Palavras Ao Vento escrita por Nat


Capítulo 3
Janeiro de 2008, dia 04


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOINHAS ♥ Tudo bem com vocês?
Então, eu ia postar o capítulo segunda. Só que meu computador, essa porcaria, ficava travando o tempo todo. Só consegui postar agora que ele decidiu colaborar :v
Eu não sou lá muito fã desse capítulo. Mas vocês que vão dizer se gostaram ou não, né?
É isso. Até lá embaixo õ/



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Janeiro de 2008, dia 04

Senhor Diário de Capa Vermelha,

EU O ODEIO! Odeio, odeio, odeio! Ele é o ser humano mais... desprezível e nojento existente! Não, minto. Ele é o segundo mais desprezível e nojento. O primeiro é John.

Mason é patético. PATÉTICO. Eu não sei como ele consegue se olhar no espelho, com aquela cara cínica que tem. Nem eu consigo olhá-lo sem sentir vontade de vomitar.

Ok, você não deve estar entendendo nada. Obviamente, estou falando do Mason. Ele está hospedado na casa de algum amigo (não sei como alguém consegue ser amigo dele), porque Sarah não deixou que Lana o hospedasse na casa deles. Às vezes, Sarah parece ser mais responsável e confiante que a mãe, o que não duvido que seja verdade.

Nossas aulas voltaram há alguns dias. Estava tudo indo perfeitamente bem no primeiro dia. Sarah tinha até me convencido a me arrumar um pouco mais, então acabei com um casaco rosa, pulseiras e um colar. Só pedi que ela não se acostumasse com isso. Se bem que eu gostei da roupa. Sim, eu sou muito enrolada.

Voltando... Nós chegamos na escola e fomos diretamente para o lugar que sempre ficamos: No amplo jardim da escola, onde há várias árvores. Nós sempre ficamos sentados debaixo de uma grande macieira perto da entrada principal. O lugar da visão para todos os cantos do jardim e todos os alunos. Sem falar que é um ótimo lugar para ler.

Estávamos lá conversando animadas sobre minha roupa. Na verdade, Sarah estava fazendo isso. Eu apenas concordava com os comentários.

“Você está linda, sabia?”. “Rosa é uma cor que fica bem em você”. “Eu adorei sua roupa, sério”. “Você deveria usar essas pulseiras com mais frequência, elas são lindas”.

Normalmente, eu já a teria mandando ficar quieta, porque já tinha ouvido várias vezes aquele papo de que eu deveria me arrumar mais, bláh, bláh, bláh. Mas sinceramente, eu estava feliz de ver Sarah agir do jeito de sempre. Ela passou os últimos dias muito mal. Vê-la bem novamente, ou fingindo estar bem, me deixava feliz.

Depois de mais algum tempo, Sarah se levantou e disse que ia devolver o livro da biblioteca antes que começasse a aula, saindo e me deixando sozinha. Mas eu não fiquei sozinha por muito tempo. Uns cinco minutos depois, fui tirada de minha leitura pela figura de um garoto, que me cutucou e perguntou se podia sentar do meu lado. Eu disse que sim, ele se sentou e fim.

Mentira, não foi o fim. Depois que ele se sentou, eu fiquei encarando-o por um bom tempo, porque tinha certeza que nunca o tinha visto. Pausa para comentário: Tenho que admitir que ele é bonito. Voltando... percebi que aquele cabelo curto, aquele rosto e aquelas roupas não me eram familiares e antes mesmo que pudesse me impedir, já estava falando:

- Acho que nunca te vi por aqui.

Ele riu um pouco e balançou a cabeça.

- Faz sentido, já que eu me transferi hoje.

E ficamos conversando. Descobri algumas coisas sobre o garoto. Seu nome é Mark, ele tem dezesseis anos e mora com os pais e a irmã mais nova não muito longe da escola e, consequentemente, não muito longe da minha casa. Ele estudava em uma escola particular no centro da cidade, mas por algum motivo desconhecido pelo garoto, seus pais tinham decidido matricular ele e a irmã naquela escola, e durante a tarde, Mark trabalhava em uma loja de instrumentos.

Não sei quanto tempo ficamos conversando, mas percebi que Sarah estava demorando demais para alguém que ia apenas deixar um livro na biblioteca. Olhei no meu relógio e percebi que faltavam três minutos para começar a primeira aula. Então, avisei Mark que ia procurar minha amiga e ele se ofereceu para ir comigo. Disse que precisava entregar uns papéis na secretaria antes de ir para a sala.

Só que quando entramos na escola, o que eu vi me deixou muito brava. Mason estava lá com Sarah, segurando o pulso da garota, que o olhava brava e tentava se soltar. Eu não pensei, simplesmente gritei para que ele a soltasse (e alguns xingamentos também). E então, ele me olhou com aquele sorrisinho cínico que eu tanto odeio e eu perdi completamente a paciência. Se Mark não tivesse me segurado, eu provavelmente teria quebrado a cara daquele ridículo.

Depois o sinal tocou e o corredor se encheu de estudantes, que ficaram nos observando (digno de um filme, fala sério). Isso foi bom e ruim, porque Mason soltou Sarah, mas veio na minha direção. Ele parou na minha frente e disse:

– Scarlett, devo dizer que você está muito bonita. Bem mais bonita do que quando tinha nove anos.

A sorte daquele estúpido foi que Mark ainda estava me segurando, senão eu teria feito algo bem estúpido. Então ele voltou a falar com Sarah. Vamos às falas como elas estão nos livros:

– Sarah, irmãzinha, você deveria estar feliz em me ver. Já faz semanas.

– Você não é meu irmão – ela disse. – Você me dá nojo e nunca será da minha família.

Mason riu, aquela risada ridícula que ele tem.

– Eu posso não ser seu irmão de sangue, mas eu sei de uma pessoa é que seu parente de verdade. John. Lembra dele? Seu pai.

Sarah ficou encarando-o e Mason começou a se afastar, andando de costas. Eu esperava mesmo que ele tropeçasse e caísse.

– Ele nunca foi um pai – Sarah disse e cruzou os braços. Eu vi que ela estava se controlando para não chorar. Sabia que não ia chorar ali, com tantas pessoas vendo.

– Não deveria pensar assim, irmãzinha – Mason disse quando chegou à porta. – Sabe, eu vou busca-lo logo. Eu sei ele ficará bem feliz em ver você e sua mãe, Lana. Nunca soube o que ele viu nela. Lana é tão... sem-graça.

Então Sarah começou a andar na direção dele muito rápido, e parou a centímetros de Mason.

– Não ouse falar da minha mãe. Você não tem esse direito, ouviu? – Sarah falava tão baixo que tive dificuldades para ouvir, e os alunos estavam em completo silêncio, apenas observando. – Você não passa de um garoto totalmente patético. Eu tenho pena de você.

Mason começou a sorrir, aquele sorriso debochado. Ele é tão patético.

- Te vejo em alguns dias, irmãzinha. Quando eu voltar, John vem comigo.

E ele saiu. Sarah ficou ali parada olhando para a porta por alguns segundos, então se virou e começou a andar até a biblioteca. Eu pedi para Mark me soltar e fui atrás dela. Mas ela queria ficar sozinha, então eu fui para a aula. Mark estava me esperando na porta da biblioteca. Tinha pegado o horário e queria que eu mostrasse onde ficava a sala. Coincidentemente, tínhamos a primeira aula juntos.

Sarah apareceu na aula dez minutos depois, uma garota completamente diferente daquela que tinha acabado de brigar com o irmão. Ela sorria, típico de sua personalidade, e quando se sentou ao meu lado, disse:

“Eu realmente adorei seu colar. É a sua cara.”

É por isso que eu admiro tanto minha melhor amiga. Não importa o que aconteça, o quão triste e assustada ela esteja, Sarah sempre vai colocar um sorriso no rosto e fingir que nada aconteceu. Mas apesar do sorriso, seus olhos não tinham o mesmo brilho.

Com carinho,

Sky.


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Notas finais do capítulo

Então... gostaram? Mereço reviews?
E as aulas de vocês já começaram, meus lindos? As minhas começaram há uma semana. EU TO AMANDO AQUELA ESCOLA, NA BOA.
Sério. Eu to realmente gostando da escola. Só deixando claro que esse ano eu entrei numa escola nova, mas metade dos meus amigos da antiga escola foram estudar comigo. Isso ajudou um pouco :v
Os professores são INCRÍVEIS, as pessoas são MUITO legais... enfim. E vocês? Gostam da escola?
Beijinhos sabor suco de abóbora,
Mrs. Lovegood.



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