Capítulo 02:

# flash back : um ano antes

Vitor Krum havia me convidado para visitar seus pais nas férias e como eu estava com muita saudade dele acabei aceitando passar alguns dias na Bulgária, mas o que eu não esperava quando fui para a casa do meu namorado, era encontrar uma pessoa que fizesse meu coração acelerar como nunca.

- Mione este é o Harry Potter, estuda comigo em Durmstrang.

Claro que eu sabia quem era o garoto moreno, de óculos e cicatriz na testa. Quem não conhecia Harry Potter? O garoto que sobreviveu.

- Hermione Granger. – Falei e Harry me cumprimentou.

Vítor e Harry eram muito amigos, me sentia até mal em desejar o amigo do meu namorado, mas era muito mais forte que eu, e Harry também não facilitava nada para mim, sempre dava um jeito que ficar sozinho comigo.

- Hermione, você ama o Vitor? - Perguntou aproveitando que Vitor havia saído com os pais para visitar alguns amigos do time de quadribol que estavam de passagem por ali, eu deveria ter ido também, mas disse que estava indisposta e a mãe de Vitor o convenceu que seria melhor eu ficar descansando. Pensei que estava sozinha em casa, mas engano meu, Harry também não havia ido com meu namorado e seus pais.

- Que pergunta é essa, Harry? – Ele me olhava parado na porta do quarto de hospedes que eu tinha sido instalada.

- É simples Hermione. Você o ama ou não?

Aquilo era alguma brincadeira? Igual aos testes que as meninas costumavam fazer para ver se seus namorados eram mesmo fiéis, mas caramba, sacanagem o Harry estava sem camisa, com aqueles ombros largos que apesar de serem menores do que os do Vítor, combinavam tão bem com o seu corpo que me faziam perder o fôlego e ficar molhada só em olhar.

- Ele é meu namorado Harry, o que acha?

- Acho que você me deseja. – Harry se aproximou da minha cama e senti que o perigo estava em tom vermelho vibrante.

- Harry fique onde está. – Alertei, mas quando percebi ele já estava em cima de mim, distribuindo beijos por meu pescoço e me fazendo gemer.

- Diga que me quer Hermione, admita que me deseja.

Suas mãos deslizavam por meu corpo e eu já não pensava em nada além do desejo que me consumia e admiti entre gemidos que o deseja. Meu corpo doía e ele parecia se divertir com os meus pedidos, pois o beijava lentamente.

- Não me torture Harry, eu quero você em mim. Falei segurando os cabelos dele e o puxei para cima.

Minha intimidade estava tão molhada que Harry não teve dificuldade de entrar em mim e senti meu corpo todo se arrepiar. A cada investida de Harry eu gemia mais e mais em seu ouvido, e o ouvia gemer baixo o meu nome.

Harry não me deixou em paz durante todas as férias e eu não tinha coragem de olhar para Vitor depois do que tinha feito e refeito todas as vezes que tivesse chance, era horrível mentir e enganá-lo, mas resistir ao Harry se tornou impossível para mim.

- O que está acontecendo aqui?

Tudo estava ferrado, Vitor nos pegou aos beijos no escritório de seu pai e eu não sabia o que fazer quando ele partiu para cima de Harry, que tentava explicar a situação.

# fim do fash back

- Nem me lembre disso Harry. – Relembrar a reação de Vitor ao descobrir que eu o traia com seu amigo era muito doloroso.

- Hermione, eu não parei de pensar em você durante todo esse tempo que ficamos longe. – Harry estava perto demais. Meus pensamentos estavam confusos.

- Você me abandonou Harry. Aquela verdade saiu com se uma ferida, ou milhares delas, se abrissem em meu coração.

- Eu tive motivos para fazer aquilo Hermione, mas nunca deixei de te amar. – Ele acariciava meu rosto.

- Não minta para mim, Harry. Sei que fui apenas um brinquedo em sua mão.

- Não, Hermione. Eu nunca brinquei com você.

- Harry eu não sou mais aquela garota que você fazia o que queria. – Disse o empurrando.

- Você nunca foi uma garota para mim, sempre foi uma mulher. – Harry era tão insistente em suas brincadeiras, que até parecia verdade. – Desde que eu te conheci eu sabia que você era a mulher da minha vida Hermione.

- Harry, chega. Não acredito em você. Que se dane se eu tinha que ajudar Harry em sua adaptação aqui em Hogwars, eu ia agora mesmo pedir para a profª. McGonagall para escolher outra pessoa para fazer isso, aposto que muitas meninas iram querer está no meu lugar.

- Hermione o que posso fazer para você saber que eu estou falando a verdade? – Harry segurou o meu braço me impedindo de ir embora.

- O que está acontecendo aqui?

Que frase maldita era essa! Mas agora não era o Vitor que falava, nem eu e Harry estávamos em uma situação tão comprometedora. Me acalmei e Harry soltou o meu braço.

- O Harry veio para o treino e a profª McGonagall me pediu que o ajudasse em sua adaptação. - Rony engoliu a minha desculpa, talvez por ser verdade, ou pelo menos uma parte dela.

- O treino já vai terminou Potter. – Disse Rony depois de me beijar. Rony e eu estávamos no salão comunal quando Draco se aproximou com uma caixa.

- Oi, Mione. – Disse fingindo que Rony não estava ali.

- Oi, Draco. – Falei puxando o Rony para me abraçar.

- Sua mãe pediu para que eu lhe entregasse isso e combinasse como vamos para o jantar no sábado. 

Peguei o embrulho, era pesado, só não mais pesado que o olhar de Rony em mim, ele estava furioso e eu sorri sem graça. Draco estava feliz, tinha conseguido estragar a noite e agora eu ia ter que me virar para fazer Rony me perdoar.

- Você não me contou que vai a uma festinha com o Malfoy. – Disse Rony quase gritando na sala comunal que agora estava vazia, porque os demais alunos estavam se deliciando com o jantar.

- Me desculpa Rony, minha mãe que o convidou, não eu. - Tentei me explicar de todas as maneiras mais Rony estava muito chateado e achei melhor esperar a sua raiva passar um pouco.

- Você está agindo igualzinho a ele comigo. Nem precisei olhar para ver que era o Harry que agora sentava na poltrona a minha frente.

- Harry, por favor, me deixa em paz. – Disse com os olhos marejados.

- Já fiz isso uma vez Hermione e olha no que deu. Você está namorando um otário e sua mãe te joga para o Draco Malfoy.

- Então eu devo culpa você pelo que está acontecendo comigo?

HARRY:

Hermione fugia de mim como o Diabo foge da cruz, mas corria atrás do namorado que lhe havia pedido um tempo.

- Oi, Harry. – Disse Gina sentando-se ao meu lado na aula de poções.

- Oi, Gina. – Disse com um sorriso ao ver que Hermione nos encarava.

- Harry, eu vou torcer por você no jogo de quadribol contra a Sonserina.

- Obrigado, Gina.

O jogo de quadribol contra a Sonserina seria o meu primeiro jogo depois de muito tempo. Mas não queria Gina Weasley torcendo por mim. Quero que Hermione Granger pare de mentir para sim e me aceite de voltar.

- Rony, você vai continuar sem falar comigo? – Perguntou Hermione, quando o garoto sai da sala de poções sem lhe dar atenção.

- Hermione, eu te pedi um tempo. Tenho que pensar.

Otário! – O xinguei mentalmente, quando Hermione começou a chorar. Ela estava tão triste que nem percebeu que eu ainda estava na sala.

- Hermione... –Falei e ela se assustou. – Calma eu só quero te ajudar.

- Harry me deixe sozinha, por favor! Hermione tentou disfarçar as lágrimas e meu coração doía ao vê-la sofrer.

HERMIONE:

Passei o resto da semana fugindo do Harry e evitando o Draco. Se o colégio já era um inferno antes, agora estava bem pior.

- Hermione seu vestido já está pronto lá em cima. – Disse minha mãe assim que entrei em casa.

- Ok, mãe. – Subi sem dizer mais nada. O vestido era muito lindo e caia perfeitamente em meu corpo.

- Hermione os convidados de seu pai já chegaram e o Draco está perguntando por você.

Eu não estava nem um pouco em clima de festa, mas o jantar era importante para o meu pai, então forcei meus pés a caminharem e meus lábios a se abrirem em um sorriso falso.

- Você está linda, Mione. – Disse Draco sentado a minha frente na mesa do jantar.

- Obrigada. – virei para o meu pai e perguntei onde estava o seu convidado de honra que tinha uma cadeira reservada ao meu lado.

- Ele chegou.

- Harry? – Falei sem acreditar no que eu via.

Meu pai não suportava o Harry Potter, dizia que ele iria acabar com o seu ministério se continuasse com todas aquelas histórias sobre Lord Voldemort. E agora cumprimentava Harry como se fosse um filho? Não aquilo era muita loucura. Só posso está dormindo, não tinha outra explicação.

- Surpresa em me ver aqui Hermione?

Harry estava lindo com aquele terno preto, tinha um ar sedutor, que me fazia tremer.

- Muito! O que significa isso?

- Quando o jantar terminar suba e me espere no seu quarto, darei um jeito de subir sem ninguém perceber.

Minha curiosidade foi maior do que minha razão e fiz o que Harry mandou.

- Me explica! – Falei, quando Harry entrou em meu quarto usando a sua capa de invisibilidade.

- Hermione eu voltei por você, já te falei isso, mas você não quis acreditar.

– Como eu posso acreditar depois de ser abandonada por você sem nenhuma explicação.

- Como assim sem nenhuma explicação? Eu mandei uma carta para você falando que não poderíamos ficar juntos, pois eu não sabia se estaria vivo por muito tempo. Que enfrentar o Voldemort era algo que eu não poderia fugir.

- Eu não recebi carta nenhuma. Acordei naquela pousada e você já não estava. - Harry ficou cabisbaixo e respirou com pesar.

- Talvez você não entenda minha atitude, mas vou explicar. – Harry me fez sentasse de frente para ela na cama.

– Seu pai me procurou quando soube que estávamos juntos, não foi uma conversa fácil, ele tinha uma opinião errada sobre mim. Ele só queria te proteger e eu concordei em lhe deixar, mas com a condição de voltar para a sua vida caso eu saísse vivo do confronto com Voldemort.

- Está me dizendo que você e meu pai decidiram o meu futuro sem ao menos me perguntarem o que eu queria?

- Isso foi um erro Hermione, mas não nos culpe, tanto eu quanto ele tivemos os nosso motivos. Foi para o seu bem.

- Meu bem? Harry você e ele não tinham o direito de fazerem isso. Eu pensei que você tinha me abandonado. Você tem ideia do quanto eu sofri?

HARRY:

Hermione estava chorando e me dizendo coisa que eu merecia ouvir, mas que doíam ouvir dela, então acabei chorando junto com ela, já não me importava parecer fraco na frente dela, já não me importava nada se ela não me perdoa-se

- Hermione eu sei que errei muito, mas você tem que dar uma chance. Durante esse tempo eu só pensei em você. – Segurei seu rosto e me aproximei olhando em seus olhos. – Quando eu lutava com Voldemort eu só pensava em você, que eu tinha algo pelo que lutar.

Hermione suspirou e me beijou. Não tinha sensação melhor no mundo, sentir seus lábios nos meus me torna o homem mais feliz do mundo. Segurei-lhe pela cintura e foi um passo para que nos tornássemos um só, como nunca deveria ter deixado de ser.

- Eu te amo, Hermione. – Beijava todo o seu corpo e ouvia os gemidos dela. – Quero você para mim.

- Eu te amo muito, Harry. – Suas unhas me arranhavam e exigia maior intensidade, meu corpo se unia perfeitamente ao dela e não importava o barulho que enchia todo o ambiente.

- Seja a minha namorada Hermione Granger.

- Sim. – Hermione repousou em meu peito e ouvia as batidas do meu coração. – Eu esperei por você.