Katherine escrita por Jajabarnes


Capítulo 6
Quem liga para cupcakes?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado à Barw, que fez uma capa para essa fanfic também! Ficou linda!
Divirtam-se!



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O meu maior desafio naquele final de semana seria ficar em frente ao computador desenvolvendo o projeto que comecei e que deveria entregar na segunda, mas no domingo o desafio tornou-se pior ainda quando vi meu celular sobre a mesa, chamando-me tentadoramente a usá-lo.

Olhei no relógio e decidi dar mais um tempo para ligar até tentei me concentrar mais no trabalho, porém não deu certo. Levantei, peguei o celular e disquei o número dela. Chamou três vezes e ela finalmente atendeu.

Alô?

–Susana? Sou eu, Caspian. Está ocupada?

–Oi, Cas! Não, pode falar

–Bom, eu prometi que ligaria, lembra?

–Lembro sim.

Ela riu um pouco e eu não soube mais o que dizer, ficamos em silêncio por um tempo, até ela o quebrar.

–Então... Er... Muitas novidades desde que nos vimos?

–Nenhuma, só trabalho... E você?

–Nem trabalho. - ela riu. – Hoje pude ficar em casa.

–Ótimo... Olha só, e se a gente, sei lá, se encontrasse mais tarde?

–Seria ótimo! Onde?

–Eu pego você às... Sete. Pode ser?

–Estarei esperando. Posso saber onde vamos?

–Não, será surpresa. - eu ri. - Bom, eu tenho que trabalhar agora, nos vemos mais tarde.

Às sete. - concordou ela.

–Às sete. - falei. - Até mais.

Até.

Desliguei. Sentei em frente a mesa do computador com um sorriso no rosto, buscando em Susana a inspiração necessária.

[…]

Coloquei tudo o que precisaria no porta-malas do carro e iniciei o trajeto até a Revolution Street, estacionei em frente ao prédio e peguei o celular para mandar uma mensagem a ela.

Estou em frente ao prédio”

Poucos segundos depois ela respondeu.

“Já estou descendo”.

Não demorou muito e eu a vi saindo do edifício. Fazia um pouco de frio naquela noite, Susana vestia uma calça jeans escura, uma blusa simples e um casaco de lã, trazendo uma pequena bolsa e os cabelos soltos, além, é claro, do sorriso radiante que eu adorava provocar.

Ela entrou do lado do passageiro e eu sorri.

–Desculpe a demora. - pedi. Eu havia perdido um tempo razoável preparando tudo.

–Eu desculpo, mas me diga para onde vamos. - sorriu, marota.

–Você vai saber daqui a alguns minutos. - falei.

Susana deu-se por vencida e colocou o cinto. Alguns minutos mais tarde chegamos ao local que, como eu esperava, estava deserto. O castelo ficava aberto ao público até o final da tarde, a partir daí só abria no dia seguinte.

A praia estava deserta assim como os arredores, o silêncio era pesado e o som mais alto era o das ondas escurecidas pela noite que quebravam na areia clara. O céu estava estrelado, havia uma brisa cálida e uma lua exuberante e prateada. Estacionei o carro e descemos, Susana observou o mar enquanto eu pegava a cesta no porta-malas.

–Espero que tenha trazido roupa de banho. - brinquei enquanto caminhávamos pela areia. Ela me encarou.

–Você não falou nada sobre roupa de banho. - disse, preocupada.

Eu ri e ela percebeu que era brincadeira, logo riu de leve, mas não sem antes fingir me bater. Caminhamos de braços dados até encontrar um bom lugar para ficarmos.

Estendemos a toalha sobre a areia e sentamos sobre ela.

–Espero que goste de cupcakes, pizza, vinho sem álcool... - falei, espiando dentro da cesta.

–Acho bom você ter trazido muitos cupcakes. - alertou ela.

–Você gosta?

–Completamente apaixonada. - comentou.

–Então você pode ficar com todos eles, mas com uma condição. - falei, aproximando-me dela.

–Qual? - perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

–Um cupcake, um beijo.

–Quantos tem aí dentro?

–Talvez uns dez.

–Que garantia eu tenho que vou receber a mercadoria depois de pagar? - sorriu. Eu dei de ombros chegando mais perto.

–Nenhuma. - sorri de lado. Ela riu.

–Acho que vou arriscar.

–Tem certeza? - ergui as sobrancelhas.

–Aham.

–Então – peguei um bolinho de dentro da cesta, entregando-o a ela. - Aqui está seu cupcake. Tem que pagar na hora. - lembrei por fim. Ela pegou o doce e o pôs sobre a toalha.

–Aceita cartão?

Nós rimos antes de ela me beijar. Foi um beijo tranquilo que durou algum tempo.

–Você aceita adiantamento? - perguntou ela, ainda com o rosto próximo ao meu.

–Contanto que não seja no cartão. - Nós rimos de novo e logo outro beijo iniciou, seguido de vários outros. Acabamos por nos deitar sobre a toalha, trocando beijos seguidos o que com certeza pagava mais de dez cupcakes.

Permanecemos ali, beliscando algumas coisas da cesta e namorando até perdermos a hora. Após muitos beijos, conversas e risadas, nós caminhamos descalços pela areia, abraçados lateralmente. Quando voltamos até onde estava a toalha, descobrimos que a deixamos perto demais do mar. Uma onda a alcançara, encharcara a toalha e virara a cesta espalhando os bolinhos e os pedaços de pizza que sobraram pela areia. A única coisa que deu para salvar foi o vinho que deixamos protegido dentro da garrafa tampada.

Tentei levar Susana para um mergulho, mas concordamos que estava frio demais para isso, então voltamos para a cidade. Estava tarde para encontrarmos algum cinema aberto, então o jeito era nos despedirmos. Mas eu não queria me despedir dela agora, por isso lembrei do meu plano B.

Não queria que nosso encontro fosse por água abaixo caso chovesse, como era a previsão anunciada no noticiário, então loquei alguns filmes e deixei-os no porta-luvas do carro para o caso do piquenique não dar certo.

Susana soltou o cinto de segurança, mas antes que pensasse em descer eu tranquei as portas com um sorriso maroto.

–Não está esquecendo nada? - perguntei. Ela sorriu e inclinou-se para mim, assim como eu para ela e demos o beijo que seria de despedida.

–Até logo. - disse ela, tocando meu rosto.

–Não tem nenhum filme passando na televisão hoje? - perguntei. Ela riu.

–Infelizmente, não.

–Então fico feliz por ser um homem precavido. - falei esticando o braço, abrindo o porta luvas e tirando de lá os três DVD's. - Espero que goste de filmes de terror. - sorri de lado. Susana riu e beijou-me novamente, breve. Destranquei as portas, nós descemos do carro e partimos para o apartamento dela.

Tiramos os sapatos na porta já que eles estavam cheios de areia, assim como os casacos e as pernas das calças. Susana trocou as suas por uma de moletom enquanto eu tive que permanecer com a mesma tentando tirar dela a maior quantidade de areia possível. Susana foi para a cozinha preparar a pipoca enquanto eu colocava o DVD no aparelho e avançava os trailers. Dei pausa antes das primeiras cenas, sentei no sofá e esperei por Susana.

Quando chegou entregou-me o cobertor e a tigela com pipocas, apagou a luz e sentou ao meu lado. Segurei a tigela enquanto ela desdobrava o cobertor. Confortavelmente cobertos, eu apertei o “play” no controle remoto e o filme começou. Mas, depois de meia hora nós não nos concentrávamos mais nele, já que o momento nos induziu a voltar com os beijos.

A tigela de pipoca foi parar sobre o braço do sofá, Susana sentou em meu colo apoiando-se com os joelhos no sofá. Minhas mãos percorriam suas costas ao mesmo tempo em que o beijo se tornava mais irresistível. Tivemos que quebrá-lo para respirar, infelizmente.

–Meu estoque de cupcakes não é tão grande assim. - falei, beijando seu rosto, seus dedos mergulharam em meus cabelos quando meus lábios encontraram seu pescoço. Ela riu.

Quem liga para cupcakes?

Sorrimos e beijamo-nos outra vez. E outra, e outra, já sabendo como tudo aquilo terminaria.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Se alguém por ventura tiver uma ideia, mandem-me, please! ;D
Não esqueçam dos reviews!
Beijokas!!



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