Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 32
Capítulo 31 - Investigação


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos, tudo bem?
Aguém ao estava querendo um pouco de ação? Pois então esse capítulo é para você! :D E tem também algumas surpresas e revelações. Espero que gostem ^^
Boa leitura! ;)



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Ponto de Vista de Percy

- Espera, tem certeza que é essa a garota que você viu? - perguntou Annabeth ainda parecendo chocada - Não pode ser, eu a conhecia. Ela era minha amiga!

- Bom, pra mim ela está parecendo mais uma tremenda “amiga da onça” - brinquei com a situação, mas por algum motivo ela não achou graça - Ok, falando sério agora, tenho certeza que é esse a garota. E agora sabendo que ela trabalhou com você aqui, tudo faz sentido. Provavelmente foi Hanna que te infectou com aquela tal doença. Ela não esperava ser mandada embora, por isso Emily teve que vir e ficar no lugar dela para poderem continuar próximas a você.

- Não dá pra acreditar! - desisti de continuar dizendo que estava certo de que tudo aquilo era verdade. Annabeth parecia que não ia deixar de ficar perplexa mesmo que já estivesse acreditando - Mas por que essas criaturas querem nos fazer mal? Quer dizer, o que fizemos a elas?

- Desde quando temos que fazer alguma coisa para que criaturas malignas queiram nos matar? Somos odiados por muita gente pelo simples fato de sermos semideuses, esqueceu?!

- Eu sei disso, cabeça de alga! - fazia quanto tempo que ela não me chama assim? Um século ou dois? Provavelmente mais, pois me senti incrivelmente satisfeito ao ouvir aquilo - Mas pelo que me contou existe alguma “força maior” por trás disso tudo. Alguém está controlando esses monstros. Do contrário eles já teriam nos matado ou ao menos tentado.

- Tem razão… como sempre - tive que concordar e por um breve instante nossos olhares se cruzaram e demos um breve sorriso. O momento logo foi interrompido quando Nathan veio até nós.

- Não querendo dar uma de “humano apavorado”, mas não acham melhor a gente sair daqui? - a cara dele na verdade era de alguém bem apavorado. Cheguei a me sentir satisfeito por ele agir daquela maneira e deixar de ser um pouco aquele garoto perfeito que sempre aparentava ser. Infelizmente Annabeth o olhou com compaixão e eu voltei a odiá-lo instantaneamente - Vai que aquela tal de Emily, que se transforma e monstro e coisa e tal, resolve aparecer por aqui bem hoje?

- É isso! - exclamou Annabeth antes que eu pudesse dizer para Nathan parar de ser um bebê chorão - Já sei como vamos desvendar o mistério!

Não me surpreendi ao constatar que Annabeth iria tratar aquilo como uma missão. Também já tinha certeza de que ela não descansaria até alcançar seu objetivo. Queria ver se seu namoradinho iria encarar essa e ficar ao lado dela o tempo todo. Obviamente nem eu nem ele entendemos de cara o que ela estava querendo dizer. Mostrando nos conhecer muito bem, Annie nem esperou que disséssemos nada para começar a explicar. Seu plano era fácil, simples e genial. Iriamos procurar a dona do Café, Sra. Sally, perguntar sobre Hanna e Emily. Achei estranho só perceber naquele momento que a ex-chefe de Annabeth tinha o mesmo nome da minha mãe. Mas isso não vem ao caso agora.

Como já conhecia a mulher, Annabeth tomou a frente nessa parte da “missão”. Foi até o balcão e pediu para o funcionário que estava lá chamar a tal da dona Sally. Só o que sabia sobre aquela senhora era o que Annabeth me contara quando morávamos juntos. E quando a vi em pessoa tive a impressão de era exatamente como fora descrita. Uma mulher bondosa e comum, exatamente o que se espera da dona de um Café. E exatamente por isso eu comecei a desconfiar dela antes mesmo de Annabeth perguntar qualquer coisa. Afinal ela havia contratado as duas garotas para trabalhar ali. Se alguém mais poderia estar envolvido com aquela história, eu apostava que era a Sra. Sally.

Nathan e eu ficamos um pouco afastados enquanto Annabeth falava com sua ex-chefe. Eu podia estar me sentindo desconfortável naquele momento, mas com certeza o mortal estava muito pior. Ele olhava o relógio de pulso a todo minuto e parecia não saber o que fazer com as mãos. Aquele silêncio que se instalou entre eu e ele o estava deixando cada vez mais nervoso. O garoto devia estar pensando se devia falar alguma coisa. Felizmente ele não cometeu esse erro. Não sabia o que eu teria dito se ele tentasse se desculpar ou coisa parecida, mas tenho certeza de que não seria nada bonito. Finalmente Annie se despediu da Sra. Sally e veio até nós, para alivio de ambos.

- E ai, o que descobriu? - perguntei sem delongas.

- Bom, aparentemente a senhora Sally não sabe muito da vida pessoal das garotas. Pelo que disse, fora o fato de Hanna ter roubado dinheiro do caixa, as duas pareciam ser bem normais.

- E não acha que talvez ela esteja escondendo algo? - questionei - Não acha que sua ex-patroa possa estar por trás disso também?

- Não sei, eu duvido muito que ela esteja envolvida Percy - sabia reconhecer quando Annabeth estava sendo sincera, e naquele momento ela definitivamente estava - Ela nem ao menos se opôs quando eu pedi demissão. E também não se mostrou apreensiva quando perguntei sobre Hanna e Emily.

- Ok, então ela não deve saber também onde podemos encontrá-las. Ótimo! Voltamos à estaca zero! - resmunguei insatisfeito.

- Não exatamente - continuou a loira - Sally me disse que quem indicou as duas para ela foi uma amiga sua de uma loja de doces aqui perto - ela fez uma pausa, olhou para os lados com cautela e depois continuou - Então, já sabemos qual é nosso próximo passo, certo?

- Sim

- Não - falou Nathan ao mesmo tempo que eu. Olhei pra ele incrédulo enquanto ele devolvia o gesto com um olhar completamente confuso e perdido.

- Nós vamos até lá procurar a tal da amiga da senhora Sally, é obvio! - falei com ar de superioridade, como se fosse o cara mais esperto do mundo.

Annabeth me olhou com reprovação, mas ao mesmo tempo eu vi um brilho de diversão em seu olhar. Talvez Nathan não fosse tão bem humorado quanto eu e ela estivesse sentindo falta desse meu lado “palhaço”. Claro que aquilo havia sido apenas um pensamento aleatório e eu não estava pulando de felicidade com o modo como o mortal ficava deslocado no assunto. Também era completamente normal eu reparar que Nathan e Annabeth pareciam afastados, certo? Qualquer um repararia nisso. Talvez fosse porque eu, o “ex-namorado” estava ali presente. Mas o fato é que os dois não estavam nem de mãos dadas e nem ficavam perto um do outro. Eles nem ao menos se falavam direito.

Quando chegamos a tal loja de doces deixei um pouco de reparar neles e me concentrei no nosso plano. Procuramos pela dona Lucy, como a Sra. Sally havia indicado. Um dos atendentes do balcão foi chamá-la para nós. Enquanto esperávamos comecei a reparar em algumas coisas que me chamaram a atenção naquele lugar. Primeiro não havia cliente algum no local. Segundo, haviam muitas referências gregas na decoração. Não precisei nem olhar para Annabeth para reparar que ela também havia notado isso. Algumas colunas de mármore entre as janelas, pinturas de deuses gregos nas paredes, até as mesas e os balcões tinham aspecto grego. Quase podia dizer que aquela loja pertencia ao Olimpo. Seria estranho se não fosse óbvio demais. Um excelente esconderijo para alguma criatura totalmente anti-olimpo.

Assim que constatei aquilo já passei a ficar mais cauteloso. Atento a qualquer movimentação estranha que pudesse acontecer. Quando a dona do estabelecimento veio nos receber eu quase tive certeza de que ela não era humana. Sua aparência não era algo que víamos todos os dias na rua. Sua pele era bem envelhecida e desgastada. Ela usava uma forte maquiagem no rosto que em nada disfarçava os sinais da idade em sua pele. Ela usava uma roupa comum para uma senhora de idade e tinha uma postura serena. Era seu olhar, na verdade, que me incomodava. Eu via uma maldade profunda neles, não sabia dizer por que. Mas não gostava nada daquilo.

- Bom dia queridos, em que posso ajudá-los? - falou a senhorinha com uma voz doce vindo em nossa direção. Como eu já imaginava, ela nos tratou o mais amigavelmente possível. E isso só fez com que eu desconfiasse ainda mais dela.

- É… bom dia - respondeu Annabeth um pouco sem jeito. Ela também devia ter percebido que havia algo de errado com aquele lugar e com aquela mulher - Nós soubemos que indicou duas funcionárias para trabalharem no Sally’s Café. Estamos procurando elas para… para algo muito importante.

- Certo. Se me disserem de quem se trata eu os ajudarei com todo prazer - respondeu de velhinha de forma amável - Sabe é que eu já indiquei várias pessoas para várias amigas minhas que tem lojas nos arredores. Mas talvez com os nomes eu me lembre.

- São Hanna e Emily - disse Nathan dando um passo à frente. Eu quase havia me esquecido que ele estava lá. Devia estar querendo mostrar que era útil para alguma coisa. Infelizmente ele havia falhado. Pior do que isso, ele quase assinara a nossa sentença de morte!

- Compreendo - disse Lucy com a voz já não tão acolhedora e adotando uma postura já não tão receptiva. Se ela fosse um monstro, como eu imaginava que era, já deveria ter sentido de longe que éramos semideuses. Mas a menção ao nome das meninas e o fato de Nathan haver perguntado por elas parecia ter feito a senhorinha recuar - Sinto muito, não me recordo quem são elas. Lamento não poder ajudá-los. Agora se me dão licença, tenho que voltar ao trabalho.

- Espere! - dissemos eu e Annabeth a uníssono. E quando a velha voltou a nos olhar eu continuei - Tem certeza mesmo que não se lembra delas? Faz pouco tempo que a Sra. Sally as contratou. A Emily por exemplo entrou há apenas algumas semanas. Precisamos encontrá-las!

- Sei que precisa, Percy Jackson - ela falou olhando diretamente para mim e dessa vez sua expressão mudou completamente. Era fria e apavorante - Mas já disse que não posso ajudá-lo. Então é melhor vocês saírem daqui antes que eu tenha que colocá-los para fora!

- Ok, não me lembro de ter lhe dito meu nome mas… - foi tudo o que consegui dizer antes do que aconteceu a seguir.

A velha sacou uma lança de dentro da blusa e a jogou em minha direção. Teria perdido um olho se Annabeth não tivesse me empurrado para o chão caindo por cima de mim. Não pude nem ao menos disfrutar daquele breve contato entre eu e ela pois logo em seguida a criatura, que antes era Lucy veio para cima de nós. Annabeth gritou para Nathan se esconder e levantou sacando sua adaga. Eu rolei para debaixo de uma das mesas para não ser atingido quando nossa adversária caiu bem no lugar onde estávamos segundos atrás. Sua forma de monstro era bem grande e pesada e não teria sido nenhum pouco legal ser esmagado por ela!

À princípio não consegui definir bem qual era a forma daquela criatura, mas depois que Annbeth pulou em seu pescoço e começou a tentar acertá-la com a adaga, eu tive tempo de analisar melhor. Tratava-se de uma imensa lagarta com cabeça de sapo. Se ela parecia apavorante para mim, que já tinha visto os mais variados tipos de monstros possíveis, imagine para Nathan? O mortal rastejara para o fundo da loja e se mantinha encolhido debaixo de uma das mesas. Ele mantinha os olhos na luta de Annabeth com o bicho e parecia de fato apavorado. Aproveitei a distração de Lucy para sacar contracorrente e tentar um golpe. A criatura porém, parecia ter bons reflexos porque previu o golpe e desviou a espada.

A lagarta com cabeça de sapo era mais ágil e mais forte do que eu imaginava, apesar de seu grande tamanho. Assim que bateu em meu braço para tirar a espada de minhas mãos a criatura me pegou com um dos braços (sim ela tinha braços, esqueci de mencionar esse detalhe?) e envolveu meu pescoço, tentando me estrangular. Por mais que Annabeth tentasse, não conseguia acertar sua faca na pele do monstro e parecia estar tendo dificuldades para se manter pendurada em cima dele. Quando ela enfim escorregou não chegou a cair no chão pois também foi capturada por um dos braços, ficando na mesma situação que eu. Pelo menos era o que eu imaginava já que começava a ter a visão comprometida devido a falta de oxigênio. Foi quando algo inesperado salvou a nossa vida.

Nathan havia se levantado e jogado uma badeja de alumínio na cabeça da dona Lucy. Imediatamente a criatura nos soltou e virou na direção dele. Não acho que o garoto tenha raciocinado ou ao menos pensado conscientemente antes de fazer aquilo. Seu rosto ficou branco quando ouviu-se um barulho que era uma espécie de rugido misturado com uma coaxada. Ainda que parecesse impossível, o som deixou o monstro ainda mais assustador. Vi Nathan começar a tremer e recuar, mas não foi preciso que ele voltasse a se esconder. Enquanto o monstro olhava para o mortal, eu e Annabeth tivemos tempo de recuperar nossas armas que haviam caído e deferimos juntos uma punhalada certeira nas costas da criatura que voltou a rugir e em seguida se dissolveu em pó.

Não precisei nem de dois segundos para me dar conta de que havíamos acabado de matar a nossa única chance de encontrar alguma pista sobre Emily e Hanna. Infelizmente não tivemos escolha, ela tentara nos matar primeiro. Não sabia se a criatura teria ido até o final no estrangulamento, na verdade. Se ela também fizesse parte da “quadrilha” deveria seguir as ordens superiores de que, pelo que eu havia entendido, não era para nos matarem... ainda. Nathan continuava no mesmo lugar, tremendo apoiado em uma mesa parecendo que ia desabar a qualquer momento. Entendi que aquela era a minha deixa.

- Acho que vou lá fora um pouco - falei limpando a sujeira de monstro que havia ficado em minha roupa - Seu namorado está precisando de você agora… - comecei a ir em direção a porta mas Annabeth me impediu.

- Percy espere - ela segurou meu braço e eu me odiei por sentir aquele arrepio percorrendo todo meu corpo só por estar encostando na pele dela - Temos que conversar sobre isso…

- Não Annie, não temos - falei com frieza - Não me deve nenhuma explicação. De verdade, não tem que ficar com nenhum peso na consciência por isso - estava me referindo ao fato de ela ter escolhido justo Nathan para namorar e ela sabia disso, não precisava ser específico.

Puxei o braço para me soltar e sai da loja. Andei alguns metros a frente na calçada para não poder nem olhar pela janela o que eles faziam lá dentro. Estava tentando me acostumar com a ideia, mas não estava tendo muito sucesso. Só de pensar em outro cara beijando-a eu já queria mais uns dez monstros daqueles para matar e descontar toda minha raiva. Mas o pior não era a raiva, e sim a tristeza, o ressentimento. Não conseguia entender e nem perdoar o que ela havia feito. Claro, estava ali para ajudá-la, porque não podia permitir que nada lhe acontecesse, isso sim acabaria de vez comigo. Mas esse grande rancor que eu tinha só crescia em meu peito e eu sentia que estava me transformando numa pessoa mais fria e amarga.

Nem dois minutos se passaram para que Annabeth e Nathan saíssem da loja. Eles haviam fechado as cortinas para que ninguém da rua visse o estrago que havíamos feito lá dentro. Os dois vieram até mim e mostraram algo que haviam encontrado ao vasculhar algumas gavetas do escritório de Lucy que ficava aos fundos. Fiquei satisfeito em saber que fora assim que eles gastaram os dois minutos que ficaram lá dentro. A prova de que Lucy conhecia Emily e Hanna não podia ser mais clara. Eles encontraram fotos das três em suas formas humanas juntas. Pelo que percebi as duas garotas antes trabalhavam na loja de doces pois estavam com o mesmo uniforme que eu vira o atendente vestindo. Infelizmente esse havia nos escapado no meio da luta e não o pudemos interrogar.

Acabamos decidindo que o melhor a fazer era voltar ao Sally’s na segunda-feira seguinte. Segundo Annabeth, Emily ainda trabalhava lá e se não desconfiasse que estávamos atrás dela, não teria por que ela não ir ao serviço. Estávamos em um sexta, logo tínhamos dois dias para “descansar” e pensar no que faríamos quando encontrássemos Emily. Não esperei que nenhum dos dois tivesse a chance de me convidar para ficar em suas respectivas casas. Até mesmo porque Nathan poderia também querer ficar no apartamento com Annabeth e aquilo estava completamente fora de cogitação. Então me apressei em me despedir deles e voltei para casa de minha mãe. Se tivesse sorte, haveria algum doce azul me esperando na geladeira.

***

Tentei me distrair ao máximo durante o fim de semana, para não pensar em Nathan e Annabeth, e para não me preocupar demais com a caso “Emily e Hanna”. Meu padrasto Paul foi de grande ajuda já que inventou vários programas em família para fazermos. Em outra ocasião eu teria achado extremamente chato e teria dado um jeito de escapar. Mas naquele momento parecia ser tudo o que eu precisava. No sábado ele convocou eu e minha mãe como ajudantes para preparar o almoço, que até que não foi dos piores que já comi. A tarde jogamos vídeo games e a noite fomos ao cinema ver um filme. No domingo Paul nos levou para pescar no mar e ficou muito feliz quando eu lhe dei uma “ajudinha divina” para atrair os peixes. Pode-se dizer que eu me diverti mais do que o esperado.

Quando acordei na segunda-feira, estava me sentindo quase disposto e preparado para o que teria que enfrentar. E com isso eu me refiro a ver Annabeth de novo com seu namorado. E claro, a nossa caçada a monstra “funcionária do mês”, Emily. Annabeth havia me dito que a garota só entrava a tarde, assim como ela fazia quando trabalhava lá, então eu ainda tinha bastante tempo, resolvi ir andando. Ao chegar lá me deparei com algo que me deixou em choque. Não podia acreditar no que meus olhos viam. Eu ainda estou tentando entender até agora como me senti em relação àquilo. Só sei que não era nenhum pouco bom. Nathan estava abraçando e beijando uma garota, e essa garota não era Annabeth.

- O que você pensa que está fazendo? - falei alto para que eles me ouvissem. Nathan ficou visivelmente constrangido falou algo no ouvido da garota e veio até mim enquanto ela ia embora.

- Percy, se acalme. Não é nada disso que está pensando - ele erguia as mãos como um sinal para eu me conter - Achei que Annbeth já tivesse te contado, mas…

- Me contato o que? - fiquei um pouco confuso, mas não me acalmei nem deixei de ficar indignado - Que vocês tem algum tipo de relacionamento aberto? Que podem ficar com outras pessoas? Eu duvido que Annabeth esteja de acordo com isso!

- O que está acontecendo aqui?! - a voz de Annabeth veio interromper a discussão. Eu e Nathan olhamos para ela no mesmo instante - Não estão brigando estão?

- Não - respondi antes que Nathan o fizesse - Mas acho que você vai gostar de saber que acabo de ver seu namoradinho se agarrando com outra! E por favor não me diga que você já sabia, por que nem se eu estivesse louco acreditaria nisso.

- Sim eu já sabia - confirmou ela parecendo esgotada, como se já tivesse me dito aquilo várias vezes - Percy, eu tentei te dizer várias vezes, mas você não quis me escutar. Nathan e eu não estamos mais juntos, terminamos desde o dia que você foi ao apartamento me contar sobre Emily e Hanna. Aquela garota que você viu é Haley, eu apresentei os dois, e não demorou nada para eles se entenderem. Soube desde o início que haviam sido feitos um para o outro.

- Ahm, é… isso é… o que? - balbuciei sem saber direito o que pensar. Então Annabeth não estava namorando Nathan? E eu estava fazendo papel de idiota esse tempo todo com ciúmes dela? Nathan sabiamente se afastou de nós dois naquele momento e eu continuei sem saber o que devia dizer.

- Percy escute, sei que não deve querer ouvir mais explicações e que nada do que eu disser vai mudar o que eu fiz mais… - ela parecia tão derrotada ao falar que eu cheguei a sentir pena e uma vontade de abraçá-la que eu reprimi ao máximo - Soube que havia sido um erro assim que comecei a namorar Nathan. E não é pelo fato de eu ainda sentir algo muito forte por você. Era simplesmente porque pareceu estranho e errado. Mal consegui levar uma semana nessa farsa, até que decidi que devia parar de tentar me enganar e enganar a ele. Nathan é uma ótima pessoa e não merecia isso.

- Realmente você tinha razão - falei com a voz séria e mecânica - Eu não quero ouvir nada disso, e nada do que disser vai mudar o que fez… - tinha acabado de me dar conta do quanto a odiava pelo que tinha feito comigo. Ao mesmo tempo, saber que ela ainda sentia algo por mim fez meu coração acelerar. Aquele contraste de sentimentos iria me deixar louco em pouco tempo. Sentia que devia me afastar dela, mas não podia, não naquele momento.

Nossa distração fez com que cometêssemos um erro crucial. Enquanto Nathan estava longe de nós, Emily havia chegado, ela não hesitou em render o mortal antes que nós nos déssemos conta de sua presença.

- Quanto tempo, Percy - ela sorria de forma divertida e assassina - Você está aqui e isso quer dizer que fui descoberta. Aposto que não imaginavam que essa era parte do plano, não é? - ela ria como se não conseguisse conter a felicidade que sentia - Sabe o que mais não sabiam? Que nunca mais verão seu querido amiguinho aqui! Se bem que acho que não sentiram tanta falta assim dele depois do que causou a vocês!

E de forma inexplicável Emily desapareceu levando Nathan consigo. 


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Notas finais do capítulo

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