No Beating. escrita por Jess-Lerman
Notas iniciais do capítulo
"
As vezes eu fico pensando em jeitos de morrer.
Qual seria a sensação de se afogar no mais profundo dos tanques naturais de agua?
A sensação de ter sobre si um pedaço pesado mais assim fino de metal, e simplesmente não existir mais?
As vezes eu me pergunto, morrer se sente?
Bom, eu senti.
Aqua POV
Abri meus olhos. Encarei o teto branco sobre mim, um pequeno mofo começava a se formar no canto esquerdo.
Onde eu estava?
As unicas coisas das quais lembrava era de Ally jogada nua no chão, do tal homem e dos helicopteros. Lagrimas me aos olhos quando me lembrou de minha amiga, onde estaria Ally? Estaria bem?
-Ora, vejo que acordou querida! - Uma mulher formalmente vestida me trouxe uma bandeja com comida, que pela aparência, poderia se denominar café da manhã.
O estranho era a mulher que estava me servindo comida. Quem a visse pensaria em uma mulher de negócios muito bem sucedida e solteirona. Tipo aquelas advogadas taradas de Los Angeles que vivem dormindo com garotos de 20 anos.
-Bom dia Acqua! - saudou a tarad- quer dizer, moça.
-B-bom dia - sem querer gaguejei - quem é você?
-OIá, meu nomé é Florencce Cardwish, mas me chame de Flo. Eu sou supervisora, e você não sabe o quão bom é te ver acordada, eu cuido de cada detalhe relacionado a você desde que chegou aqui.
-Aqui?? Onde eu to? - desisti de tentar parecer educada e parti pro ataque.
-Primeiro tome seu café da manhã, e depois vamos conversar.
Encarei minha bandeja e pude ver que aquela comida era comprada, primeiramente porque ela era muito bem organizadinha pra ser feita em casa e segundo, bem, estava com a marca no potinho.
Dei uma colherada no conteúdo desconhecido e provei. Senti o gostinho de manga fresca com granola. Ao lado haviam algumas fatias do que pareciam ser maças verdes ou pêras com manteiga de amendoim. Não fiz questão de experimentar, e logo mostrei minha personalidade atiçada:
-Onde eu estou e porque eu to aqui? - fui direta, e até meio grosseira, mas vamos combinar, eu tinha esse direito.
-Bom, você teve seu sistema nervoso e genético alterado. - limpou sua garganta ajeitou seu terno e se levantou - é tudo o que eu posso dizer agora. Coulson virá e te dirá mais daqui a - olhou seu relogio e voltou a me encarar - 20 minutos. Até.
Então saiu da sala sem ao menos me deixar discordar.
Pude então observar melhor o ambiente em que me encontrava e posso te garantir, era de "ponta".
Mas não tinha muita coisa. Acho que já deu pra perceber que eu sou meio folgadona né? Afinal, o quarto nem era meu e eu já esperava mil e uma mordomias.
Olhei pra janela e imediatamente senti meus olhos aumentarem de um jeito que me achariam louca. Cara, eu estava em Nova York, NOVA FUCKING YORK!!!
Comecei a dar pulinhos e gritinhos típicos de adolescente de interior, que eu era, mas quando um pensamento pousou sobre mim parei imediatamente:
-Cara, e minha mãe??? ELA VAI ME MATAR - me desesperei e comecei a caçar (literalmente) meu telefone.
Passei as mãos em cada canto disponível naquele quarto, fungei e por mais ridículo que possa parecer eu, sim, eu tentei achar meu telefone por olfato.
-AHHHHH! DESISTO! - levantei meus braços e em desistência me joguei na cama.
-Sim Martos, siga com a operação! Preciso de Fury comigo no laboratório pra saber como andam as coisas e se acharam outra amostra da seringa. - ouvi uma voz masculina do outro lado da porta e logo o dono da mesma entrou - Bom dia Srta. Thompson.
-Bom dia! - me levantei rapidamente, envergonhada por estar tão a vontade assim e me sentei na cama.
-Sou o agente Coulson, mas pode me chamar de Phill. Estou aqui para esclarecer tudo, e até um pouco mais.
Balancei minha cabeça como se dissesse "continue"
-Acho que como Florence lhe disse, você teve seu sistema tanto nervoso tanto genético alterado pela Verberavit Mortuorum. Creio que após o incidente - pude ver que ele estava envergonhado, e que com certeza não diria "estupro" - no matagal de Gig Harbor, os sequestradores lhe aplicaram a Siringa do Verberavit Mortuorum, que em latim quer dizer batimento morto. Nós estavamos criando uma nova fórmula que básicamente "ressucitaria" - ele fez aspas com as mãos - os nossos agentes. Essa fórmula os manteria vivos mesmo sem seu coração batendo.
Comecei, mesmo sem querer, a balançar minha cabeça negativamente não acreditando no que acontecia. Mas não o interrompi.
-E obtivemos resultados melhores do que esperavamos. Além de te manter viva, a fórmula te deu certos benefícios.
-O que você quer dizer com benefícios?? - perguntei preocupada.
-Ainda não sabemos bem, descobriremos na ala de testes. Mas o fato é que, Acqua, se não fosse pela fórmula você estaria morta.
-COMO ASSIM MORTA - permiti-me a alteração de voz - EU ESTAVA BEM, MESMO QUE COM MACHUCADOS, EU NÃO TINHA PERIGO ALGUM DE VIDA, FUI APENAS ESTUPRADA!
Concordo. A situação era um pouco embaraçosa depois da minha última fala, mas enfim, era verdade, o que eu poderia fazer? Aquilo estava no papel.
-Bom, a fórmula te mataria, por ser muito forte, mas ao mesmo tempo que fizera mal á você, ou seja, trouxe alto risco de mortalidade, ela te ajudou, te curou, Acqua, você é a mais nova, e mais forte criatura da Terra.
Ok. Aquilo com certeza não estava no papel.
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