhou. Scorpius podia ficar bastante aterrorizado com simples palavras.

— Bom... Fique a vontade, eu irei preparar um chá. - ela se retirou. Pedi que ele pendurasse seu casaco no cabideiro e o conduzi até a sala, pensando em quais seriam suas últimas palavras.

Digamos que meu pai seja muito protetor, ele não gostava nem de me ver de mãos dadas com Alvo ou James, que são meus primos. Imagine sua reação ao me ver namorando. Em diversos momentos devaneei sobre esse acontecimento, provavelmente Scorpius não sairia vivo de casa. Voltando a falar de meu pai: Ele tem muitos ciúmes de mim e da minha mãe. Pensem em uma pessoa ciumenta ao ponto de ameaçar a outra de morte. Ele consegue ser pior. Eu estava com medo da reação dele. O pior não era eu namorar, era com quem eu namorava. Malfoy era uma espécie de tabu em casa, e isso tinha haver com o tempo de adolescente do ruivo chefão.

— Pai? - receosamente o chamei. Ele murmurou algo incompreensível, que eu interpretei como um: "Estou escutando"— Ah...

Ele ainda jogava xadrez com Hugo, pareciam bastante concentrados. Papai ensinou meu irmão a jogar desde cedo, praticamente desde antes de nascer. Eu nunca fui boa com jogos de tabuleiro, então não preciso dizer que quando ele tentou ensinar-me não me sai muito bem.

— Eu queria te apresentar a alguém. Pai, este é Scorpius Malfoy... - como minha mãe havia feito ele o avaliou de cima a baixo, com um olhar peculiar e intimidador. - Meu namorado. - em toda a minha vida aquela foi a palavra mais difícil de pronunciar. De todas as reações possíveis a que ele teve me assustou muito. Ao invés de surtar, sacar a varinha e amaldiçoar Scorpius ou pular em seu pescoço, ele me lançou um olhar de incredulidade. Parecia prestes a explodir, minha mãe chegou à sala bem no instante certo.

— Amor, vamos ali dentro rapidinho. Rose venha junto. Hugo converse com o Scorpius, aposto que podem virar amigos. - papai estava tão perplexo que se deixou levar sem perceber.

Eu estava muito, mas muito encrencada. Devo dizer que não fiz nada de errado, ora, não mandamos em nosso coração...

No escritório de papai tinha uma bandeja com chá preparado. Ela provavelmente tinha previsto essa reação e feito chá de camomila, para acalmar os nervos. Eu lancei o abaffiato na porta, afinal, já tenho idade suficiente para praticar magia fora da escola, e é maravilhoso!

— Querido, senta, respira, por favor. - estou preocupada, quando ele fica assim não vem boa coisa depois. - Pelas cuecas com bolinhas de Merlin, diga alguma coisa homem! - ela iria sacudi-lo. Esse silêncio estava me deixando perturbada. Era melhor que gritasse, esbravejasse comigo.

— Pai, seu silêncio está me matando.

— Você! - homem imprevisível, meu pai. Como se saísse de um transe começou a falar. - Como pode ter feito isso comigo?

— Eu não fiz nada!

— Ela diz que não é nada. - irônico, marca registrada. - Isso é piada, né? É... Você não está namorando ele... Primeiro de abril só ano que vem querida!

Eu já disse como meu pai é incrível? Um incrível idiota! Desculpa pai, mas é a verdade. Como se aquela fosse a piada do ano, ele riu... Não, ele gargalhou.

— Amor, não é piada, não é mentira. Rose e Scorpius estão namorando. - uma afirmação foi o suficiente para o mundo parar.

O que se seguiu a partir deste ponto foi uma sessão de "Por que você fez isso comigo?" além dele brigar com minha mãe por ter me acobertado, já que ela sabia. Senti-me mal por ela ter que pagar por esconder a verdade.

— Essa é uma conspiração contra mim? – demoramos um bom tempo até conseguir acalmá-lo. E foi complicado, nunca o vi tão fora de si. Minha mãe tentava fazê-lo compreender de todo o modo, e falou algumas coisas que, sinceramente, eu podia ter ido dormir sem saber. Vou precisar usar o obliviate!

— Como você é dramático Weasley, não vejo nada demais deles namorarem!

— Você não, mas eu sim!

— Pode esquecer o passado pelo menos uma vez? E querendo você sim ou não, ela namoraria alguém, melhor ser de um conhecido. Sabemos praticamente tudo sobre sua família, fica mais fácil. Se fosse outra pessoa você mandaria fazer uma investigação meticulosa, querendo saber até o tipo sanguíneo do rapaz! Eu te conheço Ronald!

— Faça-me o favor Hermione, isso foi crueldade, você escondeu de mim que sua filha está namorando!

— Agora é minha filha? Fique você sabendo que eu não a fiz sozinha e...

— Pelas cuecas furadas de

, vocês não irão discutir isso aqui, vão? Porque se sim, me avisem que estou indo para a sala! – sem esperar resposta, sai. Queria saber qual é a formula deles, mais de 20 anos de casados, brigando, se reconciliando e ainda continuam juntos. Bem que o tio Harry disse que eles são impossíveis.

— Você não vai ficar na sala perto do Malfoy. Eu vou com você! – eu posso com um pai desses?

Voltamos para a sala. Hugo encarava Scorpius de relance, e o mesmo fingia não ver. Já devia estar bastante intimidado com meu pai. E por falar nele, lançavam um olhar assassino à Scorpius enquanto torcia os dedos. Era para dar medo? Não estava dando certo... Se não fosse a tensão do momento eu estaria rindo...

— Então quer dizer que você namora a minha filha? – ah pai, se você soubesse o quanto é grande o meu amor por você, mesmo com essa cara de bobo ciumento.

— Sim senhor Weasley. – tropeçar nas palavras já não foi um bom começo, quer dizer que as intimidações tinham dado certo.

— Quais são suas intenções?

— Bom... Primeiro terminar os estudos, o mais importante... Arrumar um emprego bem remunerado... Casar com Rose...

— Que emprego?

— Não sei muito bem, acho que ser auror ou medi-bruxo. São boas profissões.

— Sabe, os Weasley não são conhecidos apenas pelo cabelo chamativo e sermos humildes. Alguns de nós são conhecidos por jogar xadrez como ninguém!

Isso não está me parecendo boa coisa.

— Rose disse que o senhor é o melhor jogador de xadrez bruxo que ela conhece.

— Digamos que ela tenha sido modesta, mas é por ai...

— Se eu entendi certo, quer que eu jogue com o senhor?

— Garoto esperto! Senta ai! – ele pediu que Hugo desocupasse a cadeira e desse espaço à Scorpius. – Espero que saiba jogar! Pronto para perder?

Este é o fim da picada! Meu pai seria a única pessoa no mundo que disputaria a filha dele em um jogo de xadrez bruxo! Eu realmente não mereço...

— Prepare-se, esta será uma longa noite! – e não é que minha mãe tinha razão.

Acho esse um jogo bruto. Qual a razão de precisar despedaçar uma rainha, peão, torre, ou qualquer outra peça?

Havia uma estante junta à parede no fundo da sala, escolhi um livro, “Quadribol Através dos Séculos Vol. 3” sentei-me na poltrona mais próxima ao meu pai e li.

Minha tia Gina e Angelina estão neste livro, legal. É a primeira vez que o leio.

— Então jovem Malfoy, ouvi dizer que é diferente de seu pai... – entreouvi quando passava por um artigo falando das melhoras que a goles teve.

— Eu acredito que sim, quer dizer, ter ido para a Grifinória já demonstra muita coisa.

Tentei prestar atenção a revista, mas foi inevitável não escutar...

— Alguém perderá sua última rainha.

Como eu já disse não sou uma expert em xadrez, e quando desviei meus olhos para tabuleiro levei um baque ao ver que Scorpius perdia seriamente. Não tinha muito tempo desde o começo da partida, fiquei sem entender como meu pai já tinha boicotado o jogo do meu futuro ex-namorado. Talvez anos e mais anos de prática.

Com apenas três peças restantes Scorpius parecia muito concentrado em sua próxima jogada. Uma vez me disseram que quanto mais nós pensamos menos produzimos, e em determinadas vezes é verdade, como por exemplo a jogada de Scorpius. Papai liquidou mais uma de suas peças, sobrando assim duas. Pelo o que aprendi, aqueles deviam ser uma dama e um rei branco...

Isso está ficando estranho... Esse não é o Ronald que eu conheço! Papai tinha seis peças, incrivelmente Scorpius conseguiu retirar cinco, deixando um rei. Uma reviravolta nunca vista pela família.

Minha mãe e Hugo - que estavam na cozinha - vieram presenciar o final do jogo.

— Até que ele joga bem. - mamãe sussurrou para mim. Ela tinha me trazido uma caneca de chocolate quente. - Estar com uma peça e seu pai duas não é para qualquer um.

— Na verdade, papai quem está com uma peça. - ela arregalou os olhos incrédula e pareceu engasgar com a própria saliva.

Xeque-Mate! — não, não foi meu pai. Dá para acreditar? Ele foi derrotado, como assim? Este é o fim do mundo. Meu pai perdeu no xadrez para alguém. Já imagino a manchete do próximo dia: "Ronald Weasley, auror conhecido por ter participado da segunda guerra bruxa, melhor amigo de Harry Potter e marido de Hermione Granger, tem derrota inédita no xadrez, que a não ser por Quadribol é o jogo em que mais teve vitórias, se é que teve alguma derrota. Quem fora seu oponente? Ninguém mais, ninguém menos que Scorpius Malfoy. Um Malfoy."

O rei dele estava praticamente encurralado pela dama e pelo rei de Scorpius.

— Eu não acredito! - disse minha mãe. - Como você conseguiu este feito? Não espera, todo mundo precisa saber disso!

— Mas... - papai encarava o tabuleiro inconsolado. É... Seu reinado estava ameaçado, e o pior de tudo, por um Malfoy, não que eu tenha algo contra a família, mas um Malfoy!

— Uau! - exclamou Hugo. Todos estávamos pasmos. Era o fato do ano, devera ficar marcado na história bruxa. - Nossa pai, um Malfoy te derrotou, nem o tio Harry conseguiu isso! - Hugo soltou sem querer, pelo menos eu acho. Foi um erro.

— Então, acho que ganhei, né? - perguntou receoso. Tive vontade de falar e você ainda pergunta, mas melhor deixar para lá... O astral já estava afetado, só não pude deixar de notar o olhar irônico de todos.

— Eu sou um homem de palavra. - disse meu pai carrancudo. - Nunca pensei que diria isso...

— Não precisa dizer nada, eu vim aqui pedi-la em namoro, e é o que farei. - ele pigarreou antes de continuar. - Senhor Weasley, me concede a honra de namorar a sua filha? - ele resmungou algo incompreensível.

— Eu não escutei Weasley. - disse minha mãe muito divertida com a cena, e quem não estaria. Meu pai de cara amarrada e os braços cruzados sobre o peito.

— Sim. - parecia estar falando mais com si mesmo que com qualquer um presente ali.

— Devo estar com problemas de audição. - minha mãe estava se aproveitando da situação, com certeza.

— Eu disse que sim! - ele quase gritou, nos dando um susto. - Satisfeita?

— Não, precisa ser grosseiro? Parece que não aprendeu nada com esses anos de convívio comigo. Eu não suporto que gritem comigo seu... Seu... Seu cenoura!

— O que queria que eu fizesse? Você estava se fazendo de surda...

— Não, não estava! Esse é um momento único na história e você estragou tudo! Desculpe se eu ofender sua mãe, mas sua família parece ser de coelhos, por Merlin! Sete filhos.

— E até parece que você não gosta senhorita sabe-tudo-irritante.

— Uon- Uon! - ela rebateu e pareceu atingir um ponto sensível de meu pai.

— Repete!

— Uon-Uon!

Acho que ele não superou esse apelido. Pelo o que eu entendi foi um apelido que uma ex-namorada deu a ele. E pelo visto nenhum dos dois gosta de mencioná-la, a não ser na frases que contenham piranha, dissimulada, desmiolada, irritante cor-de-rosa. A história deles é muito interessante. Já disse isso?

— Você precisa me lembrar desse apelido ridículo a cada cinco minutos? Foi um erro, eu admito, mas já não basta ter perdido para um Malfoy?

Eles são estranhos... Por isso que os amo. Brigam e rapidinho se resolvem... Ou não...

— Não!

— Ah, que tal lembrar-se do seu amigo correspondente, Krum. Vocês eram bem amiguinhos, né?

— Quantas vezes eu tenho que dizer que não tem nada demais entre nós? Apenas amigos seu insensível!

— E...

— Será que vocês podem deixar essa discussão para outra hora? Aproveitem e juntem esta aquela que tiveram antes. Não é hora! - só a minha pessoa para colocar ordem nesta casa. Pelas calças de Merlin, meus pais são... Os melhores do mundo!

— Obrigado por deixar senhor Weasley.

— Nada... - ele resmungou mais uma vez. - Mas não pense que você terá liberdade com ela! Desde antes de Rose nascer eu elaborei uma lista: Coisas que o namorado de Rose não pode fazer!

— Você está brincando com a gente?

— Pior que é verdade. - falou mamãe. É... Meu pai é imprevisível.

— Eu a decorei. Primeira regra: É extremamente proibido qualquer tipo de contato físico, isso inclui beijos, abraços e apertos de mãos...

— Eu tenho uma confissão a fazer. - lá vem bomba. Se Hugo tem algo para contar... Não pode ser coisa boa.

— Diz filho. - pediu meu pai.

— Lily e eu estamos namorando!

— O que? - nós quatro gritamos.

— Mas... Filho... Ela é sua prima.

— E dai?

— Isso é... Não está certo, vocês são primos, e primos não devem namorar. - minha mãe parecia barbarizada. O dia podia ficar pior... - E Gina, ela sabe?

— Acho que sim...

— Mão filhão... Tem outras garotas no mundo, quer dizer, você ainda é jovem...

— Não adianta, pai... Não mandamos no coração, ele é um órgão tão difícil de entender. Só nos resta sofrer as consequências. - que profundo o que eu disse... Isso pareceu tocar seus corações. Olhei para Scorpius e dei um sorriso tímido.

É, pode ser difícil de entendê-lo, e por mais que nos dê dor de cabeça escolhendo pessoas erradas, quando acerta é maravilhoso.

Não escolhemos amar, apenas acontece...


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