Types Of Kisses escrita por Miss_Miyako


Capítulo 1
Types of Kisses.


Notas iniciais do capítulo

...Pois é... ;v;
Foi mais forte do que eu...
Enfim, baseado nesse post do tumblr: http://stardust-wink.tumblr.com/post/36593417112/types-of-kisses
Espero que gostem.



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1. Beijo no olho.

Caindo devagar do céu, como confetes brancos, a neve daquele dia de inverno pintava as ruas da cidade iluminada. Ruas pouco povoadas onde uma jovem com olhos cintilantes andava despreocupada.

-Ah! – Soltou ao avistar alguém familiar. Sentado em um banco, esfregando as mãos na frente de si, estava um jovem de cabelos castanho escuros com um olhar entediado no rosto. – Oreki-san!

Houtarou virou a cabeça na direção de que ouvira alguém lhe chamar e encontrou a jovem dos olhos violetas indo até ele.

-Chitanda..? – Murmurou.

-Olá! – Sorriu ela que recebeu um aceno de cabeça como resposta. – Que raro ver você por aqui.

Ele suspirou.

-...Por mim, eu estaria em casa.

-Ué, então por que saiu? – Perguntou ela e logo após sentando ao lado dele no banco.

-Tomoe. – Murmurou.

-Hm? Tomoe-san, a sua irmã?

-É... Ela inventou outra desculpa para me tirar de casa. Outra vez.

A jovem riu baixinho.

-Ela parece ser legal.

-Ela não é.

Ela riu mais. Ele ficou quieto, apenas apreciando o som daquela risada.

-Ah, mas dias de neve são bons.

-São?

-É, olhe em volta. – Ela disse estendendo as mãos. – Parece... Parece que fica tão bonito assim, todo branco.

 -Hm. – Murmurou em resposta, percebendo os flocos de neve no cabelo dela.

-O único problema é o frio. – Ela riu sem-graça. – Deixa os meus olhos doendo um pouco.

Ele a mirava sem desviar o olhar e viu ela esfregar o olho esquerdo com o indicador, confirmando sua frase.

Silêncio.

-Ei, Chitanda.

-Hm?

Foi então que o jovem colocou as duas mãos geladas no rosto dela, fazendo as suas bochechas corarem, aproximando-o do dele.

-O-Oreki-san? – Gaguejou ela, ele não respondeu, apenas continuou trazendo o rosto dela para perto.

Chitanda fechou os olhos, corada e sem saber o que fazer até que...

Ela sentiu algo quente tocar-lhe o seu olho direito e depois o esquerdo, mandando para longe a pequena dor incomoda que sentia.

Depois nada. Ela sentiu as mãos soltarem seu rosto e aquela presença tão próxima se afastar. Quando abriu os olhos de novo viu que o jovem virara o rosto na direção oposta, mas ela percebera que suas orelhas estavam vermelhas.

-Melhor? – Perguntou, sem virar o rosto.

-A-ah! – Soltou, desviando o olhar e corando. – S-Sim... Obrigada.

2. Beijo no ombro.

E lá estava ela, sorrindo radiante como sempre e bonita como uma joia.

Prendendo completamente a atenção do garoto de cabelos escuros e espetados, tanto que ele não conseguia nem piscar.

Desde quando ele começara a se sentir desse jeito?

Assim como os seus iniciais, eles eram completos opostos. Enquanto Mei era alegre e compreensiva, Hyuu estava mais para um cabeça quente.

Devia ser por isso que ela o tinha apelidado “gentilmente” de “Hyuulk”.

Ah, como ele odiava aquele apelido.

Bem, só perdia para “cabelo de Qwilfish”.

Francamente, ele não era tããão parecido assim com aquele Pokémon.

...era?

Ele balança a cabeça.

Não era esse o ponto! O ponto era o que ele sentia pela sua vizinha Mei.

E fosse o que fosse, era forte!

Ela se tornara uma pessoa importante para ele, alguém em quem ele pode confiar. E mesmo que brigassem, mesmo que fosse uma briga feia, eles fariam as pazes depois. Ela não hesitaria em ajudá-lo, assim como ele não hesitaria em ajudá-la.

É, talvez ele não estivesse tão confuso sobre o que sentia por ela. Mas ele não iria admitir.

Pelo menos, não em palavras.

-Aqui, para você. – Ela falou – o puxando dos seus pensamentos – enquanto entregava algo para seu Pignite comer. Ele a encarou por um par de segundos e se levantou de onde estava sentado.

Caminhou até ela sem fazer barulho, para que a jovem não percebesse. E quando estava perto o suficiente com ela de costas para ele...

Abraçou-a pela cintura...

-Eh? Hy... – Começou ela.

E depositou um pequeno beijo no seu ombro.

-Ah! – Ela exclamou corada.

Ele levou seus olhos vermelhos até os azuis claros dela e não disse nada, mas continuou a abraçando pela cintura.

O vermelho de suas bochechas aumentou ao entender a mensagem silenciosa.

Gestos falam definitivamente mais do que palavras.

3. Beijo na orelha.

Silver recolheu seu Pokémon de volta para dentro da pokébola.

Ele perdera para a sua rival, Kotone, outra vez.

E ele estava começando a se acostumar.

Ei! Isso não é bom!

-Ah, vamos Sil~ - Ela cantarolou, cutucando a bochecha do garoto. – Tenha espírito esportivo.

Ele bufou, tirando a mão dela da sua bochecha.

-Eu tenho espírito esportivo, ok? – Murmurou. Kotone segurou o riso.

-Uhum.

-É sério.

-Eu sei, eu sei. – Sorriu, abanando o ar com a mão.

Ele virou rápido o rosto.

-Hm? – Murmurou confusa.

-Não sorria, que droga. – Pensou corado. – Quando você sorri... Argh.

Bem, Kotone tinha um sorriso lindo. Ele tinha que admitir.

Só que... Aquela sensação chata que vinha incomodá-lo era o que ele mais queria que sumisse.

-Tá tudo bem, Sil? – Perguntou.

Ele suspirou.

-Estou. – Disse se recompondo.

-Poxa, perder te deixou mal mesmo, hein.

-Ah, cala a boca! – Resmungou, ela riu de novo e se afastou para cuidar do seu Pokémon que apesar de ter vencido, não se livrou de alguns machucados.

Sério, por quê? Ele não devia estar sentindo aquilo, simplesmente não devia.

Ele não queria que aquilo acontecesse de novo.

Só que... Ele sentia que ela era diferente. Isso o fez lembrar várias coisas que aconteceram entre eles, até a ultima, quando ficaram perdidos em uma caverna e ela...

Hm...

Ah, que se dane.

-Ei, Kotone. – Chamou, indo até ela, que acabara de recolher o seu Typhlosion.

-Hm? – Murmurou, mas antes que pudesse virar o seu rosto, Silver segurou o seu queixo, impedindo-a. – Sil?

Como resposta ela sentiu o jovem morder levemente o lóbulo da sua orelha.

-Silver! –Exclamou, sentindo suas bochechas ferverem.

Mas o que ele fez foi sugar levemente o lóbulo da orelha dela, fazendo com que a jovem sentisse um choque percorrer por todo o seu corpo. Alguns minutos depois, a soltou e ela se afastou dele num pulo, com a mão na orelha, corada como nunca.

-Agora estamos quites. – Falou, e por dentro adorando a reação envergonhada dela.

Ah, a vingança é doce.

4. Beijo Refém.

-Cryyyys! – Chamou um garoto de cabelos negros.

A jovem na frente dele que mexia com alguns arquivos na mesa respondeu:

-Não, Gold.

-Mas você nem sabe o que eu ia perguntar!

-O que você ia perguntar? – Perguntou sem olhar para ele.

-Vamos sair?

-Não.

Ele bufou.

Essa fora a 30ª vez naquele dia que Gold tentara tirar a atenção de Crys daquelas tarefas chatas de laboratório.

E de novo, não deu certo.

Ele queria a atenção dela, mas no momento, ela estava centrada em outra coisa. Ah, como ele queria ser aqueles malditos papéis. Ele observou a jovem de cabelos azuis escuros, ajeitar mais uma pilha de arquivos.

-Crys.

Sem resposta.

-Cryyys.

Ainda sem resposta.

-Crys!

-Tô ocupada, Gold.

Ah, fala sério! Ele abaixou a cabeça, derrotado. A jovem olhou por cima do ombro e não pode evitar de soltar um risinho baixo.

O garoto olhou para o lado e seus olhos dourados pousaram em um lenço escuro em cima da mesa onde estava sentado. Ele encarou aquele lenço por alguns minutos até que...

Teve uma ideia.

Ele deu um sorriso torto e agarrou o lenço sem pensar duas vezes.

...

Crystal começou a estranhar aquele silêncio.

...

...

Ela estava começando mesmo a estranhar aquele silêncio.

...

-Mphffff...

Mas hein?

A jovem se virou para trás e deu de cara com um Gold com a boca tampada por um lenço. Ela o encarou por longos minutos.

-Tá brincando comigo?

-Mphtfff!! – Exclamou – ou não – com o lenço na boca.

-O quê? Não consegue tirar?

Ele assentiu.

-...sério?

Ele assentiu de novo, com mais força.

Ela suspirou.

-Não acredito. –  Caminhou até ele e puxou o lenço que nem estava tão apertado assim.

Gold sorriu.

- Eu estava guardando os meus lábios o dia todo só para você!

Ela corou.

-Mas o-

Ela não conseguiu terminar, pois Gold a puxou e lhe deu um beijo. Longo e lento, ela até tentou se soltar, mas ele a segurava com força. Por fim, ela desistiu de fugir e retribuiu o beijo.

Quando se soltaram para respirar, o jovem sorriu.

-Finalmente você olhou para mim.

5. Beijo de Tigre

Primeiro passo: Examinar o ambiente.

Era um quarto feminino e bem arrumado, com vários livros – alias, mais livros do que qualquer outra coisa - ,uma escrivaninha ao longe com vários papeis e lápis em cima, uma porta entreaberta que dava para um banheiro, um tapete vistoso no chão, duas mesas no centro, uma poltrona, mas enfim... O mais importante. Não tinha ninguém para atrapalhar.

Perfeito!

Segundo passo: Localizar o seu alvo.

Um par de olhos cor de ônix esquadrinhava da janela do quarto bem arrumado e com um cheiro doce e familiar, eles avistavam cada detalhes com cuidado até pousarem nos cabelos loiros que uma garota sentada de costas para a janela.

Localizado!

Terceiro passo: Preparar o ataque.

Um rosado, dono dos tais olhos, levantou e subiu no parapeito da janela, com cuidado e sem barulho para não chamar a atenção da loira, mesmo que essa estivesse concentrada demais no seu livro.

O cheiro do seu perfume atingiu suas narinas, atiçando ainda mais sua vontade de continuar com aquilo. Ele respira fundo, nada de se apressar, a calma é sua melhor amiga agora, ele se ajeita na janela e se prepara.

Pronto!

Quarto passo: Capturar o seu alvo.

E sem mais cerimônias, o jovem salta da janela em direção a garota, agarrando-a pela cintura, assustando a mesma.

Capturado!

-AAAAAAHH!! – Berrou, jogando o livro no chão.

E então, mordeu levemente a base do seu pescoço.

-KYAH!! – Berrou outra vez, corada, ao cair no chão junto dele.

-Grrfrrrr... – Murmurou.

Ela virou o rosto e percebeu os familiares e espetados cabelos rosas.

-N-Natsu?!?! – Exclamou, absurdamente corada, com o coração a mil. Ela ainda não sabia se foi pelo susto, ou se foi pelo seu parceiro resolver mordê-la do nada.

-Grr... – Murmurou, ainda mordendo levemente a base do pescoço dela.

-EI! – Exclamou, corando mais e sentindo um pouco de cócegas.

Ele finalmente parou, olhou para ela e sorriu como sempre.

-Surpresa, Luce.

Ela olhou para ele, ainda muito corada e sem saber que reação tomar, por fim...

-Caramba, Natsu... – Resmungou, vermelha.

6. Beijo para acordar.

Uma jovem bela de longos cabelos castanhos claros andava por um bosque em um belo dia quente de verão, olhando para todos os lados com seus olhos azuis a procura de um rastro de cabelos castanho-alaranjados.

Sem sucesso.

-Green! – Chamou por quem procurava.

Sem resposta.

-Ele não estaria me evitando, estaria? – Pensou consigo mesma, pondo a mão no queixo, mas balançou a cabeça, afastando aqueles pensamentos e se pôs a voltar a procurar.

-Green! – Chamou outra vez, mais alto.

Nada.

Mas Blue não é o tipo de garota que desiste fácil.

Ela adentrou ainda mais no bosque, mais atenta ainda, olhando entre as árvores, nos galhos, atrás dos arbustos, em tudo.

Os Pokémons da floresta observavam, curiosos, a garota determinada caminhando pela floresta, não deixando nenhum detalhe passar.

...

Só depois de 10 minutos que a sua determinação começou a falhar.

-Mas cadê você...? – Murmurou com as mãos na cintura.

Foi aí que ela ouviu um assovio fraco vindo detrás dela, ela se virou e seguiu na direção de onde viera o som. Ao encontrá-lo, soltou um riso baixo.

Green, quem ela tanto procurava, estava deitado na grama verde, dormindo profundamente, com os cabelos espetados balançando na quente brisa de verão.

-Então era aí que você estava. – Murmurou baixinho, e pé ante pé ela caminhou até ele, com muito cuidado para não fazer nenhum barulho. Quando chegou bem perto, sentou de joelhos no chão e colocou a cabeça dele delicadamente no seu colo.

-Fufu... – Riu baixinho ao acariciar os cabelos dele. – Hmm...

Sorriu mais ao sentir uma ideia brotar em sua mente.

Bem devagar, a jovem chegou perto do rosto dele e lhe deu um beijo leve na testa, depois da ponta de seu nariz e por fim, nos lábios do garoto.

Quando se afastou dele, foi a tempo de ver seus olhos abrirem preguiçosamente. A primeira coisa que ele viu, foi um sorriso terno de Blue.

-Bom dia. Dormiu bem?

7. Beijo Virtual.

-Deixa eu falar com ele! – Berrou uma garota loira de olhos azuis na tela de um laptop.

-Ehehe. Eu acho que não! – Respondeu uma boneca virtual, vestida de empregada, também na tela do computador.

-ME DEIXA! – Gritou a garota.

Em um quarto com paredes avermelhadas, um garoto de cabelos longos e escuros mirava o céu pela janela com seus olhos cor de vinho, ouvindo ao fundo a briga das duas.

-Isso não é justo! – Exclamou Rita. – Eu nem posso bater nela!!

-Ehehehehehe. – Riu a boneca virtual, maldosamente.

-Ryuunosuke! – Chamou a menina.

Ele continuou olhando o céu.

-Ryuunosuke, eu sei que você tá me ouvindo!

Sem resposta.

-RYUUNOSUKE!!

Ele nem sequer pensava em olhar para o computador.

-Tá! Que seja então! – E a tela ficou preta.

-Já vai tarde! – Reclamou Maid-chan, a boneca virtual. Ryuunosuke suspirou.

-Que irritante. – murmurou.

-Não é? Não é? – Concordou a boneca. –Ainda bem que ela foi embora.

Ele não respondeu.

-Ryuunosuke-sama?

-Ah, nada. Obrigada.

A boneca corou e sorriu.

-D-De nada. Bem, meu trabalho terminou. Então, tchau. – E minimizou-se para um canto da tela.

O jovem se afastou da janela e seguiu para o banheiro.

...

Um tempo se passou e quando Ryuunosuke voltou ao seu quarto foi recebido com um bipe incessante vindo do seu laptop.

-Hm? – Murmurou, secando o cabelo com a toalha que tinha sobre os ombros. – O que é isso?

Ele se sentou na cadeira de frente para o aparelho e entrou na sua caixa de e-mail. Levantou uma sobrancelha ao olhar o novo e-mail que recebera.

-Eu não conheço esse endereço de e-mail. – E clicou.

Uma tela preta apareceu com uma roda no centro, e embaixo estava escrito carregando.

-Um arquivo de vídeo? – Perguntou a si mesmo.

Assim que a tela terminou de carregar, a imagem de uma loira de olhos azuis, que ele conhecia bem até demais, apareceu.

-Mas hein?

No vídeo, a menina levou as mãos aos lábios e depois as estendeu, soprando um beijo imaginário. E sorriu, não o sorriso falso que costumava ter, mas o de verdade.

A tela escureceu e ficou preta.

Ele piscou uma, duas, três vezes até finalmente cair sua ficha. Fechou a janela do e-mail antes que sua empregada virtual detectasse, tivesse um ataque de nervos e por fim acabasse mandando um vírus poderoso para computador da inglesa.

 Ele virou o rosto com uma expressão um tanto brava, mas suas bochechas estavam com um tom avermelhado.

-...I-Idiota...


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Notas finais do capítulo

AINDA NÃO FUI CHUTADA PARA FORA DOS FANDOMS?! ;V;
CULPEM O TUMBLR E A BLUE NYAN ;V;
Obrigada por ler.
P.s: Mil desculpas se alguns personagens ficaram ooc *cries*