I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK, BITCHES! Heeeeey, sentiram minha falta? Eu senti muito a de vocês, sério!
Já direto ao ponto, agradeço a todas as meninas que me mandaram reviews, me incentivando a continuar. E também um super obrigada pelas recomendações que as lindas da Mrs Kydd, Duda Costa e Isabel A mandaram. Eu amei, de verdade! AAAAAAAAAAH, e Luly sua linda, fiquei sabendo que você indicou minha fanfic para uma amiga sua e wow, isso significa demais! Sério, muuuuuuito obrigada, amor *------* Então, sem mais delongas, dedico TOTALMENTE esse capítulo a vocês! Nós vemos lá embaixo.



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– Eu gostava de quando você vinha aqui em casa e trazia presente – dou risada, olhando para Enobaria, que fecha a porta atrás de si.

– Clove! – minha mãe me repreende, mas tem um leve sorriso nos lábios.

– É, também é muito bom ver você, Clove – minha tia ironiza, me abraçando – Mas não se preocupe, a gente sai pra comprar em par de meias pra você depois – ela gargalha.

– Pensei que a ironia era parte do tio Brutus – comento, enquanto Enobaria abraça minha mãe – Só falta perguntar “E os namoradinhos?”.

– E você tem algum, por acaso? – ela me olha sarcasticamente.

E agradeço por Cato não estar aqui, pois sabia que quando voltássemos a nos falar normalmente, não importando quanto tempo isso demorasse, ele me zoaria eternamente.

– Enfim, você aprende algumas coisas depois de anos de casados – ela diz – Mas eu estava falando sério sobre as meias – completa, desmanchando o sorriso.

E então, minha mãe a puxa até a cozinha, fazendo-me segui-las.

Henri e Cato estão lá, conversando, mas param de falar quando entramos, vindo cumprimentar formalmente minha tia.

– É um prazer revê-la, Enobaria – Henri diz, assumindo uma postura elegante.

– Igualmente – ela sorri, cumprimentando Cato também.

Cato sai da sala logo seguida, enquanto continuamos a conversar normalmente. Tia Enobaria era o tipo de pessoa que conseguia levantar qualquer astral.

[...]

– Tudo bem – tia Enobaria murmurou, levantando-se – Eu e Clove estamos saindo.

– Estamos? – perguntei, a olhando confusa e deixando meu copo de suco sobre a bancada.

– Sim, eu te avisei, não avisei? – ela faz uma pausa, mas volta a falar antes que eu abrisse a boca – É claro que avisei. Eu disse que iríamos comprar meias pra você. Ou você prefere calcinhas?

Cato, que desceu para se juntar a reunião familiar minutos depois de ter subido, soltou um risinho. Lancei-lhe meu melhor olhar de “Fale alguma coisa e você morre”, mas ele não estava me encarando.

– Hm, então vocês não vão almoçar por aqui? – minha mãe questionou, tirando os copos vazios de cima do balcão.

– Não. Vou dar mais um pouco de fast-food para Clove pra ver se ela engorda um pouquinho. Tem certeza de que você está alimentando-a direito, Sam? Ela parece tão magrinha.

– Ugh – exclamei – Você está ficando tão chata quanto a vovó Greasy. Espero que a mamãe também não fique assim.

E sai de lá, subindo as escadas para escovar os dentes, antes que tia Enobaria pudesse soltar alguma coisa mais constrangedora que a das meias e calcinhas, embora eu duvidasse que houvesse alguma coisa pior que isso.

Depois que sai do banheiro, passei em frente ao quarto de Cato. A porta estava aberta, e o loiro estava deitado na cama, com o computador apoiado em seu colo.

Eu parei ali, no meio do corredor, cogitando a hipótese de entrar e pedir-lhe desculpas. Mas quando ele virou-se pra mim e levantou a sobrancelha, de modo questionar, decidi que meu orgulho era maior do que isso.

Afinal, eu não era a única que tinha agido como uma idiota ali. E, aparentemente, meus comportamentos idiotas eram culpa dele.

[...]

– Até que enfim. Eu não aguento mais andar – suspirei, sentando-me em uma mesa da praça de alimentação que haviam acabado de liberar.

– Depois eu que pareço a vovó Greasy – Enobaria resmungou, sentando-se ao meu lado e deixando suas comprar aos seus pés.

Dei de ombros, me concentrando em beber de meu refrigerante.

– E então – minha tia quebrou o gelo depois de alguns minutos –, como está sendo a convivência com Henri e Cato?

– Está sendo... Sei lá.

– O que exatamente você quer dizer com “sei lá”? – Enobaria rolou os olhos.

Me sentei ereta na cadeira. Eu realmente precisava despejar tudo aquilo pra alguém, e embora eu confiasse demais eu Katniss, eu nunca conseguia uma boa oportunidade pra levar uma conversa séria sobre tudo isso.

– Tia, me diz uma coisa, com sinceridade – fiz uma pausa, continuando quando Enobaria fez um gesto com as mãos para eu prosseguir – Você gosta de Henri e de Cato? Quero dizer... Argh, na verdade eu não sei o que quero dizer. É só que, hm... Sei lá, eu me sinto um pouco mal por tê-los criticado tanto no começo e agora ver que Henri não é tão ruim. E eu e Cato termos... – mordi minha língua, literalmente, tentando não fazer uma careta quando senti o gosto metálico de sangue espalhar-se por minha boca.

– Você e Cato o quê? – minha tia estreitou os olhos, parecendo realmente interessada.

– Você realmente gosta deles? – questionei, ignorando sua pergunta.

Eu tinha começado aquele assunto, eu tinha prioridade de ter respostas primeiro.

– Hã... Bom, acho que gosto – ela deu de ombros – Vamos lá, eu conversei com eles poucas vezes, apesar de sua mãe e Henri estarem juntos há todos esses meses, e eles sempre foram simpáticos comigo. Nunca reparei em nada estranho, se é isso que quer me perguntar.

Mordi o lábio inferior, ficando irritada. Não com minha tia, mas comigo mesma. Porque, porra! Por que só eu achava que tinha algo atrás de tudo isso, o que quer que fosse tudo isso?

– Mas... – ela fez uma pausa – Eu não convivo com eles vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Sua mãe está apaixonada, Clove, ela está sendo feliz com outro cara pela primeira vez desde seu pai. E, desse modo, só consegue enxergar o que há de bom em Henri. Não consegue ver que, assim como você está dizendo, pode haver alguma coisa estranha, entende?

Senti uma pontada de dor no peito, como se estivesse sendo acusada de tentar acabar com a alegria de minha mãe. Ela estava feliz, eu podia ver isso, e esse era um dos principais motivos pra eu não ter mais insistido no fato de que eu ainda achava que havia alguma coisa estranha nos dois.

Além do mais, a porcaria do rosto bonitinho de Cato vinha aparecendo em minha mente com mais frequência do que eu desejava. E isso me impossibilitava de pensar em qualquer coisa a respeito de atitudes estranhas que ele e seu pai poderiam ter às vezes, já que eu me ocupava pensando em como Cato conseguia me tirar do sério facilmente.

– Mas por que você está me perguntando isso? – Enobaria me tirou de meus devaneios, colocando sua mão sobre a minha em cima da mesa – Sabe que você pode me contar o que quiser, não é?

– É só que... Arrrrgh! – soltei um ruído do fundo de minha garganta, atraindo um olhar torto da senhora que sentava à mesa ao lado da nossa – Isso tudo é tão frustrante pra mim. Essa nova “família” é frustrante. Tudo é frustrante, principalmente o babaca do Cato. Eu quero ignorá-lo na maior parte do tempo, mas simplesmente não consigo. Então, desconto essa frustração que eu tenho comigo mesma gritando com ele.

Minha tia ficou pensativa por alguns minutos, seus olhos fixos nos meus, e eu sabia que ela estava me estudando.

– Por curiosidade – ela pronunciou a frase um pouco mais devagar que o normal –, há alguma coisa entre você e o Cato que eu devesse saber?

Rapidamente puxei minha mão de seu contato – rápido demais –, sentindo minhas bochechas esquentarem.

– N-não. Por que pergunta isso?

– Eu não sei – ela suspirou – Você veio com esse papo estranho e, pensando pelo seu lado, há várias coisas com o que se preocupar. Mas, aparentemente, Cato é o seu maior problema. E eu vi, eu vi o jeito que vocês se olhavam hoje mais cedo. – e, com um sorriso malicioso brotando em seus lábios, ela completou: – Ah, sem contar que ele é lindo!

– É, eu realmente olhava pra ele de um jeito diferente. Eu o estava olhando com uma cara que queria dizer “Eu quero matar você”. E será que tio Brutus ia gostar de saber que você está falando sobre o quanto garotos com metade da sua idade são bonitos?

– Brutus não está aqui, ele não precisa saber. E você sabe que concorda plenamente comigo – infelizmente, assenti mentalmente. Enobaria ainda tinha o sorrisinho no rosto, mas ela logo fechou a cara – E não mude de assunto!

Dei de ombros, começando a devorar o hambúrguer que estava quase esquecido a minha frente.

Quase, já que meu estomago fazia um barulho perigosamente alto, delatando para metade do shopping o quanto eu estava faminta.

[...]

Agora eu tenho que concordar com você, Clove. Meus pés estão me matando – tia Enobaria abriu a porta de minha casa, sapatos e meias voando paro o alto.

Mamãe nos lançou um olhar feio ao ver as coisas jogadas ao chão – minha mãe sempre foi a irmã politicamente correta e que adora as coisas no lugar, exatamente o oposto de Enobaria – enquanto minha tia e eu estávamos sentadas/deitadas no sofá, então fiz o mínimo que podia, levantando-me e ajudando a pegar as coisas.

Comecei a subir os degraus, levando minhas compras para meu quarto, quando minha mãe me chama:

– Daqui a pouco o jantar estará pronto, Clove. Então, venha logo.

Gritei um “tudo bem” e fui até meu quarto. Lá, deixei as sacolas em um canto – eu não estava com o mínimo saco pra arrumar as coisas agora – e joguei-me sobre a minha cama. Apanhei meu celular e meus fones, constatando que passavam um pouco das seis e meia da tarde. Mandei uma mensagem a Katniss, pedindo que ela me avisasse quando chegasse do encontro, mas ela aparentemente ainda estava ocupada, uma vez que não respondeu.

Eu sabia que o jantar logo estaria pronto, mas estava tão cansada de passar a tarde caminhando que apenas fechei meus olhos, apreciando a melodia que ecoava no último em minha cabeça, e só me toquei que havia adormecido quando acordei em um sobressalto com batidas na porta. Arranquei os fones de meu ouvido, percebendo que havia cochilado pouco mais de quinze minutos, e esfreguei meu rosto onde estava quente e provavelmente com marcas do travesseiro.

Sentindo-me um pouquinho mais desperta, murmurei qualquer coisa parecida com “Entra”, e a temperatura do quarto pareceu cair para algum numero negativo quando Cato pôs a cabeça para dentro do cômodo, com um olhar sério.

Ele me encarou por alguns segundos antes de abrir a boca.

– Sua mãe me mandou te chamar pra comer.

– Ah, tudo bem – murmurei, bocejando.

Cato assentiu com a cabeça e começou a andar em direção as escadas, deixando a porta aberta. E eu, num impulso, saltei para fora da cama e fui atrás dele, segurando seu pulso. O loiro virou-se, me encarando com um olhar tão sério quanto o de antes.

– Ahn... Cato, e-eu... Eu... – respirei fundo, com raiva de mim mesma por não encontrar as palavras certas. Mas Cato voltou a falar antes que eu.

– Esquece, Clove – Cato não me deixou terminar a frase, puxando seu pulso delicadamente de meu aperto, com um tom extremamente... neutro.

E foi por isso que eu senti raiva dele. Por ele simplesmente não demonstrar nada. Por ele usar um tom que não continha nada além de exaustão – nem raiva, ou tristeza, ou qualquer coisa parecida. E, no momento, isso era tudo que eu queria; saber o que Cato estava pensando, sentindo. Mas ele tornava tudo isso impossível!

Ele fingia que não se importava ou ele realmente não se importava?

Internamente, eu torcia para que fosse a primeira opção – uma vez que a segunda trazia uma sensação estranha para meu peito.

Respirei fundo outra vez, indo até o banheiro lavar o rosto e, então, descendo até a sala de jantar.

Todos já estavam sentados, e no centro da mesa havia um prato de cozido de carneiro. Imediatamente, me lembrei de Katniss – esse era seu prato favorito – e me perguntei se ela ainda estaria com Peeta. Estava tão concentrada pensando nisso, que só me toquei que estavam falando comigo quando Cato me deu um chute por baixo da mesa.

– Hã? O quê? – perguntei, trocando olhares entre minha mãe e minha tia para ver quem estava falando comigo.

– Ainda está dormindo, Clove? – minha mãe perguntou, pegando meu prato e me servindo de uma porção.

– É, talvez – forcei um sorriso, e um bocejo involuntário saiu de mim.

– Eu disse que tenho novidades – tia Enobaria sorriu.

– E o que é? – comecei a revirar minha comida com o garfo enquanto mastigava o que já estava em minha boca. Sinceramente, a esse ponto do dia, parecia que nenhuma novidade – por melhor que fosse – me colocaria pra cima.

Talvez Cato tivesse me atingido com toda sua exaustão, já que eu não me sentia mais muito animada para qualquer coisa.

Minha tia tomou um gole de suco antes de me responder.

– Eu convidei sua mãe para passar o final de semana que vem lá em casa. E ela aceitou.

– Ótimo! E quando vamos? – por mais que eu não estivesse animada agora, a ideia de passar o final de semana com meus padrinhos, que eram umas das pessoas que eu mais gostava, já melhorava um pouco as coisas.

Mas me senti ficar inquieta enquanto minha mãe, Enobaria e Henri me olhavam como se eu fosse retardada. Cato estava de cabeça baixa, mas eu podia jurar que ele estava sorrindo.

– Hã, final de semana que vem – minha mãe frisou as palavras de minha tia, e ai sim eu me senti uma retardada, principalmente ao captar as risadinhas discretas de Cato.

– Mas acho que você entendeu errado, querida – Enobaria pigarreou, e eu não gostei de seu tom – Eu disse que convidei a sua mãe.

– Eu sei. E isso, obviamente, me inclui. Não é? – completei quando a vi me olhando de um jeito estranho.

Houve um momento de silêncio na mesa, nem mesmo os talheres faziam barulho.

Na verdade, não. Isso inclui apenas Henri – minha tia estava um pouco envergonhada, eu percebi.

Se minha mãe e Henri iam até a casa de minha tia, passar o final de semana fora...

– Desculpa, tia, mas eu acho que eu não entendi – mesmo morrendo de fome, deixei meus talheres de lado e encarei minha tia seriamente – Quer dizer que você convidou minha mãe, mas não me convidou.

– Desculpe, Clove, mas é isso. Brutus e eu queríamos fazer alguma coisa em casais, sabe? Por isso convidei apenas os dois.

Não queria saber o que ela queria fazer em casais – sinceramente, eu sabia, mas preferia não pensar nisso –, não quando eu tinha um problema muito maior para pensar.

– Então é, você convidou minha mãe e Henri, mas não convidou a Cato e a mim – eu sabia que estava falando de maneira mais pausada, mas não sabia porque. Talvez para tentar absorver o que eu estava entendendo daquilo tudo.

– Sim, Clove, é isso. Eu não sei o que você não entendeu – minha mãe intrometeu-se e, pelo seu tom, estava começando a perder a paciência.

– Então, Cato e eu não vamos no final de semana para a casa da tia Enobaria. O que quer dizer que...

Eu não conseguia dizer aquilo em voz alta. Mas Cato o fez por mim.

– Isso mesmo, maninha. Vamos passar o final de semana sozinhos – ele fez uma pausa – Você sabe se cuidar sozinha, não é? Ou será que prefere que eu cuide de você?

Será que mais ninguém naquela mesa percebia o quanto Cato estava sendo sarcástico e cínico?

– Eu acho... que perdi a fome – murmurei, enquanto meu único pensamento se resumia a:

Merda!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Bom, eu peço desculpas por ter deixado a fanfic em hiatus, mas eu procurei explicar todos os meus motivos naquele aviso. E, como vocês sabem, um dos motivos pelo qual eu parei foi pela falta de reviews, então vamos fazer o seguinte: a fanfic já passou dos 100 leitores, então eu espero, NO MÍNIMO, vinte (20) reviews pra postar o próximo, que já está pronto, okay? Se eu não receber esses reviews, só Deus sabe quando eu posto (e, bom, vocês sabem o quanto eu sou enrolada, não é?)!
Outra coisa, cadê os leitores daqui que simplesmente desapareceram de AIWFC? Fiquei feliz com os comentários da Parte I, mas você nem deram as caras na Parte II ;( Então, deixem de preguiça e vamos lá, dar a opinião: http://fanfiction.com.br/historia/453640/All_I_Want_For_Christmas/capitulo/2/ Também aceito recomendações dlkfgjls E quem ainda não leu, também é super bem-vindo!
Ah, e pra quem gosta de Os Instrumentos Mortais, acabei de postar uma one-shot ClaryxJace, então venham ler: http://fanfiction.com.br/historia/475351/I_dont_hate_Valentines_Day/ E quem não gosta, pode vir ler também ;) sdkfjh
Enfim, espero que tenham gostado! Principalmente desse finalzinho, rs. Então, vejo vocês nos reviews, okay? Beijos