Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 52
Pressentimento


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas da minha vida *--* Dessa vez nem demorei muito pra postar, eu acho srsr. Enfim, aqui está mais um capitulo da fic e espero que gostem ~ e que não me matem depois ~ weeeee.
Ah mais uma coisa. Não deixem de conferir a fic que estamos escrevendo a Day, Karina e eu >>> http://imaginegirlsfanfic.blogspot.com.br/



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Depois do singelo momento na mesa de jantar, a família Bracho terminou a refeição em completa harmonia e logo após foram para suas obrigações diárias. Carlinhos seguiu para a faculdade em seu carro, Pedro levou Lizete até sua escola e Carlos Daniel acompanhou Paulina e as crianças até o colégio.

Ao chegarem no local, as crianças logo saíram do carro e correram para encontrar os amiguinhos, deixando nossa eterna usurpadora e Carlos Daniel sozinhos no veiculo. Porém, havia algo anormal na atmosfera. Um silêncio perturbador imperou no automóvel, como se algo angustiasse a mente dos dois e os impedissem de falar. Quando seus olhares se cruzaram, ambos perceberam uma sombra no olhar do outro. Medo. Um medo sem sentido que os estava torturando e os entristecendo. Mas pensando se tratar apenas de algo mirabolante de suas cabeças, tentaram esquecer aquele sentimento e forçar um sorriso.

Paulina: Bom meu amor, eu já vou indo. – Disse com lágrimas nos olhos.

CD: Tudo bem minha vida, não se esqueça de que eu te amo. – Falou com as mesmas lágrimas dominando sua íris castanha.

Nenhum dos dois entendia o que estava acontecendo, não sabia o porquê daquela tristeza, não tinham conhecimento do motivo pelo qual aquele simples até logo parecia uma despedida. Eles não queriam admitir o que sentiam para não preocupar o cônjuge, mas a dor da separação os estava atormentando.

Paulina decidida a não chorar na frende de Carlos Daniel, abriu rapidamente a porta e fez menção de sair do carro. Entretanto, sua atitude foi impedida pelo toque das mãos de seu marido em seu corpo o puxando para perto e selando seus lábios com um beijo. Ao contrário da troca de amor anterior no quarto do casal, aquele era um beijo doloroso e sofrido, suas bocas procuravam se completar umas as outras o quanto era possível, seus lábios pareciam buscar constantemente o sabor compartilhado, na tentativa de deixar aquele momento para sempre em suas lembranças.

Finalizaram o beijo com um sorriso forçado, tentando não demonstrar aquela tristeza que sentiam, como se um pressentimento ruim dominassem seus peitos. Paulina desceu no carro e seguiu rumo ao prédio sem olhar para trás, não aguentaria olhar novamente para Carlos Daniel e não se desmanchar em lágrimas. Carlos Daniel ficou olhando sua amada até sua silhueta desaparecer no meio aos muros da instituição, quando não conseguiu mais visualiza-la, ele ligou o carro e foi em direção à fábrica. Mesmo torturado por aquele sentimento estranho, o mais novo dos Bracho decidiu dirigir e esquecer a loucura que sua mente queria impor ao seu coração. Nada poderia acabar com aquele momento, nada. Só o que importava era Paulina e a surpresa que ele estava planejando para ela. Com essa ideia em mente, Carlos Daniel abafou o mau sentimento com a certeza do amor de sua amada, fazendo com que a alegria se fizesse presente em seu coração e um sorriso voltasse aos seus lábios.

Carlos Daniel chegou à fábrica Bracho obstinado a resolver logo tudo o que o trabalho exigia para que pudesse depois apenas se focar na execução da surpresa para sua amada.

Rodrigo: Bom dia mano. – Disse entrando e vendo Carlos Daniel já mergulhado nos documentos de sua mesa.

CD: Bom dia Rodrigo.

Rodrigo: Mas que sorriso é esse?

CD: É que hoje eu vou colocar o meu plano em prática.

Rodrigo: O plano? A tão programada surpresa?

CD: Sim mano, a surpresa que eu estava preparando há meses. Vou fazer com que a Paulina seja a mulher mais feliz da terra. Nunca mais permitirei que lágrimas de sofrimento manchem aquele rosto.

Rodrigo: Nossa! Você está empenhado.

CD: Você não imagina o quanto, vou fazê-la esquecer de tudo aquilo que aconteceu.

Rodrigo: Bom, e onde ela está? Não a vi hoje na fábrica.

CD: Eu pedi para que ela não viesse hoje, tenho que fazer algumas ligações para ver se está tudo certo e quero que ela esteja descansada.

~ Casa da Família Bracho ~

Depois de ir até a escola das crianças, Paulina volta para a mansão e ao entrar encontra a matriarca da família descendo as escadas.

VP: Em casa filha?

Paulina: Sim vovó, fui apenas resolver algumas coisas no colégio das crianças.

VP: Pensei que você depois iria para a fábrica.

Paulina: Não, o Carlos Daniel me pediu para ficar em casa e descansar para a surpresa.

VP: Surpresa?

Paulina: Sim, seu neto colocou na cabeça que quer me surpreender para que eu esqueça tudo que aconteceu.

VP: Deixa ele filha, seu marido quer lhe mimar um pouco, aproveite.

Paulina: Eu sei vovó, gosto disso – com um sorriso tímido na face – Mas não eu quero que ele se sinta culpado por isso, sei que foi algo tramado pela Paola. E também eu já esqueci tudo que ocorreu, não quero mais pensar no passado, quero viver o hoje e o amanhã.

Lalinha: Com licença dona Paulina – interrompendo o dialogo – acabaram de deixar essas flores para a senhora.

VP: Nossa... O Carlos Daniel está se empenhando mesmo.

Nossa eterna usurpadora pegou das mãos da empregada o buque de orquídeas brancas, com os olhos brilhando de emoção e amor, ela as cheirou e inspirou o aroma que exalava das flores. Não apenas o perfume e a beleza das pétalas encantavam Paulina, mas sim o que aquele gesto representava. O romantismo contido no presente de seu amado ilustrava a doçura do amor que ambos compartilhavam.

Paulina: Mas o meu amor não tem jeito mesmo – Disse em um tom baixo e com um sorriso bobo nos lábios.

Lalinha: Olhe senhora, tem um cartão.

Paulina entregou as flores nas mãos de Lalinha, pegou o pequeno papel e enquanto o lia em silencio um sorriso apaixonado era desenhado em sua face. A cada palavra seus olhos brilhavam e seu coração batia no ritmo daquele sentimento puro que dominava sua alma.

VP: Pelo seu sorriso o conteúdo do cartão deve ser bom.

Paulina: E é vovó Piedade, Carlos Daniel diz que devo me arrumar e encontra-lo no restaurante perto do bosque da cidade. “Hoje será uma noite inesquecível meu amor” - Disse em voz alta a ultima parte do que estava escrito no pequeno pedaço de papel.

Lalinha: Ai que romântico.

Adelina: Lalinha, você não tem nada pra fazer?

Lalinha: Poxa Adelina, só dei um comentário.

Paulina: Deixa ela Adelina – disse sorrindo – Vou subir para o meu quarto descansar um pouco.

VP: Isso filha, porque pelo jeito a noite hoje vai ser inesquecível.

Paulina subiu as escadas, entrou no quarto, deixou o pequeno cartão em cima do criado mudo e deitou-se na cama. Sua mente recordava cada minuto vivido ao lado do seu amado Carlos Daniel, cada beijo, cada abraço, cada toque, cada sorriso, cada jura de amor. Cada uma das lembranças que percorria sua cabeça a fazia acreditar mais ainda naquele puro amor que sentia. Todas as decepções e sofrimentos vividos naqueles meses que passaram, impulsionaram aquele sentimento a se fortificar e levara Paulina a perceber que juntos podem superar cada desafio imposto pela vida.

Recordar cada momento fez nossa eterna usurpadora adormecer. E ao acordar de dar-se conta de que horas eram decidiu logo arrumar-se. Foi até o closet e escolheu um vestido logo longo azul marinho que se moldava as suas belas formas, fez uma maquiagem leve, porém que ressaltava sua beleza estonteante e saiu do quarto, ansiosa e confiante para aquela noite que prometia fortes emoções.

Horas depois da saída da nossa eterna usurpadora da casa da família Bracho, Vovó Piedade e as crianças se encaminhavam até a mesa de jantar quando de repente a porta se abre e alguém inesperado aparece.

VP: Carlos Daniel??

CD: Oi vovó – disse beijando a face da doce senhora.

VP: Oi meu neto mas... o que está fazendo aqui? – Perguntou intrigada.

CD: Como assim vovó? Eu moro aqui. Acabei me atrasando porque o meu carro decidiu quebrar quando eu estava a caminho mas... porque esse olhar desconfiado vovó?

VP: Eu não estou entendendo Carlos Daniel, e a Paulina?

CD: Pois é, eu pedi para ela ficar em casa hoje porque vou fazer uma surpresa pra ela.

VP: Sim, isso eu já sei, mas você não deveria estar com ela agora?

CD: Sabe? Não vovó, eu vim justamente a buscar para buscar ela para irmos viajar, estou planejando a meses uma segunda lua de mel...

VP: Não estou entendendo nada meu neto, se vocês vão viajar, porque você mandou as flores com o cartão a convidando para jantar?

CD: Flores? Cartão? Não vovó, eu não fiz isso.

VP: Claro que fez Carlos Daniel, a Paulina já até foi ao seu encontro.

CD: Vovó, eu te juro por tudo que há de mais sagrado, eu não mandei flores e muito menos um cartão para Paulina hoje.

VP: Mas então, o que está acontecendo?

CD: Onde esta esse cartão vovó? – Perguntou desesperado por não entender o que estaria acontecendo.

VP: Lalinha!!

Lalinha: Sim vovó.

VP: Você sabe onde a Paulina deixou as flores e o cartão que chegaram hoje?

Lalinha: Sim, as flores a Dona Paulina me pediu para colocar em um vaso ...

CD: E O CARTÃO LALINHA?? ONDE ESTÁ?

Lalinha: Eu vi quando a Dona Paulina o levou para o quarto senhor, mas não sei onde ela o colocou.

Carlos Daniel subiu as escadas correndo, seu desespero movia suas pernas e o ritmo do seu coração. Aquela estranha situação estava o transtornando, não sabia em o que pensar ou em que sentimento sentir, seu coração transitava em desesperado e ciúme. Não entendia quem poderia ter sido a pessoa com quem sua mulher poderia ter ido ao encontro, seu sangue fervia e em seus olhos uma raiva fora do comum era percebida.

Em questão de segundos, Carlos Daniel abria violentamente a porta do quarto. Seu olhar de fúria pairava sobre o ambiente em busca do cartão onde uma possível dica do paradeiro de sua Paulina poderia ser encontrada. Ao olhar pela segunda vez o quarto, ele visualizou um pequeno pedaço de papel em cima do criado mudo ao lado da cama, com passos largos ele prontamente alcançou o cartão e começou a lê-lo.

Carlos Daniel o lia atentamente tentando decifrar todos aqueles acontecimentos sem fundamentos. Ao visualiza-lo pela primeira vez se deu conta que algo ruim estava ocorrendo, alguém havia mandado um cartão para sua esposa fingindo se passar por ele. A mensagem estava impressa o que fez com que Paulina não percebesse que o cartão não havia sido enviado por seu amado.

Depois de ler inúmeras vezes, Carlos Daniel se surpreendeu com um pequeno detalhe que acabava por revelar o autor daquela falsa. Seus olhos morenos se sobressaltaram, seus batimentos cardíacos aumentaram e sua mente começou a pairar em outro mundo.

Vovó Piedade notando o desespero visível na postura e no andar do neto decidiu segui-lo até o quarto na tentativa de entender o que estava acontecendo.

VP: Descobriu alguma coisa meu neto?

CD: Foi ... foi ...

Carlos Daniel estava estático lendo o pequeno pedaço de papel, suas mãos tremiam e seus olhos estavam fixos em cada letra daquela mensagem. Sua mente lia e relia cada sentença para tentar mudar talvez o conteúdo do cartão, mas era inútil. A cada momento que interpretava o bilhete, seu coração tinha mais certeza de que a sua amada estava correndo perigo.

VP: Foi o que Carlos Daniel??

Vovó Piedade percebendo o estado de choque de Carlos Daniel pegou o cartão de suas mãos e o leu em voz alta.

“Orquídeas brancas simbolizam puro amor, e é isso o que eu sinto por você Paulina. Em comemoração a esse sentimento que nós dois compartilhamos, peço que você se arrume e me encontre às 19 horas no restaurante perto do bosque da cidade. Eu te amo. Hoje será uma noite inesquecível meu amor.”

Vovó Piedade acabou de ler a mensagem e olhou para Carlos Daniel esperando uma explicação.

CD: Foi a Paola Vovó Piedade. Paola mandou este cartão.


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Notas finais do capítulo

A diva voltouuuuu weeeeee ~ta parei~
E ai? O que estão achando? Comentem, tuitem, mandem sinal de fumaça, pombo correio, mensagem pela coruja...
@MissBracho_