A Caçadora E O Vampiro escrita por Dory


Capítulo 8
O começo da vingança...


Notas iniciais do capítulo

Oi meus leitores lindos!!! Desculpem a demora, tava meio sem tempo pra escrever, mas aqui estou postando esse capítulo para vocês...
Esse vai ser um pouquinho diferente, vamos ter um POV Mike na história (o texto em itálico), então vão ser dois POVs neste capítulo.
Espero que gostem, me avisem se gostaram ou não para que eu possa melhorar a história...



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A porta da sala bateu com um estrondo, me sobressaltando. Estava muito concentrada no trabalho de literatura sobre Drácula que tinha que entregar dali dois dias para que pudéssemos começar a estudar outro livro nas aulas de Taylor – esse era o meu jeito de tentar tirar a ameaça de Dean da cabeça, tentando me manter o mais ocupada possível. Desde o telefonema me sentia péssima, não queria que nada de ruim acontecesse aos meus amigos, principalmente a Mark, com quem eu mais me importava.

Mike entrou em meu campo de visão poucos segundos depois. Ele tinha ido para a casa de Alice logo depois de me deixar em casa quando as aulas do dia tinham finalmente acabado, me avisando para que não o esperasse para jantar. Pensar na faculdade fez com que minha mente vagasse, me fazendo pensar em Mark automaticamente.

Ainda estava esperando que ele voltasse a se isolar em sua bolha e não me deixasse mais invadi-la, mas até o momento tudo estava indo muito bem. Mesmo que ainda nos falássemos e tudo mais, sentia falta do dia na campina, só nós dois, conversando abertamente, sem segredos... E isso era perigoso, me sentia cada vez mais atraída por ele, algo que o incomodava, e era algo que poderia colocar sua vida em risco agora que D estava me vigiando cada vez mais de perto. Era incrível como pensar em Mark fazia com que eu me distraísse de tudo a minha volta.

“Está tudo bem?” perguntei, preocupada depois de analisar a aparência de Mike. Seu cabelo estava todo bagunçado, suas roupas tinham cortes lineares pequenos e vários rasgos maiores em todas as partes. Um corte em sua bochecha me chamou atenção, pois dele pingavam grandes gotas de sangue vermelho escuro que ensopavam sua camiseta branca. Seus jeans também estavam manchados de sangue. Seus olhos me fitavam com uma mescla de dor, alívio e choque. Não pude deixar de sentir um aperto no coração ao vê-lo tão abalado emocionalmente e fisicamente também.

“Não” sua voz tremeu ao falar. Ele gemeu de dor e segurou o pulso esquerdo com a mão.

“O que aconteceu com você?” perguntei, indo em sua direção para estudar os ferimentos me sentindo cada vez mais preocupada.

“Dean me mandou uma mensagem quando estava saindo da casa de Alice, me mandando ir até a floresta. Falou que tinha deixado algo lá para mim” ele não tinha forças para falar direito, sua voz saiu como um sussurro que não teria escutado se não estivesse ao seu lado.

“O que ele fez com você?” ajudei-o a mancar até o sofá e fui pegar o kit de primeiro socorros que guardava no armário embaixo da pia da cozinha. Quando comecei a trabalhar com D, ele me fez cursar um curso rápido de enfermagem para que pudesse cuidar de mim mesma caso me machucasse em uma missão, ir até um hospital chamaria muita atenção de acordo com o que falara, então teria que evitar ao máximo procurar um médico, a não ser que fosse um caso muito grave. Me sentei no sofá ao lado de Mike e comecei a limpar o ferimento em seu rosto, o que fez com que seu corpo estremecesse de dor.

“Bem, não foi ele exatamente...” falou, fazendo uma pausa antes de continuar.

(P.O.V. Mike)

Era uma noite quente para o mês de Setembro, a brisa fazia as folhas das árvores farfalharem suavemente e algumas folhas caíam lentamente por causa do inverno que se aproximava. Tinha acabado de sair da casa de Alice, ainda estava surpreso com o fato de ela ser uma bruxa – algo que ela não sabia que havia descoberto – não era assim que imaginava que uma bruxa seria. Ela era muito bonita, seus longos cabelos loiros e cacheados eram macios e emolduravam seu rosto de uma forma linda. Seu sorriso era estonteante, sempre ficava hipnotizado com ele. Seus olhos verdes e brilhantes me olhavam com admiração e amor, o que fazia meu coração bater mais rápido – coisa que nunca seria capaz de admitir a ninguém. A sensação de sua pele me tocando era maravilhosa, era suave e quente... eletrizante. Estava apaixonado por ela, não tinha como negar isso. E o melhor de tudo era que esse amor que sentia era correspondido da mesma maneira e na mesma medida.

Meu celular vibrou em meu bolso quando estava prestes a entrar no carro que estava estacionado em frente a casa dela. Pude ver que ela me observava através da janela da sala de estar. Acenou e virou-se, sumindo de vista. Suspirei, ela era tão meiga... Me voltei para a mensagem com certa relutância.

Entre na floresta pela rua cinco, tenho algo para você lá.

Venha sozinho.

D.

Entrei no carro, dei partida e parti em direção à rua cinco que ficava na entrada da cidade. Estranhei a mensagem de Dean, ele não era dado a surpresas, mas vindo dele qualquer coisa era estranha. Não sabia o que me aguardava lá, ele sempre foi um homem enigmático e imprevisível, mas sabia que se não fosse até lá o que ele faria comigo seria pior do que qualquer coisa que pudesse estar me aguardando na escuridão da floresta.

A rua cinco era uma rua pouco movimentada, com poucas casas, em sua maioria grandes e antigas com janelas imensas. Podia ver as pessoas se movimentando na casa através das janelas iluminadas, sem prestar atenção no mundo do lado de fora. Por toda a extensão da rua podia-se ver árvores altas com folhas levemente avermelhadas nas pontas. As calçadas estavam cheias de folhas caídas e murchas, formando um tapete macio para quem andasse sobre elas.

Minha cabeça estava viajando, não conseguia prestar atenção no que fazia, simplesmente continuava indo em frente, considerando as possibilidades de algo bom estar me aguardando no solo úmido e escuro da floresta que circundava a cidade inteira, mas não estava apostando muito nisso. Uma senhora idosa abriu a janela para ver o que quebrava o silêncio do local, olhou o carro partindo e voltou a fechar a janela, voltando a seus afazeres.

O relógio do carro marcava 9:00 p.m quando estacionei no fim da rua sem saída. A floresta se abria imponente a minha frente. Densa, escura, sombria. Peguei uma lanterna no porta-luvas e segui em frente, entrando na floresta hesitante e alerta. Procurei a trilha que sabia que devia estar lá em algum lugar e respirei fundo antes de prosseguir.

Estava atento a qualquer som estranho, me sobressaltando a qualquer ruído. A terra úmida grudava em meus tênis, as folhas e os galhos nos quais pisava enquanto seguia adiante pela trilha estalavam fazendo um barulho alto demais, me assustando a todo momento. Não gostava de entrar em florestas sozinho, principalmente a noite. A luz da lanterna não iluminava mais que alguns centímetros a minha frente, deixando tudo muito pior. Queria matar o Dean por isso, mas reprimi meus pensamentos, tentando me manter focado no caminho que seguia, não podia dar ao luxo de tropeçar e cair de cara no chão. Estava com um mal pressentimento quanto tudo isso, mas ignorei meus instintos e me esforcei para que minhas pernas continuassem me levando em frente.

Meu celular vibrou novamente. Estava impressionado que ainda tivesse sinal por ali. Era outra mensagem de Dean, o que já era de se esperar, precisava de mais informações para poder chegar até ele.

Siga até o final da trilha e aguarde mais instruções.

D.

Suspirei, não me sentia a vontade ali e teria que andar mais um pouco, adentrando cada vez mais na floresta sombria. Pensar em todos os monstros que podiam estar habitando aquele lugar fez um calafrio percorrer meu corpo, me fazendo estremecer.

A trilha começou a subir aos poucos em um caminho irregular cheio de pedras lisas e escorregadias – o fato de ter chovido mais cedo só piorava minha situação. Escorreguei algumas vezes, sentia as palmas de minhas mãos arderem, esfoladas pelas rochas que usara para me apoiar e evitar cair de cara no chão.

A vontade de dar meia volta e voltar para casa era muito tentadora, mas sabia que não podia fazer isso.

Ao chegar no fim da trilha, me sentia cansado, tive que andar muito para chegar lá. Minhas mãos doíam cada vez mais, queria ir para casa e não podia. Esperei pelo que me pareceu um tempo longo demais. Os barulhos a minha volta estavam me deixando cada vez mais inquieto e continuava sem informações de Dean.

Pareceu que a eternidade havia passado antes de sentir meu celular vibrar em meu bolso novamente. Olhei para o celular aliviado.

Seu presente irá chegar em alguns minutos, só aguardar.

D.

Guardei o celular no bolso irritado. Quanto tempo mais teria que esperar naquela floresta? Me sentei no chão para esperar, já estava sentindo minhas pernas doerem do esforço contínuo, havia sido um dia muito longo. Tive meu primeiro treino no time de futebol americano da faculdade hoje e o treinador pegou pesado com todos os novatos – que compunha a maioria das pessoas presentes no campo de esportes da faculdade. O treino das líderes de torcida aconteciam ali perto, era interessante de assistir, principalmente por causa da Alice ser a capitã. Ela ficava linda e irresistível com o uniforme das cheerleaders.

O barulho de passos me alertou da aproximação de alguém. Me levantei em estado de alerta, pronto para bater no que estivesse se aproximando – ou correr, que seria a melhor opção no momento, estava me sentindo cansado demais para brigar.

Um homem alto vestindo roupas pretas apareceu. Sua pele morena clara parecia brilhar por causa do suor. Ele parou poucos centímetro a minha frente, seu rosto escondido por um capuz. Não segurava nada nas mãos, mas sabia que ele era o mensageiro de D, ninguém mais entraria na floresta tão tarde por vontade própria, principalmente em uma área tão afastada da civilização.

Ele sorria, mostrando caninos grandes e pontudos. Fiquei olhando-o intrigado, o conhecia de algum lugar. Queria saber o que ele fazia ali, onde estava o “presente” que D tinha falado na mensagem e, acima de tudo, queria tomar um banho e ir pra cama.

O homem permaneceu onde estava, sem se mexer um milímetro e sem falar uma palavra se quer. No entanto algo nele estava diferente. O brilho causado pelo suor parecia aumentar com o passar do tempo, seu sorriso aumentava, como se sua boca estivesse crescendo. E, o que mais me chamou atenção, seu corpo tremia, no começo era quase imperceptível, mas naquele momento estava tremendo violentamente.

Nessa hora sabia o que estava acontecendo, já tinha visto isso antes, mas não o suficiente para reconhecer os primeiros “sintomas” da transformação.

Sabia que não seria rápido o bastante, mas comecei a correr, tentando desesperadamente me afastar daquele homem, ir embora, ficar a salvo. A trilha parecia ter ficado mais difícil de seguir do que fora na ida, as pedras pareciam mais lisas e mais escorregadias, pareciam armadilhas. E nessa hora tudo ficou claro para mim. D tinha me mandado o suposto presente, eu não havia reconhecido no começo, mas agora sabia. Aquele homem era meu presente, essa trilha específica era minha armadilha.

Ouvi ao longe o som que temia, mas que sabia que estava por vir. Um uivo, alto e agudo que quebrava o silêncio que se instalara na floresta desde a chegada daquele homem, era como se a floresta e seus habitantes soubessem o que estava presente ali e tivessem se escondido com medo do que estava prestes a acontecer.

Estava cada vez mais difícil de correr, caía várias vezes, me levantava e continuava a correr. Não demorou muito para que ouvisse o barulho de patas batendo pesadamente no chão e uma respiração acelerada que chegava cada vez mais perto.

Continuei correndo, o mais rápido que podia, minha vida dependia disso. Senti meu pé enganchar em algo, me fazendo cair. Tentei me apoiar nas mãos, mas uma dor em meu pulso me impossibilitou, fazendo com que batesse o rosto em uma raiz. Senti algo quente escorrer por minha face, pingando em minha camiseta. Ao cair, deixara a lanterna rolar para longe de mim, sua luz ainda iluminava, mas precariamente. Consegui girar o corpo, mas meu pé ainda estava preso na raiz, não conseguia tirá-lo. E o medo começou a se apoderar de mim, tomando conta de meu corpo.

Enquanto tentava desesperadamente me soltar, algo parou na minha frente. Estava tão desesperado que não percebi o que era logo no começo, mas depois de alguns segundos percebi o que estava ali, me encarando.

Um lobo grande de pelos escuros e longos me olhava com olhos pretos impenetráveis. Ele bufava, ofegante. Sua boca se abriu mostrando uma longa fileira de dentes brancos, um rosnar baixo começou a sair de seu peito e logo começou a ganhar volume, invadindo meus ouvidos, o único som que conseguia ouvir.

Ainda lutava com a raiz, mas não conseguia desviar os olhos do lobo enorme parado tão perto de mim. Vi sua pata dianteira levantar, para me atingir. Tentei rolar para o lado para evitar o golpe, mas suas garras ainda atingiram meu braço. Senti as garras em meu estômago e em minha pernas. Gritava, mesmo sabendo que ninguém poderia me escutar, ainda estava longe da rua. Me debatia, tentando me livrar de suas garras e dentes, mas tudo isso era inútil, o lobo era mais forte que eu.

Estiquei o braço, tentando achar algo com o qual pudesse me defender. Senti meus dedos tocarem uma pedra grande e achatada. Segurei-a da melhor maneira que pude. Tentei inutilmente bater no lobo, mas minha ação o deixou mais furioso. Suas patas em meu tórax me prendiam no chão. Sua cabeça estava perto de mais do meu rosto, podia sentir sua respiração quente me atingir enquanto rosnava. Com minha perna livre, o chutei, desviando sua atenção por tempo suficiente para que pudesse atingi-lo na cabeça com a pedra, juntando todas as minhas forças para desferir o golpe.

Senti o lobo estremecer sobre mim, tombando lentamente para o lado, inconsciente. Com cuidado tirei-o de cima de mim. Meu corpo todo doía por causa de seus ataques. Podia sentir minha perna úmida de sangue, assim como meu rosto.

Depois de algum esforço consegui finalmente soltar minha perna e me colocar de pé. Minhas pernas estavam fracas, não sabia se teria forças para alcançar o carro antes que o lobo acordasse. Nunca tinha lutado com um lobisomem antes, não sabia quanto tempo levaria para que ele recuperasse os sentidos.

Não consegui achar a lanterna, tendo que abandoná-la e tentar a sorte na floresta escura. A lua e as estrelas iluminavam a trilha muito mal, a copa das árvores não deixavam que a luz passasse, somente alguns feixes de luz me indicavam o caminho, meus olhos demoraram para se adaptar com a falta de iluminação. Fiquei andando por um tempo muito longo, já estava começando a achar que estava perdido quando uma luz amarelada chamou minha atenção. Fui em direção aquela luz, sentindo-me cada vez mais fraco. Não demorou muito para que pudesse avistar a rua.

Entrei no carro aliviado. Estava seguro.

Dirigi para casa, não sei ao certo como consegui dirigir, mas consegui.

Foi um alívio muito grande ver Millie sentada no sofá despreocupada. Pelo menos ela estava bem. E, mesmo estando com o corpo coberto de ferimentos, estava feliz. Tinha conseguido chegar em casa vivo.

“Não acredito que o D fez isso com você, Mike” falei, terminando de enfaixar o pulso que Mike torcera ao cair.

“Nem eu. Ele não estava brincando quando te ameaçou Millie” falou, sua voz acalmando aos poucos “Nós não estamos seguros aqui”

“Vamos ter que continuar com a missão, Mike.” suspirei “Não podemos desafiá-lo”

“Não posso deixar você desistir de ser feliz, nós vamos dar um jeito Millie. Tem que ter um jeito de conseguir fazê-lo compreender”

“Não, Mike” interrompi “Minha felicidade não vai valer a pena se tiver que perder alguém que amo para que possa ser alcançada. Por favor, tira essa ideia da cabeça”

“Achei que você quisesse isso”

“Eu quero” me sentia frustrada por isso. Queria tanto poder viver nesta cidade e ser uma pessoa normal, pela primeira vez na vida me senti bem em algum lugar. Nessa primeira semana já tinha mudado muito, me sentia normal, me sentia bem... sentia que finalmente poderia recomeçar minha vida. Mas Dean não iria deixar, já devia ter esperado isso, não devia ter criado esperanças, não devia ter deixado Mike me convencer de que tudo daria certo, que daríamos um jeito “Por mais que eu queira, Dean não vai me deixar ser feliz aqui, não quero que ninguém se machuque por minha causa. Vamos acabar essa missão e seguir em frente”

“E você acha que vou conseguir viver vendo você triste de novo?” perguntou, olhando-me de um jeito que não consegui compreender “Millie, você pode não perceber, mas eu te conheço há muito tempo, essa cidade te mudou de um jeito que não consigo entender, você está feliz, nunca te vi assim antes. Não posso deixar que você termine essa missão e volte a ser aquela garota infeliz com a qual convivi por tanto tempo. Não vou poder me perdoar se isso acontecer.” ele tocou meu rosto suavemente, seus olhos estavam calmos novamente “Você merece ser feliz, Millie. Todos merecem ser feliz. Eu vou lutar por isso, você queira ou não. Não vou deixar que um contrato ou um maníaco tirem sua chance de ser feliz.”

“Mike...”

“Não” interrompeu “Não tente me fazer mudar de opinião, eu já me decidi. Cabe a você dizer se vai me ajudar para que possamos ser felizes aqui ou se vai desistir de vez e deixar tudo isso para trás e me assistir tentar achar uma solução para tudo isso sozinho” o assisti se levantar e ir em direção à escada.

“Onde você vai?”

“Vou tomar um banho e dormir um pouco. Pense no que te falei” e assim ele sumiu de vista.

Uma vez sozinha na sala suas palavras começaram a se assentar em mim. Sabia que ele estava certo, Dean não tinha o direito de arruinar minha vida, mas eu também não tinha o direito de deixá-lo machucar as pessoas que amava para que pudesse ser feliz.

Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto e logo foi seguida por outras. Meu coração estava em um conflito tão grande que não pude me impedir de chorar, frustrada e confusa.

Fiquei assim por um tempo que me pareceu muito longo, sentada no sofá, abraçada a uma almofada enquanto as lágrimas escorriam, encharcando minha blusa.

O relógio em meu pulso marcava 1:00 a.m, enxuguei o rosto com os braços, tentando me acalmar. Tinha que me acalmar, ordenar os pensamentos. Suspirei.

Ouvi passos na escada. Mike estava de pijamas vindo em minha direção. Ele se sentou ao meu lado me abraçando. Chorei em seu peito soluçando por mais um tempo até que minhas lágrimas acabaram. Enxuguei o rosto mais uma vez.

“Millie”

“Que foi Mike?” perguntei, olhando-o. Seu olhar parecia enxergar algo além de mim, isso estava me deixando preocupada novamente.

“O lobisomem” respondeu, mas sua voz não estava demonstrando medo.

“O que tem ele?”

“Eu sei quem ele é” seus olhos voltaram a me focalizar.

“Quem é?” perguntei ao perceber que ele não falaria nada a não ser que perguntasse.

“Daniel Howee, ele é do time de futebol americano na faculdade”

Esse nome me fez entrar em choque. Não podia acreditar que ele era um lobisomem. Se fosse qualquer outra pessoa eu poderia lidar com isso, mas não ele.

“Mike, ele é o namorado da Sophie” falei, me lembrando que ela havia me contado que eles estavam juntos desde o sábado, desde a festa da cachoeira. Será mesmo que só se passou uma semana desde que cheguei aqui?, me perguntei, parecia que mais tempo havia se passado “Ele trabalha para o D” senti meu mundo girar e começar a desabar “A Sophie está correndo perigo”.

Meu celular apitou. Era uma mensagem.

Essa foi só uma amostra do que posso fazer.

Acha mesmo que ser feliz vale a pena? Tendo que me desafiar?

Mais amostras estão prestes a vir, fiquem atentos...

D.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam??? Por favooooooor comentem e me façam feliz!!!



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