Agnus, era repleta de magia, era pura magia, os animais sobreviviam caçando eles próprios sejam da mesma raça ou diferentes. Mais quando Rainah chegou, eles, cegos de puro desejo de devera-la não conseguiram, a verdade era que os animais não poderiam atacar um humano que considerasse aquela ilha como sua casa.

A rainha, era como Rainah se chamava, teve uma filha, não fruto de um amor e sim fruto da magia. Rainah aprendeu a fazer coisas incríveis entre elas, poder engravidar... Criou a filha sozinha, mais descobriu que Nissah era totalmente diferente, ao contrario das crianças pequenas, Nissah não dormia e nem comia e era puramente saudável. Rainah ficou muito preocupada com a filha no começo, mais depois de 10 anos descobriu mais coisas sobre a filha.

A menina não envelhecia, ao chegar aos 16 anos de idade a menina não mudou mais, desesperada para saber o que acontecia com a filha, Rainah jogou um feitiço sobre si mesma, o feitiço era de vida eterna. Mãe acompanharia a filha para sempre...

[...]

- Su, fi...

- Nem pense em me pedir para ficar aqui Caspian, eu vou com você. – disse Susana, passando por Caspian para ir até o bote que esperava no mar.

Haviam chegado à ilha de Ramandu, longe de tudo e um pouco de todos, o céu estava totalmente escuro, quase sem estrelas o que era estranho, mais apenas uma estrela chamava a atenção. Era azul e brilhante, a mais linda entre todas as estrelas.

Enquanto remavam para a ilha, Caspian não pode de deixar de olhar para aquela estrela, não sabia por quê, mais alguma coisa naquela coisa linda do mundo o fascinava.

Chegaram a praia da ilha, um soldado ficou para tomar conta do bote, enquanto Caspian, Susana e Ripchip iam até o topo da ilha, onde ali, falara Drinian, que estava a tal misteriosa pessoa que poderia os ajudar.

- Quem será essa pessoa? Como será que ela pode nos ajudar? – perguntou Susana, depois de dez minutos andando.

- Não sei, mais, temos que descobrir. – respondeu Caspian.

A ilha de Ramandu era linda não tinha como negar, arvores, flores, arbustos, tudo bem cuidado, como se alguma pessoa ia ali e cuidava de tudo. Andaram durante umas quatro horas até chegar ao topo da ilha.

O lugar era como uma clareira pequena, rodeada de arvores e ao centro havia uma mesa, cheia de comida e bebidas.

- Não toquem na comida. – alertou Caspian, caminhando até chegar ao fim da mesma, onde estava três homens sentados, cada um era maior de idade, a barba mal feita e grande, os cabelos brancos e os olhos desfocados. Do lado de cada havia uma espada, reluzente e grande. – Olhem os anéis, são seus brasões. Encontramos três lordes... Este é lorde Revilian, este lorde Argos e este lorde Mavramorn.

- Será que estão dormindo? – perguntou Susana.

- Não sei. – respondeu Caspian, olhou para os três lordes e para as espadas ao lado destes. – São espadas, parecidas com a que Lorde Bern nos deu... – Caspian olhou para o céus e se surpreendeu com o que viu.

A tão fascinante estrela azul descia dos céus ou caia dos céus, Caspian pensava que estava delirando até a estrela ficar na frente deste. A estrela que não era mais uma estrela e sim uma mulher. Uma linda mulher, cabelos loiros cacheados e olhos azuis celestes, vestia um vestido branco que descia solto pelo corpo esbelte.

- Sejam bem-vindos. – disse a mulher em uma voz gentil, olhando para Susana, Rip e Caspian, focalizando seus olhos neste. – Sejam bem-vindos a mesa de Aslan.

- Mesa de Aslan? Por que esse nome? – perguntou Susana, não gostando nenhum um pouco da mulher olhando para Caspian.

- Foi ele que andou esta mesa pra cá, para os viajantes que chegam a essa terra. – respondeu a estrela.

- Desculpe se vou ser grosso, mas como é seu nome? – perguntou Caspian.

- Peço desculpas por não ter me apresentando, chamo-me Lilliandil. – disse Lilliandil, sorrindo para Caspian.

- Sou o Rei Caspian X, esta é a Rainha Susana, a gentil e este é o Ripchip, um grande amigo. – Caspian apresentou.

- Lilliandil, você sabe o que podemos fazer para despertar esses três fidalgos? – perguntou Susana.

- Há apenas uma única maneira, vocês têm que ir até o Fim do Mundo e deixar um de vocês. – respondeu Lilliandil.

- Senhor, eu ficaria honrado. – disse Ripchip. Caspian assentiu.

- Poderia nos dizer se estamos muito longe do fim do mundo?

- Infelizmente não poderei lhe dizer. – disse Lilliandil.

- Apenas mais uma pergunta... Estamos procurando nossa filha, ela foi raptada do navio, eu vi a imagem de Lucia, a rainha Destemida... E nos disseram que você poderia nos ajudar.

- Há alguns anos pessoas vem desaparecendo no mar e nunca mais são vistas. O ultimo que elas vão, é Herdes. Uma ilha deserta. Talvez pudessem descobrir alguma coisa indo até essa ilha. – respondeu Lilliandil.

- Agradecemos por sua ajuda, senhora. – agradeceu Caspian, pegando a mão da estrela e a beijando.

- Muito obrigada. – disse Susana, fuzilando a estrela com o olhar.

- Foi uma honra ajudar. – disse Lilliandil, sorrindo. – Espero vê-los novamente, rei Caspian. – disse, sorrindo ainda mais para Caspian.

Susana Pevensie

Mas que atrevida... Como é que ela ousa?... Espero que eu nunca mais a veja em toda minha vida... Saímos de lá e andamos o mais rápido que podíamos... Quer dizer, Rip e eu andamos rápido, Caspian ficou andando igual uma tartaruga olhando sempre para onde Lilliandil nos acenava... Respira Susana, respira, não faça nada que pode terminar em tragédia... Olhei pra Caspian, ele olhava pra trás e acenava para aquela megera... Ai que ódio.

- Caspian, temos que ir logo. – falei, olhando pra ele.

- Ah claro, vamos. – ele disse, acompanhando meus paços.

Ripchip estava a nossa frente, olhando para todos os lados como se tivesse inimigos em todos os lados.

- Para onde iremos agora? – perguntei, sem olhar pra ele.

- Ir até essa ilha. Drinian deve saber que direção devemos tomar. – ele respondeu.

O resto do caminho até os botes foi em silencio, eu nem olhava para Caspian direito. Quero dizer, ele tava acenando pra uma estrela atrevida, mesmo estando comigo. Sentei ao lado do Rip no bote, infelizmente fiquei frente a frente com Caspian... desviei meus olhos para o mar, que estava calmo, como um lago.