The Call Of Narnia escrita por Quel


Capítulo 4
A primeira ilha.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327239/chapter/4

— Esse é o lugar onde vocês vão dormir. – disse Caspian, mostrando o gabinete a Susana, que estava com Camilla nos braços e que dormia. – Ela dorme tão rápido. – disse Caspian, se aproximando de Susana.

— Nunca tive problemas com sono com Camilla, ela dormia a noite inteira, apenas acordava quando estava com fome. – disse Susana, se aproximando da cama e colocando Camilla ali, a cobrindo até a cintura com a coberta.

Caspian olhou para a filha, ele estava sentindo medo desde que a pegou no colo. Seu receio era que Susana fosse embora outra vez, junto com Camilla, ele pensava que não poderia viver mais sem as duas pessoas que amava.

Susana notou como Caspian tinha ficado sério derrepente e o mesmo pensamento veio lhe afligir. Ela pensava ao contrario de Caspian, ela mesma sentia que depois de muito tempo, Aslan lhe dera uma segunda chance de ser feliz com a pessoa que amava e ela não gostava de pensar que poderia ir embora a qualquer momento e sim, que queria apenas ficar o máximo de tempo possível com a sua família.

— Su. – Caspian se virou para Susana, segurando firmemente suas mãos. – Desta vez, eu juro, faria o que for preciso para você e Camilla ficarem aqui comigo, é uma promessa, nada vai nos separar outra vez. – Susana olhava para Caspian chocada, ela não esperava tão declaração de seu amado, mais sorriu de imediato, sentindo a confirmação de que Caspian ainda amava e que lutaria por ela e por Camilla.

— Caspian. – Susana acariciou as mão de Caspian e se aproximou dele lentamente, fechando os olhos ao ouvir a respiração de Caspian e o beijou lentamente.

Os dois se entregaram aquele beijo que parecia ser o primeiro do nosso amado casal, os dois queriam matar a saudade um do outro, a porta estava fechada e nada os impedia de continuar, era o que eles pensavam. Uma pequena menininha tinha acordada e olhava para os pais, curiosa, ficava quieta e de olhos atentos. Susana e Caspian foram se aproximando da cama e Susana caiu ali, com Caspian em cima dela, os dois próximo da onde Camilla estava deitada e balançou os pequenos bracinhos, sem querer, acertando no rosto de Susana, que atrapalhou o beijo e olhou para Camilla de cabeça para baixo, dando um meio sorriso logo em seguida.

— Parece que alguém quer ficar dormindo e acordando. – disse ela para Caspian, que beijava o pescoço de Susana e que parou de imediato.

— Ela também quer beijos? – perguntou ele, saindo de cima de Susana e deitando ao lado de Camilla e lhe dando varias beijo no rosto da pequena que ria a vontade, sentindo as pequenas cócegas na barriga onde seu pai também beijava.

— Chega Caspian, vai fazer a menina ficar rindo o dia inteiro. – disse Susana, que também estava rindo junto com Caspian que parou de beijar Camilla e logo ouviram batidas na porta. Caspian se levantou e abriu a porta, encontrando Dririan.

— Majestade, estamos nos aproximando das ilhas solitárias. – disse, Caspian assentiu e o capitão saiu.

— O que foi? – perguntou Susana, se aproximando de Caspian.

— Nada, estamos nos aproximando das ilhas solitárias. – respondeu o rei de Nárnia. – E a pequena, cadê ela?

— Ta deitada te esperando. – respondeu Susana, Caspian voltou a deitar ao lado de Camilla, que não desgrudou o olho do pai.

— Ela é tão esperta, to parecida com você. – disse Caspian.

— Espere um pouco, você vai ver, daqui a alguns dias, você vai ta falando “ela é a cara do pai”, “tinha que ser minha filha, ela é tão linda”.

— Quem fala isso?

— Pedro, foi só ele ver a Camilla que já começou, ela é a cara do tio, linda demais, tinha que ser minha sobrinha.

Caspian riu imaginando Pedro falando isso, o Grande Rei Pedro, que aparentava ser tão sério, brincando como um bebe perto da sobrinha.

— Pedro ainda vivia mimando Camilla, dando brinquedos, ela não pode ver ele que fica toda animada, não para quieta. – disse Susana.

— Primeira sobrinha, normal. – disse Caspian.

— Normal? Você chama de normal um tio que não parava de fazer caretas, que ficava engatinhando no chão, que brincava com bonecas só para ver Camilla sorrindo?

— Bom, sim, ele quer ver a sobrinha sorrir. – defendeu Caspian.

— Todos queremos, mais ele não precisa fazer isso tudo para Camilla sorrir, ela sorri com qualquer coisa. – disse Susana.

— Bom saber, ai eu não preciso fazer isso tudo.

Ficaram conversando mais sobre Camilla, Caspian queria saber de tudo sobre sua filha, o que comia, quando dormia, como ficava quando estava brava e do que gostava. Susana contava tudo que Caspian perguntava.

— Então o Ed pegou o presente dele, ela um ursinho de pelúcia azul claro, Camilla não desgrudou desse ursinho um segundo sequer, dormia com ele todas as noites.

— Gostei do apelido do Pedro, Milla. – comentou Caspian.

— É, Pedro me ajudou muito, todos me ajudaram. – disse Susana.

Batidas na porta foram ouvidas pelos dois, Caspian se levantou e abriu, olhando para cima e foi fechando a porta.

— Majestade, tenho uma notícia um pouco estranha. – Caspian levou um pequeno susto ao ouvir a voz e logo olhou para baixo, Ripchip estava na entrada da porta, olhando para a cama, curioso, ainda não tinha visto a filha de seu rei.

— Obrigada, Rip. – agradeceu Caspian e saindo do gabinete, indo para o convés.

Ripchip foi em direção da cama, subindo na mesma, ficando ao lado de Susana.

— Majestade. – disse ele, fazendo uma reverencia.

— Rip, é muito bom vê-lo novamente. – disse Susana, olhando para o ratinho ao seu lado.

— Ela é realmente muito parecida com vossa majestade. – disse o rato, olhando para Camilla.

— Obrigada.

Caspian foi até o convés e fica estático com o que vê, no meio do convés, ao redor de quase todos que estavam a bordo, havia um monte de malas e um carrinho rosa com branco com alguns desenhos de ursinhos. Caspian, parecendo que estava voltando a vida, percebeu que aquilo tudo era de Camilla, só não sabia como aquilo tudo fora para no navio. Com a ajuda de alguns homens, Caspian levou as malas que não eram poucas, para o gabinete onde estava Susana que a mesma ficou olhando chocada para as malas.

— Como é que essas malas vieram parar aqui? – perguntou ela, abrindo uma das malas e encontrando algumas das roupas de Camilla.

— Não sei, estava tudo no convés. – respondeu Caspian, colocando o carrinho perto da cama.

Susana vasculhava as malas, tudo que pertence a Milla estava ali, guardado e arrumado, até os brinquedos dela. Camilla, que Caspian tinha pegado, ficou animada ao ver os seus brinquedos e ficou quase que pulando no colo de Caspian. Susana deu um pequeno coelho rosa para a filha, que ficou olhando e passando abaixar os pelinhos que estavam desarrumados.

Susana pegou um vestido branco e um sapatinho também branco e espalhou na cama, pegou a banheira que também tinha vindo, saiu do quarto por uns minutos e voltou com a banheira cheia de água, pegou Camilla do colo de Caspian e a colocou deitada na cama e tirou as roupinhas dela e a frauda e a colocou na banheira. Caspian apenas observava a maneia que Susana dava banho em Camilla.

— Cas, segura aqui ela para eu ver se o sabonete dela veio. – pediu Susana, olhando para Camilla.

Caspian ficou mais nervoso do que quando teve que pegar sua filha pela primeira vez, se abaixou lentamente e olhou para Susana com uma cara de “o que eu faço?”. Susana sorriu, pegou uma mão de Caspian, a colocando delicadamente nas costas de Camilla, com a outra, ela a colocou na barriguinha da filha.

— Fica assim. – disse Susana, soltando sua mão que estava na filha, ela foi onde estava as malas e começou a caçar o sabonete da filha, que não demorou muito e voltou, Caspian estava um pouco molhado, mais estava com um sorriso lindo nos lábios.

— Ela é muito agitada. – disse ele. Susana assentiu, e com Caspian ainda segurando, passou ensaboou Camilla rapidinho e a enxaguando, tomando cuidado com os olhos da pequena. Susana se levantou, pegou uma toalha e pegou Camilla com o pano, secando os cabelos da pequena e o pequeno corpo, a deitando na cama, secou direitinho, colocou a frauda e a roupinha que havia separado.

— Pronto, uma verdadeira princesa. – disse Susana, pegando a filha nos braços.

— Agora, é melhor você se arrumar, essa calça que você esta vestindo é estranha. – disse Caspian, ai foi que Susana se olhou e se tocou, ainda estava com a calça jeans e a blusa que havia ido passear junto com Lucia e Camilla. Ela sorriu consigo mesma e olhou para Caspian.

— Apenas as roupas de Camilla apareceram. – ela disse.

— Não temos vestidos aqui, espera. – Caspian saiu rápido do gabinete, demorou apenas alguns minutos, voltando com uma calça marrom, uma blusa branca e com um cinto da mesma cor que a calça. – São as menores que eu encontrei, vamos ver se serve. – disse ele, colocou as roupas na cama e pegou Camilla nos braços, saindo do gabinete com a filha.

Susana tirou sua calça e a blusa, pegou a calça que Caspian havia trago e a colocou, não tinha ficado tão folgada quanto a Pevensie achou que ficaria, colocou a blusa e o cinto, agora ela estava descalça, já que tinha tirado sua sandália. Saiu do gabinete e foi para o convés onde achou que Caspian estava e acertou. O rei de Nárnia estava debruçado sobre o parapeito do navio, inclinando um pouco Camilla para que ela pudesse ver o mar e alguns peixes que estavam próximos do Peregrino.

— Majestade, ainda não me contara o que estava fazendo nesse navio e nem para onde iríamos. – disse Susana, assustando Caspian que estava atento olhando alguns golfinhos.

— Me desculpe, madame. –disse ele e os dois riram, Susana também se apoiou no parapeito, olhando para o mar e para Caspian, Camilla estava sorrindo, olhando para os golfinhos. – Estamos à procura dos sete fildagos, eles são lordes que Miraz mandou para essas ilhas e ele nunca mais retornarão. Este é o Peregrino da Alvorada, é uma ótimo navio, rápido.

— E como esta Nárnia?

— Feliz e em paz, não houve mais declarações de guerra contra a Calormânia ou qualquer outro pais, as plantações cresceram.

— É, você se tornou um ótimo rei.

— Mais eu não fiz isso sozinho, tive a ajuda de muitos.

— Claro, quando estávamos na Era do Ouro, também não fazíamos nada sozinhos, meus irmãos e eu sempre ajudávamos uns aos outros. – disse Susana, olhando para Camilla, a mesma estava olhando para o mar curiosamente, Susana olhou na mesma direção que a filha e pode ver, antes de desaparecer, uma sereia.

— Senhor, me desculpe interromper. – Drinian se aproximou dos três, estava sério e sua face estava com um semblante de preocupação.

— Pode falar Drinian. – disse Caspian, olhando atentamente para o capitão.

— Estamos nos aproximando da primeira ilha, Felimate. Senhor, a ilha esta com a bandeira de Nárnia.

— As Ilhas Solitárias sempre pertenceram à Nárnia. – disse Susana.

— Mais é estranho, será que ainda se lembram que essas ilhas façam parte de Nárnia? – perguntou Caspian.

— Apenas vim avisá-lo Senhor, a ilha como parece esta sem uma única pessoa, devemos ir para a segunda ilha, Durne, ancoramos lá e podemos procuraremos pelos lordes.

— Não sabemos se um dos lordes estará em Felimate, Drinian, prepare um bote, irei até lá para ver se encontramos alguma coisa. – disse Caspian, Drinian assentiu, fez uma pequena reverencia e saiu.

— Eu vou com você. – disse logo Susana, colocando a mão no braço de Caspian.

— Não, pode ser perigoso, precisa ficar aqui, com Camilla, por favor. – disse Caspian, colocando Camilla nos braços de Susana.

— Apenas volte logo. – disse Susana, dando um rápido beijo em Caspian que foi na mesma direção que Drinian, para o castelo da proa, onde poderia ver melhor a primeira ilha solitária.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Call Of Narnia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.