Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 25
Capítulo 24 - Assédio


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores lindos e amados! Tudo bem?
Comigo tudo ótimo, meu fds está sendo intenso rs :D
Já estou prevendo que muitos não irão gostar do capítulo de hoje, mas peço que tenham paciência porque todas essas coisas são essenciais para o grande desfecho que está por vir ^^
Boa leitura ;)



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Muito provavelmente era tudo uma grande paranoia da minha cabeça. Perder minhas habilidades, poderes e até mesmo debilidades relacionadas ao meu lado divino era impossível! Jamais tinha ouvido falar de algo parecido. Com certeza Quíron iria me dizer que eu não precisava me preocupar, que não tinha como aquilo acontecer. Todos os fatores eram relativos. Podiam ser apenas coincidência e nada mais. Exceto a questão da ambrósia não ter surtido efeito pra mim. Era isso que estava me tirando o sono. No momento em que acontecera eu não dera muito importância para o assunto. Até por que eu e Percy tivemos uma baita briga e logo em seguida ele começara a agir diferente comigo. Toda minha preocupação estava concentrada em salvar nossa relação. E mesmo assim eu tinha falhado. Como iria reparar em qualquer outra coisa?

Thalia e eu seguíamos de taxi para as montanhas de Nova York. Eu via que a filha de Zeus também parecia preocupada. Ela era uma ótima amiga por ir até lá comigo. Mas, na verdade eu desconfiava que sua preocupação não era tanto por minha causa. Thalia devia estar morrendo de medo de encontrar Leo no acampamento meio-sangue. Era com certeza o primeiro lugar onde ele a procuraria. E claro que estava cedo demais para que eles voltassem a se encarar. Eu não era a melhor pessoa para julgar a atitude dela, afinal eu odiara ter sido abandonada, mas eu acreditava que os dois precisavam daquele tempo separados. Se eles voltassem a se ver agora não daria nada certo, com certeza iriam só brigar, assim como Percy e eu, e tudo acabaria pior.

Descemos e seguimos a pé pela mata fechada até alcançar a colina com o pinheiro de Thalia. Era sempre interessante presenciar o modo como a semideusa olhava para aquela árvore onde sua alma vivera por alguns anos. Como se ela ainda fizesse parte de seu corpo, de sua vida. Ela sempre parava pelo menos por alguns segundos para observar o grande pinheiro e o velocino de ouro pendurado no alto que lhe trouxera de volta à vida. Era mais ou menos como eu me sentia em relação a Percy, que já salvara minha vida tantas vezes. Fomos caminhando calmamente até a casa grande. Era uma noite de sábado então provavelmente todos estariam em volta da fogueira, ou então em algum lugar relaxando por ai. De qualquer forma bati na porta da imensa residência de muro azul. Como esperado, ninguém atendeu.

Fomos então na direção do refeitório. Ao percebermos que o local se encontrava vazio já fomos contornando-o para alcançar a floresta. E lá estavam todos, reunidos em volta da fogueira como eu previ. De cara não vi nem sinal de Quíron por ali. Também não avistei Leo, o que deve ter deixado Thalia bem mais aliviada. Voltei a andar quando encontrei Grover. Acenei para ele quando o sátiro também notou minha presença. Ele estava evidentemente surpreso em me ver. Mas provavelmente estava ainda mais surpreso em ver quem estava comigo. Ao irmos nos aproximando de onde o grande grupo de semideuses estava, começamos a ouvir um burburinho de pessoas cochichando a nossa volta. Certamente se perguntando o que faiamos ali.

- Annabeth, Thalia. O que fazem aqui? - perguntou Grover quando chegamos até ele sem nenhuma sutileza.

- Oi Grover. É bom ver você também! - respondeu Thalia descontraída.

-Er... desculpem a falta de jeito. É que não estava esperando a visita de vocês, ainda mais a essa hora... - se enrolou o sátiro ao tentar se explicar - Mas como vocês estão?

- Bem, na medida do possível - respondi, lançando um olhar cauteloso para Thalia. Ela me olhou de volta e apenas com esse gesto concordamos que era melhor não falarmos dos nossos problemas sentimentais com Grover, nem com ninguém do acampamento, pelo menos por enquanto.

- Sabe onde podemos encontrar Quíron? - perguntou a filha do rei dos céus indo direto ao ponto.

- Neste momento? Acredito que no extremo leste do país. Ele foi resolver um assunto com seus parentes, os “Pôneis de Festa”. Não disse muito bem o que era...

- Tá brincando? Droga! - resmungou Thalia.

- Vocês precisam falar com ele com muita urgência? Aconteceu alguma coisa? - indagou o sátiro preocupado.

- Não, está tudo bem mesmo - me apressei em responder - Será que ele vai demorar muito pra voltar?

- Acho que não. Ele comentou que estaria de volta amanhã pela manhã pois tinha que conversar com Rachel sobre algumas coisas?

- Rachel?! - não pude deixar de me exaltar ao ouvir ele mencionando o nome o dela. Não a via desde a última vez em que estive na agência de modelos. Sinceramente não sentia falta nenhuma dela - Ela está aqui?

- Está sim. Esqueceu que ela é o oráculo do acampamento? Enquanto não está ocupada com estudos ou trabalho ela vem pra cá passar uns dias...

- Ah sim - por um momento havia me esquecido daquele detalhe. Torci para não encontrá-la por ali. Ela com certeza perguntaria por Percy e eu não saberia o que dizer - Bom, então acho que vamos ter que voltar amanhã para falar com Quíron...

- Ou então podemos passar a noite aqui - sugeriu Thalia - Já está muito tarde para a gente voltar para o centro de Nove York. Se Quíron irá voltar pela manhã, é melhor já estarmos aqui para falar com ele o quanto antes - ela me lançava um olhar de preocupação e eu entendi que talvez a minha situação fosse critica demais para deixar o assunto de lado, e que tínhamos que esclarecer as coisas o quanto antes mesmo.

- Tem certeza que não está acontecendo nada de mais? - perguntou Grover percebendo a pequena tensão que surgira no ar.

- Claro, não se preocupe Grover. Só iremos dormir aqui mesmo porque será mais prático - tratei de me justificar.

Em seguida o sátiro nos acompanhou até o refeitório para pegarmos alguma coisa para comer. Havíamos feito um senhor almoço mais cedo no shopping, mas desde então não havíamos comido mais nada. Não jantamos os pratos principais que eram muito pesados, apenas comemos um sanduiche leve com suco de frutas. Em seguida nos juntamos aos outros na fogueira. Eu e Thalia fomos ficar perto de Clarisse, Chris, Butch, Drew, Travis e Connor que se reuniam perto do lago. Eu não me lembrava direito dos nomes, mas sabia que já havia sido apresentada aos semideuses novatos que estavam com eles. Os cumprimentei com um aceno e prestei atenção quando os outros lhes apresentavam a Thalia, que ainda não conhecia ninguém. Eles assavam alguns marshmallows na fogueira e contavam histórias de antigas batalhas que travaram em algumas de suas missões ou em algumas das guerras onde havíamos lutado.

Aquilo foi ainda melhor do que ir passear no shopping. Consegui tirar minha cabeça quase totalmente dos problemas. Só não deixava de lembrar de Percy totalmente porque eu estava no lugar onde eu o conhecera e onde me apaixonara por ele. Quando estavam quase todos concordando que já era hora de irmos dormir, mais um visitante inesperado chegou ao acampamento. Com certeza era a última pessoa que eu esperava encontrar por ali naquele dia. Dean vinha se aproximando de uma direção que não era a da entrada. Ele havia surgido de um ponto onde só havia floresta de mata bem fechada. Todos estranharam e ficaram fitando o garoto até que ele chegasse a nós. Dean trazia uma mochila grande nas costas e uma expressão de cansaço e tristeza no rosto. Parecia bastante abatido para alguém que tinha ido passar apenas alguns dias na casa da mãe adotiva mortal em Los Angeles.

Os outros semideuses que moravam no acampamento também pareciam bastante surpresos com a chegada do filho de Deméter. Provavelmente porque já devia fazer pelo menos uns três meses desde a última vez em que eu estive ali e soube que ele havia partido. Por que Dean passara todo aquele tempo longe? O que será que estivera fazendo? Será que realmente só tinha ido visitar a mãe? Tudo parecia muito estranho. E ficou ainda mais estranho quando o semideus parou diante de nós e nos cumprimentou. Havia algo errado com ele, definitivamente!

- Olá Dean - foi Clarisse que respondeu. Depois que Percy fora embora ela havia se tornado uma espécie de nova líder para os semideuses gregos - Quanto tempo! - como sempre a filha de Ares tão sutil e delicada. Não fez nem questão de esconder com o tom irônico que não aprovava de jeito nenhum aquele sumiço.

- Sei que devem estar se perguntando porque eu desapareci por tanto tempo - começou a se explicar o semideus - Peço desculpas por não dizer onde estava e nem mandar notícias. O que acontece que é eu tenho estado atrás de informações para encontrar meu pai biológico. Não quis contar antes porque fiquei com vergonha, afinal eu provavelmente sou o único semideus que não conhece nenhum de seus pais verdadeiros.

- Você não pensou em pedir ajuda a sua mãe Demeter? Para ela deve ser muito fácil encontrá-lo... - sugeriu Travis também de uma forma não muito gentil. Qual era o problema daquele pessoal? Tudo bem que Dean tinha pisado na bola por ficar fora tanto tempo, mas ele estava enfrentando um problema sério afinal.

- E acha que eu não tentei pedir ajuda a deusa? - respondeu Dean - Ela simplesmente não me atendeu. Nunca nem apareceu para mim, nem mesmo em sonhos - ele parecia bastante desapontado por isso - Então eu resolvi começar a procurar por conta própria. Minha mãe adotiva, minha verdadeira mãe me deu algumas pistas do paradeiro dele. Enfim, eu consegui ter algum progresso, até descobri o nome dele. Mas infelizmente não consegui encontrá-lo ainda...

- Eu sinto muito, Dean - falei depois de alguns instantes de silêncio.

Fui a única a se manifestar, os outros continuaram sem dizer nada, pareciam analisar a expressão de Dean e o que havia dito para decidirem se acreditavam nele ou não. Eu não entendia o porquê daquela atitude deles, por que não podiam ser mais compreensivos? Está certo que eu não estivera ali no acampamento nos últimos meses para saber como estava sendo o comportamento de Dean. Não sabia se ele estava se dando bem com o pessoal. Entretanto eu acreditava que mesmo se ele não fosse um dos campistas mais queridos, merecia uma consideração maior por parte dos outros. Foi então que eu decidi demonstrar meu apoio de forma mais significativa.

Chamei Dean para conversarmos a sós. Percebi a cara com que todos me olharam por tomar aquela atitude, mas resolvi não dar bola pra eles. Não tinha como as coisas com Percy ficarem pior do que estavam, então não importava se algum deles resolvesse comentar sobre o assunto. Caminhei com Dean pelo acampamento até chegarmos em um lugar mais afastado, perto da arena de combate. Não falamos nada até termos nos distanciado bastante dos outros. Era evidente que Dean não se sentia confortável para falar mais nada na frente deles depois da forma como fora recebido. Mas eu sabia que comigo era capaz de ele ficar mais à vontade e talvez se abrir. Talvez pelo fato de eu também estar passando por um momento complicado e de ter me consolado com Thalia, eu estava me sentindo bastante solidária com os problemas dos outros.

- Foi muito gentil da sua parte ter me tirado de lá - ele começou a falar enquanto olhava em direção ao mar que podia ser visto por entre as árvores - Estava um tanto quanto constrangedor...

- Imagina, não foi nada - sorri para ele mostrando que não tinha do que se envergonhar - Todos temos problemas, acho que eles só estavam um pouco chateados por você ter sumido tanto tempo sem avisar onde estava.

- Bem que eu queria acreditar que é apenas isso - se lamentou o meio-sangue - A verdade é que eu sei que ele não gostam muito de mim mesmo. Aliás, ninguém aqui gosta.

- Não diga isso, Dean. Não acho que eles não gostem de você. Talvez não o considerem tão amigo como os outros, mas é porque se conhecem há mais tempo. Você ainda pode ser considerado novato se for comparar com alguns deles - tentei convencê-lo a tirar aquela ideia da cabeça. Ele me olhou com um sorriso, mas não parecendo muito convencido.

- Agradeço por tentar me ajudar Annie, mas eu estou certo do que disse. Simplesmente porque eles não fazem muita questão de esconder. De certa forma já até me acostumei a conviver com isso - ele fitava o chão ainda parecendo abatido. Não dava pra saber se era por causa daquela história sobre seu pai ou por causa do que acabara de me contar - Mas é melhor deixarmos esse assunto pra lá. Estava com saudades de você, como estão as coisas com o Percy?

- É. bem... - ele me pegou de surpresa com aquela pergunta. A ideia era falarmos dos problemas deles, não dos meus. Mas como eu estava querendo ter uma conversa honesta com ele resolvi ser sincera ao responder - Na verdade não estão...

- Como assim? - Dean arregalou os olhos surpreso.

- Isso mesmo que ouviu. Nós tivemos uma briga e Percy foi embora. Então eu não sei direito como ficamos, ele apenas disse que precisava ficar um tempo longe...

- Não acredito que ele fez isso com você! - exclamou Dean me interrompendo.

- Calma, mas ele não me deixou assim sem motivo - tratei de explicar logo o que havia acontecido, antes que ele falasse mais alguma coisa - A culpa na verdade foi toda minha. Eu menti para ele sobre um monte de coisas, e Percy ainda descobriu da pior forma. Até que chegou num ponto onde não aguentou mais. No fundo eu entendo o que ele fez e não o julgo. Não sei se teria feito o mesmo, mas tenho que respeitar a decisão dele.

- Bom, não posso dizer por ele, mas... - Dean parecia estar um tanto quanto desconfortável com o que eu havia lhe dito - Se eu fosse seu namorado jamais te deixaria, mesmo que você tivesse dado a maior mancada do mundo - fiquei sem saber o que dizer enquanto ele me olhava. Temia que o semideus começasse a demonstrar sentimentos por mim novamente. Era tudo o que eu menos queria e precisava no momento - Bom, mas não tive essa sorte não é mesmo? Então não cabe a mim dizer o que nenhum dos dois deveria fazer - completou ele amenizando um pouco seu discurso - Mas você já tentou ir atrás dele? Já tentou encontrá-lo para resolver as coisas?

- Ainda não - respondi tentando evitar ao máximo olhar para Dean, sua expressão havia mudado e ele parecia satisfeito com a notícia - Tudo isso aconteceu ontem mesmo, não tive nem tempo de processar as coisas. Mas também não quero pensar nem falar nisso agora, estou dando um tempo para esfriar a cabeça. Quero saber de você, quer mesmo muito encontrar seu pai verdadeiro não é?

- Sim - respondeu Dean voltando a adotar uma postura mais amena com os ombros caídos e o olhar melancólico - Sei que o cara não deve ser lá grande coisa e que com certeza não vai querer saber de mim. Mas preciso saber quem ele é, não sei explicar porque. Acho que só queria entender como foi que uma deusa se interessou por um homem capaz de abandonar um filho...

- Você pelo menos descobriu como foi que aconteceu tudo? Quero dizer, sabe se ele realmente te abandonou? Por que as vezes a história pode ter sido mal contada.

- O que eu sei é o que minha mãe me contou, que ela me encontrou na porta de sua casa em uma cesta com um bilhete. Depois ela perguntou na vizinhança se alguém havia visto a pessoa que deixara a criança. Só em um mercadinho mais distante ela encontrou um senhor, dono do local, que disse ter visto um homem carregando um bebê em uma cesta no dia anterior. Ele disse que não o conhecia mas ele já havia passado algumas vezes por lá e ouvira algumas pessoas chamando-o de George. Minha mãe até tentou descobrir mais coisas sobre ele na época, mas depois que decidiu ficar comigo e me criar ela desistiu e deixou de procurar meu pai.

- E depois que ela te contou isso você tentou procurar por esse tal dono do mercado para ver se ele sabia de mais alguma coisa, né?

- Exatamente! - confirmou Dean - Para meu desapontamento total descobri que o tal senhor com quem minha mãe falara já estava morto. Mas por sorte encontrei o filho dele que estava cuidando do comércio e que sabia da história. Depois acabei descobrindo que muitos moradores daquele bairro sabiam da minha história pois essa coisa de abandonar bebês não era muito comum por lá. Esse cara do mercado se chama Daniel, ele me ajudou me apresentando a alguns senhores mais velhos que viviam ali há mais tempo e um deles chegou a conhecer o meu pai. Ele disse que já conversara com ele algumas vezes que era um homem simples mas parecia ser boa gente. O senhor também o viu com o bebê no dia em que fui deixado na porta da minha mãe, infelizmente depois do acontecido nunca mais o viu por aquelas bandas. Foi então que eu voltei à estaca zero!

- Mas não pode desistir! Agora que está tão perto de encontra-lo - tentei animá-lo.

- Acho que se fosse para eu o ter encontrado já teria acontecido. Não vou mais perder meu tempo com isso - falou Dean com um desdenho muito grande na voz, mas ao mesmo tempo eu sentia o ressentimento por ter falhado na busca por seu pai - É melhor eu me focar em coisas mais importantes, como por exemplo você.

- Do que está falando? - ele me pegou de surpresa com aquela. Eu já dissera que não queria falar dos meus problemas agora. O que será que ele quis dizer?

- Annie, não finja que não me entendeu. Você sabe, na verdade sempre soube. Eu sou completamente louco por você! - Ele havia se virado em minha direção e segurava minha mão entre as suas. Eu só conseguia arregalar os olhos de forma amedrontada - Tive que aceitar e ficar longe porque vi que você e Percy realmente se gostavam, até iam morar sozinhos. Mas agora que ele te deixou, que você está sozinha, precisando de alguém, simplesmente não posso ficar parado sem fazer nada. Tenho certeza que se me der uma chance eu farei valer a pena!

- Dean, sinto muito mas você entendeu tudo errado! - falei enquanto soltava minha mão da dele e me afastava - Sim Percy foi embora e eu estou sozinha agora, mas continuo amando-o muito. E sei que mesmo que ele esteja magoado, ainda me ama também. Nós vamos voltar a ficar juntos, tenho certeza. Pode não ser agora, pode não ser daqui a um mês, mas um dia vamos nos acertar, é só uma questão de tempo...

- Você acredita mesmo nisso? - zombou ele, como se eu parecesse boba a inocente por acreditar naquilo - Não vê que isso pode ser um sinal? Vocês não aguentaram nem alguns poucos meses vivendo juntos. Mal puderam saber o que é realmente dividir uma vida inteira um com o outro e ele já foi embora por causa de umas mentiras bobas? Admita Annabeth, vocês não irão dar certo como um casal normal!

- Pois você está enganado, Dean! - falei com firmeza na voz enquanto o encarava com o olhar intenso. Ele havia conseguido me tirar do sério e eu já estava começando a me arrepender de ter tentado ajuda-lo - Agora acho que entendo por que o pessoal por aqui não vai muito com a sua cara, ser for assim que você normalmente age com eles - Dean baixou o olhar parecendo enfurecido e eu percebi que minhas palavras o haviam atingido em cheio - Não sei como se tornou essa pessoa amarga e cheia de ódio. Você não era assim quando eu o conheci, quando o resgatei lá no Texas!

- E de que me adianta ser como eu costumava ser? - berrou ele me assustando - Ninguém nunca me respeitou, nunca me levaram a sério quando eu era apenas um semideus novato e inocente! Não consegui ter a garota que eu quero, não consegui conquistar atenção de minha mãe, nunca tive amigos de verdade aqui, nem mesmo meu pai verdadeiro eu consigo encontrar! Quando me trouxe para cá eu achei que tinha encontrado um novo lar, mas estava errado. Esse lugar só me trouxe coisas ruins! A única coisa que eu realmente gosto daqui é de você, mas você se foi, então não sobrou nada... Você e eu poderíamos ser muito felizes longe aqui, poderia mentir o quanto quisesse para mim eu não ligaria...

E ao dizer isso Dean foi se aproximando novamente. Ele veio tão rápido que não deu tempo de eu escapar. Suas mãos seguraram meu rosto e ele veio com a intenção de me beijar. Consegui desviar o rosto mas ele continuou me puxando para si, agora envolvendo minha cintura em seus braços. Eu sentia asco e ao mesmo tempo raiva de mim mesma por não estar conseguindo me livrar dele. Em outros tempos isso não seria problema, mas aparentemente eu estava com as minhas habilidades comprometidas. Dean pelo jeito se dedicara ao treinamento enquanto estivera no acampamento, pois estava bem mais forte do que na época que eu o conheci. Estava prestes a gritar por socorro quando ouvi um barulho de algo se chocando contra a cabeça do garoto e em seguida ele tombou no chão desacordado. Olhei para o lado de onde havia vindo o objeto voador não identificado para ver quem era o meu salvador, ou melhor, minha salvadora.

- Isso que dá ser uma modelo famosa! - falou Rachel E. Dare rindo - Em todo lugar que você vai é isso: assédio e mais assédio! 


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Notas finais do capítulo

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