A Caçadora E O Vampiro escrita por Dory


Capítulo 15
A missão (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente!!! Mais um capítulo para vocês!!! Espero que gostem!!!



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Ficamos em silêncio o resto do trajeto até a lanchonete. Sentia meu corpo quente de raiva, não entendia por que Dean não podia esperar um pouco, Sophie precisava de mim, mas aparentemente ninguém estava ligando para os sentimentos da minha amiga alucinada. Dean também estava bravo comigo, ele não me olhava, seu rosto avermelhado e seus olhos furiosos diziam tudo, era fácil ler as expressões dele, tão fácil quanto ler as minhas.

A lanchonete estava cheia, era domingo, o dia mais movimentado na cidade. Vários grupos de amigos e casais jantavam ou bebiam no bar. Dean me levou até uma mesa nos fundos do prédio onde Mike já estava acomodado com cara de culpa. Um copo estava à sua frente, ele estava bebendo vodka, isso sempre fazia com que ele passasse mal se bebesse mais do que três copos. Dean fez sinal para que eu me acomodasse ao lado de Mike enquanto ele se sentava de frente para nós. Um garçom veio nos atender e voltou rapidamente com nossas bebidas. Tomei a tequila em um gole só, fazendo minha garganta queimar. Sabia que a noite seria longa, precisava de algo mais forte do que uma cerveja. O garçom, vendo meu copo vazio, veio até mim, mas acabei pedindo vodka também, ele voltou com meu pedido rapidamente, se mostrando muito eficiente. Por mais que estivesse trabalhando lá há algum tempo, não o conhecia, me perguntava se ele era um dos capangas de Dean, mas logo tirei esses pensamentos da minha cabeça, precisava parecer concentrada, não podia suspeitar do D a cada momento.


“Onde está o Taylor? Achei que fossemos ter uma reunião todos juntos” comentei, vendo Dean dar um gole na cerveja a sua frente. Ele não pareceu se importar com minha pergunta inoportuna como normalmente aconteceria.

“Eu já conversei com ele, a missão dele está sendo executada conforme o planejado” ele me lançou um olhar de reprovação e continuou “Ele não vai ajudar vocês nessa parte da missão, vai apenas continuar com seus serviços como professor e, como você gosta de chamar, espião”

“Era isso que ele era desde o começo, não é? Um espião? Você contratou ele para nos vigiar, estou certa, não estou?” a bebida estava me deixando mais ousada – já estava quase terminando o conteúdo dentro do meu copo – era exatamente isso que queria, não podia deixá-lo controlar minha vida, tinha que me impor também.

“Nossa, além de caçadora é vidente” respondeu cínico. Seu sorriso me enojava de um modo tão intenso que sentia uma vontade gigantesca de dar-lhe um soco na cara e apagar aquele sorriso de seu rosto de uma vez por todas. Mike tocou minha mão percebendo o que sentia para me fazer voltar para a realidade. Suspirei, ia ser uma noite muito longa.

“O que você quer de nós dessa vez, Dean?” perguntou Mike educadamente sabendo que eu não o faria. A raiva que sentia não estava sendo sobreposta pela bebida, parecia estar sendo intensificada cada vez mais – não sei se era por causa da bebida ou por causa da presença constante daquele megalomaníaco.

“Bem, vamos ter bastante tempo para conversar sobre isso após o jantar, primeiro aproveitem a comida, é por minha conta” ao dizer isso, o garçom se aproximou da mesa carregando uma bandeja de salada com folhas coloridas e uma outra bandeja com carnes que exalavam um cheiro delicioso. Meu estômago roncou alto, tinha me esquecido completamente de almoçar, estava preocupada de mais com a Sophie que simplesmente esquecera de minhas necessidades básicas.


O garçom colocou as comidas sobre a mesa e saiu, nos deixando a sós novamente. Dean se serviu primeiro, sendo seguido por Mike que me olhou autoritário. Peguei um pouco de comida, estava desconfiada quanto a tudo aquilo, mas não deixei transparecer. Comemos vagarosamente, sem trocar palavra alguma. A comida estava boa, meu estômago a recebia de bom grado, fazia bastante tempo desde a última vez que me alimentara, para ser sincera, não me lembrava de ter comido desde manhã, quando Alice me fez comer o café da manhã na casa dela. Quando estávamos todos satisfeitos, o garçom voltou, recolhendo os pratos e trazendo mais uma rodada de bebidas para nós.


“Quem é o garçom, D?” a ideia de que ele era mais um dos espiões de D não saía da minha cabeça.

“Apenas mais um dos meus funcionários, não precisam se preocupar quanto a isso. Acho que podemos começar a tratar de negócios agora que terminamos.” ele me olhou interrogativo, como se pedisse minha permissão, algo que não era comum. Apenas assenti.

“O que quer de nós?” perguntou Mike, ele estava começando a ficar impaciente, sabia que ele queria acabar logo com essa reunião e ir para casa assim como eu. Estávamos passando por momentos difíceis, a presença de Dean nos irritava profundamente.

“Primeiramente deixe-me dizer que não estou fazendo isso para impedir a Millie de ser feliz, como eu já falei a ela, ela pode ser feliz assim que a missão acabar, se quiser eu cancelo o contrato sem nenhuma consequência” ele me olhou, estudando meu rosto.

“Anda logo com isso, D, quero ir pra casa” respondi impaciente, ignorando o que ele acabara de falar.

“Você tem que aprender a ser mais paciente, Millie. Na vida a paciência é algo fundamental, algo que eu acho que você perdeu nesse tempo que passou aqui”

“A culpa não é da cidade, é sua, não quero ficar perto de você” disse amargamente. Mike me olhou surpreso, ele não estava acostumado a me ver alterada, mas não conseguia reprimir o ódio que sentia dentro de mim. Dean riu sem humor, pude perceber que ele estava incomodado com o que havia falado, mas sinceramente não me importava.

“Acho que minha presença não é algo bem visto por aqui, estava esperando uma recepção um pouco mais calorosa da parte de vocês, mas tudo bem, com o tempo eu me acostumo”

“Quanto tempo pretende ficar aqui?” perguntou Mike educadamente. O que me faltava de educação nessa hora, ele tinha de sobra, não sabia como ele conseguia se manter calmo sabendo que a namorada dele corria perigo com o D por perto.

“Até meus planos serem concluídos com sucesso, algo que está parecendo que vai demorar um pouco” ele me fitava com um olhar maligno que deveria me intimidar, mas só aumentou o que sentia por ele: raiva.

“Dá pra ir direto ao ponto, Dean? Eu tenho coisas mais importantes para fazer” falei, tentando apressá-lo, mas parecia que quanto mais tentasse, mais ele enrolaria. Eu tinha que ir ver a Sophie e teria aula no dia seguinte, não podia perder meu tempo com ele.

“Sabe que não gosto que me apressem, Millie.” ele me olhou com reprovação, mas sorrindo maroto ao mesmo tempo. Eu bufei e revirei os olhos.

“Então Dean, sobre o que vamos conversar?” perguntou Mike, era melhor que eu deixasse ele falar, ele parecia estar no comando de suas ações, diferentemente de mim.

“Bem, acho que podemos começar a conversar sobre a missão, se a Millie não me interromper, é claro” ele me olhou com uma sobrancelha erguida, interrogativo. Eu assenti afirmativamente, dando a entender que concordava com esses termos. Ele suspirou e fez sinal para o garçom trazer mais bebidas. “Pode ir para casa agora” falou ao garçom que assentiu e se retirou, o vi pendurar o avental perto da porta e sair.

“Então Dean, podemos começar a tratar dos negócios?” perguntou Mike, chamando a atenção dele, que parecia imerso em seus próprios pensamentos.

“Sim, sim, negócios” falou atordoado saindo de seus devaneios, ele deu um gole na cerveja a sua frente e sorriu antes de começar a falar. “Como eu disse a vocês enquanto estávamos na Califórnia... eu mencionei que a missão iria ser dividida em partes, certo?” ele nos olhou interrogativo, assentimos que sim “Certo, então eu posso começar a dizer o que vai acontecer nesta parte da missão.”

“Vai ter mais do que apenas essa parte?” perguntei incrédula, não conseguia acreditar que teria que trabalhar para ele por mais tempo, já estava começando a me irritar e ainda teria que suportar a presença dele por um tempo que tinha quase certeza de que seria muito longo.

“Eu falei para não me interromper, Millie” ele me olhou carrancudo “Mas, respondendo a sua pergunta, eu dividi a missão em três partes. A primeira vocês já cumpriram, de um jeito muito mal executado, mas ainda assim conseguiram cumpri-la. Agora vou explicar a parte dois, quando conseguirem tudo de que preciso, explicarei a parte três e estarão livres para fazer o que quiserem. Espero que continuem trabalhando comigo, mas se vocês quiserem viver a vida de vocês sem mim eu irei entender.”

“Acho que você já sabe que não vou trabalhar para você, não é?”

“Millie, eu disse que não queria ser interrompido. Quanto mais me interromper, mais irá demorar para sair daqui e ver sua amiga lobisomem. Hoje é noite de lua cheia ainda, já deve ter passado as alucinações dela, provavelmente ela irá se transformar hoje, se quer estar lá para ela, vai ter que parar de me interromper” sua voz tinha um toque de ressentimento ao mesmo tempo que se mostrava irritado, não entendi o por que, mas ele parecia triste por ela. Tinha certeza que minha face demostrava o choque que aquela informação causou em mim por que Dean me olhou e sorriu sem humor “Você esqueceu que ela teria que se transformar em algum momento, não é?”

“Eu achei que fosse demorar mais, que teríamos mais tempo para explicar a ela o que aconteceu e pensar em uma forma de impedi-la de fazer alguma besteira” sentia meu coração apertar, a realidade estava me atingindo como socos rápidos e repetidos, me fazendo sentir péssima, ainda me sentia culpada pelo que acontecera a ela.

“Bem, se te reconfortar, essa missão pode gerar uma cura para o que ela é” ele disse, pegando minha mão e afagando-a. O olhei confusa, não existia cura para isso, tínhamos procurado em todos os lugares possíveis e não havíamos encontrado nada.

“Não existe cura, D” tirei minha mão de seu alcance, ele estava blefando, não conseguia acreditar nas palavras que dissera, mas se ele estivesse certo quanto a isso eu poderia curar a Sophie e não teria que me culpar mais. Não era certo criar esperanças, mas não conseguia me impedir.

“Pode ser que exista, eu realmente acho que encontrei a cura para isso, mas você vai ter que cumprir a missão para podermos obter essa cura, a missão sempre se referiu a isso, eu apenas não quis contar” ele deu de ombros ainda me olhando, parecia que ele esperava que essa cura fizesse com que eu parasse de odiá-lo.

“O que temos que fazer?” perguntei, cedendo.

“Fico feliz que esteja se interessando pela missão novamente” seu sorriso parecia sincero.

“Não se anime, estou fazendo isso pela Sophie, não por você” ainda estava sendo ríspida com ele, não podia baixar a guarda perto dele, era errado me deixar envolver.

“Você vai acabar gostando de mim de novo, Millie, vou fazer de tudo para que possamos ser como antes, ou até de um jeito melhor” suas palavras eram firmes, seu sorriso maroto me fez lembrar de quando o encontrei na casa dele, quando ele deu entender que estava gostando de mim mais do que como uma funcionária ou uma amiga.

“Acho que não, Dean” me sentia enojado por pensar que ele ainda gostava de mim, me imaginar beijando-o me deixava ainda pior.

“De qualquer forma, chega de conversas banais, vamos ao que realmente interessa”


Ele pegou uma bolsa preta do chão, não a tinha visto até então. Ele a colocou na mesa a sua frente e tirou um envelope branco e grande de dentro dela, colocando a bolsa no chão novamente e abrindo o envelope. De dentro dele, Dean retirou três maços de folhas grampeadas. Cada maço tinha uma foto de um objeto estranho e com aparência muito antiga.


“O que são essas coisas, D?” perguntei me referindo às fotos, sabia que não podia interromper sua palestra, mas não conseguia me impedir de fazer tal coisa.

“Já vou explicar, só um minuto” ele falou calmo, pegando algo de dentro da bolsa novamente. Ele voltou a nos olhar “Acho que é melhor eu explicar sobre o que a missão é antes de falar o que vocês terão que fazer.” ele nos olhou para ver se tínhamos algo a dizer, permanecemos calados e ele prosseguiu. “Bem, a missão tem como objetivo achar uma cura. Millie, eu disse pra você que eu achava que tinha achado uma cura para a Sophie e eu realmente acho que achei, a missão era para isso desde o começo, achar a cura para lobisomens.”

“Por que você quer curar lobisomens? Achei que você odiasse seres sobrenaturais” comentei.

“Só odeio vampiros, bruxas e lobisomens não me interessam, eles podem viver, só os vampiros que não” ele se explicou.

“Por que você quer a cura? Ainda não respondeu minha pergunta”

“Motivos pessoais” ele deu de ombros. “Agora vamos para o que realmente interessa, a parte dois da missão de vocês” ele empurrou as folhas na nossa direção “Vamos começar por esse aqui” ele apontava para o conjunto de folhas que tinha a foto de algo que se parecia com uma tigela de pedra. A tigela era de um cinza claro, seus contornos eram desnivelados e era toda esculpida nas laterais, formando símbolos estranhos “Esse é um artefato que é usado no ritual” falou D vendo que estudava a foto atentamente.

“Ritual? Você não mencionou nenhum ritual” interrompi.

“Para conseguir a cura temos que fazer o ritual. Esse ritual exige alguns objetos como essa tigela, esse cálice e esse objeto estranho” ele apontou para as fotos conforme as mencionava. O cálice e o outro objeto que não conseguia decifrar também eram desnivelados e continham símbolos em suas laterais idênticos aos da tigela. “São objetos enfeitiçados muito antigos, datam da época na qual a primeira bruxa viveu, realmente acho que foi ela quem os criou, mas isso não vem ao caso agora. O que realmente interessa é que vocês vão ter que achá-los. É aí que a Alice entra.”

“Como assim?” perguntou Mike desconfiado e assustado, interrompendo D. Saber que Alice teria que se envolver nos esquemas insanos do Dean não era algo que queríamos ouvir.

“Ela é uma bruxa, por que acha que eu queria que vocês se aproximassem dela?” perguntou D, nos olhando como se suas intenções fossem óbvias desde o começo.

“Não quero que a Alice se envolva” Mike cruzou os braços e olhou D com um olhar mortal que nunca o vi usar antes. “Você pode arranjar outra bruxa, não pode?” ele falou ainda esperançoso, mesmo já sabendo qual seria a resposta.

“Não se preocupe, não vou machucar ela, mas ela é uma parte importante para nosso ritual, não vou conseguir outra bruxa tão cedo, elas são difíceis de se achar” ele parecia não se importar com o olhar que Mike o estava lançando. “Ela só precisa localizar esses objetos e a deixarei em paz, prometo” Mike não relaxou sua postura, continuou olhando bravo para D.

“Certo, o que mais vamos ter que fazer?” perguntei, tentando fazer a conversar fluir novamente.

“Bem, além de achar esses três objetos, vão ter que descobrir onde poderemos fazer o ritual, tem um lugar específico para isso, algo que Alice pode descobrir também, se bem que acho que ela vai ter que aperfeiçoar seus feitiços, ela ainda é uma bruxa nova, não conhece muitas coisas. Espero que vocês possam ajudá-la”

“Como você descobriu tudo isso?” perguntei, me referindo ao ritual, estava realmente intrigada.

“Anos e anos de pesquisa. Eu não sei se vai funcionar, mas vale a pena tentar. É melhor tentar do que continuar assim” não entendi o que ele queria dizer com isso, mas não perguntei nada, sabia que ele não me contaria, não adiantava nem ao menos tentar.

“Certo, mais alguma coisa que acha que deveríamos saber?” perguntei.

“Bem, sim. Nessas folhas eu detalhei um pouco sobre os objetos, escrevi algumas coisas sobre as minhas pesquisas... Só que tem um porém. Esse ritual tem que ser realizado durante a primeira noite de lua cheia, já que é para lobisomens. Vocês tem até a próxima lua cheia para trazer esses objetos e acharem o local específico”

“Tudo bem” sentia-me confiante, eu ia achar todos esses objetos e conseguiria uma cura para Sophie. Ele sorriu para mim, contente com minha resposta e minha reação.

“Eu tenho que ir” falou D, olhando as horas em seu relógio de pulso.

“Que horas são?” perguntei, tinha que passar na casa da Alice ainda.

“11:45 p.m.” ele se levantou e pegou a bolsa “Vejo vocês por ai” e saiu andando em direção a porta, deixando o estabelecimento. Não tinha visto a hora passar, me perguntava se era muito tarde para ir na casa da Alice ver a Sophie.


Mike parecia desolado sabendo que Alice teria que se envolver, afaguei seu braço tentando reconfortá-lo, mas ele não mudou sua expressão. Diferentemente dele, eu estava exultante, tinha uma grande chance de achar uma cura, mesmo que para que isso acontecer Alice tivesse que se envolver. Sabia que ela não se importaria, ela faria qualquer coisa pela cura. Mike também sabia disso, era provavelmente isso que o deixava tão receoso. Nos levantamos e fomos para o carro.

Liguei para Alice no caminho, queria saber como estavam as coisas e avisar que estava indo para lá ajudá-las, mas ela não permitiu. Falou que Sophie tinha acabado de adormecer e ela e Laureen dariam conta de cuidar dela sozinha, falaram que eu já fizera muito por ela e que merecia algum tempo de descanso. Prometi que iria para lá de manhã vê-la, não me importava de perder aula, isso era mais importante do que a faculdade.

Mike e eu fomos para casa em silêncio. Estávamos ambos processando as informações que Dean nos dera durante o jantar. Estava intrigada quanto a participação de Mark e Laureen, eles eram vampiros e tinha quase certeza de que eles teriam que participar de alguma parte do plano maluco do Dean, o que me deixava nervosa, seria muito bom conseguir a cura para Sophie, mas não queria perder ninguém para obter essa suposta cura, principalmente Mark. Sabia que Mike também se sentia assim, mesmo que ele estivesse preocupado apenas com Alice, ele não pensava nisso através da mesma perspectiva que eu, eu olhava a situação pensando em todos, ele pensava apenas na namorada dele, mas não podia culpá-lo.

Uma vez dentro de casa, subi para meu quarto e fechei a porta. Tomei um banho quente e demorado, precisava relaxar do dia que tivera. Coloquei meu pijama e me deitei na cama, puxando o edredom até o queixo para me esquentar, o outono naquele lugar era mais frio do que estava acostumada.

Um barulho na janela me sobressaltou. Olhei através dela para ver o que era e me surpreendi com o que vi. Era o Mark, em pé no telhado da varanda. Abri a janela para deixá-lo entrar.


“Está tudo bem?” perguntou, entrando e se sentando na beirada da cama.

“Tudo sim, o que você está fazendo aqui? E por que entrou pela janela?” estava confusa, não entendia suas ações.

“Você ficou de me ligar e não o fez. Eu não queria acordar seu irmão tocando a campainha, achei que ele já estivesse dormindo, por isso vim pela janela.” ele deu de ombros e eu ri. “O que o Dean queria com você?” ele se sentou ao meu lado na cama, passando o braço pela minha cintura e me puxando para seu colo.

“Ele queria dizer qual vai ser a parte dois da missão.”

“Você ainda vai trabalhar para ele?” ele me olhava atentamente, como se essa resposta fosse crucial.

“Só mais essa missão eu acho, ele falou que essa missão vai ajudar a Sophie, ele acha que encontrou uma cura, Mark” ele me olhou desconfiado.

“Você acredita nele?”

“O D pode ser várias coisas, mas ele não é um mentiroso”

“O que temos que fazer?”

“Encontrar uns objetos pra ele”


Mark não falou mais nada. Ficamos um tempo em silêncio, Mark brincava com minhas unhas que havia deixado crescer até que ele começou a beijar meu pescoço, fazendo um caminho com seus beijos que me fazia esquecer de tudo. Ele me ajeitou na cama, ficando por cima de mim, ainda beijando meu pescoço. O desejo era claro em seu rosto, provavelmente eu tinha a mesma expressão estampando minha face. Uma mão explorava meu corpo, a outra estava em minha nuca, me fazendo estremecer. Minhas mãos também exploravam o corpo dele em todos os lugares. Eu o queria, ele me queria. Ele beijou meus lábios delicadamente, mas o menor contato entre nossos lábios era o suficiente para que perdêssemos o controle, nossos beijos se tornaram ardentes, ambos ansiávamos por cada vez mais. O ajudei a tirar a camiseta assim como ele tirou a minha, me deixando apenas com o sutiã preto que usava. O corpo dele me hipnotizava. Ele voltou a me beijar fervorosamente, fazendo com que desviasse meu olhar para seus olhos. Ele beijava meu pescoço, meus lábios, meu corpo...

Uma batida na porta nos fez parar.


“Millie?” chamou Mike.

“Sim?” respondi ofegante, Mark voltara a beijar meu pescoço, me dando um tempo para conversar com Mike antes de continuarmos o que fazíamos antes de sermos interrompidos.

“A Alice me ligou, tem algo de errado com a Sophie”


Ao ouvir isso, nós dois nos separamos, ambos intrigados e temerosos, no meu caso um pouco surpresa também, não esperava ter notícias dela naquela noite. Sabia que Mark se preocupava com ela também, pude ver isso estampado no seu rosto. Odeio admitir, mas senti uma pontada de ciúmes ao ver a preocupação em seus olhos. Ele se vestiu e eu também, tentando tirar aquele sentimento do meu peito, tínhamos que correr, eu já tinha uma leve ideia do que estava acontecendo e se estivesse certa, Alice e Laureen corriam perigo, não tínhamos tempo para emoções irracionais.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço reviews? Eu não achei esse capítulo muito bom, mas faz parte...



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