Um Sopro De Felicidade escrita por Mihara


Capítulo 18
Capítulo 18 - Véspera de natal


Notas iniciais do capítulo

ooiiiee, VOLTEII!!! Ola minha gente, como vão voces? Voltei de viagem ontem e agora, estou postando mais capítulos. No entanto, postarei somente este porque estou atrasada para a escola, a noite eu posto mais. kkkk NOSSA! Foi muito bom escrever sentada na sombra de arvore gigante, ao som de grilos cantando (pra quem manja dos animes, sabe do que eu estou falando - aquela hora em que o sol esta forte e fica uns bichinhos cantando, embora pareça mais que eles estão acasalando...enfim)e os ventos soprando nos cabelos kkkkkk... e sim, eu estava em um estado em que fazia muito calor - imagina a minha tristeza na hora em que eu vi o por do sol pela ultima vez e entrei em São Paulo com esse clima congelado...Tanto faz, vamos pra historia, Boa leitura!



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Capitulo 18

Véspera de natal

Era véspera de natal e Sakura estava animada, a casa estava uma correria para tudo estar arrumado quando a data chegasse. Tomoyo e mais alguns empregados ajudavam na cozinha, Yeilan tratava de negócios até mesmo na véspera – “Ainda não é natal, então não tem problema”, dizia ela – e quanto a Syaoran, ajudava sua mãe para ficar a par da situação.

Ele também iniciara um treinamento próprio para entrar em forma. Sentia algo errado em seu corpo, como se não estivesse tudo no lugar, cuidava dos estudos e treinos de Sakura, e esta estava eufórica, Tomoyo a encarregou para montar a arvore de natal, então também estava em sua correria para achar todos os enfeites.

Syaoran estava no escritório de sua mãe. Ele sentou-se, abismado, pois sua mãe havia lhe contado tudo o que ocorrera com ele e Sakura. A causa do sono permanente, à volta ao passado, tudo, sem faltar nenhum detalhe. Ele suspeitou que Sakura fosse diferente, mas isso era assustador. Ela poderia voltar ao passado sempre que quisesse, e mudar absolutamente todo o rumo do presente e futuro. Por sorte, a menina era inocente, e não havia se dado conta disso. Alias esse tipo de poder não poderia estar em melhores mãos. Porem, muitas duvidas surgiram em Syaoran, qual a fonte de origem desse poder? E se ela podia voltar ao passado, ela também poderia ir ao futuro?

_Não se desespere Syaoran, não tente descobrir tudo de uma vez. Ansiedade é bom, mas demais é perigoso, sabia? – disse Yeilan, que estava sentada, contando tudo como se fosse apenas uma conversa normal.

_Não é apenas curiosidade, se descobrirem sobre ela, estaremos perdidos, tanto o clã, quanto ela. – ele colocou as mãos sobre o rosto – eles a usariam! Nossa opinião não valeria mais a pena, não teríamos mais comando de nada e...eu nunca mais veria Sakura de novo!

Yeilan levantou os olhos do computador no mesmo instante, encarando o menino e rindo, ele olhou para ela sem entender até se dar conta do que tinha dito.

_Não é isso! – ele levantou, tentando se explicar – Não foi isso o que eu quis dizer, quero dizer, ela é responsabilidade minha afinal!

Yeilan apenas ergueu a sobrancelha.

_Quero dizer, ela é minha mulher! – Yeilan colocou uma mão sobre a bochecha e inclinou o rosto, com um sorrido bobo, um gesto como se dissesse “que fofo” – NÃO É ISSO, MÃE!

_Ela esta ligada a mim, o que seria de um herdeiro que não cuida de sua esposa?! – ela riu – mas enfim, não podemos deixar ninguém saber de Sakura!

_ Que assim seja!

Ela viu Syaoran esfregando o olho direito, percebeu que o menino fazia isso com frequência desde que acordara. Já imaginava o motivo.

_Você esta cego deste olho, não é? – ele não disse nada – ainda sente dor?

_Mais ou menos, as dores não são mais tão frequentes como antes, mas ainda sinto pontadas.

_Tome cuidado!

Ele afirmou com a cabeça, seu olho estava agido de maneira estranha. Não sentia mais tanta dor, mas agora, por motivos desconhecidos, ele dava pontadas agudas de dores passageiras. Antes, sua visão era apenas embaçada, mas agora, não conseguia ver mais nada, e isso era frustrante. Por esse motivo, começou mais uma serie de treinos, para se adaptar a sua nova condição.

Antes de sair da sala, lembrou-se de perguntar:

_Ah, é mesmo, o que aconteceu com aquela foto que eu, voce e Sakura tiramos juntos?

_Ela sumiu há muito tempo, eu procurei, mas não consegui encontrar. – disse Yeilan sem levantar a cabeça do monitor.

Syaoran apenas deu de ombro e saiu. Decidira ver o que Sakura aprontava. Já imaginava a menina fazendo uma coisa absurda. E ao chegar à sala, não ficou mais surpreendido, apenas correu para segurar a menina que estava caindo do banquinho em que estava em pé, frente a arvore de natal.

_Francamente! Você não tem jeito, né! – ela riu e olhou para ele.

Ele a segurava pela cintura, um desejo súbito de abraçar a menina subiu pelo seu corpo, sentir o cheiro de seus cabelos e sua pele macia. Ao perceber seus pensamentos pervertidos, soltou a menina e a deixou cair no chão. Estava perdendo a cabeça.

_Isso doeu, sabia?

Ele olhou para ela, e viu o que tinha feito. Ajudou-a a se levantar, mas disse:

_Quem mandou subiu sem nenhuma segurança?! – ele bufou.

_Que segurança?! – ela colocou as mãos na cintura.

_Poderia ter me chamado!

_Você estava ocupado! – Ela fez bico, era véspera de natal, não queria brigar com Syaoran agora, antes que o menino falasse algo mais e provocasse sua ira, ela disse – então, poderia me ajudar agora?

_Porque não? – ele deu de ombros.

Sakura lembrava-se de quando montava a arvore de natal junto com seu pai. Seu irmão saiu para comprar o peru, e seu pai montava uma linda ceia de natal. Sentia falta daquilo. Tivera uma ideia absurda, e tinha certeza que Syaoran nunca concordaria, mas precisava fazer aquilo.

Sua tarde foi animada, montar a arvore de natal com Syaoran era divertido. Eles discutiam sobre a cor das bolas de natal, se deveria ser de uma cor só ou coloridas, se deveriam ser vermelhas ou azuis, se deveria ter enfeites de presentes, laços ou de Papai Noel. O problema era que os enfeites de laços tinham um arame para enrolar nas pontas das folhas das arvores, e Sakura sempre quebrava o arame. Ela conseguiu prender um laço na cabeça de Syaoran, como uma presilha, ele a encarava de modo carrancudo enquanto a menina rolava no chão de tanto rir.

Quando a arvore estava quase pronta, tudo o que faltava era o enfeite do topo. Na casa de Sakura, sempre era uma grande estrela de metal. Porem, esta da casa dos lis era feita de ouro puro, brilhante e pesada. Aquilo incomodou Sakura.

_Não gostei desta estrela! – disse Sakura.

_Por quê? É perfeita, de luxo e brilhante.

Ela olhava para estrela com um olhar meio angustiado. Suas estrelas não eram tão pesadas, muito menos de luxo, não tinha que ser de ouro para brilhar. Quebrava o clima familiar que estava instalado ali, afinal, sua família não tinha condições de comprar uma dessa e estragava suas lembranças. Gostaria de mostrar para Syaoran como uma estrela brilha de verdade, muito mais que uma feita de ouro.

_Não tanto assim! – Disse Sakura. Syaoran não entendeu, mas deixou passar.

Sakura não falou nada quando ele colocou a estrela sobre a arvore, parecia muito superficial, mas era a única que tinham e não queria que comprassem outra apenas por sua vontade. Decidiu apenas esquecer.

Ela se virou para Syaoran, agora vinha à parte mais difícil do dia, convencer Syaoran.

_Syaoran, preciso falar com você! Na verdade um pedido, você até pode considerar um pedido de natal. – ele ergueu a sobrancelha, desconfiado.

–-----****------

_NÃO! – gritou ele assim que escutou o pedido – DE JEITO NENHUM!

Eles estavam sob as arvores do jardim, Sakura não queria que ninguém na casa os ouvissem, ela tinha tomado uma sabia decisão, pois Syaoran parecia estar gritando aos sete ventos.

_NÃO, VOCÊ NÃO PODE!

_Por favor, Syaoran, entenda minha situação, eles não têm noticias de mim, devem estar preocupados. Já faz um ano, e esse é o primeiro natal deles sem a família reunida... o meu também.

Ele andava de um lado para o outro, entendia o lado da menina, ele também não aguentaria ficar sem ver a família por muito tempo. Mas era muito arriscado, Yeilan o avisara que não poderiam sair, Sakura deveria saber disso.

_Por favor! – mas o olhar dela o estava matando. Não conseguiria resistir a aqueles olhos verdes.

_Não, por favor Sakura, entenda! – ele olhou para o outro lado, sabia que era difícil para ela, mas não poderia – Não depende só de mim.

_Mas ninguém precisa saber!

Ela estava à beira das lagrimas, queria entrar em contato com sua família, mandar cartas. Eles precisavam saber que ela estava bem. Se houvesse apenas uma chance de Syaoran gostar dela, ele iria atendê-la, ou que fizesse isso apenas por amizade. Ela segurou as mãos deles, implorando.

_ Não dá Sakura, sinto muito! – ele soltou as mãos dele das delas.

_É por causa dos conselheiros do clã? – perguntou a menina chorosa, o que partiu o coração de Syaoran.

_Não por eles, mas por você! É muito arriscado, você estaria se expondo. Não posso deixar você sair.

_É rápido, somente até uma caixa de correio.

_SAKURA, O PROBLEMA É VOCÊ, JUSTAMENTE, SAIR! MINHA MÃE TE AVISOU!

_Mas...

_CHEGA! Esqueça essa ideia!

Ela olhou para ele com cara feia, Syaoran sentiu seu coração pesar, sabia que a menina estava prestes a chorar. Antes que pudesse ampara-la, Sakura correu para dentro da casa, deixando-o sozinho debaixo das arvores, que estavam num tom azuladas, refletindo o coração de Sakura. Suspirou e passou a mão no rosto, uma briga logo na véspera de natal.

–----****-----

Andando de um lado para outro em frente à porta de seu próprio quarto, apreensivo, não sabia se devia bater ou deixar de lado.

Ela esta com raiva de você neste momento. Deixe-a se acalmar.

Mas o quarto é seu, você tem o direito de ir e vir à hora que bem entender.

Mas ela esta triste, não quero brigar na véspera de natal.

Ela não pode ser mimada demais.

Syaoran não sabia qual de suas vozes internas ele devia seguir, seu coração queria bater na porta, mas sua cabeça dizia que era melhor não. Qual seguir? Ele aproximou-se da porta para escutar, mas tudo estava em silencio. Ele mordeu o lábio inferior, ela deveria estar chorando. Aproximou-se da porta mais uma vez pronto para bater, mas afastou-se, perdendo a coragem.

Levantou as mãos para o alto e bagunçou os cabelos. Tinha que se decidir-se de uma vez.

Você esta muito mole, rapaz. Cadê a coragem do homem que habita em você? Vá em frente e bata na porta de uma vez. Ou melhor, não precisa bater, o quarto é seu!

Mas o quarto também é dela, ela tem o direito de privacidade. Se for entrar, seja educado!

AH, eu tenho que me decidir!

Por fim, ele bateu levemente na porta. Sentiu as pernas tremer, não queria que Sakura ficasse zangada com ele. Começou a ficar impaciente, bateu mais uma vez. Ela devia estar considerando se abriria a porta ou não, ainda devia estar com raiva. Bateu mais uma vez, chamando-a:

_Sakura – prendeu a respiração – olha, me desculpe!

Nenhum som.

_Eu não queria te magoar!

Sem resposta.

_Sakura!

Ele entrou, a porta estava aberta afinal. O quarto estava escuro, iluminado somente pela luz da lua que entrava pela janela aberta. Ele pode ver apenas o contorno de Sakura coberta pelo edredom.

_Eu seu que esta com raiva, mas é para o seu bem! – ele sentou-se na cama, ao lado da menina. – Seria arriscado para mim também.

Ela não se virou, e Syaoran começou a se sentiu ofendido pela ignorância.

_Será que você poderia ao menos me olhar na cara?! – ele puxou os lençóis com força, mas tudo o que viu no lugar de Sakura foi apenas almofadas grandes e enroladas.

Mas porque não? Era a Sakura afinal, mas claro que ela faria uma coisa dessas! Uma artimanha assim vinha com assinatura marcada, Sakura! Ele sentiu vontade de bater em si mesmo por não ter previsto uma coisa dessas. Arrancaria fio por fio do cabelo daquela anã de jardim quando voltasse.

Correu para fora do quarto e em direção aos portões, ela não sairia por ali, pois não teria permissão dos guardas. O mais provável seria pelo lugar por onde entraram da ultima vez, mas para Syaoran, os portões eram mais rápidos. Logicamente, também não teria permissão para passar.

Primeiramente, estava preocupado com Sakura, o pensamento de que algo poderia acontecer com ela era perturbador. Em segundo lugar, antes que algo a pegasse, ele a pegaria, e ai sim ela poderia dizer que estava com problemas.

Ele já avistava os portões das casas dos Lis ao longe. Teria que ser sorrateiro e calcular a altura antes que pudesse chegar perto. Já via os guardas dos portões – de tantos guardas em uma casa assim, nenhum deles poderia perceber uma fuga desajeitada como a de Sakura?! – Ele não poderia se desviar do caminho agora, seguiria em frente. Syaoran saltou os portões usando as barras para escalar e se impulsionar para o outro lado, pulando como um gato numa velocidade incrível e surpreendendo os guardas – Yeilan paga eles para que afinal? Perguntava-se Syaoran.

Com isso, o chinês também teria uma assinatura marcada com sua mãe.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu postarei mais capítulos hoje a noite.Até breve pessoalPS:Desculpem-me os erros de ortografia, não tive tempo de revisar.