Clique!!

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Já era tarde, a hora do café da manhã já havia passado e ele ainda não tinha nem sequer saído do quarto.

Não achou certo o que fez, afinal, Amanda não tinha nada a ver com isso. Era tudo um problema dele, que ele insistia em deixar que o apavorasse. Estava envergonhado de si mesmo por ter tido a recaída que teve.

Mas tinha caído em si e visto que fora um erro, principalmente por ter descontado tudo na moça.

Iria procurar se controlar daqui para frente, e enterrar tudo de uma vez, assim como devia ter feito desde o começo.

Não queria deixar que as lembranças o atrapalhassem, enchessem sua mente ou fizessem o mesmo mal que da última vez.

De repente, se viu obrigado a levantar-se, pois seu estômago roncava tanto que nem conseguia mais ouvir seus pensamentos.

Pulou da cama chamando pelo mascote e descendo juntos para a cozinha.

...

–Eu devia estar acostumada com esse jeito dele. - sussurrou para si mesma.

E se ainda não estava, era melhor começar logo. Pensou a morena repousada em sua cama.

Tentava não se abater pelas palavras ditas por Vitor. Tentava acreditar nas coisas que haviam dito sobre ele até hoje. Kimberli, Emily, Paulo... Porém, ela acabou concluindo que a única certa sobre algo a respeito dele até agora fora Carla. Vitor era sim um chato. E pior, era frio e insensível também.

–"Se bem que, ele só age assim comigo." - pensou ela confusa.

Ele estaria assim por culpa dela então? Amanda se perguntava enquanto encarava o teto. Mas o que ela poderia ter feito para causar isso? Ainda se questionava deitada na cama.

Estava delirando. Se corrigiu. E o que ela poderia ter feito? Era uma completa maluquice pensar assim. Concluiu ela.

Todos até agora só elogiaram o rapaz, porém ela raramente pode ver e comprovar que Vitor era um cara gentil. Respirou fundo.

Espera... E porque estava assim tão incomodada com o que estava acontecendo com ele?

Só então ela se deu conta de que não conseguiu tirá-lo da cabeça nos últimos dias.

Só não sabia o porque. Sentou-se na cama.

Talvez não precisasse exagerar. Talvez estivesse equivocada.

Não podia negar, tinha ficado magoada com o que ele havia dito. Mas...

–"Não." - pensou negando seus pensamento e voltando atras.

Talvez ele estivesse certo em um ponto. Ela se corrigiu.

Ele estava certo. Era assim que tudo devia acontecer, eles fariam o que combinaram e depois não, nunca mais, olhariam na cara um do outro. Já faziam pouco mais de um mê que eles haviam começado com isso e ela não via hora que tudo chegasse ao fim.

Levantou-se cansada de tanto pensar.

Saiu pelo quarto a procura do celular que tocava. Atendeu com pressa para evitar que perdesse a chamada.

–Alô?

–Amanda, eu te acordei? - notou a voz de sono dela.

–Não. Emily, é você?

–Sou eu sim, bom dia!

–Bom dia pra você também!

–Olha, o Vitor pediu pra te ligar e ti avisar a hora que a gente vai passar aí na sua casa pra te buscar.

–Que... Como assim?

–Ué, não vai dizer que você esqueceu que nós vamos passar o fim de semana fora?

Essa não. Pensou. Esqueceu-se completamente do passeio.

–Na casa de praia, lembra?

–Sim, - levou uma das mãos à testa. - Nossa, não acredito que me esqueci disso.

–Não se preocupa não, ainda dá tempo.

–Claro. - soltou num tom de desanimo.

Se bem que, a essa altura, nem sabia se queria mesmo ir. Não depois do que aconteceu entre ela o Vitor.

–Pra ser sincera, eu também não terminei de organizar as minhas malas.

Malas. Estava aí uma coisa que detestava fazer. Mas como iriam apenas passar um fim de semana na praia, talvez não fosse tão estressante desta vez.

–Então tá! A gente passa aí depois do almoço. Pode ser?

–Tá, eu pego só o básico e jogo na mala. E até à tarde eu garanto que tô pronta.

Desligou o telefone e pulou da cama, tinha muita coisa pra organizar. E teria que correr contra o tempo, pois logo hoje tinha resolvido ficar na cama até mais tarde. Logo hoje.

Mas antes de começar, sentou-se a beira da cama pensativa, se questionado o porque do rapaz não ter ligado para ela ele mesmo.

Era difícil para ela poder concluir algo sobre ele. Vitor a deixava confusa. Mas uma questão estava clara para ela agora. A que, se era assim que ele queria que as coisas entre eles fossem, assim ela deixaria que fossem. Não tentaria se aproximar mais dele de maneira nenhuma.

...

Já estava quase na hora de passarem para buscá-la como haviam combinado, e Amanda ainda não estava totalmente pronta.

Colocou tudo o que pode na mala. Rezando para não ter esquecido de nada. Pois era sempre assim que acontecia. Quando não levava coisas que nem chegava a usar, esquecia algo importante para trás.

...

Saíram mais ou menos às três da tarde. Queriam chegar lá ainda no começo da noite. Carla, Emily, e Paulo foram no carro de Vinícius, enquanto Amanda e Thomas foram no carro de Vitor.

O clima no veículo só não estava dos piores por conta do carisma de Thomas. Mesmo sem saber do que estava acontecendo entre o falso casal, deu para o loiro perceber uma falta de sintonia entre eles. Porém, ele se mostrou simpático, conversou quase o tempo todo com ambos

–Então você é a Amanda? Você é ainda mais bonita do que me disseram! - sorriu sendo agradável.

–Obrigada Thomas!

Mas entre o casal não houve conversa. Ambos estavam se evitando. Amanda sentia que ainda tinha alguma coisa o atormentando, mas já tinha decido que não tocaria mais no assunto. O deixaria em paz. E ele, não queria acabar dizendo mais alguma coisa desnecessária a moça. Iria evitá-la pelo menos até as coisas se aclamarem.

Os dois praticamente nem se olharam.

Aquela semana havia sido péssima, esperava que as coisas melhorassem mais tranquilas. Precisava disso. Pensava Vitor ao volante.

Mas tudo estava indo bem até agora, ou melhor, estava. Se não fosse pelo fato daquele assunto voltar e bagunçar sua mente.

Sabia o porque tudo aquilo ter acontecido e de ter agido da maneira como agiu com todos, principalmente com Amanda. Ainda se sentia péssimo com isso.

Tinha tomado sua decisão. Quando voltassem da viagem, conversaria com Amanda sobre o que esteve pensando nos últimos dias sobre a situação em que estavam. Já tinha decidido colocar um ponto final em tudo aquilo.

...

Quase três horas de viagem depois...

Vinícius chegou na frente com seu carro.

O lugar era bem ao litoral, porém um tanto afastado de qualquer outra residência. Tendo muito silêncio e tranquilidade. A única coisa que se ouvia eram o quebrar das ondas.

De frente para o mar, tinha uma vista linda da varanda para o pôr-do-sol.

A casa não era nem grande nem pequena. Por dentro, tinha a sala ligada à cozinha e três quartos. Possuía ainda uma piscina, localizada nos fundos da casa.

Emily foi a primeira a entrar sendo seguida do marido.

–E isso porque só viemos passar um final de semana. - reclamava Vinícius adentrando a residência.

–Imagina o quanto mais que essas duas trariam de malas se fossemos ficar aqui por mais tempo? - Paulo entrou logo atras com as malas da namorada.

Entraram repletos de malas e bagagens.

–Primeiro que nem faz sentido trazer tanta roupa sendo que você vai ficar na praia. - resmungou enquanto trazia as malas e bolsas para dentro. - Olha só quanta coisa.

–Para de reclamar Vinícius. - Carla passou por ele entrando e cutucando-o com o cotovelo.

–Nós chegamos também. - Amanda entrou e anunciou.

–Por que ficaram pra trás? - Paulo perguntou escorando as bagagens no chão da sala.

–Foi alguma coisa com o carro, mas o Vitor disse que não era nada de mais.

–E por falar nisso, cadê ele? - perguntou Carla ao notar a falta do amigo.

–Foi deixar o carro na garagem. Ficou com o Thomas pra trazerem as malas.

–Essa não Amanda, até você?!

A morena piscou duas vezes seguidas não entendendo o sentido do comentário de Paulo.

–Mas eu o que gente? - olhou pra cada um ali.

–Não liga não Amanda, é que esses dois reclamam demais, só isso.

Carla passou encarando Vinícius e o namorado, sentando-se na poltrona ao lado do sofá onde Emily já estava acomodada.

–Pronto. - Vitor entrou sendo seguido por Thomas. - Tá tudo aqui.

Logo todos estavam reunidos na ampla sala, o maior espaço da casa.

Vinicíus sentou-se ao lado da esposa no sofá, Carla e Paulo trocaram de lugar na poltrona, agora a moça estava no colo do namorado. Amanda e Thomas sentaram-se no segundo sofá que havia ali, enquanto Vitor permaneceu de pé observando discretamente o lugar.

Ao entrar, sem perceber, Vitor assumiu uma postura rígida e tensa. Aquele lugar parecia não lhe fazer bem. Mas não iria se permitir perder o controle. Não de novo. Respirou fundo.

Reação que não passou despercebida por Amanda. Por mais que ela tivesse decidido que não iria se intrometer mais no que dissesse respeito a ele, o que quer que fosse que o fez ficar e agir da maneira como vinha agindo naqueles dias ainda estava presente nele.

–Sabem, eu não achei que a viagem fosse ser tão cansativa. - comentou enquanto jogava as pernas sobre o colo do marido.

–Se você está cansada então, vamos pro quarto, a gente se acomoda e descansa. - pegou um dos pés da loira e começou a massagear.

–Nem pensar vocês dois. Eu tô super animada pra sair ainda hoje. - praticamente pulou na frente do casal.

–Essa não. - sussurrou Vitor em seu canto.

–Calma Carla, nós nem chegamos direito. - disse Paulo puxando a namorada de volta.

–Eu tô falando sério. - insistiu.

–Eu também amiga, tô cansada. - a loira fez bico.

–Ouviu né baixinha?! - disse Vinícius cortando Carla que nem pode começar a falar. - Vem minha linda. - pegou a esposa no colo. - Vamos pro nosso quarto pra você poder descansar.

Saiu com ela, sumindo pelo pequeno corredor que dava acesso aos quartos, a levando para dentro.

–E vocês? - virou-se para o restante dos amigos. - Também vão dormir?

–Sabe o que é Carla... - Thomas levou as mãos aos ombros demonstrando seu cansaço. - Também tô precisando descansar um pouco.

–Até você Thomas?

–Alivia né Carla, eu viajei ontem e hoje, tô moído aqui. - insistiu o loiro.

–E quanto a vocês dois? - esperou a resposta do casal.

–Ai Carla, - Amanda começou. - eu também estou cansada, e prefiro ficar em casa. Deixa pra gente sair amanhã. - tentou a morena.

–Tá. - concordou a contragosto. - Já que Amanda não quer ir, - deu-se por vencida. - então eu também fico. - levantou-se.

–Bom saber. - cutucou Vitor.

–Fique quieto Vitor. - lançou um olhar mortal pro amigo.

–Bem, - Thomas pegou a bolsa. - Se me dão licença, eu vou pro meu quarto.

–Nossa! - exclamou Vitor batendo a mão na testa. - Não acredito que me esqueci disso Thomas.

–O que foi? - o rapaz perguntou inocente.

–E o tonto do Vinícius nem pra me avisar. - reclamou Vitor.

–Do que você está falando afinal? - Carla se mostrou curiosa quanto o assunto.

–Não tem quartos suficientes pra todo mundo. São só três na casa. - explicou Vitor.

–Deixa eu,... - analisou a situação. - Eu posso dormir aqui na sala mesmo. - disse o loiro colocando a mala de volta no chão.

–Não que isso...

–É sério Vitor. Não esquenta com isso. - sorriu dando de ombros.

Thomas sentou-se no sofá que antes estava ocupado por Emily e Vinícius.

–Nesse caso deixa eu ver se eu consigo achar um colchão pra você não ter que dormir no sofá. - pegou sua mala que também estava no chão. - Vem Amanda, vamos pro nosso quarto.

Só então a ficha da moça caiu, eram três casais ali e cada um ocuparia um dos três quartos da casa.

–Tá. - a moça levantou-se apressada. - E... qual é o n-nosso quarto?

–O dos fundos. Vamos colocar nossas coisas todas lá de uma vez. - saiu na frente.

Paulo pode ver um fino rastro de suor escorrer na face preocupada da morena.

–Eu já vou. - saiu logo atrás dele.

...

Entraram no quarto.

Amanda deixou a mala que trazia perto da porta e parou para dar uma olhada no cômodo.

Era de tamanho razoável. Tinha as paredes em cores claras, o que combinado com a brisa que vinha do mar, deixava ainda mais agradável. Possuía uma enorme janela de vidro, que ia do chão ao teto, tendo vista privilegiada da praia. Era bem de frente para o mar. Se fosse de dia à vista que a janela proporcionava seria linda. Pensou Amanda.

Numa parede próxima havia um guarda roupas e na parede ao lado um sofá. E na parede oposta, de frente à janela, uma cama de casal. Cama que lhe pareceu um tanto pequena. E ainda uma porta que dava acesso a um banheiro privado no quarto.

Vitor por sua ver não reparou nada ali, já conhecia o lugar. Entrou rapidamente.

–Acho que o colchão está no outro quarto. - colocou sua mala no chão. - Vou lá pegar pro Thomas, enquanto isso se você quiser tomar o seu banho, o banheiro é naquela porta. - informou ele saindo.

–A, sim... Eu vou fazer isso. - pegou sua mala trazendo-a mais para dentro.

Correu para o banheiro para tomar logo seu banho.

...

Voltou à sala depois de pegar o colchão que estava guardado no quarto em que Carla e Paulo ficaram. Levou para o amigo, o ajudou a arrumar tudo e ficaram na varanda conversando.

–Foi mal Thomas. Eu esqueci completamente que aqui na casa não haviam quartos suficientes pra todo mundo.

–Tudo bem cara, tá tranquilo! Eu fico num colchão lá na sala, mesmo. Sem problemas!

–Então tá. Eu vou indo pra deixar você ir dormir.

Os dois entraram.

...

Era a terceira vez que vasculhava sua mala.

–Eu não acredito nisso. - revirava incessantemente a procura do que parecia não estar ali. - Mas com tanta coisa pra eu esquecer... - a morena começava a ficar aflita.

Continuou sua busca, mas foi em vão. Suspirou desanimada. Foi obrigada a desistir.

A maçaneta foi torcida.

Pulou para trás ao ouvir a porta se abrir. Vitor entrara no quarto.

–Desculpa... - parou onde estava ao ver a moça ainda enrolada na toalha. - Pelo tempo eu achei que você já...

–Tudo bem, não tem problema. - encolheu-se, pois faltava lhe pano suficiente para se cobrir. - É que eu, na correria de arrumar a minha mala, acabei esquecendo a minha roupa de dormir e... Já procurei mas não achei. Com certeza deixei em casa.

O rapaz pensou por um instante. Caminhou até sua mala, que estava no chão ao lado da cama. Ele abaixou-se, e a abriu procurando algo que Amanda não soube o que era até que ele tirasse de dentro da mala.

–Toma. - entregou uma de suas camisas a ela. - Se você não se importar, pode ficar e usar pra você dormir. - a entregou.

–Tem certeza?... - questionou ela pegando a camisa.

–Claro. Não tem problema. - levou as mãos aos bolsos da calça jeans que usava.

–Eu, eu vou me vestir então. - entrou apressada de volta ao banheiro.

...

Na sala...

–Eu tô com fome. - pronunciou Vinícius. - Que tal a gente pedir comida? Tem um restaurante ótimo por aqui.

–E será que não vai demorar muito pra entregarem? - questionou Thomas sentado no sofá.

–Acho que não.

–Por mim tudo bem. - concordou Paulo.

–Pode ser mas, eu não tô com fome. - começou a loira. - Vou comer qualquer coisa que tiver na geladeira mesmo. - seguiu até a porta.

–Nossa Emily, tem razão de você ser assim tão magra. - abraçou a esposa novamente. - Você não come nada minha linda. - tinha intenção de beijar os lábios dela mas, ela virou o rosto.

–Vê com o pessoal se mais alguém vai querer pedir alguma coisa. - soltou-se dos braços dele e saiu para a cozinha.

O rapaz respirou fundo sabia o que aquela reação queria dizer.

–Eu, - iniciou Paulo levando-se do sofá. - vou lá dentro ver com a Carla.

–Vai lá, aproveita e pergunta para o Vitor e a Amanda o que eles vão querer. - sugeriu Vinícius indo para o quarto.

Ao ver a loira ir em direção a varanda, Thomas levantou-se e foi até lá.

–Lugar bonito não?

Emily olhou para traz surpresa, não percebeu a chegado do rapaz.

–Sim, é sim muito bonito aqui. - sorriu ao vê-lo se aproximar. - Sempre gostei de vir para cá.

–Uma pena é que já está de noite. - lamentou ele olhando a praia logo adiante.

–É, mas mesmo assim o mar fica bem bonito à luz do luar.

A loira levou os olhos para a praia, sem perceber que os olhos do rapaz ao lado estavam a admira-la.

...

Estava indo tudo bem. Até que estava se saindo bem apesar de muita coisa naquele lugar lhe trazer lembranças dela. Pensou Vitor.

Não queria, mas era inevitável não pensar na ex, já que muita coisa ali lhe fazia recordar da moça e de alguns momentos que passou com ela.

–Acho que vai servir. - disse a moça ao abrir a porta.

Amanda saiu do banheiro, agora vestindo a camisa de manga longa do rapaz.

Se virou parando o que fazia ao ouvi-la falar.

Não pode evitar de olhar para Amanda já que ela estava bem na sua frente, e nem de elogia-la mentalmente. Concluiu em pensamento que ela tinha ficado linda com sua camisa.

Amanda tinha amarrado os cachos em um coque alto, assim como sempre fazia para dormir. Isso deixava seu delicado rosto completamente à mostra, e, em consequência, seus olhos também.

–Não é?! - perguntou ela ao notar o silêncio dele.

–É... - limpou a garganta e tirou o olhar de cima dela. - Você não acha que ficou larga? - lançou aleatoriamente, voltando ao que fazia antes dela aparecer.

Ele na verdade não tinha achado camisa larga mas sim um pouco curta, no entanto achou melhor não pensar no assunto.

–Não. - respondeu inocente. - É melhor assim. Mais confortável. - disse fitando a si mesma.

Ao terminar suas palavras, reparou no rapaz. Vitor estava arrumando alguns travesseiro no sofá quando Amanda saiu do banheiro.

–O que você está fazendo? - ela se aproximou.

–Eu vou dormir aqui. - jogou mais um cobertor sobre o sofá. - Você fica com a cama.

–Tá. - apenas assentiu.

–O Paulo passou aqui, disse que iria pedir comida pra gente.

–Eu não quero. - sentou-se na cama. - Vou dormir, não tô com fome.

–Tá bem. Vou tomar um banho.

Amanda permaneceu no quarto com seus pensamentos ainda focados nele.

Jogou-se de costas na cama pensando. Então era assim que as coisas entre eles seriam daqui por diante, seriam um casal de namorados que nem sequer se falavam direito. Mas não havia nada que ela pudesse fazer, e já havia desistido de tentar.