Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 32
Pai coruja


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, Quem é vivo sempre aparece não é? Olha eu aqui.
Primeiramente, eu queria me desculpar pelo meu sumiço, é que eu viajei e só voltei hoje de madrugada.
Segundo, eu queria agradecer a todos vocês pelo apoio e por estarem comentando a fic. I Love you guys ♥
E também queria agradecer a Juliandrade por ter recomendado a fic, muito obrigada flor *--*
Bem, vamos ao que importa. Aqui está o próximo capitulo.



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Após ouvir as palavras de agradecimento de Carlos Daniel, Paulina apenas sorriu para o marido e voltou a dormir. O cansaço que dominava seu corpo fez com que nossa eterna usurpadora caísse em sono profundo rapidamente.

Carlos Daniel não conseguia dormir, não que não estivesse cansado, mas é que não conseguia parar de olhar Gabriela, e principalmente Paulina. Sua amada descansava tão terna e angelicalmente como se seu corpo estivesse dominado por uma satisfação divina, o que a iluminava e enaltecia ainda mais sua beleza. E vê-la assim, descansando tão bela e tão perto, ele não podia conter a felicidade. Depois de tudo que aconteceu, as coisas pareciam estar voltando aos seus eixos. Apesar de ainda não terem tido a oportunidade de conversar sobre o assunto, Carlos Daniel sabia que o amor que eles sentiam um pelo o outro acabaria vencendo os obstáculos impostos pelo destino.

Depois de permanecer um bom tempo acordado apenas admirando as duas, Carlos Daniel acabou pegando no sono no pequeno sofá que havia no quarto. O desconforto por estar deitando em um móvel que não comportava o seu tamanho parecia não lhe importar, aquele dia havia sido repleto de tanto acontecimentos marcantes que o que mais precisava naquela hora era de um bom descanso.

Entretanto, a noite de sono de Carlos Daniel não durou muito, por volta das 3 da manhã ele ouviu sua pequena filha chorando no berço. Como medo de que Paulina acordasse, ele correu para perto do mobiliário onde Gabriela estava, pegou a filha nos braços e começou a nina-la. Carlos Daniel a levou nos braços até o sofá onde havia dormido há poucos minutos, e lá conversava quase que como um sussurro com sua princesinha. Aos poucos, o bebe foi se acalmando ao ouvir o som da voz do pai falando algo.

“Minha filha, minha princesinha, você foi um presente de Deus na vida de seu pai sabia? Não que seus outros irmãos não tenham sido, eles são, mas você Gabriela foi a flor que desabrochou no meio da adversidade. Você não esta entendendo nada do que seu bobo pai esta falando não é? “

Carlos Daniel riu e olhou para a filha, e se espantou quando a viu calma e atenta, como se realmente estivesse entendendo o que ele estava falando.

“Deixe eu te contar uma história. Há muito tempo em um reino encantado, vivia um rei apaixonado perdidamente por uma donzela, mas ele não sabia que na verdade aquela moça que ele tanto amava, era na verdade uma bruxa cruel e má, que só pensava em si mesma. Bom, apesar da maldade desta donzela, foi através dela que ele conheceu uma princesa doce e linda, que encantava todos com sua bondade e seu modo de agir. Ela tratava os filhos do rei como se fossem seus, como uma verdadeira mãe. Ah sim, esqueci de te dizer, o rei tinha dois lindos filhos, uma menina e um menino. Onde eu estava? Ah me lembrei, falava da bela princesa. Bom, aos poucos o rei foi se apaixonando cada dia mais por ela, ele não conseguia imaginar um dia sem sua preciosa ao seu lado. Mas sabe filha, não foi fácil para eles ficarem juntos e viverem aquele puro amor, eles tiveram que lutar muito contra os obstáculos impostos pela vida e muitos deles eram criados por aquela donzela má se lembra? Pois é, acabou que no fim, a donzela má pagou pelos seus erros, e o rei e a bela princesa conseguiram ter seu felizes para sempre. Eles casaram e tiveram mais três filhos, duas princesas e um príncipe. Tudo parecia estar bem, não havia nenhum problema que o amor que eles sentiam um pelo outro não fosse capaz de superar. Era o que o rei pensava, mas isso mudou no dia de um grande baile no reino, o rei entorpecido pelo encanto de uma sereia, acabou por fazer a maior das besteiras, algo que ele jurou a si mesmo que nunca faria. Seu erro acabou separando aquele casal de contos de fadas, e assim, tudo se desestabilizou naquele encantado mundo. O reino parecia estar vivendo em trevas e tristezas sem fim, o próprio rei não conseguia ter forças para reagir, porque sua amada estava decepcionada e triste com o que ele havia feito. Mas sabe meu amor, no momento em que o rei achou que tudo estaria perdido para sempre, uma luz surgiu no reino, e essa luz iluminou tudo e todos, fez voltar o amor que estava suprimido e a felicidade que havia sido arrancada daquele povoado. Aquela luz fez com que o rei e sua rainha se unissem e talvez iniciassem um novo felizes para sempre. Aquela luz esta nos meus braços agora, aquela luz se chama Gabriela.”

Depois de terminar o “conto de fadas” para a filha, Carlos Daniel a olhou e percebeu que aquele lindo bebe estava dormindo profundamente. Por um bom tempo ele a ficou a admirando, e percebendo o quanto linda ela era. Tinha todas as feições de sua amada Paulina, seu rosto, seus pezinhos, suas mãozinhas, tudo naquele pequeno corpinho havia puxado para a amada.

Ao passar seus dedos pelas pequenas mãos de Gabriela, ela inconscientemente a fechou, dando a impressão de que estivesse segurando o dedo do pai. Aquele gesto fez Carlos Daniel flutuar, e seu coração transbordar de felicidade e amor. E tomado pelo sono, ele acabou adormecendo com a filha em seus braços e ela segurando seu dedo indicador. Aquela era a visão mais terna que alguém poderia ver, e foi justamente a imagem que Paulina viu ao despertar durante a noite.

Ao acordar, Paulina ainda estava um pouco atordoada pelo cansaço daquele dia, e ao abrir os olhos sua visão focou-se justamente na imagem de seu marido dormindo no pequeno sofá com a filha no colo. A ternura daquela cena fez um sorriso brotar no rosto da nossa eterna usurpadora, percebeu que mesmo com todas as falhas de Carlos Daniel como marido, como pai, ela não tinha do que se queixar.

Percebendo que tanto Carlos Daniel quanto Gabriela estavam mergulhados em um sono profundo, Paulina decidiu chamar a enfermeira para que retirasse a pequena dos braços do pai, apertando assim, o pequeno botão localizado ao lado da cama. Surrando, ela pediu que a enfermeira tirasse a pequena do colo do marido e a colocasse no berço. Carlos Daniel estava tão tomado pelo cansaço e pelo sono que nem ao menos percebeu quando o bebe saiu de seus braços.

Enfermeira: Seu marido parece ser um pai coruja, ele não parava de olhar para a bebe, tanto aqui quanto lá no berçário.

Paulina: Sim, Carlos Daniel é o melhor pai do mundo.

Depois disso, Paulina voltou a dormir, ainda era de madrugada e seu corpo ainda ansiava por descanso. Passando algumas horas, logo amanheceu. Os raios de sol que ultrapassavam os vidros da janela do quarto atingiam fortemente Carlos Daniel, a claridade foi aos poucos incomodando os olhos do bonitão que por sua vez acabou acordando.

Ao abrir os olhos, ele ainda atordoado foi tomado pelo desespero de não ver sua filha em seus braços, não se lembrava de tê-la colocado no berço. Angustiado, ele olhou para todos os lados, procurando sua princesa, só se acalmou quando a viu dormindo igual a um anjo no berço.  Ainda aliviado por saber que nada havia acontecido com Gabriela, ele olhou para a cama onde Paulina dormia, sua amada repousava tão sutil e ternamente que ele sem perceber acabará por se hipnotizar por aquela imagem.

Perdido no transe por admirar Paulina, Carlos Daniel apenas despertou quando ouviu um bater na porta, rapidamente, ele levantou-se e foi abrir a mesma. Já se passava da metade da manhã e as tradicionais vizitas ao bebê já começavam. Entre todas as pessoas que ele esperava ver ali, Noelia definitivamente não estava enquadrada na lista.

CD: Noelia? O que faz aqui?

Noelia: Eu vim visitar a minha irmã. – Disse já entrando no quarto.

CD: Como soube o que tinha acontecido? Você não é bem vinda aqui! – Carlos Daniel falava exaltado pela presença daquela mulher, mas tentava não aumentar o tom de voz para não despertar Paulina.

Noelia: Eu liguei para a fábrica a sua procura, e me disseram o que tinha acontecido.

CD: Você estava me procurando?? Eu não tenho nada para falar com você.

Noelia: Tem sim Carlos Daniel, precisamos conversar sobre o que aconteceu naquela noite.

CD: Nem me lembre daquela noite. E você deveria ter vergonha de aparecer aqui, você destruiu o meu casamento, a minha felicidade, a minha vida.

Noelia: Ah por favor Carlos Daniel, você fala como se eu fosse a única culpada pelo que aconteceu. Você já é bem grandinho para ter noção de seus atos, eu não te seduzi, você quis tanto quanto eu, não se lembra?

CD: Na verdade, não me lembro. E se eu tivesse em condições normais, isso nunca teria acontecido. Eu amo a Paulina, mas que a minha própria vida, e não seria capaz de traí-la.

Noelia: Mas traiu, isso aconteceu, não adianta tentar mudar. Até porque aquela noite gerou um ser inocente que não tem nada a ver com tudo isso. – Disse passando a mão em seu ventre e olhando para Carlos Daniel – Eu estou grávida Carlos Daniel e você é o pai.

CD: Eu sei que você está esperando um filho...

Noelia: Sabe???

CD: Sim, sei. A Paulina me disse ontem. Mas apesar de não acreditar que o filho seja meu, se for confirmado que eu sou o pai, não se preocupe eu vou assumir a paternidade, a criança não merece sofrer pelos nossos erros. Mas agora peço que por favor, se retire, não quero que Paulina acorde e veja você aqui.

Noelia: Sim eu vou, mas eu vou voltar. Você não pode me impedir de falar com a minha irmã!

CD: VÁ – Percebendo que estava começando a gritar, o gostosão respirou e continuou – Vá embora Noelia.

Noelia foi embora olhando firmemente nos olhos de Carlos Daniel. Depois de sua saída, ele foi até a porta e a fechou com firmeza, tentando extravasar a raiva que estava sentindo daquela situação, de Noelia e de si mesmo.  E depois de fazer isso, ele voltou seus olhos para a cama onde Paulina estava e percebeu que a amada estava acordada o olhando.

Paulina havia acordado no meio da discussão entre Carlos Daniel e Noelia, depois de identificar a voz que falava com o seu marido, ela decidiu permanecer de olhos fechados e ouvir a conversa. Sabia que não era o certo a fazer, mas não pode conter a curiosidade.

CD: Oi meu amor, bom dia.

Paulina: Bom dia.

CD: Como você se sente?

Paulina: Carlos Daniel, eu ouvi tudo.

CD: Ouviu?

Paulina: Sim, ouvi. Precisamos conversar. 


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Notas finais do capítulo

O que estão achando??
Se quiserem me achar >>>> @MissBracho_
Muacks
Los Amo