Enjoy the Silence escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 25
XXIV. Minha.


Notas iniciais do capítulo

Então... eu tava meio desanimada com ES (eu não procuro as tretas, elas que vêm correndo em minha direção HASAUSAHUHUAHSUS), mas aí eu recebi duas recomendações lindas da Sweet A e Mia Trouble ♥ garotas, esse capítulo é dedicados a vocês ♥ obrigada a todos que comentaram no capítulo passado e tudo mais.



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Edward até que tentou não me acordar ao se desvencilhar gentilmente de minhas pernas e braços enrolados, mas eu já estava em alerta e assim que notei seu mínimo movimento, abri meus olhos. Ele suspirou com pesar em derrota e sorriu com seu maravilhoso bom humor matinal, deixando-se cair sentado mais uma vez na cama.

Esperei que meus pensamentos se organizassem e assim como ele, levantei-me para ficar sentada ao seu lado. Passei uma mão em meu cabelo para organizá-lo e bocejei, pondo minha outra mão na frente.

— Deveria ter ficado dormindo. — Disse Edward, deslizando os dedos por minha coxa descoberta em uma leve e inocente carícia. Minha pele logo se arrepiou e outro sorriso, daquela vez, satisfeito, cintilou em seu rosto. — Eu sei me virar na cozinha.

O olhei de sobrancelhas erguidas para demonstrar minha incredulidade.

— Tudo bem, não tanto…

— Tudo que você sabe fazer são bacon e ovos. E aposto que seu estômago está rejeitando naturalmente isso do tanto que você faz.

— Não sei como você me conhece tão bem.

Soltei uma risada convencida enquanto me levantava de seu lado na cama e rumava para o banheiro. Escovamos dentes lado a lado e por vezes nossos olhares se cruzavam no espelho. Edward sempre acabava fazendo alguma careta e eu o acompanhava. Éramos duas crianças que riam depois de aprontarem algo e que se molhavam o tanto quanto podiam no banho.

Edward teve de correr porque passara tempo demais tomando banho (leia-se: encharcando o banheiro com as suas tentativas falhas de me molhar) e havia se esquecido da hora. Naquele dia, aquilo foi uma coisa ruim. Ele não pareceu notar e ria enquanto eu lhe abotoava os botões da camisa com rapidez, ajeitando a gola e as mangas logo em seguida, mandando-me ficar calma. Chegaria na hora certa.

Eu sempre reclamava com ele, dizendo-lhe sobre a seriedade e o profissionalismo, mas ele me calou com um beijo rápido para depois sussurrar mais uma vez para que eu relaxasse um pouco. Prometeu-me que quando chegasse iria me fazer uma massagem para tirar toda a tensão concentrada em meus ombros e eu sorri amimada, adorando a ideia. As massagens de Edward costumavam ser ótimas.

Ele me beijou nos lábios antes de ir embora, dizendo-me que voltava de noite como de costume. Costume, rotina, hábito… essas palavras nunca me pareceram tão agradáveis como pareceu quando eu estava com ele. Normalmente eu gostava de descobrir coisas novas todo dia, fazer alguma coisa diferente, mas não com Edward porque eu tinha medo de mudanças negativas. Preferia deixar de provar as positivas a me arriscar.

10 de setembro. Como o tempo passara tão rápido? Um dia desses estávamos em junho e eu não tinha de me preocupar em contar quantos dias se passariam para que eu fosse embora. Eu não queria ir, isso era óbvio até mesmo para quem observava de longe, mas desistir de Cambridge não era tão fácil quanto parecia. Deixar Edward aqui também não.

Suspirei pesadamente e tentei arranjar algum modo de ter os dois ao mesmo tempo. Somente depois de meia hora me concentrando e tentando ver uma saída óbvia, descobri que era impossível. Uma hora ou outra eu teria de escolher entre ficar ou ir, Edward ou Cambridge… eu nunca estivera mais confusa do que estava naquele momento, sentada à mesa e com a cabeça abaixada sobre meus braços cruzados. Essa era uma vida tão injusta!

Parei de me lamentar quando alguém tocou uma vez em minha campainha, fazendo-me levantar o rosto e suspirar de descontentamento. Meus planos para aquele dia era me enrolar em uma manta e ficar assistindo alguma coisa na televisão que tinha em meu quarto. Talvez eu dormisse, lesse alguma coisa, ou pegasse meu ipod que estava abandonado no closet.

Ajeitei meu cabelo que estava com tendência a ficar bagunçado por qualquer coisa que eu fazia e conferi as minhas roupas. Um dos meus maiores problemas era ir atender a porta com roupas inapropriadas e Edward até tirava sarro de mim por isso, dizia-me que eu era muito distraída, mas que se eu quisesse abrir a porta para ele poderia ser sem nada mesmo. Poupava seu trabalho. Era o que ele dizia. E claro, eu corava como uma garotinha.

Felizmente, eu estava com uma camisa regata e um short curto por causa dos dias exuberantemente quentes em Los Angeles. Quando eu olhei pelo olho-mágico me deparei com um sorridente Carlisle acompanhado com uma tensa Renée que não parava de passar as mãos pela calça jeans que ela usava, provavelmente enxugando o suor de sua distonia.

Suspirei pela milésima vez no dia e criei coragem para abrir a porta. Minha mãe de imediato desviou os olhos para a rua quando escutou a porta rangendo levemente, não querendo me olhar assim como em todos os outros dias que tivemos que ficar cara a cara. Renée era uma mulher que guardava rancor por muito, muito tempo. Mais do que era saudável até.

— Oi, Bella. — Carlisle falou, gentilmente. — O Edward já saiu para ir trabalhar?

— Sim, faz somente alguns minutos. — Murmurei e me contive para não desviar o olhar para Renée a qual estava mais quieta que tudo, agarrada ao braço do homem loiro que eu ainda tinha dificuldade de assimilar que era meu pai. — É… quer entrar?

— Sim, obrigado.

Apesar de já termos saído juntos algumas vezes, a cumplicidade característica entre pais e filhas não fazia parte de nossas conversas. Talvez nunca fosse presente, mas estávamos em uma lenta e livre caminhada de volta para o tempo que tínhamos perdido. Ninguém sabia se iria funcionar e eu não queria saber… impedia-me de ser positivista e ir atropelando as coisas. Afinal, assim como ele, eu também tinha uma parcela de medo crescendo dentro de minha mente toda vez que eu me lembrava de que Carlisle Cullen, pai adotivo de Edward e o homem o qual eu arruinara a vida em minha crise infantil anos antes, era meu pai.

Tipo, meu pai de verdade. O sangue que corria em minhas veias era o sangue dele.

Era um pouco chocante lembrar casualmente daquilo.

Olhando-o atentamente eu percebia que, sim, eu tinha traços dele que eram ignoráveis por olhos não treinados. Mas eu sabia, eu tinha feito o teste e percebia que a linha do nariz dele era igual a minha, os olhos… o cabelo era só um pouco mais claro que o meu, e os olhos eram do exato tom de verde. Eu não sabia como Renée não havia percebido isso antes… talvez ela não quisesse acreditar.

— Eu e Renée estávamos comentando em sair com você hoje… sabe como é, almoçar em um restaurante.

Vocês? — Desviei meu olhar para minha mãe que, de braços cruzados, analisava a casa como estivesse vendo as imperfeições dela. Felizmente, um dia antes eu tinha varrido e trocado as cortinas cheias de poeira.

— Sim, nós. — Renée olhou para mim e forçou seus lábios a se abrirem em um sorriso.

Eles me deram apenas alguns minutos para me arrumar e eu, demorada ainda pelo sono matinal — culpa de Edward que me compeliu indiretamente a acordar cedo — demorei mais que o necessário para ajeitar o meu cabelo. Todo meu esforço para fazer algo decente foi por água abaixo e, com impaciência, o prendi em um rabo-de-cavalo. Eu estava me encaixando em uma calça jeans quando Renée — eu sabia ser ela pelo modo delicado como ela o fez — bateu na porta.

Terminei de abotoar minha calça e mandei que ela entrasse. Mais uma vez, seus olhos esquadrinharam o meu quarto e se prenderam na cama a qual eu ainda não tinha arrumado. Pude ver muito bem também o breve choque que perpassara por seu rosto, como se ela estivesse incrédula sobre alguma coisa que eu ainda não sabia.

— Edward tem dormido aqui? — Perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Sim.

— Bella, eu sei que não estou sendo uma mãe exemplar nesses últimos dias, mas eu quero saber sobre você. Sobre o que você está fazendo com a sua vida…

— Já estou acostumada.

— Isabella! — Ela me repreendeu, a voz duas oitavas mais alta do que usava quando estava calma.

Olhei-a, raivosamente, esperando com toda a paciência do mundo que ela continuasse com o seu sermão. Eu ainda não sabia como ela queria saber sobre a minha vida e o que diabos estou fazendo com ela se me ignorou e trocou farpas comigo mesmo quando me mostrei mais que arrependida. Era aquela maldita hipocrisia que deixava mais colérica sobre isso tudo. Porque, poxa, eu fiz tudo que estava ao meu alcance!

Renée suspirou e passou a língua pelos lábios ressecos, ajeitando seu cabelo ruivo com a mão.

— Você e Edward já transaram?

— Ah, ótimo! — Exclamei, sarcástica — Agora a senhora quer dar uma de mãe preocupada com a vida sexual da filha. Se não se esqueceu, Carlisle foi o único que falou comigo normalmente depois e nem para me consolar por sua mentira a senhora serviu! Sabe, é bastante difícil acreditar em uma coisa e depois saber que é outra bastante diferente. E eu sei, que foi isso que aconteceu com você também, mas eu pedi desculpas e tentei fazer as coisas do modo certo…

— Bella, eu sinto muito.

— Eu também sinto muito por tudo que eu fiz a Carlisle, Renée, mas nem mesmo assim isso foi o suficiente para a senhora. — Limpei com o dorso de minha mão alguma coisa que molhou meu rosto e suspirei, olhando para o chão. — Sabe o que você me disse? “Sentir muito não desfaz nada” Eu me lembro como se fosse hoje.

— Sinto muito.

— Não desfaz nada. — Murmurei a ela.

***

Foi um dos almoços mais tenso que eu já tive em toda a minha vida, mas Carlisle amenizou tudo com a sua despreocupação. Ele conversava conosco como se não percebesse o quanto estávamos afastadas e raivosas ao mesmo tempo e o seu plano de se fingir de inocente funcionou como ele queria. Em um instante eu estava sorrindo e murmurando piadas sobre tudo que ele falava.

Eu sequer percebi quando Renée também se entrosou na conversa. Sequer percebi de quê eu estava rindo e pouco me importei para aquilo, fazia tempo que brigar parara de ser a minha atividade favorita. Sequer me incomodei quando Renée, agora mil vezes mais gentil do que no início, olhara para mim e sorrira por algum motivo o qual eu nunca tive conhecimento. Ela apenas sorriu e esticou sua mão pálida e de unhas feitas para alcançar a minha.

Deixei que ela a acariciasse e baixei meus olhos para o celular que antes tinha minha atenção. Uma chamada não atendida de Edward que me fez estranhar bastante já que em dias normais ele não me ligava nem mesmo no horário de almoço, normalmente muito apressado para conseguir fazer essa proeza. Dei um meio-sorriso para a tela do celular e enquanto caminhava para fora do restaurante com Renée falando alguma coisa sobre sair mais uma vez.

Ele atendeu no terceiro toque, a voz animada.

— Bella?

— Você me ligou? — O perguntei.

— Sim. — Ele se despediu de alguém antes de me responder, recebendo um “tchau” infantil que me parecia baixo demais. — Hoje o turno está calmo… vou ter umas duas horas para o almoço e eu estava me perguntando se eu não podia passar na sua casa com uma pizza. Sabe como é, para almoçarmos juntos.

— Claro que pode! — Minha voz entusiasmada demonstrou com perfeição o estado de espírito que eu me encontrava. — Só que eu vou ter que somente te observar comer… já almocei com Carlisle e Renée.

— Tudo bem. Vou pegar a pizza pequena.

Enquanto Carlisle pegava seu carro, Renée se virou para mim com as sobrancelhas erguidas ao avaliar a minha animação e pressa para voltar para casa. E então ela sorriu, pousando uma de suas mãos em meu ombro.

— Nunca achei que você fosse passar por essa fase, Bella. — Ela admitiu. — Sempre achei você séria demais para se deixar ficar apaixonada desse jeito como está agora. Sempre me preocupei que você fosse perder isso, a graça de ser jovem, mas pelo visto você não está perdendo nada, não é?

Eu sorri e mexi meus ombros, levantando-os em sinal de displicência.

— Você o ama?

— Obviamente.

Renée sorriu mais largo.

— Me diga, por favor, que vocês estão se prevenindo.

— Não sou tão inconsequente quanto acha que eu sou. — Resmunguei, cruzando meus braços e fazendo uma carranca de mentira.

— Ah! — Ela exclamou e soltou uma risada ao mesmo tempo em que bufou. — Então vocês já dormiram juntos? — Deduziu.

Desviei meus olhos, constrangida.

— Céus, você está corando!

Fui salva por Carlisle que na mesma hora em que ela segurou em meus ombros para me forçar a me falar, chegou com o carro ao nosso lado. Meu suspirou de alívio foi alto o suficiente para que meus ouvidos captassem, assim como os de Renée a qual me olhou de uma forma que deixava claro que depois eu não lhe escaparia. Eu ainda não entendia o que ela queria mais saber, já tinha lhe contado tudo que era possível.

Evitei contato ocular com Renée que não parava de me olhar pelo retrovisor e comentar sobre o meu relacionamento com Edward com Carlisle. Eu não poderia estar mais envergonhada e talvez fosse uma coisa boa, talvez… mas nada daquilo me importava, eu me sentia desconfortável ao ouvir outras pessoas falando sobre a minha vida com Edward. Porque, bom, vamos ser sinceros, nosso relacionamento não era — nem começou — de um dos modos mais certos. Eu fui a sua amante enquanto ele tinha uma noiva e não era como se Renée ou Carlisle não soubessem disso.

Eles apenas fingiam não lembrar ou se importar.

Assim que avistei minha casa, sorri ao notar Edward sentado nos degraus que antecediam a minha porta. Sua expressão estava lindamente desolada como sempre ficava quando ele tinha de me esperar. Ele logo sorriu quando me viu, levantando-se e limpando a poeira de sua calça jeans. Ele era tão lindo! Eu nunca me cansaria de perceber. Eu ainda estava calculando o meu nível de sorte por tê-lo ao meu lado e me amar.

Como Renée tinha falado antes, sim, eu estava naquela fase da vida na qual a pessoa pela qual você está apaixonada é a mais linda do mundo. Mas eu juro que ele era lindo de verdade e mesmo se eu não tivesse o amando, acharia a mesma coisa. Que ser humano em plena consciência não o acharia bonito?

Eu andei calmamente até onde ele estava, abraçando-o pelo mais breve momento que consegui. Deixaria a vontade de beijá-lo para depois, mais necessariamente quando estivéssemos sem uma plateia bastante atenta a cada detalhe que deixássemos escapar. Ok, talvez eu estivesse ficando um pouco paranoica demais…

— Sã e salva. — Carlisle disse para Edward assim que se aproximou.

— Obrigado. — Respondeu sarcasticamente. Ele olhou para Renée que mal conseguia conter o sorriso em seus lábios pintados de uma cor clara de vermelho, quase rosa e perguntou: — Como vai, Renée?

— Muito bem e você?

— Bem. — Ele colocou discretamente um braço ao redor de minha cintura. O movimento não passou desapercebido por Renée que quase chegou a suspirar.

— Edward? — Ela o chamou.

Por favor, que ela não fale besteira! — Implorei a minha mente, balançando meu rosto para Renée de um modo apavorado. Carlisle até chegou a bufar um riso com o meu desespero, já minha mãe sequer desviou os olhos brilhantes do rosto de Edward.

— Cuide bem da minha garota. — Ela disse erguendo as sobrancelhas em uma tentativa de parecer ameaçadora.

Eu ri, cobrindo meu rosto vermelho com uma mão.

Cuide bem da minha filha, hein? — Eu quase não consegui acreditar que era mesmo a voz de Carlisle que falara aquilo.

— Claro. — Ele prometeu e para reforçar o que disse depositou um beijo na lateral de minha cabeça.

Se fosse possível, fiquei ainda mais vermelha. Eu não sabia o que falar ou que tipo de atitude tomar, por isso eu apenas abri um sorriso enquanto sentia a mão de Edward se mexendo ao lado de minha cintura, acariciando-a.

Depois de me despedir deles, entrei para o conforto de minha sala, sentindo-me aliviada. Agora, sim, eu podia beijar Edward sem ter que prestar atenção se estava sendo grosseira demais ou não. Nosso beijo, porém, não teve nada muito ousado, foi apenas um contato de lábios que logo se deformaram para desenvolver um sorriso.

— Seus pais me encorajam de uma forma tão… — Ele tentou achar a palavra certa com a testa encostada à minha, seu hálito se misturando com o meu. — firme que é impossível eu não me sentir compelido a fazer o que eles estão mandando.

Eu ri, deslizando minha mão para dentro de seu cabelo que antes estivera arrumado.

— Sabe… eu nunca vou me acostumar com você se referindo a Carlisle como meu pai.

— E eu nunca vou me acostumar com a ideia que você é filha dele. — Ele murmurou. — Que mundo pequeno esse que vivemos.

— O que estamos fazendo pode ser considerado incesto? — Perguntei inclinando meu rosto para o lado, minha voz assumindo um tom de brincadeira que o fez rir.

— Talvez por alguns. Mas eu não me importo. — Edward concluiu, dando de ombros — Que seja.

Edward voltou de nove horas naquele dia, duas horas mais tarde do que ele largava já que ele também tinha que ir a seu apartamento e ficar um pouco com Alice e Tanya. Eu me forçava a não sentir ciúmes dessa aproximação que Tanya e Edward estavam tendo por causa do bebê, mas não funcionava. Claro que eu guardava todos os ciúmes que eu sentia para mim mesma, eu seria a última pessoa que causaria outra briga.

Meu lado paranoico logo tentou achar evidências de que ele estava começando a sentir algo por Tanya de novo, mas não tinha nada, nenhuma atitude vinda de sua parte que eu pudesse interpretar desse modo. Não tinha nada, ele estava até mais… sei lá, era estranho achar uma palavra que definisse o tanto que estávamos nos aproximando nas pequenas coisas, como se estivéssemos nos tornando mais confidentes.

Ele me falava sobre seu trabalho, sobre coisas bobas e depois me perguntava sobre as mesmas coisas bobas que me envolviam. Só nisso passamos quase metade da noite rindo das besteiras que um dia já ousamos fazer na infância e não foi tempo perdido, na verdade. Dormir nunca se mostrou menos desinteressante quanto naquela noite em que o som de nossas risadas era a única coisa que se escutava no quarto.

Éramos confidentes, amigos, amantes e tantas outras coisas…

Naquele dia, eu senti como se eu pudesse explodir de tanto amor por ele. Como se só faltasse uma centelha para que eu contagiasse a todos com a bobeira que era amá-lo. A centelha veio por meio de seu beijo em minha testa que desceu para a minha boca depois de alguns segundos de deliberação. Segundos estes que costumavam serem os melhores de todos.

— Durma bem, minha Isabella. — Ele mordeu levemente o meu queixo.

— Sua. — Prometi.

Nem preciso dizer que aquela foi uma das minhas mais tranquilas noites, não é? Fui dormir com um sorriso bobo no rosto, com minhas pernas entrelaçadas as deles. Foi naquele momento que Edward avançou alguns passos na frente de Cambridge porque eu queria sentir aquilo de novo, aquele carinho que emanava dele e vinha parar em mim. Queria dormir sempre que o possível com ele daquele jeito, queria ter outra noite daquela com ele.

Eu o queria daquela forma mais vezes, todos os dias da minha vida se fosse possível.


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Notas finais do capítulo

Quem é que está com saudades do Charlie e da Alice?
Como o prometido, eu vim postar antes das minhas aulas voltarem o/ se vocês continuarem comentando desse jeito (ou até mais) prometo que dou um jeito de postar duas vezes na semana ♥ é isso, beijos, gente e até mais.