A Estória Das Irmãs Mctrrim escrita por Lótus


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

essa fanfic vai contar a história delas, pelos dois ponto de visto sendo que vai variando os capítulos.



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Pov. Valentina Mctrrim

Era crepúsculo, e ainda me recordo com exatidão o ultimo dia que o vi, de aparência miserável e expressão cansada me olhava com atenção como se quisesse ler os meus pensamentos, o que sabia que estava tentando fazer, mas não o deixei ver como boa oclumente que havia me tornado. Ele deu suspiro fático, e tomou um grande gole de sua bebida:

“Tudo bem?” perguntei, por educação mesmo já sabendo sua resposta.

“Sim.” Ele sempre estava tentando me proteger, tentando me deixar longe de problemas o que era irônico, já que eu que ia atrás delas, eu não aprovava, essa sua ânsia de me proteger, quando ele que devia ser protegido, sempre achei um doce essa sua insistência um afeto que muito bem recebido pelo meu coração, já tão machucado e devastado.

Ele deu mais um gole em sua bebida, um liquido de cor rosa desbotada e que saía fumaça verde, parecendo parar de tentar em minha mente ele apenas, olhou no horizonte com um olhar distante e quase sonhador, mas sabia que já não era capaz de sonhar. Ficamos em um silencio confortável, cada um em sua mente. Eu pensava como sempre que ficava sozinha em minha mente: nele.

“O que está pensando?” Perguntei, tentando não pensar, realmente não importava no que pensava.

“Na morte.” Serenidade, havia na sua voz ao dizer isso, como uma sentença aceitável.

Eu já matei, muitas vezes tentaram me matar, já filosofei sobre ela, já a vi, cara a cara, já pensei em como seria, já a desejei. Mas nunca tive uma conclusão, quer dizer era apenas inevitável que todos morriam, e um dia parei de pensar sobre isso. Porém, não entendia porque ele pensava sobre isto, já fazia algum tempo que andava esquisito, porém não sabia nada que pudesse explicar esse interesse repentino pela morte e seu comportamento anormal.

“O que te faz pensar nisto, velho?”

“Eu acho que se for, as pessoas sentirão minha falta... Quero dizer, se eu morrer amanha eu deixei minha marca no mundo, certo?” Perguntou, fugindo a minha pergunta e me deixando mais curiosa. Ele sempre foi vaidoso, e orgulhoso e esse era um pensamento que condizia com ele, mas para que diabos queria saber logo agora?

“Porque, quer saber isso? Vai morrer amanhã?” Deu de ombros.

“Deste criança, a morte, o que deixaria para o mundo, o quando minha luz brilharia enquanto meu corpo já não estivesse presente, sempre foi importante para mim.” Explicou, mas não estava convencida, e mesmo não encarando sabia que não acreditei que era por isso. Ele sempre me conheceu muito bem. “Sabe criança, se tivesse que dar uma nota em sua vida em pequenos critérios como: o quando notável foi, o quando útil foi, o quando amada foi ou o quando amou, o quando odiou ou o quando odiada foi, e o que aprendeu, que nota me daria?”

Eu olhei para ele, querendo uma explicação, que merda que ele estava falando, acho que uma vida inteira, cheia de altos ou baixos não podia ser simplesmente pontuada, eu ri querendo que ele esquecesse aquela merda e me contasse o que estava acontecendo, mas continuou séria.

“Porque está falando isso?” Perguntei séria, e finalmente olhou para mim novamente, nos encaramos por minutos numa luta silenciosa, meus olhos querendo saber o que estava acontecendo, tentando entrar em sua mente, e seus olhos negros inflexíveis e rígidos, determinados a esconder algo de mim, eu conhecia esse olhar, por fim quebrou o silencio.

“É importante para mim.” Afirmou, com a voz firme, porém não dura, quase persuasiva. Mas cedi não por persuasão, pressão ou manipulação, sabia que para sua mente sangue-pura e orgulhosa, algo como isso é importante.

Ele já havia superado muito coisa, sua raiva e intolerância por trouxas já não existia, sua arrogância e prepotência já não se devia ao fato de ser sangue-puro, e sua inflexibilidade a tantas outras coisas havia se extinguido, mas nunca superaria o orgulho e a vaidade.

“Nota dez.” – respondi sem pensar, era o que queria que eu diga.

“A verdade.” Falou duramente, me olhando com raiva. Ele sabia que não o levei a sério. Suspirei.

“Tudo bem, vamos ver... hum... eu diria que o senhor foi muito notável na sua vida, mas pelos últimos trinta anos o dou a nota sete, pelo seu trabalho como auror o dou a nota dez no critério como o senhor é útil, e acho que dou nota dez no quando o senhor foi amado, mesmo que o senhor não saiba, nota oito no quando você amou, e você sabe o porque e sete nas duas que envolve ódio, nunca vi muito ódio envolvido com você, bom e dou dez na ultima, mas não quando o que aprendeu, mas pelo que o senhor ensinou. Então, acho que é isso! Agora poderia me dizer porque tudo isso?” Exclamei com força, mas quando fui o encarar ele estava novamente com aquele olhar, que destoava todo o seu rosto duro e sombrio.

“Obrigado!” Disse, e ficou em silencio, aquele silencio já não era confortável e não entendia o porque, e ele sabia que não desistira de tentar encontrar o porque. “Te daria nota dez em todos” Afirmou subitamente.

“Hum... Obrigada, eu acho, mas não tenho muita certeza dos quesitos de ódio, essa seja uma nota boa.” Ganhando seu sorriso meia boca e quase imperceptível a olhos comuns.

“Sim, é uma nota boa, diz o quando sua vida foi intensa, plenamente vivida. É uma boa coisa.” Olhou encarando, eu dei um meio-sorriso e balancei a cabeça, ele sempre teve a mania de ver o melhor, o mais glorioso, o mais poderoso em mim, mesmo quando estava fraca, cruel e com medo.

“Você sempre viu o melhor em mim, sabe que não sou assim.”

“Sim, querida você é a melhor coisa que aconteceu em mil anos em nossa família, a melhor coisa que aconteceu para o mundo bruxo, e para o desgosto entre muitas qualidades, a humildades e a falta de consciência sempre esteve entre as maiores.” Revirei os olhos, e sorri, mas sabia que era talvez um artificio para mudar de assunto.

“Você é muito bom, em mudar de assunto, mas não agora, porque está assim?” Inqueri, e ele não me dobraria.

Ele olhou nos meus olhos, e de repente se levantou e antes que pudesse fazer algo veio até a mim, me beijando na testa.

“Adeus, querida. Te amo.” Disse, e já passou pela porta antes que pudesse me levantar e ir atrás, e aparatou me dando um sorriso aberto.

“Espere...”

“Moça, não pagou a conta, aonde pensa que vai?” Uma voz fina e estridente, muito alta soou em meus ouvidos, segurando um pulso meu, desisti de o seguir e virei para uma garçonete concorda, olhos vermelhos inchados e unhas amarelas enormes.

Olhei em seus olhos, fria e levantei meu braço indicando que deveria me soltar, segundos depois meu pulso estava livre e a garçonete me olhava com medo. Suspirei, agora teria que esperar duas semanas para saber o que tudo aquilo significava.

Eu não sabia, mas não teria tempo de o perguntar mais sobre a morte, mas mesmo não perguntando, eu descobri o que aquilo significava.

Uma morte.

A minha morte.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, suas opiniões são muito importantes para mim, então deixem rewiens.

P.S: Me perdoe os erros.



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