Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 55
Usurpando


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Olha quem voltou!! uhuuu
Okay galera eu sei que estou em divida com vocês, afinal foram quase 2 meses sem atualizar, peço perdão por isso. A rotina da faculdade aqui no Canadá me deixou louca e eu não tinha tempo para escrever, mas enfim, aqui estou eu de volta com mais um capitulo quentinho.
Primeiramente queria agredecer a todos os comentários e reviews que o capitulo passado teve, se eu não me engano ele foi o capitulo mais lido de todos e fico muito feliz por isso.
Em segundo lugar, queria agradecer a Alene Batista que recomendou a fic *----* Muito obrigada linda, amei.
Em terceiro lugar, eu gostaria de agradecer a todas as meninas do pacto de perras que apesar de quererem me matar por eu ter feito o que fiz, ainda continuam acompanhando a fic. I love you guys.
E por ultimo queria agradecer a Nina que conversando comigo la no twitter meio que me impulsionou a voltar a escrever e postar hoje.
Então é isso pessoal, boa leitura.



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" Ainda não acredito que tudo isso aconteceu. Ter planejado minuciosamente o sequestro de minha querida irmãzinha foi a melhor coisa que eu fiz. E o fato de terem pensado que quem saía das cinzas era a doce Paulina ao invés de mim, me caiu como uma luva. Porque afinal de contas maninha, os mortos não falam".

A sobrancelha erguida, o olhar superior e o sorriso vitorioso em seus lábios montravam quem na verdade era aquela Paulina Bracho. Por meses aquela mulher foi obrigada pelas circunstancias que criou a ocultar sua verdadeira identidade para usar a máscara de alguém que não era. Alguém doce, carinhoso, terno, materno e que tinha o pensamento sempre na felicidade e bem estar de sua familia. Por vezes ela teve que ser forte e não demonstrar desprezo por aquelas pessoas que deveria amar, mas seu objetivo era claro e deveria ser conquistado. A única coisa que importava era conseguir novamente seu posto como rainha e soberana da familia Bracho, e principalmente recuperar aquele que um dia foi roubado por sua irmã, seu amado Carlos Daniel.

“Tudo por você meu amado Carlos Daniel, por ti eu fui capaz de planejar o sequestro e morte de Paulina para regressar ao seu lado, não me importei nem mesmo com o fato de ter que usurpar o lugar da minha querida irmãzinha para te ter de volta. Você deveria estar sentindo honrado meu bem. Afinal de contas essa tarefa não foi nada facil, eu tive que ser fria e sacrificar estar perto da pessoa que eu mais queria nesse mundo, a minha única safisfação é saber que ele estará bem melhor longe da minha companhia. Quando eu descobri que estava grávida em um primeiro instante fiquei irritada porque ‘aquilo’ que crescia em meu ventre deformaria meu corpo. Logo depois eu o pensei como uma arma para te afastar da Paulina e te trazer de volta aos meus braços, e foi pensando assim que planejei te seduzir no aniversário da Lizete, mas infelizmente você foi inútil e não me correspondeu como deveria. Entretanto, seu erro não poderia acabar com os meus planos, sendo assim eu armei toda aquela cena que sua querida esposinha presenciou. Nunca poderei me esquecer da cara da usurpadora quando nos viu nus em sua cama, aquela feição de tristesa e surpresa foi por dia a razão dos meus mais belos sonhos. E o fato dela ter acreditado em sua infidelidade foi o que eu precisava para sustentar a ideia de que aquele filho era teu. Talvez tenha sido por essa razão que comecei a amar aquele pequeno ser, meu pequeno anjo, meu pequeno Fernando. E por ti Carlos Daniel Bracho eu tive que abrir mão do meu filho e deixa-lo em um orfanato ao nascer. Se foi maldade? Talvez. Se eu não sofro por isso? Sempre! Mas não posso, não devo me deixar abalar por isso. Ele esta bem e é isso que importa”.

CD: Meu amor? O que é que a minha Paulina tanto pensa? – Disse

Interrompendo os pensamentos de Paola, Carlos Daniel se sentou ao seu lado, passou seu braço por seus ombros e depositou um terno beijo no pescoço de sua amada.

Paola: Oi meu amor que susto! Não vi você se aproximar.

CD: Eu percebi! Sua mente parecia estar longe. Em que pensavas? – Disse a olhando com a testa franzida, tentando decifrar o que aqueles olhos verdes escondiam.

Paola: Pensava em nossa vida e em tudo que passei para te ter ao meu lado.

CD: Mas nosso amor superou tudo e todos. Superou os ciumes, os maus entendidos, as loucuras de Paola...

Paola: Carlos Daniel!

CD: Sim amor, perdão. Sei que você não gosta que a memoria da sua irmã seja maculada apesar de todo o mal que ela nos fez.

Gustavo: Papai! Papai! O senhor saiu do jogo na metade da partida. – Disse o menino com uma bola de futebol nas mãos os interrompendo novamente.

CD: Desculpa campeão, eu vim aqui matar a saudade da sua mãe.

Paola: Vá brincar com o Gustavo meu amor, depois teremos nosso tempo. – Disse com o olhar mais doce que podia fingir no momento.

Depois que a silhueta do menino e de Carlos Daniel desapareceram no meio da multidão presente no aniversário, Paola voltou aos seus pensamentos.

“Loucura não Carlos Daniel, ambição e inteligencia meu querido. Desde o momento que eu vi que você seria capaz de me pagar para que eu sumisse da sua vida para que assim você fosse feliz com a usurpadora, percebi que teria que ser bem mais astuta e fazer qualquer coisa para tirar a Paulina de meu caminho. Então no tempo que você pensou que eu havia deixado o país eu organizava todos os detalhes de meu plano, nada poderia dar errado, nada.”

~Em um hospital~

“Doutor a paciente do quarto 302 acordou”

“Senhora! Senhora! A senhora consegue me ouvir?”

Paulina não respondia nada, não poderia responder. Sua cabeça estava atormentada por pensamentos confusos e conflituosos. Apesar de notar a presença da equipe médica e deduzir pelo movimento de lábios que eles falavam algo com ela, a nossa eterna usurpadora não ouvia nada que não fosse a voz do jornalista e sua frase incoerente “ Carlos Daniel e Paulina Bracho desfrutam o aniversário de sua filha menor com familiares e amigos”. Com seus olhos fixos na televisão ela visualizava uma familia feliz e forte que tinha como o sorriso sua maior qualidade. Também observava a interação daquele “ casal que lutou contra tudo e todos para ser feliz” como dizia a matéria, e a cada interação dos dois seu coração sangrava. A dor que sentia era compativel multilação de alguma parte de seu corpo, mas ao contrario que uma dor física, o que Paulina estava sentindo dificilmente poderia ser cicatrizado. Todo seu interior destroçado em cada momento que ele segurava a cintura daquela mulher possessivamente ao mesmo tempo que a entregava um olhar apaixonado e um sorriso sincero.

Ela conhecia tudo aquilo, cada movimento, cada feição, cada um dos 7 sorrisos que ele tinha. Os podia descrever apenas em um fechar de olhos, havia um sorriso de felicidade, um sorriso de satisfação, um sorriso de cumplicidade, um sorriso de orgulho, um sorriso ironico, um sorriso de admiração e um sorriso que até um tempo atrás ele só entregava a ele, um sorriso de amor. E vê-lo dedicar tudo à aquela mulher o que um dia já lhe pertenceu foi como um espinho cravado em sua pele. “ Não, isso só pode ser um pesadelo, isso não pode estar acontecendo!”. O que restava de seu coração quebrado ainda tentava convence-la de que o que seus olhos visualizavam não se passava de uma simples miragem ou ilusão causada por inumeros medicamentos que a haviam injetado.

– Senhora? A senhora está me ouvindo ?

Paulina despertou do mar de tormento que se encontrava e seguiu com os olhos até a voz que a chamava. Ao terminar aquele pequeno percurso com o olhar, sua mirada foi ao encontro de um senhor de baixa estatura, cabelos grisalhos e com um sentimento de preocupação estampado em sua face. Com a voz tremula ela pronunciou as únicas palavras que conseguiu naquele momento.

– Onde... onde estou? O que aconteceu?

– A Senhora sofreu um acidente de carro meses atraz e esta no hospital municipal de ....

Antes mesmo que o doutor pudesse terminar sua frase Paulina o interrompeu atonita.

– O senhor disse Meses??

– Sim senhora! Há alguns meses a equipe de resgate a trouxe em estado grave para esta unidade de saúde junto com o homem que a acompanhava. Ao que tudo indica o veículo onde vocês estavam sofreu algum tipo de acidente indo parar no fundo de um barranco.

– Homem? Acidente? – Perguntava ainda confuse tentando entender tudo o que havia ocorrido.

– Sim senhora, lamento lhe informar que ele não conseguiu sobreviver às fraturas internas e infelizmente veio a falecer.

– Ele... Douglas está morto?

– Infelizmente sim senhora.

Paulina ficou em silencio, mas ao contrário do que o médico imaginava ela não esboçou nenhum sentimento nem de sofrimento e muito menos de luto. Seus doces olhos verdes estavam fixos em algum ponto inexistente do quarto.

– A senhora possui algum familiar ou alguém que possamos contactar? Em seus pertences não foi encontrado nem um tipo de documento que pudesse nos informar da sua identidade.

A voz do médico foi aos poucos diminuindo de volume até que chegou ao ponto que apenas era um sussuro aos ouvidos de Paulina. Sua mente havia mais uma vez desligado-se da realidade e mergulhado no abismo que se encontrava suas lembranças. Ela recordou primeiramente da briga que tivera com Douglas antes do acidente acontecer.

~Flashback~

– Como você pode Douglas? Como foi capaz de descer tão baixo e ceder aos caprichos de Paola? Como?

– Pare de falar Paulina! Já é tarde demais para explicações.

– Não é tarde demais não, não é tarde demais quando minha irmã, o único laço sanguíneo que me restava foi capaz de fazer o que fez e ainda por cima teve você como cumplice. Logo você que um dia já consolou as minhas dores, já me prometeu não me fazer sofrer e o pior, foi capaz de me jurar um amor que estou vendo que nunca existiu.

– CALA A BOCA PAULINA! VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTÁ FALANDO! EU TE AMEI E AINDA CONTINUO TE AMANDO COMO NADA NESSE MUNDO.

– Hipócrita! Como você ainda me falar de amor quando acaba de se aliar a Paola nesse plano diabolico?

– EU ME ALIEI A ELA JUSTAMENTE PORQUE TE AMO! NÃO PODERIA FICAR PARADO SABENDO QUE ELA QUERIA TE FAZER MAL, ERA MEU DEVER AGIR. E FOI O QUE FIZ! AGINDO CONTRA OS MEUS VALORES EU TIVE QUE A ENGOLIR PARA QUE ASSIM PUDESSE SABER DE SEUS PLANOS ANTES E TE PUDESSE SALVAR!

– O que? O que você disse?

– Sim, isso mesmo que você ouviu. Encontrei a Paola aqui na cidade logo depois que voltei ao país. Em um primeiro momento não a reconheci, ela havia mudado muito, sem falar que se indentificava com outro nome. Mas ela não poderia me enganar por muito tempo, não a mim. Por anos Paulina eu fui hipinotizado por aquela beleza, seduzido por aqueles olhos, a conhecia como a palma da minha mão, muito mais do que ela gostaria que fosse. Sentia como se o seu perfume me entorpecesse, seus beijos me viciassem, ela era como uma droga para minha mente, uma droga que por anos fui viciado. E apenas quando te conheci, naquele dia que você insistentemente bateu na porta de minha casa para me pedir ajuda para a fábrica Bracho, foi apenas naquele dia que as correntes que me prendiam a ela foram quebradas por seu olhar doce e terno. Naquele dia Paulina, eu me apaixonei por você como jamais imaginei que fosse possível.

– Douglas eu...

– E quando soube dos planos dela para te separar do Carlos Daniel não nego que fiquei tentado a participar para que quem sabe um dia você pudesse estar em meus braços. Sim eu sei, foi um ato egoista de minha parte, mas não pude evitar, o que ela me propunha era bom demais para ser recusado. Então, eu aceitei.

– Douglas!

– Aceitei e esse foi o meu maior erro. Agora eu entendo muitas coisa Paulina, entendo que pelo amor que eu sinto por você meu maior desejo é que você seja feliz, e tenho certeza de que esta felicidade você só vai encontar nos braços dele. “O amor é paciente, é bondoso; o amor não arde em ciúmes, não se orgulha, não é soberbo, não se porta com indecência, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade; tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".

– Douglas... eu... eu não sei o que te falar. Não sei o que pensar, estou tão confusa.

– Não fique confusa, os meus sentimentos por você são verdadeiros.

– Isso que me intriga. Se os seus sentimentos como você diz são tão verdadeiros assim, como a Paola acabou esperando um filho seu?

– A grávidez de Paola foi algo que realmente não estava nos meus planos e muito menos nos planos dela. Tudo aconteceu na péssima mistura de álcool e no meu caso solidão. Por causa desse maldito plano para te separar de Carlos Daniel, a proximidade entre nós dois acabou sendo invitável. Naquela noite nós excedemos no limite de champagne, e como você já deve estar imaginando, acabei por cair novamente naquele vicio que pensava ter sido capaz de superar. Paola com todo o seu charme e sede insaciável de amor acabou por me seduzir, e quando nos demos conta haviamos regressado à aqueles tempos de paixão juvenil, onde o que apenas importava era saciar o desejo carnal de nossos corpos em chama.

Douglas falava todo o seu desabafo olhando nos olhos verdes de Paulina, a estrada e muito menos o fato de estar dirigindo a noite não lhe pareceu importar naquele instante. Instante em que tudo mudaria radicalmente naquelas duas vidas. No sentindo contrário, um caminhão carregado de areia e um motorista esgotado pelas inumeras viagens sem o direito ao descanso nescessário traçaram os últimos detalhes para uma tragédia perfeita. Um piscar de olhos. Em um piscar de olhos aquelas realidades se transformaram. Douglas ao ver as luzes do farol iminente tentou desviar do percurso daquele veículo sem governo, mas devido a pouca largura daquela rodovia, o carro acabou por ir em direção a mureta da lateral. O peso do veículo aliado à velocidade de seu percurso acabou por destruir a única barreira de proteção que separava a estrada de um barranco. O inevitável acabou por ocorrer, e da mesma forma como um dia Paola Bracho e sua não tão fiel enfermeira tiveram seus corpos danificados pelas inúmeras capotagens do veículo, Paulina e Douglas Maldonado acabaram por reviver a mesma cena.

~Fim do Flashback~

As tortuosas lembranças qua passavam pela mente de Paulina causaram uma alteração preocupante nos seus batimentos cardiacos e em sua pressão arterial. Para evitar o risco que seu estado de saúde novamente piorasse, a equipe médica foi obrigada a injetar em seu debilitado corpo um acalmante que levou Paulina a desligar-se daquela dura realidade.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? O que estão achando?
@MissBracho_