Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 55
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

O capítulo da semana demorou mas chegou ^^
Acabei de acabar. Ufa! Iria postar amanhã de manhã, mas como ficarei sem meu computador a partir desse fim de semana, o jeito foi postar agora.
Dara, MariAlcantud e Bibilopes, gracias pelos comentários flores :) Fique super feliz de saber que vocês estão acompanhando a fic!! Continuem assim, rs!
Peço mil e uma desculpas por toda essa minha correria, pelos erros, mas é que estou postando do jeito que deu u.u
ViviiCaroline, espero que você goste, pois escrevi pensando em você flor *-*
Boa leitura a todas...



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Assim que pôs o pé em sua loja...
–Emily, tem alguém querendo falar com você. - a gerente anunciou alarmada. - Tá lá na sua sala te esperando.
A loira parou no meio do caminho e encarou a gerente ao lado. Seu marido não poderia ser pois este a tinha trazido para a loja depois de virem do consultório médico, onde ela tinha ido fazer alguns exames necessários.
Então, quem poderia ser?
–Meu Deus Gabriela, da última vez que você disse que "alguém" queria falar comigo eu acabei no hospital e grávida.
–Muito engraçado mas é sério. É o Thomas.
Emily respirou profundamente e entrou em sua sala. Abriu a porta e viu o loiro de pé, de costas. Assim que ouviu que alguém adentrava a sala, Thomas virou-se. Emily então parou. Mesmo através dos óculos, deu para ver os olhos dele brilhando quando o rapaz a viu.
–Oi.
–Desculpe mas eu tinha que vir e falar com você. Naquela noite eu cheguei a ir no hospital, queria ver você mas, quando a Gabriela me disse tudo o que houve, achei melhor esperar para falar com você em outro momento.
–Thomas...
–A Gabriela me contou tudo. Sobre você e o Vinícius terem se acertado e sobre o bebê também. Você tem certeza de que não há chance alguma de que esse filho seja meu?
–Sim. Assim que o médico me contou sobre a minha gravidez, pedi a ele que fizesse um exame para saber ao certo desde quando eu fiquei grávida e, estou mesmo esperando um filho do Vinícius.
Ela explicou com calma, e ele a ouviu com mais calma ainda.
–Acho que seria inevitável então, no fim vocês dois acabariam juntos.
Ele a fitou com um sorriso no rosto, um sorriso que escondia como de verdade ele se sentia.
–Parabéns Emily.
Naquela hora Emily viu o brilho nos olhos claros do loiro se apagarem completamente.
–Sabe Thomas, mesmo assim eu, te agradeço por ter tentado. Eu estava me sentindo destruída no momento em que você apareceu e cuidou de mim assim como disse que faria. - sorriu expressando uma gratidão sincera. - Mas mesmo que tudo não tivesse terminado assim como terminou, seria inútil que eu tentasse me afastar do Vinícius. - afirmou com certo cuidado, isso por imaginar o que suas palavras estavam causando a ele. - É engaçado sabe? Eu sempre quis que o Vinícius fosse exatamente como você é, centrado, responsável... - parou por um instante e expirou brevemente. - Ele nunca foi e duvido que um dia será de fato. Mas, mesmo não sendo, isso não impediu que eu me apaixonasse por ele.
Ela parou, mas o rapaz nada disse. Talvez por que não houvesse mais nada o que dizer. Ele apenas aproximou-se dela.
–Boa sorte, de verdade. - ele a beijou na testa e despediu-se apenas. - Adeus Emily!
A passos lentos e firmes, ele se afastou e se retirou.
Gabriela entrou assim que o loiro saiu.
–Me conta, me conta. Como foi?
–O que importa é que está tudo resolvido. - soltando os ombros, ela respirou aliviada.
–Mesmo? Que bom então. - ela sentou-se. - Me fala, como está o bebê?
–De acordo com o médico, melhor impossível. - ela sorriu.
–Mas vem cá, como você não sabia que estava grávida maluca?
–Não. - se permitiu sorrir. - Tudo culpa minha, quem manda ser tão magra?
As duas riram.
–Mas você não sentiu diferença alguma?
–Então, o médico também disso que isso indica que minha gestação vai ser bem tranquila se continuar assim. Melhor pra mim, não? - ela vibrou animada e irradiando felicidade. - Ma sério, fiquei muito aliviada por saber que não houve complicação nenhuma mesmo com aquele acidente horrível.
–Verdade. E vai demorar pra gente poder saber o que é?
–Só a partir do quarto mês. Mas o Vinícius acredita cegamente que sabe que se trata de um menino. Pode?
–Homens. - cruzou os braços e revirou os olhos.
–Pois é, e ele já até escolheu o nome, disse que será Arthur.
... ... ...

E assim os dias seguiram. Dia após dia.
Seguiram sem que o casal mantesse qualquer tipo de contato. Vitor achou que isso fosse facilitar as coisas. Por estavam de folga, eles não estavam se vendo todos os dias como de costume, o que acabou gerando certa saudade no coração de cada um deles.
Vitor aproveitou que estavam longe um do outro durante esse tempo para organizar seus pensamentos e, tentou fazer mas, estava sendo difícil.
Depois de duas semanas sem falar ou sequer ver Amanda, já era perceptível a falta que o Navarro estava sentindo dela, e seria assim por mais umas duas semanas. Por mais que estivesse tentando ocupar seu tempo fazendo várias outros coisas, Vitor não conseguiu para de pensar na namorada hora e outra. O sorriso, semblante, o perfume dela.
Era quase noite, e Dom estava deitado aos pés da cama, vendo seu dono andar de um lado para o outro no quarto. Vitor mirou o celular quando decidiu que tinha ligar para a namorada. Precisava falar com ela.
Ele não sabia exatamente o porque mas, queria falar com ela mesmo que não houvesse nada importante para falar. Seria somente uma conversa, para que pudesse ouvir a voz dela.
Vitor caminhou até a cômoda e apanhou seu celular, localizou o mínimo de Amanda e ligou para ela. Sua ansiedade só aumentou enquanto esperava e se perguntava o porque de estar assim. Inquieto, era a palavra correta para descrevê-lo agora.
Caixa postal, ela não atendeu.
Vitor desligou o telefone frustrado. Talvez ela não tivesse ouvido a chamada, talvez estivesse ocupada. Mas uma coisa era certa, ele estava triste por não ter conseguido falar com Amanda. Devolveu o celular para cima da cômoda e encarou seu reflexo no espelho. Suspirou mais que frustrado. Queria muito ter falado com ela, ou ao menos ouvido a voz dela.
Vitor não pensou duas vezes e correu até a garagem. Destravou o carro, entrou mas não o ligou. O rapaz se pegou pensando. O que estava fazendo? Ele não podia aparecer na casa de Amanda assim sem mais nem menos. O que diria a ela?
Não. O rapaz voltou atras. Pensou melhor e voltou atras quanto a sua atitude impulsiva naquele momento. Saiu do carro e voltou para dentro de casa.
Voltou para seu quarto, mas ainda sem conseguir deixar de pensar nela.
Certo, ele tinha pensado em Amanda o dia todo, durante aquelas duas semanas e hoje tinha sido o limite. Talvez soubesse o que isso significava, mesmo que não soubesse como e quando começou. Tentar encontrar tal resposta já não era mais relevante, o sentimento estava ali e não havia mais como negar. Ele não iria mais negar.
Esse tempo em que estiveram distante deveria ajudá-lo a se convencer de que teria que se afastar dela, esquecê-la mas, não foi o que aconteceu. Isso porque tudo o que sentia pela moça acabou tornando-se ainda mais forte, inegável. E mesmo que ele estivesse convencido de que não queria se arriscar, precisava vê-la, falar com ela.
Através do espelho, Vitor observou a correntinha prateada em seu pescoço. Com certeza não se perdoaria se a tivesse perdido daquela vez. Abriu alguns botões da camisa que usava para poder vê-la melhor. Ele sorriu. Aquele presente que ganhou da falsa namorada seria a única lembrança que teria dela depois que toda aquela farsa terminasse e o acordo encerrasse. Pensar nisso fez seu sorriso se desfazer. Ele não queria isso.
Depois de todo o que já haviam passado, depois de todo esse tempo juntos, pensar em ficar longe de Amanda, em talvez nunca mais vê-la... Vitor não queria isso, não mesmo.
Mas, para que tudo fosse diferente, então só teria uma coisa que pudesse fazer, admitir a não só para ele mas principalmente para ela. E ele não poderia deixar de tentar mesmo que só houvesse uma única chance. O rapaz não segurou o sorriso que se abriu em seu rosto ao pensou em tal solução, mas ele já havia se decidido. Era isso que queria, era isso o que faria.
Pegou novamente o celular e tentou mais uma vez.
...
Não imaginou que ele ligaria de novo mas, depois de todo aquele tempo em que ficaram sem se comunicarem, se ele insistiu isso queria dizer que era importante. Vitor convidou Amanda para um passeio, ela estranha o pedido a princípio, até pelo fato de saber que só iriam os dois mas, acaba aceitando. Também por imaginar qual seria o assunto que teriam que tratar.
No horário marcado, Vitor passou na casa da namorada para buscá-la. O casal seguiu em completo silêncio, Amanda evitou até de olhar para Vitor. Já ele, não parava de levar os olhos até a moça, isso na intenção de iniciar uma conversa com ela mas a distância da morena o fazia hesitar. Ele preferiu esperar.
O casal chegou ao seu destino. Ao desder do carro, Amanda teve a impressão de que conhecia aquele lugar mas, o fato já ter anoitecido a confundia. Um lugar simples e aconchegante, um restaurante. A moça passou a reparar o lugar mas Vitor tratou de esclarecer sua curiosidade.
–Foi aqui que viemos pela primeira vez, você lembra?
Agora sim. A moça teve um 'clique'. Aquele seria o mesmo restaurante em que eles se conheceram para tratarem do acordo que Vitor a propôs. Mas, por que? Ela apressou-se em perguntar e ele de responder.
–Pensei e, já que foi aqui que fechamos o acordo, achei que devia ser aqui onde daríamos um fim nisso.
–Do que está falando?
–Amanda, eu demorei pra perceber e também pra reconhecer que eu gosto de você.
–Você... - parou, não conseguindo continuar.
–É isso mesmo. Por isso eu te trouxe aqui, para acabar com o acordo que te propus. Sem falar que não faz mãos sentido algum a gente continuar com isso porque... - ele estava sério até aqui. - Sinto muito mas, eu até que tentei só que, foi impossível não me apaixonar por você.
–Apaixonar? Você está mesmo apaixonado por mim?
–Sim. Sei que, aquela noite o que eu disse foi de maneira inconsciente mas, tenho que reconhecer que é exatamente o que eu sinto por você. Eu admito que te amo Amanda. - ele levou uma das mãos ao rosto da namorada e acariciou enquanto fitava os olhos verdes e brilhantes dela. - Desde que a Érika voltou e tudo aquilo aconteceu, eu passei a me dar conta de que você é mais do que importante pra mim. Quero ficar com você Amanda, não por que temos um acordo que nos obrigue mas sim por conta do que eu passei a sentir e sinto por você.
Um sorriso quase apareceu na face de Vitor enquanto via a expressão no rosto de Amanda se alternar entre confusa e surpresa. Alguns segundos depois de silêncio, a moça resolveu se manisfestar. Vitor agradeceu por isso, não via a hora de ouvir e saber o que ela teria a dizer.
–Vitor, nós não podemos.
–E porque? - ele a questionou calmo pois, de certa forma, já esperava essa reação dela.
–Porque... Porque nós...
Ela tentou responder mas, parou sem saber como dizer.
–Se não há nenhuma objeção, então não há nada que nos impeça de ficarmos juntos. - ele se aproximou e a segurou pela mão. - Por isso eu tinha que vir aqui e te dizer tudo isso. Eu não poderia seguir em frente com essa história. O que eu quero agora é que a gente fique junto. Quer dizer, a menos que você não queria.
Amanda arregalou os olhos surpresa. Mais uma vez ela se pôs em silêncio, tentando entender tudo. Aquilo a pegou de surpresa, fora totalmente diferente da noite em que ele assumiu que gostava dela pela primeira vez.
–Vitor, não. - tirou a mão da dele, dando um passo atras. - Eu não quero isso.
–Por que? - perguntou simplesmente, calmo ainda.
–Não era pra isso ter acontecido, não era pra ser assim.
–Qual é o problema? Eu quero saber.
–A maneira como tudo começou, eu, eu não acho que devemos terminar assim. Não me sinto a vontade com essa ideia. Tudo aconteceu tão de repente que eu...
–Parece que foi de repente Amanda, mas não foi. Desde o dia em que eu ti correndo pelo corredor da faculdade, aflita com a sua tia, desde aquele dia é como se eu sentisse que precisava te proteger. Mesmo que tudo tenha acontecido de maneira inconsciente pra mim, foi impossível que com o tempo eu não me encantasse por você a medida que te conhecia.
Amanda engoliu seco diante da certeza das palavras dele. Aquilo tudo a surpreendeu verdadeiramente. Durante do silêncio dela, ele continuou.
–Eu sei que nunca demonstrei mas é porque eu sou assim e também por acreditar, até então, que era somente isso que sentia por você.
–Mas pra mim foi de repente. Tudo estava como devia ser e, e daí a sua ex namorada volta e eu me vejo sofrendo e com medo de te perder, de perder alguém que não me pertence. - ela manteve os olhos nos dele até enquanto pode.
O olhar dela permaneceu distante do dele até que, sentindo a aproximação de Vitor, Amanda ergueu o rosto novamente.
–Estão era só uma questão de tempo para nós dois descobrirmos. - Vitor a segurou pelo queixo. - Amanda...
–Não Vitor. - murmurou ela esquivando e continuou. - Quando eu vi vocês dois se beijando eu achei que fosse morrer. - ela expirou e tomou fôlego. - Quase que eu não consigo raciocinar e compreender que a minha atitude estava sendo equivocada. - dando um passo atras ela o encarrou novamente. - Dá pra entender? Pra mim tudo foi rápido de mais, forte de mais. - soltou o ar que parecia estar preso em seus pulmões ao terminar.
–Por que isso te incomoda tanto?
–Não fomos um casal de verdade e, sem mais nem menos, de uma hora para outra nós vamos virar um casal?
–Dane-se toda essa história, o que sentimos um pelo outro é verdade e pra mim é só isso o que importa. - a moça se calou e Vitor disparou. - Me diz por que? Por que não podemos ficar juntos se é exatamente o que queremos? - ela nada disse. - Amanda, depois de tudo o que eu disse sentir por você, porque você insiste em dizer que não?
–Não vou negar o que eu sinto por você mas, é que eu não sei se quero isso.
Vitor a encarrou, já quase desistindo do que estava mais parecendo uma batalha.
–Você age e fala como se ficarmos juntos fosse errado. - o rapaz franziu o cenho. - É isso Amanda, é por pensar assim que você prefere recusar que quer ficar comigo tanto quanto eu quero ficar com você?
Aquela pergunta fez Amanda engolir seco. Ela apenas baixou o olhar naquele momento, até por não conseguir encará-lo. Vitor jogou os ombros numa expressão clara de cansaço. A ele, só lhe restava aceitar. Eles não iriam ficar juntos. Se essa era a decisão dela ele não iria insistir.
–Então você não quer? - perguntou mas ela não respondeu, sem bem que ele já havia tido sua resposta. - Tudo bem Amanda. Fica assim então, vou te deixar em paz. Você merece por ter suportado tudo o que suportou de mim até hoje.
–O que...? - ergueu o rosto para perguntar. - Com isso você quer dizer que...
–Que você não me deve nada. Que está livre do acordo. - a boca da moça se abriu mas ele não deu oportunidade para que ela falasse. - Não insista, afinal, foi nessa intenção que eu te trouxe aqui, pra acabar com isso de um jeito, ou de outro.
Uma pena era que tudo estava terminando daquela maneira.
Diante daquelas palavras nenhum deles disse mais nada. Mesmo a contra gosto, Amanda aceitou que Vitor a levasse pra casa. A deixou na casa dela e seguiu para sua.
Entrando em casa, ela ouviu o carro sair. Fechando a porta, só conseguiu se concentrar nas últimas palavras ditas por ele, que tudo havia acabado definitivamente. Amanda entrou em silêncio e distraída, nem sequer notou o cumprimento da tia, que estava sentada no sofá assistindo televisão. Apenas anunciando que havia chegado, a jovem seguiu para a cozinha.
Laura notou que a sobrinha estava distante em seus pensamentos, o que vinha acontecendo com certa frequência naqueles últimos dias, e aquilo a deixou preocupada. Levantou-se e a seguiu, encontrando Amanda abrindo a geladeira.
–E o passeio de vocês, não foi bom?
Terminando de encher um copo de água para si, ela respondeu a tia.
–Sim. - mentiu simplesmente. - Foi, apenas um passeio. Só isso.
Amanda sentou-se à mesa, escolhendo uma cadeira que a deixava se costas para Laura, que permanecia de pé, próxima à porta. A mulher, não muito convencida, aproximou-se e sentou-se com a sobrinha.
–Amanda, o que houve minha querida? Você esteve tão quieta e pensativa esses dias. Parece triste.
–Não eu... Não é nada importante. Não é nada tia, sério.
–Como se eu não te conhecesse Amanda.
Na verdade a jovem sentia como se toda aquela história a estivesse sufocando.
–Tia, é errado gostar de alguém que não deveríamos gostar?
A senhora fitou a sobrinha com preocupação, sua menina com certeza estaria sofrendo.
–Você está falando do... Você não gosta mais do Vitor?
–Não, eu... - expirando profundamente, ela parou a frase por ali.
Amanda se calou arrependida de ter iniciado aquela conversa. Laura estendeu as duas mãos e apanhou a mão da sobrinha esticada sobre a mesa e a acariciou.
–Você prefere não falar?
Amanda apenas confirmou, balançando a cabeça. A mulher se levantou e andou até a sobrinha sentada à ponta da pequena mesa da cozinha. Acariciou-lhe a cabeça e deu-lhe um beijo carinhoso e terno no alto da testa.
–Se precisar, saiba que estou aqui, para te ouvir e te ajudar no que você precisar minha querida.
–Obrigada por entender! Eu agradeço tia mas, é, um pouco complicado.
Laura sorriu e a respondeu.
–Na verdade, amar é muito fácil e simples, somos nós quem complicamos tudo.
Pensar naquilo fez seu coração doer. A ardência em seus olhos e o queixo trêmulo denunciavam o início de um choro que ela tentou conter.
Amanda despertou ao ouvir um "Boa noite" da tia mas, continuou ali. Sozinha e pensativa. Decidindo não negar tais pensamentos, a jovem decidiu analisar a situação em que se encontrava. Vitor e ela, completos desconhecidos, iniciaram um acordo movidos pela necessidade de cada um. Parecia ser muita loucura o ponto em que as coisas haviam chegado. Ela gostava de Vitor, não poderia negar mas, também sentia-se muito desconfortável com isso, com o fato de estarem presos um ao outro e agora sentindo o que sentiam. Ela se via apaixonada por ele, tanto que chegava a assustá-la. E como não? Seria a primeira vez que se encontrava assim. Não sabia como reagir ou lidar com nenhuma daquelas emoções. Não só sua mente como seu coração estava confuso.
Não demorou muito para que ela decidisse ir para seu quarto.
A jovem sentou na cama, deitando-se em seguida e pensando no que havia acontecido. Em tudo até hoje. A história dela com Vitor começou de uma maneira inesperada, de repente eles estavam juntos, se passando por um casal e muita coisa aconteceu desde então, mas nada que os levasse a terminarem assim.
Ela não podia negar que gostava de Vitor, mas para ela tudo tinha acontecido de maneira tão de repente, não houve como controlar. Não sabia explicar como aconteceu, apenas aconteceu. Aquilo de certa maneira a assustava, ela gostava do falso namorado, muito. Por mais que ele tivesse os defeitos que tinha, por mais que eles estivesse juntos por aquela estranha situação, por mais que eles não parecessem um casal de verdade, por mais que tudo entre eles fosse assim como era.
Mas eles não deviam ficar juntos. Pensou ela caindo em si. Fora a decisão certa a fazer. Era melhor que fosse assim. Iria ser racional e tomar a melhor decisão naquele momento, iria afastar-se dele.
... ... ...

Vitor acordou mas não se levantou. Abriu os olhos e fitou o teto. Teria que se acostumar seus dias seriam assim daqui por diante, sem ela.
Os dias se arrastaram. E ao chegar o fim de semana. Até então a única pessoa para quem Vitor contou que havia terminado o namoro fora para o irmão mais velho. Os irmãos conversaram por um bom tempo, o que vinha acontecendo com frequência desde que Vinícius teve problemas no casamento. Mas hoje, Vitor se viu sem saída quando Carla e Paulo ligaram para convidá-lo para saírem.
–Não vai rolar. - ele tentava convencê-los, em vão.
–Deixa de ser chato Vitor, não diz que não sem antes perguntar pra Amanda, seu rabugento.
Ouvir o nome da ex falsa namorada o deixou triste.
–Carla, devolve o telefone pro Paulo.
A moça bufou de raiva do outro lado da linha, mas assim o fez.
–Fala aí.
–Fala pra Carla parar de insistir porque a Amanda e eu não estamos mais juntos.
–O que foi que você disse? - questionou surpreso do outro lado da linha.
–O que você ouviu.
–Espera, como assim acabou o namoro de vocês? O que foi que você fez Vitor?
–Será que dá pra não falarmos mais nisso. Já acabou.
–Você te certeza, Vitor?
–É isso mesmo.
–E aí? Como você tá?
–Acho que não preciso nem te responder. - disse sem ânimo.
–Sério cara, você vai deixar tudo por isso mesmo? - não houve resposta. - Vitor!
–Você acha que eu não tentei, que eu não disse que gostava dela?
–E, mesmo assim...
–É, mesmo assim. A Amanda deixou bem claro que não quer nada comigo.
–Não faz sentido cara. Apesar de tudo, dava pra ver que o tal namoro falso entre vocês era bem real as vezes.
–Será que dá pra não me fazer lembrar? Não quero mais falar nessa história.
–Vitor, então dá um tempo. Deixa ela pensar um pouco, quem sabe assim a Amanda não percebe qu...
–Chega Paulo. Ela já me disse não uma vez e pra mim foi o suficiente. O que houve foi que eu me precipitei.
–Vai fazer o que então?
–Esquecê-la.
Estava decido, seria isso o que faria.
–Acho que não era pra ser.


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Notas finais do capítulo

Bom, por enquanto é isso...
Sinto informar que não faço ideia de quando poderei postar o próximo :( Mas o farei assim que puder, o mais rápido que puder. Ok?!
Beijos minhas queridas!!!



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