Leah E Benjamin: Amor Ou Impressão? escrita por DragonFly


Capítulo 17
Admirável Mundo Novo


Notas iniciais do capítulo

Oiis, animados para mais um capítulo?
Enjoy!
xoxo



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Mergulhada em sonhos obscuros e gelados, não vejo a noite chegar ou o novo dia nascer. Acordo sentindo um leve calor no rosto e quando abro os olhos um raio de sol está se infiltrando na pequena tenda onde estou deitada. Percebo que estou só e lembranças doloridas me vêm à mente. Preciso levantar, mas parece que uma manada de búfalos passou por cima de mim. Se procurar bem, tenho quase certeza de que acharei uma de suas pegadas em minhas costas. Bem, voltando à realidade, tenho mesmo que levantar e ver como estão os outros, pois nem me lembro de tê-los visto após a confusão na água.

Faço mais força para levantar do que de costume, mas consigo erguer meu corpo pesado e dolorido, passando pela abertura da tenda. Noto, imediatamente, que apenas Suhen está em meu campo de visão. Ele parece abatido. Argh! Espero não estar tão ruim quanto ele. Caminho ao seu encontro e me sento na esteira a seu lado.

- Você acordou. - Seu sorriso é sincero e preguiçoso, e não me incomoda. - Parece pior do que eu, mas é natural para uma garota que passou pelo que passamos ontem – Certo. Agora ele me irritou. Muito! Cara, ele estava mais enrolado que eu, ontem!

- Até onde sei, você estava tão ferrado quanto eu... - Não penso em voz alta. Com Suhen, o tratamento deve ser honesto ou ele irá pensar que sou do tipo de suas amantes. Não sou e nunca serei dessas que se arrastam de amores por um carinha bonito

- Sim. Infelizmente não pude fazer muito por você.

- É, tudo bem. Também não fiz nada por você. Mas então, onde estão os outros?

- Em reunião, eu acho.

- Sem a gente?

- Ah, depois de ontem, não acho que temos muito crédito...

- Ei! Nada disso. Foi um acidente! Como estão Jacob e Paul?

- Inteiros, eu garanto. Jacob estava uma fera quando saímos da água. Ele queria que continuássemos ou perderíamos os rastros.

- Não posso discordar. Devíamos mesmo ter continuado.

- Sério? - Ele me lança um olhar incrédulo e debochado. Decido finalizar a conversa, após uma última pergunta.

- Por que te deixaram aqui? Não acharam que eu precisava de guarda-costas, certo?

- Huhm, na verdade sim. Jacob estava bem à vontade com a ideia, assim como o casal, mas Paul e Benjamin não gostaram muito. Seu amigo queria entrar na tenda e te arrastar à força com eles, mas o convenci do contrário.

- Certo. É bem a cara do Paul mesmo. - Sorrio com a imagem abestada de Paul em minha mente.

- Paul? Não. O vampiro é quem não queria te deixar aqui... - Não ouço mais nada. Desde que acordei, meus pensamentos não me levaram, sequer uma única vez, a ele, mas agora, a menção de seu nome e de sua atitude em minha ausência consciente, é suficiente para despertar um estranho incômodo no estômago. Acho que ainda tenho água da cachoeira na barriga...

- Leah? Está sentindo o quê? Ei... - Ponho para fora tudo o que há de líquido viscoso e nojento em meu estômago. Parece que não era só água, afinal de contas. Espero ver, até mesmo, um peixinho dourado pular de dentro da minha boca.

- Tudo bem. Só preciso me deitar um pouco. - Digo, assim que meu estômago e cabeça diminuem a intensidade da rotação. Tento me levantar, mas percebendo meu esforço, Suhen posiciona-se ao meu lado e apara minhas costas.

- Acho melhor você ficar aqui um pouco. O ar vai te ajudar a melhorar. - Ponto para ele!

- Ok.

Passo alguns minutos sentada, com as mãos apoiando a cabeça baixa e sentindo a leveza da carícia de Suhen, que em algum momento, passara um dos braços por meus ombros. Não quero afastá-lo, mas apenas porque não quero despertar meu estômago defeituoso. Ouço passos, mas ainda é cedo para levantar a cabeça, então apenas permaneço como estava. Sinto a tensão no ar antes do movimento de Suhen. Ele parece manter o braço firme, mas sua postura está diferente. Parece autoritário. Decido levantar os olhos e ver o que provocou a mudança de estado de um Suhen atencioso para um Suhen possessivo. Paul está parado, boquiaberto, enquanto jacob me lança um sorriso presunçoso. Quase vôo para cima dele quando percebo que o sorriso presunçoso, na verdade, é direcionado a Suhen. Traidor! Não vejo os vampiros em parte alguma, mas um movimento entre as árvores ao fundo me diz que eles estão lá.

Quando, finalmente, me livro do abraço de urso de Suhen, os garotos já estão absortos em uma conversa sobre os próximos passos. Seguiremos até a próxima cidade e nos instalaremos por lá para reunir forças e informações. Não gosto muito da ideia, pois é muito tempo perdido. Quero estar em movimento. Preciso repor a credibilidade que perdi para mim mesma. Meu estômago e cabeça assentaram e percebo que Suhen já esqueceu que existo, logo aproveito para deslizar para longe deles. Saio de fininho em direção a algum lugar que possa usar como banheiro. É bem mais fácil ser um lobo, nesses casos. Quando termino, volto ao acampamento pela extremidade mais distante de onde os garotos conversam e me deparo com um olhar dourado ardendo em minha direção. Minhas pernas não obedecem o comando cerebral e seguem em sua direção.

- Você está bem, posso ver. - Seu sorriso não chega aos seus olhos, mas a doçura de sua voz indica que ele está disposto a conversar.

- Sim, estou. Graças a você. - Eu solto e então, ficamos parados, encarando um ao outro.

- Você poderia conseguir sozinha, sabe? - Agora ele parece sério, e demonstra ter convicção do que está dizendo. - Eu não esperaria para ver, mas sei que você sairia de lá. - É o maior voto de confiança que já deram por mim. Estou sem palavras, mas talvez ele só diga isso para me consolar o fracasso. De qualquer forma, ele tem um jeito de demonstrar fé em mim que, realmente, me provoca um estranho e surreal estado de encantamento. Não somos amigos. Somos parceiros em um segredo tão nosso quanto a mensagem enviada a mim através daquele bizarro e incrível fenômeno em La Push.

- Sei, sei. Obrigada, assim mesmo. Achei que cuspiria peixinhos dourados hoje cedo, por pouco não seriam salmões .

- Eu não te deixaria engolir salmões. - Seu olhar é profundo e de um dourado efervescente, agora. Engulo em seco.

- Sei que não. Por isso estou aqui. Agora.

O campo de atração entre nós é inexplicável e inevitável. Desta vez, sei que não vou fugir e, sim, começar o que não o deixei terminar da outra vez. Encosto em sua boca com a minha, enquanto minhas mãos sobrem por seu peito e descansam em seus ombros. Suas mãos estão em meu rosto e sua língua, agora, é parceira da minha em uma dança contemporânea. Novamente, estou alheia ao mundo que me cerca, pois o único mundo que me interessa, no momento, é ele: meu admirável mundo novo.


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Notas finais do capítulo

E?
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