Por Todas As Manhãs escrita por And


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Clary, Titi Salvatore, crys sales, Bellita Swan, AlexandrinaC,
Malu-chan, Leidi, Leila, pryla, Taty Alves, Sabrina bitch, Anna Cullen, Obrigada por comentarem no capítulo anterior!
E um obrigada IMENSO, GIGANTEEEEEEEE, para a Leidi, que recomendou a fanfic; Muito obrigada! Me deixou com um sorriso bobo no rosto!♥ haush



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Naquela noite, Edward acabou ficando por lá, e pela primeira vez dormimos juntos. Mas apenas dormimos. Em nenhum momento havia passado algo além de alguns amassos.

Deitamos em minha cama, de frente um para o outro. A pouca luz que havia no quarto, era devida a frecha da cortina. E aproveitei essa pouca claridade para observar as feições de Edward.

O seu semblante era de alguém totalmente... Feliz. Mas havia algo mais. Eu podia sentir algo mais. Porém, eu não identifiquei nada.

O seu ‘Porque não’’ não saia de minha cabeça. Talvez eu pudesse estar exagerando. E se ele apenas tivesse com medo dos meus pais? Como qualquer namorado tinha dos futuros sogros? Seria normal. Eu era a caçula da família, era normal que ele tivesse temeroso para conhecê-los.

– Ainda não dormiu? – Ele perguntou de olhos fechados, me assustando um pouco.

– Como sabia que eu estava acordada?

– Sua respiração muda. – Franzi o cenho pela sua explicação, mas também sorri. Era possível que ele já me conhecesse tanto assim?

– Só estou com um pouco de insônia. – Ao dizer isso, ele abriu os olhos. Fitou-me com um carinho perturbador e tirou uma mecha de cabelo que caia em meu rosto.

– Quer que eu lhe faça algo? – Sua mão continuou em meus cabelos, agora afagando lentamente. Aquilo de alguma forma me deixou um pouco sonolenta. – Um chá, talvez?

– Só continue o que está fazendo. – Murmurei fechando os olhos, apreciando o carinho.

Ele riu. Abri os olhos novamente, sem entender o motivo do seu riso.– O que foi?

– Nada. – Respondeu sorrindo.

– Idiota. – Resmunguei.

O silêncio durou por alguns minutos. Até que Edward tocou na pequena cicatriz que havia em minha testa e alisou-a suavemente com o seu polegar.

– Acidente. – Falei. Pude sentir que ele havia se sobressaltado. Obviamente ele devia achar que eu já estava dormindo.

– O que?

– A cicatriz.

Ele suspirou. Inclinou-se e depositou um leve beijo nela.

– E como foi?

– Podemos falar disso outro dia? – Pedi, com um medo bobo de saber a sua reação ao descobrir que eu não me lembrava de boa parte da minha vida.

– Quando você quiser.

Ele aproximou-se de mim, beijando-me rapidamente. Então acabei adormecendo.

•••

No dia seguinte tomamos café juntos e formos para o apartamento dele. Enquanto Edward tomava banho e colocava outra roupa, fiquei admirando os quadros que havia espalhados pela casa. Eram pinturas realmente lindas, que me dava uma intensa vontade de tentar fazer alguma, como aquelas. Mas logo depois rir dessa bobagem. Como se eu, Bella Swan, algum dia poderia fazer algo tão belo e delicado.

Ao ficar observando a sala, acabei notando algo que eu não havia percebido das outras vezes que eu havia estado lá: Na sala, e em nenhum outro canto da casa havia um porta retrato.


– Voltei. O que vamos fazer?



Edward apareceu na sala de cabelos molhados e usando um moletom cinza. Uma vontade louca me deu em beijá-lo, e não hesitei ao fazê-lo. Levantei-me do sofá e o beijei. Assim que nossos lábios se uniram, seus braços envolveram envolta do meu corpo, trazendo-me para mais perto dele. Suas mãos em poucos segundos desceram para o meu quadril fazendo o meu corpo ser pressionado pelo o dele, para depois deslizaram para as minhas costas por dentro de minha blusa. Luzes se acenderam dentro mim com aquele toque mais intimo, provocando uma serie de desejos e vontades.


Eu já estava tão acostumada com ele, que agora ao beijá-lo foi como se fosse algo que eu tivesse feito a minha vida toda. Como se meu corpo reconhecesse ele. Como se ele sempre havia sido pertencido a mim.

•••

Naquela mesma semana saí com ele para ao cinema e visitei os meus pais no dia da minha folga.

Minha mãe teimou dizendo que havia algo diferente em mim, e eu tentei agir naturalmente, já que Edward não queria conhecê-la agora, eu também não poderia falar sobre ele para ela naquele momento.

Um das amigas de minha mãe foi visitá-la naquele mesmo dia. Havia sido um pouco constrangedor, pois apesar de estar ciente do acidente que havia acontecido comigo, a mulher falava como se eu se lembrasse dela. Eu ainda estava começando aprender a lidar com esse modo das pessoas ao falarem comigo. Eu já havia perdido as contas de quantas vezes eu havia passado por aquela situação. Até mesmo com Rose, a qual eu levei meses para lembrar.

Passei a tarde comendo biscoitos amanteigados com café, enquanto minha mãe tagarelava sobre os últimos acontecimentos. Renée e eu éramos muito diferentes, mas eu não podia negar o quanto eu me divertia com as suas dodeiras.

– Cuide-se beinzinho! – Ela falou beijando a minha testa, quando me levantei para ir embora e meu pai me abraçou antes de eu sair porta a fora.

Ainda estava cedo para ir para casa e no dia anterior eu não pude me encontrar com Edward. Então assim que sai da casa dos meus pais, liguei para o celular dele animada para vê-lo. Tocou algumas vezes até que caiu na caixa postal. Estranhei já que ele havia dito que hoje estaria em casa, talvez pudesse estar no banho.

Determinada, peguei um táxi e parti em direção ao seu apartamento.

Meu estomago já revirava de ansiedade só de imaginar que eu iria vê-lo. Recriminei-me mentalmente por estar agindo como uma adolescente. Nas ultimas semanas nosso abraços, beijos e amassos estavam tornando-se mais intensos, mais... Quentes. E eu ainda não sabia o que fazer. Eu ainda não estava preparada para avançar esse passo tão largo. Apesar de que vontade não era o que me faltava, eu não tinha experiência alguma para lembrar.

Expulsei esses pensamentos e abri um sorriso ao ver que o taxista havia parado em frente ao prédio destinado.

Entreguei o dinheiro e agradeci com um sorriso, que o senhor respondeu de volta.

Toquei a campainha do apartamento apenas uma vez, o que foi o suficiente para Edward abrir a porta com certa força. O sorriso enorme que estava em meus lábios, desmoronou ao ver uma mulher sentada em seu sofá.

– Oh, que surpresa! – A mulher falou com um sorriso debochado nos lábios.

Edward que tinha os olhos arregalados ofegou:

– Bella!


•••




Decepção. Angustia. Raiva?

Eu mal podia definir o que eu estava sentindo. Era um mistura de tudo.

Reprimi as lágrimas e continuei o meu trabalho, guardando os livros da biblioteca na prateleira. O Sr. Bennet já havia vindo perguntar duas vezes se eu precisava de algo. Eu apenas neguei com a cabeça e agradeci toda às vezes.

Depois do acontecimento da noite passada, corri para fora daquele prédio sem entender quase nada.

Ao chegar lá e ver aquela mulher no sofá, várias hipóteses surgiram em minha cabeça. Mas não agi. Não sai correndo sem ao menos ouvir uma explicação. Olhei para Edward, que naquele momento parecia bastante assustado e esperei. Para a minha surpresa, ele encarou a mulher sentada no sofá, depois olhou de volta para mim.

– Acho melhor você ir embora. – Ele disse com uma frieza incrível, deixando-me aturdida.

Minutos depois eu estava de frente para casa da minha irmã.

Passei a noite com ela e me permitir deixar algumas lágrimas rolares. Pela minha sorte, Rose não me fez perguntas. Ela me conhecia bem demais, sabia que quando eu estivesse pronta para falar, eu falaria.

Na manhã seguinte, de lá mesmo fui para o meu trabalho. Agora estava eu, tentando não chorar novamente como uma adolescente patética que eu não era mais.


Nunca se apaixonar. – Essa era a minha regra agora.




Quando acabou meu expediente, fui para casa. Pensei em pedir uma pizza e ir dormir cedo, mas o destino parecia ter outro plano para mim. Quando entrei no prédio o porteiro – Jack, ou Jackson? – me olhou torto. Fiquei confusa com o seu comportamento e apenas ignorei dando de ombros mentalmente.




Ao chegar ao meu andar, eu o vi. Sentado na porta do meu apartamento com as mãos no rosto, parecendo realmente muito cansado. Meu coração deu um pulo, e eu tentei controlar a emoção que senti ao vê-lo. Seus cabelos estavam mais bagunçados que o normal e suas roupas amassadas. De longe tive um vislumbre do seu rosto quando ele finalmente o descobriu. Ele estava exausto.


Foi ai que me toquei.

Ele estava ali desde ontem.


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Notas finais do capítulo

Não me matem!!1! haha, Não se pode esconder o passado por muito tempo u-u