O Amor Acima De Tudo escrita por ana_christie


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Aqui está mais um capítulo! Não é longo, mas aposto que vão gostar!!! hehehe



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— Vamos, Hannah? — perguntou Richard, quando o jantar acabou e todos estavam se despedindo.

— Hum?

— Estou te chamando para irmos embora.

— Ah, sim. Vamos.

Ela se levantou da cadeira. Ambos se despediram de Lauren e Mark e, fora do restaurante, esperaram o manobrista trazer o carro.

Quando ambos entraram, Richard se virou para ela e perguntou, pondo o carro em movimento:

— Posso saber o que houve com você?

— Comigo? Nada. Por que pergunta?

— Então essa é a sua maneira normal de agir durante um jantar?

— Comportei-me mal?

— Essa não é bem a palavra certa, mas você ficou alheia a tudo, calada. Parecia que sua mente não estava lá.

— E como você queria que eu estivesse?

— Ora, normal, como todos.

— Normal? Não acha que está pedindo demais?

— É claro que não! Eu te convidei porque queria uma acompanhante interessante. Se soubesse que agiria como um cyborg, preferiria ter ido sozinho.

 Hannah suspirou. Olhou para a avenida na qual o carro estava rodando. Não sabia como replicar. Tinha que contar a verdade. Olhou-o na penumbra.

— Eu estava insegura, Richard. E assustada.

— Assustada?

— Sim. Foi muito estranho para mim o que aconteceu. Aquele beijo... foi algo tão repentino e que mexeu tanto comigo! Não entendi as emoções e sensações que me envolveram naquele momento. Eu nunca imaginara que sentiria desejo por algum homem que não fosse Mark. No entanto, foi o que senti. Minha mente pareceu ter dado um nó. Desculpe-me por não ter sido uma boa companhia.

Bruscamente, Richard parou o carro no acostamento. Olhou-a, os olhos brilhantes, os lábios entreabertos de desejo. Quando falou, sua voz saiu rouca.

— Quer dizer que... meu beijo a impressionou? Sente desejo por mim?

Hannah baixou os olhos, envergonhada.

— Eu... prefiro que me leve para casa.

— Vou levá-la, mas antes responda minha pergunta.

— Eu não quero estender esse assunto, Richard! Pode, por favor, me levar para casa?

— Oh, Hannah, será que custa tanto dizer “sim” ou “não”? — ele falou, exasperado.

Pedindo proteção à lua, ela olhou o céu e respondeu, suspirando:

— Sim.

Tentou abrir a porta do carro, mas Richard não deixou. Ele a segurou com força pelo braço para evitar que ela saísse.

— Saiba que, desde a primeira vez que eu a vi, não consigo dormir, comer e trabalhar direito.

— Como?

— Se não entendeu ainda, não é tão inteligente como eu pensava. Qualquer pessoa sabe o que está acontecendo comigo quando estou ao seu lado. Você me enlouquece, Hannah! Nunca senti tanto desejo por alguém! Meu corpo dói de desejo.

— Eu... não entendi. Você disse... que sente desejo por mim? Logo por mim, que comparada a você não sou nada?

— O quê?! Você me acha melhor que você? Em quê? Não seja idiota, Hannah. Você vale muito. Para mim, vale mais que qualquer joia preciosa.

Hannah começou a chorar silenciosamente. Não entendia as várias transformações que estavam ocorrendo em si mesma. O que seria aquilo, céus?! Será que seu amor por Mark fora apenas uma ilusão? Uma mulher apaixonada com certeza não desejaria outro homem!

Carinhosos, os braços de Richard a enlaçaram. Ela encostou a cabeça no ombro musculoso, como se aquela fortaleza de músculos pudesse protegê-la de sua insegurança.

Não esboçou nenhum gesto de recusa ao sentir os lábios carnudos dele lhe beijando as faces úmidas pelas lágrimas. Eram tão ternos, tão suaves... tão suaves que logo rumaram quase imperceptivelmente em direção à boca feminina entreaberta. A mistura de sabores os fez despertar e perceber que a ternura de poucos minutos agora era desejo, puro e real desejo.

Como uma descarga elétrica, o desejo percorreu os dois corpos excitando-os, tornando-os tensos e muito quentes. A excitação era sentida por ambos. Um calor abrasador os instigava a provar mais daquele doce momento.

Richard sentia. Estava prestes a cometer uma insanidade. Aquela mulher brincava com seu instinto, acelerando-lhe o sangue, deixando-o sob tensão crescente. Seu corpo precisava urgentemente de alívio.

Hannah percebia o que podia estar prestes a acontecer, mas não se importava. Só em estar nos braços de Richard se sentia no paraíso, como jamais se sentira antes.

— Oh, Hannah... Percebe o que faz comigo? — ele murmurou, rouco e deliciado.

Ela percebia. Era impossível não perceber, uma vez que ele se sentara no assento do carona e a sentara sobre suas coxas. Hannah sentia suas coxas e glúteos pressionando o membro dele, extremamente rijo. Ela estava admirada por ter despertado nele tamanho desejo.

Sensualmente, Hannah se deixou escorregar um pouco e apoiou os ombros na janela aberta. Olhou-o com os olhos faiscando de paixão. Seu olhar era convidativo e extremamente sexy.

Rendendo-se à sedução daquela loira estonteante, Richard lhe umedeceu o pescoço com a língua macia. Não suportou o desejo e a abraçou, excitado até a última célula. Tomou-a na boca, invadindo-a com a língua ávida.

— Oh, Richard... eu te quero... te quero muito...

— Eu também... como nunca quis outra mulher...

Os beijos continuaram, cada vez mais ávidos. Os lábios dele foram descendo pelo pescoço, provando delicadamente a pele alva. Quando ela sentiu os lábios carnudos a beijando entre os seios, no profundo decote, assustou-se. Estava agindo como uma libertina! Até com Mark, que fora seu namorado, as coisas tinham demorado mais para acontecer. Fizera amor com ele após um ano e meio de namoro, e fora virgem até então. Mal conhecia Richard e estava praticamente se entregando a ele, e dentro de um carro na beira da estrada!

— Richard, por favor, não... — ela murmurou, rouca, tentando se levantar.

Ele a abraçou mais forte.

— Por que não, Hannah? Não tente se enganar! Nós nos queremos, querida! Nascemos um para o outro... Está escrito, não é coincidência nada do que aconteceu desde aquela festa...

Os olhos dela se arregalaram.

— O que está querendo me dizer?

— Que desde que a vi percebi que você era a mulher que tinha sido feita para mim... Você é minha, Hannah Scharf... — à mente dele veio a imagem de Mark, e ele crispou os dentes. — E ai do homem que tocar no que é meu!

As possessivas palavras de Richard a assustaram e enfureceram. Quem ele pensava que era para dizer que ela era propriedade dele?! A raiva foi tão intensa que o desejo se esfumaçou.

— Ora, quem você pensa que é?! Eu não sou de ninguém! Mal te conheço e já diz que é meu proprietário? Eu posso namorar com quantos homens eu quiser e você não pode falar nada, seu arrogante! Você não é sequer meu amigo!

Percebendo o quanto era ridículo discutir com ele ainda em seu colo, ela se debateu até se soltar.

Ele a olhou, sem entender. Não sabia por que, de repente, ela dera aquele ataque.

— Nunca disse que você é de minha propriedade — murmurou, magoado.

— Como não? Afirmou que sou sua, que ai do homem que tocar no que é seu. E você não é meu dono, está ouvindo?!

— Estou — a voz dele soou estranha, áspera. Sentia-se magoado, triste e enraivecido.

— Vai me levar para casa ou terei que ir andando?

— Não se preocupe. Estará em casa muito antes do que imagina.

Ele voltou para o lado do motorista, ligou o carro e, de repente, acelerou com toda a potência. Os pneus “cantaram”. A velocidade se tornou tão rápida que Hannah se assustou. Nunca, nunca experimentara tanta velocidade. O carro ia a mais de cento e cinquenta quilômetros por hora.

Em frente a casa dela, pararam tão bruscamente que quase levantaram dos assentos.

— Você é louco... — ela murmurou, trêmula e ofegante.

Ele deu um sorrisinho meio de lado, torto, que, a despeito de tudo o que sentia no momento, ela achou um charme.

— Sim, sou louco, Hannah. Enlouqueci a partir do momento em que a vi.

Com gestos trêmulos e nervosos, ela pegou sua bolsa e saiu do carro, cambaleando. Quase caiu por causa dos saltos finos e altos e as pernas trêmulas, e só depois de várias tentativas conseguiu abrir o portão. Sem resistir, lançou um olhar para Richard, que ainda não fora embora. Ele a estava olhando intensamente, os belíssimos olhos de topázios ainda quentes de desejo. Ao se lembrar das cenas que tinham desempenhado no carro, um arrepio percorreu a coluna de Hannah. Todos os momentos tinham sido deliciosos.

Richard a queria. No carro, estava ainda trêmulo, consciente daquela parte em seu corpo que pulsava como nunca antes. Percebia isso, principalmente agora, enquanto a observava parada ao portão, olhando-o fixamente.

— Acho que fui rápido demais... — ele murmurou para si mesmo, rouco. — Mas não pense que desisti de você, Hannah. Não sossegarei enquanto não te tiver nua, receptiva, submissa e muito, muito entregue. Aí, sim, você saberá o que é um homem de verdade! Para quem teve apenas Mark, verá como é especial ter Richard.

Sentindo que, se continuasse observando aquele corpo estonteante perderia a cabeça e faria algo estúpido, Richard deu a partida e foi embora.

Com um suspiro de alívio e decepção ao mesmo tempo, Hannah entrou em casa e jogou-se no sofá, sentindo seu corpo arder até a última célula. Não conseguia entender o que acontecera consigo. Quase se entregara a um homem de quem só sabia o nome!

Apesar de se sentir feliz por ter tido forças para se afastar dele, ela se sentia vazia, frustrada, ansiosa. Seu corpo ainda pulsava de desejo não satisfeito, doía. Como faria para dormir?!

Tomou um banho gelado e se deitou na sua grande e vazia cama. No entanto só adormeceu após horas de insônia, e seu sono foi agitado, povoado por muitos sonhos e pesadelos. E o pior foi o fato de os sonhos serem eróticos e com Richard Howzard.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, e, por favor, me deixem saber o que estão achando! Bjs



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