Dramione - Como Eu Odeio Ser Um Malfoy escrita por Mahizidio


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Três meses depois e um cap minúsculo desses! Desculpa a demora, mas estou louca com a quantidade de coisas da facul que tenho pra fazer; esse cap já estava pronto fazia um tempo, mas eu (*me escondendo dos feitiços que vocês vão me lançar*) esqueci de postar. Obrigada pelos comentários e por quem ainda não desistiu da fic e continua lendo!
Boa leitura p/ vocês! ^-^



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As duas semanas seguintes passaram normalmente. Draco e Hermione exaustos como sempre, cumprindo suas obrigações de monitores, mas nem por isso se desgrudavam. Estavam namorando escondidos, pois sabiam que Harry e Rony fariam um escândalo quando soubessem. Mas os dois não eram tão bobos assim, já desconfiavam que havia muito mais que amizade entre o casal. Sempre tentavam tirar alguma informação de Gina que, eles tinham certeza, sabia de alguma coisa. E, de fato, ela sabia. Ela e Blaise.

Mesmo com Draco insistindo que seus choques já não eram tão fortes, Hermione ainda ficava receosa em se deixar levar pelo sonserino. Mesmo com ele tentando, o máximo que a morena permitia eram alguns beijinhos, que de nada satisfaziam o loiro.

Hermione tinha que se desdobrar em mil para dar atenção aos amigos e ao namorado – que não queria ficar nem um segundo longe dela. Na última semana, os amigos e o namorado começaram a “brigar” para decidir onde ela faria as lições. E o pior, todos queriam ficar todos os dias com ela, então a morena decidiu que fariam os deveres juntos, todos os dias. Um dia no Salão Comunal da Grifinória, ou no Salão Comunal dos monitores. Gina não viu problema algum nessa solução, mas os outros três não gostaram nem um pouco da ideia. Harry e Rony porque não queriam Malfoy no Salão Comunal deles. Draco porque toda a Grifinória não o queria lá dentro, porque ele não queria o Cicatriz, o Cabeça de Fósforo e a Doisinho enfiados no Salão dele e, principalmente, porque ele não queria dividir – mais do que já fazia – a namorada com os amiguinhos dela. 

“Vocês aceitam minhas condições ou eu vou estudar sozinha, todos os dias, na biblioteca. Entenderam?”, foi a resposta de Hermione para as reclamações dos amigos e de Draco. E, desde então, estavam fazendo como ela sugeriu.

xx

Já fazia duas semanas que Blaise havia mandado a carta e nos dois sábados seguintes ele não pôde ir aHogsmead. Finalmente, no próximo sábado, encontrar-se-iam no povoado. Hermione estava nervosa com o encontro, ainda havia certo preconceito da parte dela – que se sentia mal por causa disso, sabendo que ele nunca a descriminou por ser nascida trouxa.

A semana passou tranquila – dentro do possível, com as constantes discussões entre Harry, Ron e Draco. Hermione estava extremamente ansiosa para que a sexta-feira acabasse. No dia seguinte ela e Draco encontrar-se-iam com Blaise, e o sonserino estava imensamente feliz, visto que fazia meses desde de a última vez que vira o amigo.

Depois do jantar estavam os cinco reunidos no Salão Comunal da Grifinória, fazendo as lições do dia. Draco não prestava atenção em sequer uma palavra que Hermione dizia; se ele pudesse, aceleraria as horas para sábado chegar mais rápido. O sonserino desviou o olhar e viu que uma suntuosa coruja vinha com demasiada pressa em direção à janela, que estava fechada.

Ele tentou abrir a janela com a varinha, mas foi em vão. A bela Siundara branca e laranja bateu no vidro com estrondo, trincando-o e assustando a maioria dos presentes.

- O que foi isso? - Ron perguntou com cara de muito sono. Pelo jeito Malfoy não era o único que não prestava atenção na lição.

- Uma coruja. - disse o loiro – Acho que era do Ministério, só as de lá são tão bonitas quanto aquela e...

- Do Ministério? - Hermione perguntou histérica – O que será que era? Será que ela está bem?

A morena levantou-se e foi em direção à janela, onde a coruja já estava de volta, esperando que alguém a abrisse.

Poucos minutos depois, Hermione estava atônita com a carta que recebera. De fato era do Ministério:

Cara Srta. Granger, 

Depois de tantos meses de trabalho, a equipe de aurores que enviamos à Austrália, juntamente com o Ministério de lá, encontrou o paradeiro de seus pais. Como a Srta. havia dito, eles abriram um consultório e estão vivendo em uma cidade do interior. Ela fica no estado o qual nos foi indicado, mas eles estão mais para a região Norte e não à Leste, como a Srta. achou que estivessem. 

Ainda não foi feito nenhum contato. Nossa equipe está traçando um plano para se aproximar sem que eles se assustem. Nossa expectativa é de que em cerca de dois meses eles já estejam de volta à Inglaterra..

Quanto ao processo que a Srta. está sofrendo por ter usado magia de alto risco, e em trouxas, eu estou fazendo o possível para que ele seja anulado.

Qualquer novidade sobre qualquer um dos assuntos, mando notícias.

Atenciosamente, 

ShackleboltKingsleyMinistro da Magia.

P.S.: mande lembranças aos Weasleys e ao Potter. E ao Sr. Malfoy também. 

Hermione estava com os olhos vidrados e não pôde impedir as lágrimas de escorreram por eles.

- O que é isso, Hermione? - perguntou Draco, tirando o pergaminho das mãos tremulas dela.

- Ei, também temos o direito de saber, - disse Harry dando um olhar de soslaio para Hermione, mas como ela parecia não prestar atenção em nada, tentando pegar o papel da mão de Draco, continuou – visto que somos amigos dela a mais tempo. 

- Então, se é assim, - falou sem pensar, alto demais – eu tenho mais direito. Visto que sou o namorado dela.

Todos, inclusive o sonserino, se espantaram com as palavras que saíram da boca dele. Hermione levou cerca de quatro segundos para entender o que havia acontecido e levantou-se da cadeira na qual estava.

- Você. É. Um. Completo. Idiota. Draco. Malfoy. - falou entre dentes, pousando cada palavra, enquanto desferia tapas por todo peito e braços do loiro. Arrancou o pergaminho que ele ainda segurava e começou a juntar suas coisas. Agora com lágrimas mais grossas nos olhos.

Mione, espera. - Draco tentou segurá-la pelo braço, mas ela se desvencilhou com facilidade.

Rony estava não só com as orelhas, mas já com todo o rosto vermelho. Os cabelo de Harry ainda mais bagunçados que o normal. E, a essa altura, grande parte do salão comunal prestava atenção neles.

- E vocês acharam mesmo que a gente não desconfiava de nada? - bradou Ron, indignado. E foi completamente ignorado pelos dois. 

Hermione acabou de juntar as coisas e rumou para a saída.

- Granger, volta aqui. Aonde você pensa que vai? - Draco perguntou, juntando suas coisas o mais rápido possível. Antes de Hermione sair ela e Gina trocaram um olhar significativo.

- Olha o jeito que fala com ela, Malfoy! - gritou Rony.

- Cala a boca, Weasley. Granger, volta aqui!

sonserino saiu correndo atrás de Hermione, ela já estava virando o corredor, mas ele logo a alcançou.

- Hermione! - chamou segurando-a pelo braço. Ambos pararam de andar. - Olha pra mim. Mione, por favor. Eu não falei de propósito. - falou calmo, quase sussurrando no ouvido dela. - Você sabe como aqueles idiotas me irritam.

No mesmo momento em que deixou essas palavras saírem por sua boca, Draco se arrependeu. Hermione se livrou dos braços dele e voltou a andar apressadamente.

- Não chega perto de mim, Malfoy! Eu te odeio. Você continua o mesmo bastardo, imbecil e arrogante de sempre!

Foi como se uma facada tivesse atingido o peito do sonserino em cheio. Ele estacionou no lugar por alguns segundos, o que deu tempo para Hermione alcançar a entrada do salão comunal dos monitores e correr para o quarto. Draco entrou no corredor a tempo de vê-la batendo a porta.

Mione, para com isso. - falou terno. - Você não é assim.

- Sai daqui, Malfoy. Você é um idiota, sempre foi. E eu te odeio! - berrou do outro lado da porta.

- Mas eu te... porra, você sabe o que eu sinto por você; não vou sair daqui enquanto você não aceitar minhas desculpas. 

Doeu para ele ouvir isso mais uma vez – e Hermione pôde perceber pelo tom da voz dele -, mas ele sabia que ela estava de cabeça quente e aquilo não era verdade. Draco ficou vários segundos apoiado no batente da porta, esperando uma resposta que não veio. 

Mione, o que estava escrito naquele pergaminho? - perguntou de repente, imaginando que talvez aquele fosse o real motivo para Hermione ter ficado tão alterada.

Ela abriu a porta, os olhos inchados e o cabelo em um verdadeiro ninho de ratos. Draco deixou um singelo sorriso escapar dos lábios; para ele, mesmo naquele estado, ela continuava linda.

- Meus pais... - ela sussurrou e Draco não conseguiu esconder o olhar de preocupação. - está tudo bem, eles foram encontrados. - tranquilizou-o com um sorriso o qual o sonserino nunca tinha visto, tão sincero que o fez amá-la ainda mais.

Ele não perdeu tempo e a abraçou, entrando descaradamente no quarto. Fechou a porta com o pé e sussurrou no ouvido dela:

- Me desculpa, por favor. Eu fui um idiota, Mione. Eu prometo que...

Ela não o deixou terminar, ficou nas pontas dos pés para olhá-lo nos olhos e, com um sorriso contido, falou:

- Não promete o que você não pode cumprir, Malfoy. E você é um idiota... - e terminou beijando-o, com todo o amor que sentia.

Uma onda de choque passou pelo corpo do sonserino, mas ele não sentia nada além de Hermione. E aquilo foi só mais uma prova de como o corpo dele reagia a ela. Ele logo aprofundou o beijo, pedindo passagem com a língua a fim de explorar cada detalhe da boca dela. E o gosto dela era irresistível. Hermione levou as mãos delicadas até os fios loiros, puxando-o para mais perto de si. Draco apertou possessivamente a cintura dela com a mão esquerda, enquanto a outra se afundava no emaranhado de nós cor de café. Empurrou-a até a estante, prendendo-a ali, fazendo com que seus corpos tivessem ainda mais contato. Um gemido de Hermione ficou perdido entre o beijo quando Draco juntou ainda mais seus quadris. 

Eles sentiam que os corações podiam parar a qualquer momento tamanha a velocidade com a qual trabalhavam. Draco desceu a mão que estava no cabelo de Hermione até a cintura fina dela. Apertou mais ainda; outro gemido e dessa vez foi ela quem desceu as mãos até a cintura, puxando-o mais contra si. Cauteloso, o sonserino foi subindo a mão até a base do seio direito dela, ignorou mais uma onda de choque e roçou de leve a mão sobre a camisa de uniforme. Ela não protestou, muito pelo contrário, sugou ainda mais forte o lábio já inchado do namorado e apertou-se ainda mais contra ele. Os dois precisavam desesperadamente de ar, contudo, precisavam mais ainda continuar com os lábios colados. Draco perdeu a cautela e apertou o seio sob uma mão, a outra descia pelo bumbum arrebitado da morena.

E foi Hermione quem levou um choque. De realidade.

Ela juntou toda força de vontade que não tinha e empurrou Draco.

Draco, isso... a gente, não é certo. - falou sem convicção nenhuma. - Você, você pode se machucar.

- Não se preocupa comigo, Mione. - falou rouco, voltando a beijá-la. Ela não resistiu, queria aquilo tanto quanto ele.

Draco passou os braços pelas coxas de Hermione e segurou-a no colo, indo em direção à cama.

Mione, você está ai? Queremos conversar com você. - era a voz de Harry. Draco mentalizou vários palavrões e continuou sobre a grifinória.

Hermione o empurrou pela segunda vez. E, antes de ter ouvido a voz de Harry, não tinha – definitivamente – a menor pretensão de fazer isso. 

- Merda! - murmurou levantando-se da cama. Draco permaneceu deitado no mesmo lugar, a respiração pesada, as mãos sobre o rosto e um volume bem maior que o normal sob a calça preta. Hermione suspirou. - Você vai ficar ai? - perguntou indignada enquanto ouviam várias batidas na porta.

- Ignora esses dois, e volta pra cá, Mione.

- Não seja ridículo, Malfoy. Levanta daí. 

- E você pretende que eu vá pra onde? Porque se eu bem te conheço, você não vai querer que eu saia pela porta, onde seus amigos...

- Cala a boca e me deixa pensar! - falou irritada enquanto Rony a chamava. - JÁ VOU! - gritou e entrou no banheiro, sendo seguida por Draco.

Ele sentou-se sobre a tampa do vaso sanitário e esperou que ela falasse alguma coisa, mas, ao invés disso, ela abriu a saia e começou a abrir a camisa que vestia.

- O que você pensa que está fazendo? - Draco perguntou estupefato. 

- Ah! Vira! - respondeu, como se tivesse esquecido que ele também estava ali.

Draco pensou em protestar, mas desistiu diante da cara que ela fez. Alguns segundos depois ele ouviu um Aguamenti ser pronunciado. Mais alguns segundos, e Hermione estava com o cabelo molhado, de roupão e fazendo algum feitiço que deixou o banheiro coberto por vapor quente.

Mione, o que está acontecendo? Nós vamos entrar. - Harry falou do outro lado da porta. Draco sussurrou um “Idiotas!” e deixou um sorriso escapar assim que seus olhos caíram sobre as roupas de Hermione jogadas no chão. 

- JÁ ESTOU INDO! - gritou e virou-se para Draco com um olhar ferino. - Não se atreva a sair daqui ou fazer qualquer barulho, entendeu? 

Ele assentiu e, despreocupadamente, passou um dedo pelos próprios lábios, dizendo em seguida:

- Sua boca. 

- Hermione?

- JÁ VOU, CACETE! - ela olhou no espelho e entendeu o que Draco havia dito. Estava com a boca vermelha e inchada, assim como a dele. Fez um feitiço para ela voltar ao normal. - Idiota! - cuspiu antes de sair, deixando a luz acesa e a porta aberta. 


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Notas finais do capítulo

Gente, prox cap está ainda BEM no comecinho ainda, então ele deve demorar mais do que esse. Mas prometo que ele vai ser BEM maior! haha (tem que compensar de algum jeito, né?!)
Mas e ai, o que acharam? Comentários?
Bjss! *-*