Uma coisa que eu odeio, é mudar de casa ou escola, me sinto tão dispersa de tudo, bom eu sempre me senti assim, nunca me senti bem em qualquer lugar e estava olhando pela janela do avião aquele sol no meu rosto, quando cheguei a Phoenix, uma coisa que eu nunca gostei muito é de sol, sempre gostei do frio e do da chuva, me sentia mais viva assim, bom tenho 16 anos e minha mãe é a Victória, uma coisa que nunca herdei dela é a beleza, ela sempre foi uma mulher extraordinária, loira, alta, inteligente, mas bem estranha posso dizer assim, ela nunca me disse quem era o meu pai, ou me disse sobre os nossos parentes, ela dizia que eu tinha uma tia avó em Phoenix, e agente ia morar perto dela, eu estava feliz apesar de tudo, conhecer um pouco mais da minha história.

Cheguei a Phoenix as 7:30 da manhã, estava exausta depois de pegar o avião, a casa da tal da minha tia avó, era bonita, bem aberta espaçosa, mais algo deixava a desejar, mais pela primeira vez eu me sentia em casa, minha tia avó se chamava Rose, ela foi bem hospitaleira comigo e minha mãe, mais eu sentia um clima de antipatia entra ambas, a nossa casa era bem ao lado, era bem bonita também vermelha por fora, e por dentro tinha um chão quadriculado preto e branco, lembrando há aqueles chãos de cozinha, tava tudo arrumado minha mãe já tinha comprado tudo, eu fui direto para o meu quarto, minha mãe sabia como eu era, tinha decorado tudo de roxo, minha cor favorita, e minha cama era de casal, ao lado uma escrivaninha com um Notebook, com umas canetas e livros, eu adoro ler, uma das atividades que eu mais gostei, antes de eu vir pra Phoenix, eu tava terminando de ler Starters, um livro sobre drama de uma menina, sozinha que não tem ninguém no mundo a não ser seu irmão, uma garota que não pode confiar em ninguém. De certa forma eu me identificava com a história. Minha mãe nunca me contou muito da história dela, só que ela veio de uma cidade ao norte de Washington, nunca me disse nada do pai dela ou nada do tipo, Rose estava sendo bem simpática, estava nos ajudando na organização, mais minha mãe disse que eu não precisava ajudar, era melhor eu descansar e ir dormir Rose já tinha arrumado meu quarto, eu queria ajudar minha mãe, mais eu estava realmente casada. A minha cama estava com um lençol branco, e eu coloquei minha mala no chão e cai na cama, e dormi bem rápido, era bem tarde no meu relógio era 4:30 quando eu ouvi minha mãe conversando com Rose:

- Você esta me chantageando, Rose, você sabe que eu não quero ela aqui, você sabe o que aconteceu dessa casa – disse minha mãe Rose respondeu:
       
  - Não chamo isso de chantagem, eu quero conhecer mais a minha neta, você não disse nada só a origem dela, ela tem direito de conhecer mais a própria história” –  - Você é maluca, você não é nada dela, a não ser... – respondeu Victória, de repente eu cai num sono profundo, e não escutei nada, elas estavam bem estranhas, mais eu não me esforcei para ficar acordada, eu iria entrar no novo colégio e acabei dormindo.

No outro dia eu acordei bem cedo, a primeira coisa que eu fiz foi tomar banho, escovar os dentes e me arrumar. não demorei muito tempo e fui tomar café, Victória estava me esperando, e nós tomamos o café, eu não sei por que mais ela odiava que eu a chamasse de mãe, mais eu preferia Victória também ela deu um sorriso e disse:

- Você dormiu bem? -  - Ótima – respondi, eu não consegui agüentar e tive que falar

- Mãe, porque você tava brigando com a minha a Rose ontem? – 

- Você tava ouvindo a minha conversa com ela?” – “Desculpa mãe eu não pude evitar” Respondi meio envergonhada
 
- Tudo bem, acho que é melhor você saber mais agora não, eu tenho que ver o meu novo trabalho e a noite agente conversa - ela respondeu dando um beijo na minha testa.

Eu não estava com tanta fome, eu tinha que ir cedo para ir no novo colégio as sete horas, logo me apressei peguei minha bouça com 3 cadernos um estojo novo e sai, e Rose estava na porta, eu lhe disse bom dia, e ela também retribui, eu disse a ela que estava atrasada para ir a escola e não podia conversar ela entendeu, e disse que tudo bem, minha mãe queria me dar um carro, mais a escola era a 8 quadras dali e eu não ia demorar pra chegar e fui andando. Phoenix era ensolarada eu me sentia um peixe fora d’água, literalmente, eu me lembro vagarosamente, eu sempre brincava com a mangueira e adorava sempre me molhar, acho que isso contribui para eu gostar de água, enquanto eu estava indo fiquei pensando no que minha mãe queria me falar, podia ser algo importante, ou nem tanto.Quando cheguei na escola todo mundo com poucas roupa e eu ali com uma camiseta de manga longa e uma calça me olhando com um olhar torto, , quando cheguei uma garota morena, bem branca, veio falar comigo:

- Oi, meu nome é Laura, você é Heather Jhonsson certo? A garota nova? 

- Sim, só Heather, é você sabe como chegar à sala sete? Estou meio perdida sabe. – respondi

- É só virar a direita e ir reto pelo corredor, sua sala é a terceira do corredor. – disse ela.

- Muito obrigada - continuo.

- Se quiser pode almoçar comigo eu fico perto da janela, agente se vê por ai, agora tenho que ir to atrasada para aula, até mais.

Fiquei bem feliz, Laura parecia ser uma boa pessoa acho que finalmente teria uma amiga, nunca tive muitos amigos, mas era cedo demais para deduzir alguma coisa. Quando cheguei à sala pedi para o professor não me apresentar ou algo do tipo, mais ele acabou me apresentando de qualquer jeito, nunca gosto de ser o centro das atenções, e um monte de gente puxando meu saco, odeio isso, a escola que eu ia estudar era de duplas para tudo, prova trabalho, ou qualquer coisa, eu queria ser da sala de Laura, mais não tive a sorte, eu iria fazer dupla com um garoto chamado Jhonatan Hale, sentei ao lado dele, bem tímida quando ele:

- Olá, sou Jhonatan, você é?

- Heather, a aluna nova.

- Ah eu ouvi falaram de você. 

- Alunos, prestem atenção na chamada. - diz o professor.

- Não vou falar com você, acho que quer prestar atenção na aula. - termina ele

A aula passou mais rápido do que eu esperava, nove e meia iriamos para o intervalo, e eu fiquei no corredor a espera de Laura, não quero ficar sozinha então a esperei sair da sala que era perto da minha. Fomos para a cantina, peguei um prato de arroz e algumas verduras, e fomos sentar perto da janela, eu ficava só observando o garoto com quem eu fizera dupla de longe, sempre que ele olhava pra mim, eu olhava em outra direção, e fingia estar prestando atenção no que Laura estava falando.

- Já ficou afim dele não é? –

- O que? não – eu estava meio hipnotizada.

 - Tudo bem, ele é super gato claro, mais parece que ele só quer estudar mesmo, todas as lideres de torcida ficam se exibindo pra ele, mais agora que você é a dupla dele quem sabe você consegue algo a mais – ela disse rindo,

- Para com isso, não to interessada nele! - Retruco

- Tudo Bem – ela disse rindo novamente. - Só estou brincando com você

O dia passou super rápido, eram seis da tarde quando era a hora de ir embora. Na hora da saída me despedi de Laura pois o pai dela viria a buscar, ela me ofereceu uma carona mas me recusei, quando eu estava indo embora eu tinha que ir caminhando e ele veio correndo na minha direção e disse:

- Não não quero ser chato mais eu to indo nessa direção também, ficaria incomodada se eu te acompanhasse?

– Não, sem problemas – respondi, bom não havia nada de mais ele me acompanhar até minha casa.

- Então porque você mudou de cidade? Não gostava de onde você morava?”

- Não, é que minha mãe tem uma horrível mania de mudar de casa/cidade, eu odeio.

  - Hum 

- E qual o seu histórico de galã na escola? a Laura me disse que praticamente todas as garotas do colégio são caidinhas por você - perguntei

- “É não é que eu não dou a mínima pra elas é só que não vou ficar com alguém por puro três beijos ou outros, pra depois jogar fora, quero algo de verdade. – respondeu. Chegando perto da minha casa eu disse:

- Bom eu tenho que ir agora, te vejo amanhã 

- Até mais Heather” ele disse. Eu entrando em casa minha mãe estava arrumando a mesa do jantar, eu logo disse:

- Oi mãe!

- Oi filha, como foi o primeiro dia de aula? - pergunta ela. Eu me senti sem chão tudo estava escurecendo o que estava acontecendo comigo? Tudo que eu ouvi era minha mãe gritando meu nome e de repente sinto meus joelhos batendo no chão e meus olhos começam a sangrar, eu só consegui me ver caindo no chão a partir dali

- Ahh, mãe... 


Quando acordei estava com mochila ainda estava caída no chão e eu gritei a minha mãe mais ela não estava eu comecei a andar joguei minha mochila no chão, minha roupa estava toda cheia de sangue, saio andando da entrada da minha casa pela casa inteira procurando Victória eu penso que estou sonhando, mais a sensação é real, muito real, um medo sobe todo o meu corpo, alguma coisa se rastejando entra pela porta, fazendo barulhos de ossos que situação é essa? o que é isso? O que está acontecendo? Caio no chão fazendo um barulho enorme e a coisa só pronuncia uma coisa várias e várias vezes:

- ASSASSINA!

- AH, ASSASSINA - 

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

- Calma filha, ta tudo bem, você tava tendo um pesadelo.

- O que aconteceu? eu... eu desmaiei foi isso?

- É...- diz ela e eu coloco minhas mãos no meus olhos e eles estão normais agora.

- O que aconteceu comigo? Meus olhos estavam sangrando!?

- Não estavam, você deve ter imaginado isso, mas, você esta bem agora? Quer me contar como foi o pesadelo?

- Não, pelo menos agora não.

- Ok.

- Ah, que horas são?

- São quase onze horas.

- Ah mãe, te fiz ficar acordada, pode ir dormir.

- Tem certeza que está bem? até agora não entendi o que aconteceu com você.

- Eu to bem, eu devo ter passado mal, pode ir dormir, amanha agente conversa sobre aquele assunto boa noite. - finalizo

Eu estava morrendo de fome, mais achei melhor tomar um banho antes de fazer qualquer coisa, eu tinha acabado de acordar e não tinha jantado na noite passada, dormi com a roupa que eu estava mesmo, eu estava preocupada, os alunos já iam pensar que eu não era uma boa aluna, faltar em pleno segundo dia de aula, acho que seria a primeira falta no ensino médio, mais logo mandei um SMS para Laura, ela poderia avisar o professor que eu estava mal, logo em seguida fui tomar um banho quente, eu estava morrendo de dor de cabeça, mais depois eu tomaria um remédio, quando eu estava me enxugando, havia uma marca de mão nas minhas costas manchado de vermelho, parecida com uma mão eu fiquei muito assustada, não sabia o que era aquilo, mais era melhor eu falar com minha mãe a noite, mais fiquei meio preocupada.

 Fui para sala, com umas bolachas de sal numa vasilha, fui ver se estava passando alguma coisa, eu puis no canal das noticias e uma reportagem me intrigou muito: “Garoto de 12 anos denominado de Kevin Scott é morto em ritual satânico, um livro satânico foi deixado no lugar a respeito do assassinado” – eu fiquei chocada com a cena, mostrou o garoto com uma tatuagem feita por uma faca, desliguei a televisão na hora, era parecida com a que estava nas minhas costas eu fui correndo para o banheiro ver, mais ela tinha sumido. Sim eu estava completamente apavorada, eu podia estar louca, ou pela pressão da mudança de cidade, mas eu tinha fé que não era nada demais, quando eu voltei para a sala Rose estava batendo na porta, eu fui abrir e ela rápido foi entrando, perguntando se eu estava bem, pela noite passada:

- A minha mãe contou pra você sobre a noite passada? 

- Não.

 - Então como você sabe?

- Me desculpe sua mãe passou antes do trabalho pra falar comigo, sobre ontem.

 - Bom, eu vou para o meu quarto, se a senhora poder me dar licença” - “Tudo bem, eu queria te contar uma coisa, mais em breve você vai saber, até mais Heather” – ela respondeu, saindo da minha casa, eu fui mexer um pouco no novo computador, afinal eu ainda não tinha mexido nele, mais em todo lugar que eu ia só falava da morte do tal garoto. Uma coisa que eu sempre odiei, é falar de morte, ou pessoas que já morreram, me sentia mal a cada vez que eu pensava nisso, então resolvi ir ler um pouco, lá pelo menos não ia ter noticias desse tipo.

Eu estava deitada perto do portão lendo um livro “O vendedor de sonhos” outro livro, que eu me identifico bastante, fala sobre um garoto que sai por ai fazendo sonhos de outras pessoas, boas ações, mais algo era estranho, ele pedia dinheiro em troca disso, acho isso bem errado, mais o sol não estava tão quente e eu acabei dormindo. Já era cinco e meia da tarde a hora que de saída do meu colégio, que fica a manhã toda à tarde também, Laura me gritou na porta da minha casa, e eu a convidei para entrar, queria saber como estava Jhonata, e como tinha sido a aula:

- Como foi à aula hoje? Recebeu meu SMS? 

- Sim, mais estava com um clima de enterro, uma garota da nossa sala Ashley, teve seu irmão brutalmente assassinado, num ritual satânico teve noticias na... 

- Espera, eu vi na TV Kevin Scott?”
 
- Sim – Laura respondeu.

 - Que horror isso, todo mundo tava chocado e com pouco clima para estudar”

 - Imagino, coitada da Ashley, então, você viu o Jhonatan? – perguntei a ela tímida

- Não, ele não foi a escola hoje, achei estranho ele faltar, em três anos que eu estudei com ele, ele simplesmente nunca faltou.

- Tão acontecendo coisas muito estranhas eu...

 - Olá, então você é a famosa Laura? - perguntou Victória tinha chegado em casa

- É sim, sou eu.

- Heather não parou de falar de você ontem a noite. – disse rindo

- “Mãe!” – eu falei meio envergonhada.

- Tudo bem vou deixar vocês a sós. 

- Não imagina eu estava de saída mesmo, te vejo amanha.

- É mãe acho que agora temos muita coisa pra conversar, sobre eu, sobre você, sobre o que está acontecendo – falei a Victória.